COSTUMES BÍBLICOS: março 2020


A Ceia da Páscoa

A CEIA DA PÁSCOA
A ceia da Páscoa seguia determinados rituais que os evangelistas não descrevem: Mateus porque os considerava já conhecidos de seus leitores judaico-cristãos; Marcos, Lucas e João porque julgavam inúteis para os romanos, gregos e asiáticos, para quem escreveram principalmente. Os rituais que mencionaremos eram considerados essenciais, ao que parece.
Os participantes não podiam ter menos de 10 anos ou mais de 20 anos. Começavam lavando as mãos. Depois que todos estavam em seus devidos lugares, o pai de família tomava em suas mãos uma taça cheia de vinho - normalmente vinho tinto - levemente aguado e o abençoava com uma oração que iniciava com as seguintes palavras: "Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que tens criado o fruto da videira". Em seguida, após beber o vinho, passava a taça aos demais, e cada um devia beber um gole. Depois, punha-se à mesa rodeada de divãs.



O dirigente da cerimônia abençoava as ervas amargas, tomava delas, molhava-as no molho e as comia. A mesma coisa faziam os demais convidados. Somente então o cordeiro pascal era posto na mesa. Como estava prescrito desde a época da saída do Egito (Êx 12.26), o pai de família explicava aos presentes a significação da Páscoa e as suas cerimônias específicas. Em seguida, fazia uma oração chamada Hallel, composta dos Salmos 113 e 114. Então, outra taça era cheia e, assim como a primeira, passada a cada um dos presentes. Essa segunda parte da refeição era concluída com a oração: "Bendito sejas, Senhor nosso Deus, Rei do Universo, que nos tens libertado e libertaste a nossos pais do poder do Egito".
Para dar início à terceira parte da cerimônia, os convidados voltavam a lavar as mãos. O dirigente da cerimônia pegava pão asmo, partia-o, comia um pedaço, acrescentando ervas amargas e molhando o pão no haroset. Em seguida, distribuía o restante aos convidados. Procedia-se, então, à bênção do cordeiro pascal, que era cortado com delicadeza e repartido entre todos. Ao mesmo tempo, eram servidos outros manjares. Nessa parte da cerimônia, existia certa liberdade na hora de comer. Mas o cordeiro simbólico devia ser comido por último. Depois disso, a refeição acabava, e ninguém podia comer mais nada.
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Concluída a refeição, todos bebiam, como das vezes anteriores, a terceira taça de vinho, que se chamava o cálice de bênção, porque era abençoado de forma especial. Depois, cantavam a segunda parte do Hallel (Sl 113 e 118) e outros Salmos. Todas essas cerimônias prolongavam consideravelmente a ceia, mas a recomendação era que os participantes se retirassem antes da meia-noite.
Será que Jesus celebrou a ceia completa, segundo o descrição acima, antes de passar para a Santa ceia? Ou reuniu-as em uma única cerimônia, extraindo da antiga Páscoa alguns de seus rituais e expressões? Não existe acordo entre os estudiosos sobre esse ponto. O cálice de bênção parece favorecer a segunda opinião, porque Paulo dá ao cálice da Ceia esse mesmo nome (1Co 10.16). Muitos acreditam que isso é uma prova de que Jesus consagrou a terceira taça e fez um simbolismo de seu sangue com o vinho contido nela. Mas pode ser apenas coincidência. O que devemos levar em consideração é a importância que se dava à sequência dos rituais.
Cristo tinha pleno direto de modificar os rituais, ainda mais porque estava executando um ato que seria revogado em breve. Mas os evangelhos contêm alusões ao respeito que Jesus manifestava aos sagrados rituais, cujo sentido não havia ainda sido deturpado pelo farisaísmo.
Por isso, podemos concluir que, a partir da quarta taça até o final da ceia, todo o ritual foi celebrado conforme o costume judaico. Lucas não diz que o cálice foi consagrado por Jesus depois da ceia (Lc 22.20)? Porém, Mateus e Marcos dizem que a consagração do pão ocorreu enquanto comiam (Mt 26.21; Mc 14.18), ou seja, durante a refeição. De qualquer forma, Jesus, na instituição da Santa Ceia, lançou mão de elementos que constituíam a Páscoa hebreia.

