COSTUMES BÍBLICOS: JESUS SORRIA?


JESUS SORRIA?

JESUS SORRIA?
Alguns estudiosos têm considerado Jesus como um melancólico de rosto sempre sombrio. Mas tal opinião não se fundamenta nos evangelhos. Embora ele tenha conhecido momentos de profunda tristeza - pois tinha claríssima visão sobre a ingratidão e a dureza de coração de seu povo, sobre a covardia e a fuga de seus amigos mais chegados por ocasião de sua paixão -, não devemos esquecer que sua alma, unida ao Pai, possuía habitualmente a plenitude da bem-aventurança.
Não é fácil imaginar Jesus às gargalhadas, mostrando ruidosa alegria; mas podemos acreditar que um celestial sorriso iluminava muito frequentemente seu rosto. O esplendor da natureza animada e inanimada, as flores, as crianças, as almas puras e, em uma ordem superior, as doçuras da amizade, a certeza da felicidade eterna que atraía tantas almas, eram certamente para Jesus mananciais de doces e santas alegrias.
Não foi ele mesmo quem disse um dia que não era conveniente que seus discípulos se entregassem ao jejum e à tristeza, enquanto estivessem com ele? Estas palavras não podiam ser ditas por uma pessoa de natureza melancólica e sombria. Lucas também conta que, quando os setenta discípulos, a quem Jesus enviou para anunciar as boas novas, voltaram até ele e deram-lhe a notícia de bom êxito de sua pregação, a alma de Jesus transbordou de santa alegria (Lc 10.21). E que alegria mais profunda a daquelas palavras que nos permitem ler na alma do Salvador as mais brilhantes esperanças para o futuro: E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim (Jo 12.32).
Depois do que já dissemos acerca da ciência infusa do Verbo encarnado, não era de esperar, certamente, descobrir entre seus sentimentos o da admiração, o do assombro? Mas os evangelistas testemunham que ele sentiu admiração em duas circunstâncias diferentes: diante da fé manifestada pelo centurião (Mt 8.10) e da inexplicável incredulidade de seus conterrâneos de Nazaré (Mc 6.6). Mas, sendo homem e ao mesmo tempo Deus, Jesus podia admirar-se sem comprometer a sua ciência infinita, do mesmo modo que um astrônomo contempla com admiração um novo astro, cuja aparição ele havia previsto e anunciado muito tempo atrás.

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E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11

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