COSTUMES BÍBLICOS: 2016


O terceiro templo: localização, localização

Thomas Ice e Timothy Demy citam três possíveis localizações do templo no monte do Templo:
Todos concordamos que o terceiro templo será construído em algum lugar dos 14 hectares do monte do Templo em Jerusalém. Mas o lugar exato do monte em que o templo, que é relativamente pequeno, será colocado é fonte de grande debate. Quais as opções?
Três locais receberam mais atenção como possíveis localizações para o templo: o local norte, o local tradicional e o local sul.

O local sul
O local menos provável é o local sul, proposto por um estudioso católico chamado Bellarmino Bagatti em 1979.[...]
A visão de Bagatti é a mais fraca dos três porque é baseada, nos pontos cruciais, em dados históricos falsos que foram usados para calcular suas conclusões. Uma de suas suposições falsas é a de que a rocha sagrada em cima do monte do Templo não é uma base para localizar o templo.

O local norte
O Dr. Asher Kaufman de Israel, no final dos anos 70, desenvolveu a visão de que o templo localizava-se no canto nordeste do monte do Templo.[...] Ele acredita que esse ponto é o ponto natural mais alto do monte do Templo, e onde o templo deveria localizar-se.
O arqueólogo israelita Dr. Dan Bahat levanta as seguintes objeções à visão de Kaufman:
Nós [arqueólogos] não aceitamos a visão do Dr. Asher Kaufman. A localização que sugeriu para o templo não concorda de forma alguma com o que sabemos hoje sobre o posicionamento do monte do Templo. Existe outro monte do Templo que data do período asmoneu ou o de Simão, o justo (não podemos precisar a data ainda), e era um monte do Templo confinado precisamente à topografia da área. Ele era formado de tal maneira que nenhum acréscimo poderia ser feito sem alterar as características topográficas. Por exemplo, o vale central de Jerusalém começa em um ponto que desce até onde se localiza o Muro das Lamentações hoje, e, a partir desse ponto, vai por baixo do monte do Templo para sair por baixo dele.
Por esse motivo, Herodes, o Grande, queria aumentar o monte do Templo, porque ele não poderia construí-lo sem alterações topográficas, e porque os asmoneus, ou Simão, o Justo, fizeram a maior expansão do templo possível dentro da estrutura da topografia em volta do monte do Templo. Herodes, o Grande, portanto, para fazer a expansão, teve de atravessar o vale central e outros vales dos arredores em Jerusalém. Dessa forma, conhecemos precisamente as condições de como o templo foi instalado antes da época de Herodes, o Grande. Se aceitássemos a teoria de Asher Kaufman sobre a localização do Santo dos Santos, isso forçaria todo o templo, mas isso é impossível por causa da grande profundidade do vale. Além disso, Charles Warren descobriu um enorme fosso na área norte, e, se formos aceitar a teoria de Kaufman, metade do templo teria sido construída dentro desse fosso.
Essa visão ganhou popularidade no meio evangélico estadunidense como uma solução que resolveria os problemas políticos associados com a reconstrução do templo. Alguns sugeriam que, se a visão do norte estiver correta, o templo poderia ser construído sem atrapalhar a Cúpula da Rocha. Entretanto, essa não é uma solução, pois nem judeus nem árabes permitiriam que a proximidade de seus edifícios profanasse seus lugares santos.

O local tradicional
A visão aceita pela maior parte dos judeus religiosos da Israel atual é a de que o local tradicional, preservado pela Cúpula da Rocha, é onde o próximo templo será construído. Essa visão é a que acreditamos estar correta [...] Embora muitos detalhes possam ser dados em apoio a essa visão, ela se resume a um simples fato - a Cúpula da Rocha preserva a rocha, e, portanto, o local de templos anteriores. Dan Bahat diz, inequivocamente:
Direi agora que o templo está exatamente no lugar do monte do Templo em que a Cúpula da Rocha fica hoje. Quero dizer, explicitamente e claramente, que acreditamos que a rocha embaixo da Cúpula é o local preciso do Santo dos Santos. O templo estendeu-se exatamente até onde a Cúpula está. A "Pedra Fundamental" é, na verdade, a pedra que continha o Santo dos Santos.
Chaimi Richman do Instituto do Templo diz:
Temos uma tradição, que foi passada adiante em uma corrente inquebrável, desde nossos pais de que a rocha, a pedra embaixo da Cúpula da Rocha, é a "pedra fundamental".
Dan Bahat concorda com isso quando acrescenta:
[...]Omar, o conquistador muçulmano de Jerusalém, foi levado por um judeu diretamente para essa pedra, não para outra. Então a tradição é bastante clara quanto à tradição do lugar. (The Truth About the Last Days'Temple.p.33,35-37).