A SANTA CEIA

A saída do traidor foi um alívio para a alma do Mestre. Recobrando a calma e sabendo que estava rodeado apenas por amigos fieis, pronunciou estas amorosas palavras: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça (Lc 2.15), que mistura de alegria e tristeza. Alegria porque agia como se fosse demorar em ser o Cordeiro imolado por nós. Tristeza porque ia separar-se, pelo menos de modo exterior e visível, dos apóstolos a quem tanto amava.
Para explicar em parte o seu pensamento, Jesus acrescentou: Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus (Lc 22.16). O cordeiro pascal, que fora comido momentos antes, era um símbolo que, no Reino de Deus já estabelecido, será cumprido inteiramente. Essas palavras referiam-se, portanto, à Páscoa eterna no céu, onde não mais haverá simbologias, apenas uma magnífica realidade.
Mateus, Marcos e Lucas (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.19,20) dão-nos informações breves, porém claríssimas sobre a Santa Ceia. João, que se refere à promessa de sua instituição (Jo 6.22-72), não fala de seu cumprimento. Mas o apóstolo Paulo completa o relato dos três primeiros evangelistas (1Co 11.23-26). O próprio Salvador lhe revelou o mistério do cenáculo. Observe que Jesus inaugurou a sua vida pública recebendo o batismo de João Batista, que era um prelúdio do batismo cristão. E, quando seu  ministério público estava prestes a ser concluído, instituiu a Santa Ceia.
A expressão enquanto comiam introduz uma nova fase da última ceia. Jesus, tomando um pão asmo, abençoou-o com a oração costumeira e o repartiu entre os onze. A esse ritual, seguido pelos apóstolos e pelos seus sucessores, a Igreja primitiva deu o nome de partir do pão (At 2.42). Antes de distribuir o pão, Jesus disse aos discípulos: Tomai, comei (Mt 26.26) e em seguida pronunciou a frase litúrgica: Isto é o meu corpo.
Interior do Salão Superior
(Cenáculo)
Para que o banquete do amor fosse completo, era necessário servir a bebida apropriada. O cálice que já circulara várias vezes durante o jantar foi usado para oferecê-la. Esse cálice não tinha o mesmo formato que as nossas taças atuais. Segundo os arqueólogos, era um recipiente de pouca profundidade, com a boca mais larga, e provido de um pé muito baixo e de duas asas pequenas. Tratava-se de uma imitação dos modelos gregos romanos. Jesus colocou o vinho tinto e também um pouco de água no cálice, segundo a tradição.
Depois desses breves preparativos, o Salvador pronunciou sobre o cálice, tal como fizera com o pão, a expressão usual da bênção. Em seguida, levantou o cálice e o consagrou, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados (Mt 26.27,28).
A expressão para remissão dos pecados não consta da narração de Marcos. Segundo o apóstolo Paulo, Jesus disse: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue (1Co 11.25). Mais completa ainda é a expressão de Lucas 22.20: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Depois de ser consagrado pelo Salvador, o cálice foi passando de mão em mão entre os onze, e todos beberam dele, acrescenta Marcos (14.23).

O SERMÃO APÓS A SANTA CEIA E A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS

O Divino Mestre se recolheu um instante e, depois, pronunciou o incomparável discurso que ocupa mais três capítulos do quarto evangelho (Jo 13.31 -- 16.33). A maior parte das sentenças é fácil entender. Podemos compreendê-las sem nenhum esforço na primeira leitura, mas, quando tentamos ir mais fundo, descobrimos que são profundas como o céu. Então, convencemo-nos de que somente Deus pode usar semelhante linguagem. O discurso e a oração que segue são fontes de riquezas teológicas e, particularmente, provas da divindade de Jesus Cristo.
Discurso de despedida ou Testamento do Salvador são dois títulos que expressam a ideia dominante, em torno da qual se agrupam os demais pensamentos. Dentro de algumas horas, Jesus morreria, mas, antes de separar-se de seus apóstolos, dirige-lhes as suas últimas palavras - palavras de consolo, de advertência e de instrução. Logo que mencionou sua partida - para onde eu vou não podeis vós ir (Jo 13.33) -, Jesus se apressou em consolar os apóstolos, relacionando os felizes efeitos dessa momentânea separação (Jo 14.1-31).

