A Páscoa, também conhecida como Pessach, é o feriado judaico de 8 dias celebrado no início da primavera que comemora a emancipação dos israelitas da escravidão no antigo Egito.
A HISTÓRIA DA PÁSCOA(RESUMIDA)
A Páscoa comemora a libertação milagrosa dos israelitas da escravidão no Egito. É um momento para refletir sobre a humildade, a energia Divina e o potencial para milagres.
Após décadas de escravidão aos faraós egípcios, Deus viu a angústia dos israelitas e enviou Moshê ao Faraó para exigir sua libertação. Apesar dos numerosos avisos, o Faraó recusou-se a acatar a ordem de Deus. Deus então infligiu ao Egito 10 pragas devastadoras. No final, a resistência do Faraó foi quebrada e ele praticamente expulsou seus ex-escravos da terra.
Durante a última das 10 pragas, a morte dos primogênitos egípcios, Deus poupou os filhos de Israel, “passando por cima” de suas casas – daí o nome do feriado. (Páscoa-Pêssach-Passagem-Passando por cima)
Conforme contado na Bíblia, depois de muitas décadas de escravidão aos faraós egípcios, durante as quais os israelitas foram submetidos a um trabalho árduo e a horrores insuportáveis, Deus viu a angústia do povo e enviou Moshê ao Faraó com uma mensagem: “Envie Meu povo, para que me sirvam”. Mas apesar dos numerosos avisos, o Faraó recusou-se a acatar a ordem de Deus. Deus então enviou ao Egito dez pragas devastadoras, afligindo-os e destruindo tudo, desde o gado até as colheitas.
À meia-noite do dia 15 de Nissan do ano 2.448 da criação (1.313 AEC), Deus visitou a última das dez pragas sobre os egípcios, matando todos os seus primogênitos. Ao fazer isso, Deus poupou os filhos de Israel, “passando por cima” de suas casas – daí o nome do feriado. Os israelitas partiram com tanta pressa, de fato, que o pão que assaram como provisões para o caminho não teve tempo de crescer. Seiscentos mil homens adultos, além de muito mais mulheres e crianças, deixaram o Egito naquele dia e começaram a jornada até o Monte Sinai e seu nascimento como povo escolhido de Deus.
Nos tempos antigos, a observância da Páscoa incluía o sacrifício do cordeiro pascal, que era assado e comido no Seder na primeira noite do feriado. Este foi o caso até o Templo de Jerusalém ser destruído no primeiro século.
COMO É CELEBRADA A PÁSCOA?
Menino judeu segurando uma matzá Foto: Acervo Chabad.org - a foto foi tirada antes da celebração |
Os pontos focais do Seder são:
- Comer matzá.
- Comer ervas amargas — para comemorar a amarga escravidão sofrida pelos israelitas.
- Beber quatro xícaras de vinho ou suco de uva — uma bebida real para celebrar nossa liberdade recém-adquirida.
- A recitação da Hagadá , liturgia que descreve detalhadamente a história do Êxodo do Egito. A Hagadá é o cumprimento da obrigação bíblica de contar aos nossos filhos a história do Êxodo na noite da Páscoa. Começa com uma criança fazendo as tradicionais “ Quatro Perguntas ”.
O que torna esta noite diferente de todas as [outras] noites? (Abaixo as "Quatro Perguntas")👇 (Fonte: Chabad.org)
- 1) Em todas as noites não precisamos mergulhar nem uma vez, nesta noite fazemos isso duas vezes?
- 2) Em todas as noites comemos chametz ou matzá , e nesta noite só matzá ?
- 3) Em todas as noites comemos qualquer tipo de verdura, e nesta noite maror ?
- 4) Todas as noites comemos sentados ou reclinados, e nesta noite todos reclinamos ?
Os sábios de Israel em [Yalkut Shimoni] diz: (Sob a questão de tratar bem e com paciência, as crianças)👇
Moisés disse a Josué : “Esta nação que te confio ainda são cabritos, ainda são crianças. Não se irrite com eles pelo que fazem, pois o Mestre deles também não se irritou com eles pelo que fizeram.” Como está escrito: “Quando Israel era jovem, eu o amei; do Egito convoquei meu filho.”
Quando Israel se rebelou contra D'us no Mar dos Juncos, os anjos disseram a D'us : “Eles estão se rebelando e provocando, mas Tu estás em silêncio?!”