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Até a próxima!
Fica na paz!


A determinação do advento e a crucificação do Messias nas Setenta semanas

Desde a antiguidade, a importância em demonstrar a precisão da profecia de Daniel relativa ao advento e ministério messiânicos de Jesus tem levado estudiosos cristãos a produzirem uma cronologia histórica terminando com a sexagésima nona semana (a conclusão dos 483 anos), o tempo da crucificação de Jesus. A chave interpretativa dessa determinação cronológica aparece na frase inicial: Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém. A questão relativa ao terminus (a data na qual o período de 490 anos iniciaria) é essencial para uma interpretação de toda a profecia que seja historicamente correta. Essa determinação da data inicial para as Setenta semanas requer uma série complexa de escolhas:
Em primeiro lugar, não menos do que quatro diferentes contagens foram propostas para calcular as setenta semanas constituídas por anos.
Solar/tropical (365 dias);
Lunar (354 dias);
Solar/lunar (365 dias);
"Profética" (360 dias).
Qual desses esquemas foi empregado nessa profecia?
Além disso, o Antigo Testamento registra quatro ocasiões distintas em que os persas decretaram a ordem para reconstruir Jerusalém:
No primeiro ano de seu reinado, Ciro ordenou a reconstrução do templo em 538 a.C. ou 536 a.C. (dependendo se a referência é feita à sua corregência ou à regência exclusiva; 2Cr 36.22,23; Ed 1.1-4; 5.13-17).
O decreto de Dario l no segundo ao de seu reinado (confirmando o decreto de Ciro) em 520 a.C. ou 519 a.C. (Ed 6.1,6-12).
O decreto de Artaxerxes l Longímano no sétimo ano de seu reinado, em 457 a.C. (Ed 7.7-28).
O decreto de Artaxerxes l no vigésimo ano de seu reinado (445/444 a.C.), que permitiu a Neemias reconstruir as muralhas de Jerusalém (Ne 2.1-8,13,17).
Qual decreto foi escolhido como ponto de partida?
Por fim, ajustes adequados à contagem devem ser feitos com respeito aos anos bissextos e às diferenças entre os calendários gregoriano e juliano. O método da contagem, a data do decreto e como esses ajustes são realizados afetam significativamente o resultado calculado. A mais célebre tentativa de resolver essa equação foi a de Sir Robert Anderson, publicada em 1882 (The Coming Prince). Ele adotou o esquema profético de 360 dias e escolheu o vigésimo ano de Artaxerxes como ponto de partida  (presumindo que Neemias 2.1 menciona o primeiro dia do mês de nisã, equivalente a 14 de março de 445 a.C. no calendário juliano). A partir daí, ele adicionou 173.880 dias (483x360 dias por ano) a essa data atribuída ao decreto. Então, convertendo para anos reais (173.880 dividido por 365 igual 476,3836) e adicionando 24 dias, de 14 de março para 6 de de abril, mais os anos bissextos (116 dias), chegou-se à data do final da sexagésima nona semana e da crucificação de Jesus, no décimo dia do mês de nisã (6 de abril) de 32 d.C.
Outros cronologistas demonstraram que os cálculos de Anderson continham os seguintes erros:
Mistura dos calendários gregoriano e juliano em seu cálculo dos anos bissextos (menos 3 dias) e a identificação do décimo dia de nisã em 32 d.C. como um domingo, 6 de abril (no calendário juliano), quando, de fato, tratava-se de uma quarta-feira, 9 de abril. Isso teria levado ao cálculo do ano errado.Em 1973, Harold Hoehner tentou corrigir esses erros usando o mesmo esquema de 360 dias, mas ajustando o vigésimo ano de Artaxerxes para 5 de março de 444 a.C. Depois de adicionar os dias extras de 116 anos bissextos mais 24 dias entre 5 e 30 de março e também fazer ajustes ao calendário solar gregoriano, ele calculou que o período de 483 anos terminaria com a chamada "entrada triunfal" de Jesus em Jerusalém, no dia 30 de março de 33 d.C. (Chronological Aspects of the Life of Christ.p.135-138)