OS DOZE NOVOS LÍDERES DAS DOZE TRIBOS ANTIGAS

OS DOZE NOVOS LÍDERES DAS DOZE TRIBOS ANTIGAS 
(João 13.1-20)
1 Antes da festa da Páscoa, quando Jesus sabia que havia chegado a hora de deixar este mundo para o Pai, tendo amado os seus que habitavam o mundo, eu os amo até o fim.
Após os eventos recentes, discutidos no capítulo anterior, ficou claro para Jesus que seria a última Páscoa a passar com seus amados discípulos. Você deve se lembrar que ele chegou a essa decisão quando os gregos tementes a Deus o procuraram. O conteúdo deste capítulo é acompanhado pelo confronto anterior entre os hoi Ioudaioi [judeus] e a apresentação de Jesus. Mesmo que o bom pastor.
Lá, ele acusou a atual liderança de Israel por serem os maus pastores que não se importavam com as ovelhas. Este versículo começa declarando que, como bom pastor de Israel, Jesus amou suas ovelhas com o maior compromisso e dedicação possível.
2 Durante a ceia, quando o diabo colocou no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, o traiu, 3 sabendo que Jesus que o Pai havia posto tudo em suas mãos e que ele havia deixado Deus e estava voltando para Deus, 4 levantou-se do jantar. Ele tirou a capa e, pegando uma toalha, amarrou-a na cintura. 5 Então ele derramou água em uma tigela, começou a lavar os pés dos discípulos e a secá-los com a toalha em volta da cintura.
Nesta passagem, fica claro que foi uma de suas últimas interações com os discípulos, Jesus queria modelar algo muito importante. No entanto, é crucial que não vejamos isso simplesmente como seu exemplo pessoal para todos os crentes (embora o princípio, é claro, se aplique a todos). O jantar foi muito especial, porque foi uma das últimas sessões de treinamento de Jesus com a nova liderança de Israel, ele estava prestes a deixar o local. Isso contrasta com hoje, quando em muitas igrejas os apóstolos e seus ofícios não são considerados de muita importância.
O número doze não foi uma coincidência. Jesus escolheu doze apóstolos, porque seu plano incluía a completa renovação de Israel. Os 12 chefes das tribos de Israel deveriam ser substituídos pelos 12 apóstolos judeus que guiariam Israel em direção a um futuro renovado, definido pela redenção.
Basta ler esta descrição da Nova Jerusalém:
“Tinha um grande e alto muro com doze portas; e às portas, doze anjos e nomes inscritos, que são os das doze tribos dos filhos de Israel; ao leste três portas; ao norte três portas; ao sul três portas; para o oeste três portas. E a muralha da cidade tinha doze fundamentos, e sobre eles os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro ”(Apocalipse 21: 12-14).
Assim como lemos no versículo 3 "sabendo que o Pai havia posto tudo em suas mãos", Jesus se levantou para lavar os pés de seus discípulos. Como observamos anteriormente, essa foi uma das últimas e mais importantes sessões de treinamento de liderança que ele teria com aqueles que se tornariam os bons pastores de Israel. Eles tiveram que governar Israel com compaixão, cuidado e um sentimento de pertencimento. Isso contrastava com os "maus pastores" que Jesus substituíra. Não devemos continuar, antes, ao menos mencionar o fato de que, embora Deus tenha deixado tudo nas mãos de Jesus, isso não significava que agora as pessoas deveriam servi-lo (uma conclusão bastante lógica), mas que agora ele deveria servi-las.