D’us disse aos anjos: “Eles são crianças. E não se irrita com crianças. Assim como uma criança sai suja do útero e depois é lavada, assim também Israel: 'Eu lavei o teu sangue de cima de ti. Ungi-te com óleo e vesti-te com roupas bordadas. . .'”
( Ez 16:9-10 )
Durante a Páscoa, o chametz (pão fermentado) é estritamente evitado e, em vez disso, é consumido matzá. O destaque é o Seder, [O Seder é uma festa repleta de rituais de 15 etapas, realizada nas duas primeiras noites da Páscoa. Envolve comer matzá e ervas amargas, beber quatro xícaras de vinho ou suco de uva e pedir às crianças que façam as Quatro Perguntas. A Hagadá {livro que reconta a história do êxodo, a partir do qual o seder da Páscoa é conduzido}, uma liturgia que detalha a história do Êxodo, é o guia.] uma festa repleta de rituais realizada nas duas primeiras noites, durante a qual comemos matzá, [matzá – pão achatado e sem fermento – é um componente central da Páscoa.] bebemos quatro taças de vinho, reclinamos e contamos a história da nossa liberdade. [as Quatro Taças, não é um requisito bíblico, nem envolve qualquer requisito bíblico – é de origem inteiramente rabínica. Reclinar-se e mergulhar, por outro lado, embora não sejam requisitos bíblicos em si, estão ligados aos requisitos bíblicos: reclinar-se é feito enquanto se cumpre a mitsvá bíblica da matzá; e mergulhar, pelo menos o segundo, envolve ervas amargas, também uma mitsvá bíblica nos tempos do Templo]
A noite do Seder de Pessach é na verdade “apenas” o primeiro e emocionante momento crítico em um drama que se desenrola que dura cinquenta dias. Não é o fim de algo: Pessach é muito mais o começo de algo.
A partir da noite seguinte à noite do Seder, os judeus observantes começam a contar. E conte. E conte. Conforme ordenado em Levítico 23:15-16, contam o seu caminho dia após dia durante as “sete semanas” e depois até o 50º dia de Shavuot (Festa das Semanas). Esta é a fonte da celebração cristã do Pentecostes 50 dias após o Domingo de Páscoa. Em Shavuot, os judeus celebram a entrega da Torá por Deus a Moisés e aos filhos de Israel no Sinai.
"A liberdade física e a redenção são extremamente necessárias, mas não suficientes. Devemos sempre olhar para a conclusão deste processo que vem com a liberdade espiritual que vem de seguir a Deus após a nossa redenção física."(Faydra Shapiro-IBC)
Com certeza, Pêssach é uma solenidade que deu a Israel uma identidade, um legado e uma responsabilidade para com as nações. A história do resgate da escravidão à liberdade, da morte para a vida, fará parte toda a narrativa bíblica. O povo do Eterno (judeus e não-judeus) celebra Pêssach não apenas para lembrar do passado, mas para renovar nossa esperança na futura redenção anunciada por Yeshua e pelos profetas.
Mil e quatrocentos anos após o êxodo do Egito, Yeshua foi a Jerusalém com Seus discípulos para celebrar o Pêssach. Ele e Seus discípulos já haviam celebrado o Pêssach em Jerusalém muitas vezes, porém, essa celebração seria diferente das outras. Quando se aproximaram de Jerusalém, Yeshua disse: “O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.” (Mt 26:18).
Horas antes do povo de Israel oferecer o sacrifício de Pêssach no Templo, Yeshua se tornou um sacrifício espiritual - o cordeiro da Páscoa que tira o pecado do Mundo. Quando o povo judeu sacrificava em lembrança do resgate do Egito, Yeshua foi à cruz. Quando obedecemos a instrução apostólica e celebramos o Pêssach como a Igreja do 1° século fazia, lembramos da salvação histórica do Egito e também da salvação que nos foi concedida pelo sacrifício de Yeshua. Somos confrontados com a necessidade de desenvolver a nossa santidade, abrindo mão de toda prática pecaminosa e nos revestindo do matzá da bondade e da sinceridade do Eterno. Paulo escreve: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também o Messias, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com o matzá da sinceridade e da verdade.” (1Co 5:7-8)
Chag Pêsssach Sameach - Feliz Festa de Pêssach!