Recentemente, argumentos elaborados a partir de novas informações revelaram que o vigésimo ano de Artaxerxes adotado por Hoehner era, com efeito, 445 a.C. e não 444 a.C., e que o primeiro dia do mês de nisã seria 3 de abril e não 6. Pete Moore afirmou que Hoehner errou ao usar o ano juliano definido em 365,25 dias e multiplicar os 476 anos por 365,242100, o que teria resultado em um erro de cinco dias. O método adotado por Moore para obter os cálculos corretos dos 483 anos é compartilhado por outro cronologista bíblico chamado Floyd Nolen Jones. Jones tentou corrigir os erros dos cálculos do passado adotando o ano solar (365,2422 dias) como ano bíblico literal e escolhendo o ano de 473 a.C. como data da ascensão de Artaxerxes l (embora esse intérprete duvide que o Artaxerxes bíblico de Neemias seja o mesmo Artaxerxes Longímano) e o ano de 454 como o vigésimo ano de seu reinado (sobre os judeus). Com isso, o término dos 483 anos volta a ocorrer com a crucificação de Jesus, no décimo quarto dia de nisã em 30 d.C. (454 a.C. + 30 d.C.=484 anos - 1 ano da passagem entre a.C. e d.C.=483 anos; veja The Chronology of the Old Testament.p.205-221.).
Quanto ao decreto correto, o texto afirma que se trata de uma ordem para reconstruir Jerusalém com o foco em fortificá-la novamente com as novas ruas e muralhas de Jerusalém duração sessenta e dois anos vezes sete, mas será um tempo de muito sofrimento (Dn 9.25 NTLH). O único decreto que teve esse propósito e ocorreu durante os dias mais severos de turbulência Neemias (além disso, tomando as outras possibilidade -- os decretos de Ciro, Diario I ou Artaxerxes Longímano no sétimo ano de seu reinado -- como ponto de partida das setenta semanas, o resultado seria uma data muito prematura para corresponder ao tempo da crucificação. O decreto que obtém o resultado mais próximo é o de Artaxerxes para Neemias). Qualquer que seja a data do decreto adotada como terminus a quo, a adição de 483 anos (as sete semanas mais as 72 semanas) obtém um término no mês de nisã do calendário hebreu e por volta do ano 30 d.C. (a data geralmente aceita pelos historiadores como o tempo da crucificação de Jesus).
O ponto importante nessa questão, ainda que o método adequado do cálculo esteja em discussão, é que Daniel profetizou a chegada do Messias ao final do período do segundo templo, 483 anos depois do decreto ordenado para restaurar e reconstruir Jerusalém. Essa data, qualquer que seja precisamente , coincide com o período de tempo em que Jesus cumpriu Seu ministério messiânico de três anos. Levando em consideração apenas esse fato, compreende-se como Jesus -- que lembrara à nação de Israel o tempo determinado por Daniel (Mt 24.14; Mc 13.15) - pôde condenar a liderança nacional judaica de não reconhecer o tempo da tua [messiânica] visitação (Lc 19.44; confira At 3.17,18).

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LEIA: DANIEL






AS QUATRO NARRATIVAS DO EVANGELHO

Os quatro Evangelhos não são biografias resumidas de Cristo, mas sumários teológicos. Quase tudo sobre a vida prematura de Jesus, do nascimento aos Seus 30 anos, não é mencionado. Por que existem diferenças entre as quatro narrativas? O Dr. Van Dyke disse certa vez:

Se quatro testemunhas aparecem diante de um juiz para narrar um acontecimento e cada uma delas conta exatamente a mesma história, com as mesmas palavras, a provável conclusão do magistrado dirá que a única verdade indubitável a deduzir-se dos depoimentos é fato de que os depoentes entraram em acordo para fornecerem a mesma narração, e não que o testemunho deles possuía um valor excepcional. Mas, se cada pessoa diz o que viu, como viu, então, as evidências serão verossímeis. Ora, ao lermos os quatro Evangelhos, não é exatamente isso o que encontramos? Os quatro evangelistas contam a mesma história, cada um a seu modo.
(The Open Door. Filadélfia: Presbyterian Board of Publication,1903.p.54)




RETRATO DE CRISTO

MATEUS
Um Rei, semelhança de leão.