6 Quando chegou a Simão Pedro, disse-lhe: Senhor, lavas-me os pés? 7 Jesus respondeu: "O que eu faço, você não entende agora, mas depois entenderá". 8 Pedro disse-lhe: Você nunca lavará meus pés. Jesus respondeu: "Se eu não lavá-lo, você não terá parte comigo". 9 Simão Pedro disse-lhe: “Senhor, não apenas meus pés, mas também minhas mãos e minha cabeça” 10 Jesus disse-lhe: “Quem é lavado não precisa lavar seus pés, porque tudo está limpo; e você está limpo, embora nem todos. ” 11 Ele sabia quem o livraria; portanto, ele disse: "Eles não são todos limpos". 12 Depois que lavou os pés, pegou a capa, voltou à mesa e disse-lhes: Você sabe o que eu fiz com você? 13 Você me chama de Mestre e Senhor, e diz bem, porque eu sou. 14 Porque, se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés, você também deve lavar os pés um do outro. 15 Pois eu te dei um exemplo para que, como eu te fiz, você também o faça.
Pedro manifesta sua oposição simplesmente expressando a perplexidade de outros discípulos. Jesus responde que, se não permitir que ele lave os pés, Pedro não poderá participar do serviço fundamental dos bons pastores. Pedro, talvez, pensando que Jesus estava falando sobre a limpeza das ofertas cerimoniais da água para passar por toda a cerimônia (mikvah). Jesus especifica que ele não tem em mente a cerimônia da água, e sim que apenas exige que seus líderes servos tenham corações humildes e um compromisso total em servir o povo de Deus. Jesus mais tarde desafiaria Pedro no contexto da profecia de Ezequiel sobre o mal dos pastores de Israel: "Alimente minhas ovelhas" ( Ezequiel 34 ).
16 Em verdade, em verdade vos digo, o servo não é maior que o seu senhor, nem o enviado é maior que aquele que o enviou.
Já era tarefa do parente mais novo ou de um criado lavar os pés empoeirados dos convidados que chegavam de fora à casa. Jesus realizou a obra do servo. Os discípulos eram servos de Jesus. A conclusão foi inevitável. Se ele fez, quanto mais eles deveriam estar dispostos a fazer isso? Eles devem se tornar dignos de confiança e não egoístas para serem verdadeiramente pastores do povo de Deus - Israel.
17 Se você souber essas coisas, abençoado será você se você as fizer. 18 Não estou falando de todos vocês; Eu sei quem eu escolhi. Mas a Escritura deve ser cumprida: "Quem come pão comigo levantou o pé contra mim". 19 A partir de agora eu digo antes que aconteça, para que, quando isso aconteça, você acredite que eu sou.
Embora esse não seja o foco dele, Jesus prediz eventos futuros. Tudo foi feito para que os apóstolos fossem fortalecidos em sua fé antes de um período muito difícil de serviço (para a maioria termina com o martírio) que eles tinham diante deles.
20 Em verdade, em verdade vos digo que quem recebe o que eu envio, recebe-me; e quem me recebe recebe quem me enviou.
Nesta última observação, Jesus demonstra mais uma vez a importância dos doze apóstolos que ele deixou em seu lugar. Ele lhes deu toda a autoridade necessária para governar. Recebê-los significaria receber Jesus, assim como receber Jesus significava receber seu Pai. Segue-se, portanto, que quem recebe um dos doze apóstolos recebe o mesmo Deus. [Este texto é parte de um artigo publicado no Israel Institute Of Biblical por Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg - Editado aqui por Costumes Bíblicos]

