COSTUMES BÍBLICOS: A Terra de Israel


A Terra de Israel

No centro da história do Antigo Testamento, encontra-se a terra de Israel, lar do povo hebreu. O nome Israel vem do novo nome dado ao patriarca Jacó (Gn 32.28). Assim, no tempo devido, os 12 filhos de Israel tornaram-se os ancestrais das 12 tribos de Israel. Após a conquista israelita de Canaã, eles renomearam a terra em homenagem ao seu antepassado. As fronteiras bíblicas de Israel são descritas como sendo: o deserto de Neguebe ao sul, a fronteira com  Líbano ao norte, o Grande Mar (Mediterrâneo) a oeste e o rio Eufrates a leste (Js 1.3,4). Walter Kaiser indica: "A terra na qual a história de Israel e de Judá desenrolou-se ocupava cerca de 25 mil quilômetros quadrados, uma área do tamanho de Vermont ou da Bélgica." Ao todo, Israel tinha a extensão de 250 quilômetros de norte a sul e cerca de 120 quilômetros de leste a oeste no ponto mais largo. Contudo, nesse estreito espaço de terra, os sucessivos exércitos do Egito, da Assíria, da Babilônia, da Pérsia, da Grécia e de Roma marcharam para dominar as terras de ambos os lados do rio Jordão.
As características físicas de Israel incluem áreas amplamente contrastantes: praias, terras agrícolas, montanhas, vales, desertos, lagos, rios e um mar salgado. Desde a Galileia, ao norte, até o deserto de Neguebe no grande vale do Rift, ao sul, e desde o Mar Mediterrâneo, a oeste, até o rio Jordão, a leste, a terra foi um presente de Deus para o povo de Israel.
A planície costeira (Sarom) estende-se desde a faixa de Gaza ao norte, passa pela atual Tel Aviv e segue até a planície de Aco, vários quilômetros ao norte do monte Carmelo. A planície costeira do sul foi ocupada pelos filisteus durante grande parte do período do Antigo Testamento. Portos pontilhavam a costa do Mediterrâneo, incluindo Gaza, Ascalão, Jope e Dor. As terras férteis a leste da arenosa planície filisteia eram o "celeiro" do antigo Israel. Paralelamente às terras cultiváveis da planície de Sarom, a Sefelá separava a planície filisteia da região montanhosa da Judeia.
A região montanhosa central foi populada pelas tribos de Efraim, ao norte, e Judá, ao sul. A região montanhosa de Judá estendia-se do sul de Jerusalém até o deserto do Negev. A região montanhosa central ia do norte de Jerusalém até o monte Carmelo e o vale de Jezreel. Foi ali que os reinos de Judá (sul) e Israel (norte) desenvolveram-se, tendo como capital Jerusalém e Samaria. Inicialmente, a maioria dos israelitas viveu na região montanhosa porque a soberania dos reis de Judá e de Israel eram mais facilmente mantida nos montes centrais.
Ao norte, os vales de Esdrelon e Jezreel separavam a região montanhosa da Galileia, com seus montes escarpados e vales férteis que cercavam o lago de água doce Genesaré (Quinerete), posteriormente chamado de mar da Galileia. Nesta bela área verde, elevada quase um quilômetro em direção às colinas de Golã, Jesus iniciaria Seu ministério na época do Novo Testamento. Ao norte do lago, as fontes de Banias e Dã formam as cabeceiras do rio Jordão.
O vale do Jordão é formado pelas curvas sinuosas do rio Jordão, que corre na direção sul a partir do mar da Galileia, atravessa o Arabá e passa de 200 para 400 metros abaixo do nível do mar ao desaguar no mar Morto. O rio é a fonte de vida física no vale, que hoje oferece uma rica safra de tâmaras, figos e frutas tropicais.
Do outro lado do Jordão, a leste, estão as montanhas da Transjordânia, hoje parte da Jordânia. Na época do Antigo Testamento, a região norte era conhecida como Basã e Gileade, e ali era  o lar das tribos israelitas de Rúben e Gade e de metade da tribo de Manassés. Saindo do  planalto de Basã, o rio Jarmuque deságua no Jordão, levando a neve derretida do monte Hermom desde as colinas de Golã.
Foi nesta terra incrível chamada Israel que a história dos profetas, dos reis e dos sacerdotes aconteceu. Das colinas de Golã à faixa de Gaza, da Galileia ao mar Morto, dos cedros do Líbano às palmeiras de Jericó, os homens e as mulheres da Bíblia viveram no cenário e no palco de um dos lugares mais fascinantes da Terra. Ali, Deus chamou as pessoas para crer em Sua mensagem, seguir Seu chamado e viver como cidadão de Seu Reino.
Independência de Israel - Significado Religioso e Histórico
No dia 5 de Iyar de 5708 (1948), o povo judeu retomou o domínio de parte da Terra Prometida de Israel. Após 1.884 anos tão amargos – ao longo dos quais essa terra permaneceu abandonada, em estado de ruína e devastação, e nós, seus filhos, passamos por exílios dolorosos, dispersos pelo mundo, escravizados, humilhados e perseguidos – finalmente a soberania judaica foi restabelecida sobre a Terra de Israel.
Passados 3.706 anos desde a promessa de Deus, dono de todas as terras, a Abrahão, no pacto firmado entre eles, que: “À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis 15:18), os filhos de Abrahão foram capazes de restabelecer um governo próprio em parte da terra que lhes foi prometida por Deus.
Isso ocorreu 3.660 anos após Deus ter reafirmado a Sua promessa a Isaac, dizendo: “E tua descendência herdará a porta dos seus inimigos” (ibid 22:17), e 3.560 anos após Deus ter confirmado a Jacob pela terceira vez a Sua promessa, dizendo: “A terra sobre a qual tu jazes, a darei a ti e à tua descendência” (ibid. 28:13).
VEJA TAMBÉM: A HISTÓRIA DE ISRAEL

Galileia, sob o nascer do sol

Monte Carmelo


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Filipenses 1:9-11

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