MARCOS
Um Servo, semelhança de boi.

LUCAS
Um homem perfeito, semelhança humana.

JOÃO
O Deus poderoso, semelhança de águia.

LEMBRETE ANGELICAL (Ez 1;Ap 4)

Primeira criatura, semelhante a um leão.

Segunda criatura, semelhante a um boi.

Terceira criatura, semelhante a um homem.

Quarta criatura, semelhança a uma águia.

ESTILO DO ESCRITOR

Professor

Pregador

Historiador

Teólogo

ÊNFASE POR ESCRITOR

Sermões

Milagres

Parábolas

Doutrinas

CULTURA DOS LEITORES ORIGINAIS

JUDEUS

ROMANOS

GREGOS

O MUNDO

REGISTRO GENEALÓGICO

Sim: Mt 1.1-17

Não

Sim: Lc 3.23-38

Não

Motivo
Um rei deve ter um registro assim.
Um servo não precisa desse registro.
Um homem perfeito requer esse registro.
Deus não tem registro genealógico.

Raiz
Traça a linhagem real de Davi por intermédio de seu filho Salomão.
Traça a descendência física de seu outro filho, Natã.

Fruto

Chega até José, padrasto legal de Jesus.


Chega até Maria, a mãe biológica de Jesus

LUGAR DA AÇÃO PRINCIPAL



CAFARNAUM NA GALILÉIA




JERUSALÉM, NA JUDEIA

DIVISÃO DUPLA
Evangelho Sinóticos-enfatizam a humanidade de Cristo.


O Evangelho de João – enfatiza a divindade de Cristo.


Até a próxima!
Fica na paz!

O Cordeiro morto no templo do milênio

Imagine a seguinte conversa, no templo do milênio, quando um grupo de crianças de uma escola de Berlim visita a Cidade Santa e testemunha o sacrifício de um cordeiro.

Kurt: Senhor, por que você matou aquele cordeirinho?
Sacerdote: Porque o pecado no nosso coração deve ser pago com sangue inocente.
Kurt: Ah, então aquele cordeiro morreu para pagar pelo meu pecado?
Sacerdote: Não, Kurt. É simplesmente um lembrete de que o Cordeiro de Deus morreu por todos os nossos pecados!
Kurt: Ora, eu não sabia que Deus já teve um cordeiro. O que aconteceu com o cordeiro de Deus?
Sacerdote: Kurt, você já viu o Cordeiro de Deus.
Kurt: Quando vimos o cordeiro de Deus? Não me lembro de ter visto o cordeiro de Deus.
Sacerdote: Ok. Deixe-me lhe fazer uma pergunta: o que seu grupo fez esta manhã?
Kurt: Ah, nós nos divertimos bastante! Visitamos o palácio e vimos o Príncipe Emanuel, o próprio Rei Jesus!
Sacerdote: (lentamente, com grande ênfase) Então, Kurt, você viu o Cordeiro de Deus! Kurt, você já viu o Cordeiro de Deus!

Você é capaz de imaginar os olhos daquelas crianças alemãs saltando e seus pequenos queixos caindo maravilhados quando ficaram cientes desse tremendo fato? Talvez seja o segredo mais preciosos do Pai: Seu Filho abençoado, o Poderoso Monarca do milênio, já veio como um humilde Cordeiro de Belém!
Referências bíblicas/profecias do Antigo Testamento que falam de sacrifícios de animais no Templo do milênio: (Is 56.6,7; 60.7; Jr 33.10; Zc 14.16-21).