ANDINA

QUEM É ANDINA?
A primeira Adina não era outra senão a esposa de Labão, o arameu. Este é Labão, o famoso fraudador, feiticeiro e trapaceiro astuto, sobre quem lemos na Hagadá de Pessach : "Labão queria destruir tudo".
Labão não era conhecido por seus bons valores morais. E, no entanto, esse homem inútil era o pai de Raquel e Lia , as matriarcas justas do povo judeu. Como um personagem tão sombrio teve filhos tão maravilhosos? Provavelmente isso se devia inteiramente à sua delicada esposa, Adina.
Tudo o que sabemos sobre ela é o nome dela. E é tudo o que precisamos saber. Adina, a delicada. Não se deixe enganar por sua natureza suave e gentil. Com sua sutileza e força tranquila, ela tinha o poder de combater o caráter negativo de seu marido e criar filhos que iluminavam o mundo.
Então é daí que o seu nome vem. A mulher delicada que, sozinha, instilou seus filhos com bom caráter, e assim moldou o futuro judaico para sempre. Ela fez isso sem o apoio do marido. Imagine o que um casal com a mesma opinião pode fazer.

Fonte:

Sefer Hayashar, citado no Seder Hadorot no ano 2164. Ver também no ano 2217, onde menciona outra Adina, esposa de Levi , filha de Yovav ben Yoktan. Este segundo Adina, ao contrário do primeiro, juntou-se ao povo judeu, que provavelmente é como o nome se tornou popular. Podemos apenas imaginar como Leah se sentiu quando seu filho Levi se casou com uma mulher com o mesmo nome que sua mãe. (Este texto é parte de um artigo publicano no Chabad.org por Aron Moss)

MULHERES DA BÍBLIA INTERIOR(*Apresentação judaica)

Existe uma Bíblia externa - uma história de homens e mulheres, de guerras e maravilhas. E há uma Bíblia interior, de acordo com tradições antigas, na qual cada palavra descobre uma sabedoria, beleza e luz insondáveis.
Do lado de fora, as mulheres da Bíblia parecem desempenhar apenas um papel de apoio em um drama dominado pelos homens.
Do lado de dentro emerge uma história de homens manipulados por mulheres poderosas e alimentados com valores femininos. Uma história que revela a qualidade interior da feminilidade que transcende a mente dos homens.
A luz interior da feminilidade é de uma qualidade essencial, de um lugar que a mente não pode tocar.
Este é o segredo das palavras da sabedoria de Salomão : "Uma mulher de valor é a coroa de seu marido". Como uma coroa está acima da cabeça e além dela, a luz interior da feminilidade é de uma qualidade essencial, de um lugar que a mente não pode tocar. (Este texto é parte de um artigo publicado no Chabad.org por Tzvi Freeman)

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As Pragas do Egito

Faraó Ramsés II
(provavelmente o Faraó de Êxodo)
Pragas atingem o Egito
Êx 6.28-10.29
AS PRAGAS DO EGITO
Faraó ouviu e rejeitou o pedido de Moisés. Demonstrou que tipo de pessoa ele era: "Quem é o Senhor...? Eu não conheço o Senhor e não vou deixar que os israelitas saiam daqui" (5.2).
Assim, Deus dá início a uma série de castigos para ensinar a Faraó e seu povo quem era o SENHOR e qual era o alcance do poder de Deus sobre a criação (7.5,17;8.10,22;9.14). Nove vezes Deus agiu, e Faraó, seus magos e todos os deuses do Egito foram incapazes de reverter o juízo de Deus. Os magos podiam imitar, mas não eram capazes de impedir.
1. O Nilo, centro da economia e de culto da nação, isto é, sua força vital, "transformou-se em sangue": os peixes não podiam viver na água vermelha grossa (7.14-24).
2. Sete dias mais tarde, rãs, fugindo das margens do rio e dos peixes em decomposição, procuram refúgio nas casas (7.25-8.15).
3-4. Depois, o país foi infestado, primeiro por mosquitos e depois por moscas que se criaram entre as carcaças dos peixes e das rãs (8.16-32).
5-6. Os animais foram atingidos por uma peste, e tumores apareceram nas pessoas e nos animais (9.1-12).
7. Chuva de pedra e tempestades destruíram as safras de linho e cevada, mas não as de trigo e espelta, que ainda não haviam crescido. E os egípcios que deram ouvidos às advertências de Deus foram salvos (9.13-35).



8. O vento trouxe uma nuvem de gafanhotos da Etiópia que destruiu toda a vegetação do país (10.1-20).
9. Durante três dias a luz do sol permaneceu encoberta por "trevas espessas" (provavelmente uma tempestade de areia provocada pelo vento conhecido como cansim) (10.21-29).
As pragas ocorreram durante um período de seis meses a um ano. Em cada caso Deus decidiu valer-se de desastre naturais para confundir o Faraó e os deuses do Egito (12.12). Ele fez com que o "deus Nilo" trouxesse ruína em lugar de prosperidade. As rãs (associadas aos deuses egípcios da fertilidade) trouxeram doença ao invés de fecundidade. E o poder de Rá, o deus sol, foi eliminado. Os acontecimentos seguem uma ordem lógica, que poderia ter começado com uma inundação acima do normal, trazendo lama vermelha e espessa ou algas vermelhas que poluíram a água.
Um império que custou a 
vida de milhares de hebreus.