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No Monte da Transfiguração

Lc 9.28,29
Ele estava transfigurado.
Pedro, Tiago e João acompanharam Jesus ao cume do monte Hermom para orar, mas logo adormeceram.
A face de Jesus, repentinamente, brilhou como o sol, e Suas vestes tornaram-se alvas como a neve.
Ele recebeu dois visitantes, Moisés e Elias, e eles conversaram a respeito de Sua morte.
Os três discípulos acordaram, e Pedro propôs que construíssem um abrigo para cada um deles.
O Pai falou a partir de uma nuvem brilhante que os ofuscou (Mt 17.5).
Os três discípulos caíram sobre suas faces e tiveram grande medo, mas foram acalmados por Jesus.
Pensamentos sobre a transfiguração:



  • As Escrituras sugerem que essa cena pode ter ocorrido durante a noite, pois os três discípulos acordaram de um sono profundo naquele momento (veja Lc 9.32).
  • Observa-se que a luz originava-se de dentro, e não de alguma enorme fonte de luz cósmica iluminando Jesus. Inicialmente, Seu semblante foi afetado; em seguida, Suas vestes. Mais tarde, Saulo veria o Salvador brilhando (At 9), bem como João (Ap 1). Satanás tentou, sem sucesso, imitar o esplendor interior de Cristo (veja 2Co 11.14).
  • A palavra transfigurado é metamorphoo, em grego. Nossa palavra metamorfose origina-se daí. Ela traz à mente uma lagarta no casulo, surgindo uma borboleta.
  • A transfiguração de Cristo não revela Sua divindade, mas Sua humanidade. Transformação é o objetivo da humanidade. Nós experimentaremos isso no arrebatamento. Adão e Eva podem ter sido vestidos por uma luz de inocência, que emanava do interior deles.Mas tudo isso foi perdido por causa do pecado.
  • Moisés e Elias apareceram. Ambos, previamente, experimentaram revelações de Deus (Veja Êx 33.17-23; 1Rs 19.9-13) no monte Sinai/Horebe. A transfiguração cumpriu o duplo pedido de Moisés:
(a) Ver a glória de Deus (Veja Êx 33.18).
(b) Entrar na Terra Prometida (Veja Dt 3.23-25). Alguns acreditam que esses dois homens se unirão mais uma vez para professarem Deus durante a grande tribulação (Veja Ml 4.5; Ap 11.3-14).
Nesse momento, Pedro, impensadamente, sugeriu a construção de três tendas. É possível que, naquele instante, o Festival dos Tabernáculos (tendas) estivesse sendo celebrado em Jerusalém. Isso devia ser um tipo de chegada do milênio, bem como a lembrança da redenção de Israel do Egito (Veja Lv 23.34-44). Mas antes que o milênio pudesse ocorrer, outro festival ocorreria - a Páscoa (veja Lv 23.4-8; Mt 26--27). Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós (1Co 5.7).
Pedro jamais esqueceria esse grande evento. Mais tarde, ele escreveu sobre isso (Veja 2Pe 1.16-18).
Jesus falou com Moisés e Elias a respeito de Sua morte (Lc 9.31). A palavra correta aqui é êxodo e é usada por Pedro, posteriormente, a o descrever Sua morte, que se aproximava (veja 2Pe 1.13-15).

Estudando Lucas 9.29,30,37-39,45,46

Jesus levou Pedro, Tiago e João ao topo de um monte para mostrar-lhes quem Ele realmente era - não apenas um grande profeta, mas o Filho de Deus. Moisés e Elias apareceram, representando a Lei e os Profetas. Jesus cumpriria ambas as coisas (Mt 5.17).
Essa experiência foi um momento crucial na vida de Pedro, Tiago e João. A reação de Pedro faz sentido: ele queria que aquele momento fosse rotineiro. Ele não queria sair dali.
Às vezes, vivemos momentos que não queremos que acabem - longe dos problemas de nossa vida cotidiana. Sabemos que lutas aguardam por nós no futuro, então, queremos permanecer naquele momento. Mas ficar nele impede-nos de servir ao próximo e de tornar-nos mais como Cristo.
Recuar dá-nos forças para retornar ao mundo. Até mesmo, Jesus recuou das multidões. Mas Ele sempre retornava, mesmo sabendo que lutas aguardavam por Ele.
Os discípulos não entendiam as palavras de Jesus sobre Sua morte. Ainda pensavam em Jesus de acordo com as próprias expectativas. Por isso que começaram a discutir sobre quem seria o maior.
Assim como os discípulos, não devemos deixar que nossas perspectivas substituam o propósito de Deus.

Julgamentos Bíblicos

Na realidade, existem alguns julgamentos bíblicos; alguns já foram feitos, outros estão acontecendo neste momento, e outros ainda ocorrerão.
Julgamentos do passado:
O julgamento do jardim do Éden (Gn 3.14-19; Rm 5.12; 1Co 15.22)
O julgamento do dilúvio (Gn 6.5-7; 2Pe 3.1-6)
O julgamento do Calvário (Sl 22.1; Is 53.1-10; Mt 27.33-37; Hb 2.9; 1Pe 2.21-25; 3.18)
Os julgamentos de Israel
a) Nas mãos dos assírios (2Rs 17)
b) Nas mãos dos babilônios (2Rs 24--25)
c) Nas mãos dos romanos (Mt 24.2; Lc 19.41-44)
d) Nas mãos do próprio Cristo (Mt 21.17-19, 33-46)
Julgamentos dos dias atuais:
Sobre igrejas locais pelo Salvador (Ap 2--3)
Sobre crentes específicos
Quando o crente julga a si mesmo (1Co 11.31; 1Jo 1.9)
Quando o pai precisa intervir e julgar (At 5.1-11; 1Co 11.30; Hb 12.3-13; 1Pe 4.17; 1Jo 5.16)
Julgamentos futuros:
O Tribunal (bema) de Cristo (Rm 14.10; 1Co 3.9-15; 2 Co 5.10; Ap 22.12)
O julgamento da tribulação (Ap 6--19)
Sobre os sistemas religiosos do homem (Ap 17)
Sobre os sistemas políticos e econômicos do homem (Ap 18)
Sobre o próprio homem (Ap 6; 8; 9; 16)
O julgamento das lâmpadas e o talento - ele se refere a Israel (Ez 20.33-38; Mt 25.1-30)
O julgamento das ovelhas e bodes - ele se refere aos gentios (Mt 25.31-46)
O julgamento sobre o anticristo e o falso profeta (Ap 19.20)
O julgamento sobre Satanás
a) No poço do abismo por mil anos (Rm 16.20; Ap 20.1-3
b) No lago de fogo para sempre (Ap 20.10)
O julgamento do anjo caído (2Pe 2.4; Jd 1.6)
O julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15)
Os dois julgamentos mais importantes desses oito são o julgamento do Grande Trono Branco e o Tribunal de Cristo. Todos os indivíduos que moram na terra atualmente e os milhões que se foram um dia irão aparecer diante de um desses julgamentos do trono. A decisão não é, portanto, se alguém deverá ser julgado, mas onde esse julgamento irá acontecer.
O julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15) será discutido com maiores detalhes depois. Por enquanto, entretanto, digamos que apenas os não salvos ficarão diante desse trono, sendo que os propósitos e resultados são determinar os graus de punição no inferno.