Não importa como aconteceu, o fato é que não se tratava de mero "acaso", pois Deus estava em ação, demonstrando seu controle absoluto. Ele fez distinção entre seu povo e os egípcios. Ele controlou a extensão e as áreas afetadas por cada praga. Anunciou a vinda de cada uma e podia fazê-las cessar a qualquer momento em resposta a oração.
7.24 O solo arenoso filtra a água.
7.25 Antes da construção da grande represa de Assuã, a cheia anual ocorria entre junho e outubro.
8.16-17 "Mosquitos, "piolhos": a palavra ocorre apenas aqui Foi do "pó da terra" que eles saíram.
*As pragas são desastrosas. Mas mesmo calamidades terríveis podem levar a resultados positivos. Uma praga pode resultar em uma proximidade sem precedentes entre o Todo-Poderoso e seu povo.
“quando você está no meio da praga, você está nas mãos de Deus”. Na cosmovisão bíblica, as pragas são freqüentemente expressões necessárias da ira divina, julgamento e justiça. Mas isso é tudo que há lá? É apenas sobre a ira de Deus?[*Dr.Pinchas Shir/Israel Bible Center]


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O nascimento de uma virgem

familia de Jesus
O nascimento de uma virgem 
Tanto Mateus (1.18-25) quanto Lucas (1.30-35) afirmam que Jesus Cristo foi concebido por ação do Espírito Santo de Deus, sem a intervenção de um pai humano, e, assim, nasceu de uma virgem, Maria. Em razão disso, afirmamos que Jesus nasceu de uma virgem, ou, para ser exato, foi concebido no ventre de uma virgem.
Em Mateus e também em Lucas a ênfase está no poder e na atividade do Espírito Santo com vistas ao nascimento de Jesus. É isto, e não a inexistência de um pai humano, e tampouco a cooperação da virgem mãe, que é ressaltado por eles. De sua mãe, Jesus nasceu como homem, mas pelo ato criador do Espírito esta sua humanidade é uma nova humanidade, o ponto de partida de uma nova raça.
Alguém poderia dizer que isso teria sido possível sem o nascimento de uma virgem, mas a evidência bíblica indica que esse milagre foi o meio que Deus encontrou para trazer o seu Filho ao mundo. Não nos é dada nenhuma explicação sobre a fisiologia da encarnação; apenas se afirma que foi por ação do Espírito que Maria engravidou.
Na verdade, isso é tudo que pode ser dito, pois o que nos interessa, neste caso, é a entrada do Deus infinito em sua criação, e isto é algo que não pode ser descrito, da mesma forma como o próprio ato da criação não pode ser descrito.
Por outro lado, não se pode rejeitar o nascimento de uma virgem simplesmente porque é um milagre. O milagre supremo é a encarnação como tal, e, se podemos aceitar este milagre, não deveria haver maiores dificuldades para aceitar o meio pelo qual Deus decidiu efetuá-la.
O nascimento de uma virgem é raramente mencionado em outras passagens do NT. Isso é uma advertência para que não a enfatizamos em demasia. O fato é afirmado, mas as Escrituras não fazem a divindade de Cristo, nem a sua encarnação, nem a sua santidade depender da forma como ele nasceu.
Foi somente após o nascimento de Jesus que a profecia de Is 7.14, de que uma "virgem" conceberia e teria um filho chamado "Emanuel" ("Deus conosco"), passou a ser vista como tendo um sentido mais profundo (veja Mt 1.22-23).
Segundo Mc 6.3, o povo de Nazaré chamou Jesus de "filho de Maria", o que possivelmente era um insulto baseado no rumor de que José não era o pai dele. Em Jo 8.41 apareceu uma calúnia semelhante.
Alguns estudiosos acreditam que há referências adicionais ao nascimento de uma virgem em Gl 4.4, onde Paulo diz que Deus "enviou seu Filho, nascido de mulher", e também em 1Co 15.45-47, onde Paulo apresenta Cristo como o último Adão, o primeiro de uma nova raça.

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