A dieta de Daniel

Uma dieta divina.
A decisão de Daniel (Dn 1.1-8).
Nabucodonosor escolhera alguns nobres jovens hebreus para serem treinados na língua e na literatura da Babilônia. Daniel e seus três amigos eram parte desse corpo discente (Dn 1.4).
Os jovens receberiam o melhor da comida e do vinho do rei (Dn 1.5).
A lavagem cerebral começou quando um intendente mudou o nome deles (Dn 1.7).
Hananias (o Senhor é gracioso) tornou-se Sadraque (iluminado pelo deus sol).
Misael (quem é o Senhor?) tornou-se Mesaque (quem é Ishtar?).
Azarias (o Senhor é meu auxílio) tornou-se Abede-Nego (o escravo de Nabu). Nabu era o deus babilônio da sabedoria e da educação.
Daniel (Deus é Juiz) tornou-se Beltessazar (príncipe de Bel). Bel era o principal deus do panteão babilônico, equivalente a Zeus ou Júpiter.
Daniel aceitou seu novo nome, mas decidiu não adotar o cardápio do rei (Dn 1.8).
A dieta de Daniel
Três fatores podem ter influenciado a decisão de Daniel:
A carne e o vinho provavelmente haviam sido sacrificados para falsos deuses.
A comida podia estar incluída dentre os itens proibidos pela Lei Mosaica (Lv 11.44-47).
Daniel talvez tenha previamente feito o voto de nazireu (Nm 6.3).
Satanás certamente tentou de muitos modos levar Daniel a voltar atrás:
Era uma ordem do rei, portanto, uma lei.
Desobedecê-la teria uma punição severa como consequência.
Provavelmente, aquela atitude comprometeria todas as possibilidades de progresso.
Quando estiver em um país estrangeiro (como a Babilônia), faça simplesmente como as pessoas do lugar fazem.
Ele estava muito longe de casa, e ninguém saberia das coisas que faria.
De todo modo, Deus permitiu que Daniel fosse capturado.
Saiba mais!
Conheça a história de Daniel, click aqui na imagem abaixo:




Até a próxima!
Fica na paz!

ELEMENTOS BÁSICOS DAS PARÁBOLAS DE JESUS

A virgem prudente com sua lâmpada 
aparado e óleo pronto - Esperando a vinda
do Noivo. Esta pintura ilustra a parábola
das virgens prudentes do Novo Testamento.
Quadro: "Eis que vem" 
Simon Dewey -LDS arte.
1- As definições envolvidas (várias sugestões).

A palavra parábola significa, literalmente, "ser colocado lado a lado".
É uma verdade levada em um veículo.
É uma história terrena com significado celestial.
É uma narrativa que usa elementos terrenos para ensinar verdades espirituais.
É uma história realista que ilustra ou esclarece uma verdade.
2- A importância envolvida.
Um terço dos ensinamentos de Jesus nos Evangelhos estava na forma de parábolas.
Quase um quarto das parábolas de Jesus foi feito durante as Suas últimas semanas de vida.
3- O propósito envolvido.
Revelar grandes verdades espirituais aos corações sinceros (Mt 13.10,11).
Esconder grandes verdades espirituais de corações insinceros (Mt 13.13).
Cumprir profecias (Mt 13.34,35).
Enfatizar Sua autoridade (Mt 7.28,29; Jo 7.46).
Esclarecer e ilustrar o Reino dos Céus. De todos os assuntos ilustrados pelas parábolas de Jesus, o Reino dos Céus é o que foi referido com maior frequência até então.
(1). Diferente do Reino de Deus.
a. Em raras ocasiões, o Reino de Deus é usado alternadamente no lugar de Reino dos Céus (no significado que envolve o milênio) (compare Mc 1.14,15 com Mt 3.1,2; veja também At 1.3,6).
b. O significado mais comum, entretanto, é uma referência ao nascer de novo (veja Jo 3.3,5; At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,31; 1Co 15.50).
(2). Definição do Reino dos Céus.
a. Primeiro significado - o Reino de Deus, o Pai celestial, em geral, que abrange as questões humanas desde a criação até o milênio. Salvos e não salvos pertencem a esse Reino (veja Dn 4.17,32; Mt 8.12; 22.2; 25.1).
b. Segundo significado - o Reino específico do Filho de Deus, de Jerusalém, sobre as questões humanas durante o milênio. Apenas os salvos entrarão nesse Reino (veja Mt 6.10,13; 25.34; 26.29).

Até a próxima!
Fica na paz!

Curiosidades sobre o número 40

CURIOSIDADES SOBRE O NÚMERO 40
A comida que o anjo deu a Elias sustentou-o por 40 dias: 1Rs 19.8.
Abdom, juíz de Israel, tinha 40 filhos: Jz 12.13,14.
Aos 40 anos de idade, Esaú se casou com Judite: Gn 26.34.
As chuvas do Dilúvio caíram sobre a terra, durante 40 dias e 40 noites.
Calebe tinha 40 anos quando foi enviado a espiar a terra de Canaã: Js 14.7.
Davi reinou 40 anos: 2Sm 5.4.
Depois de haver ressuscitado, Jesus passou mais 40 dias na terra: At 1.3.
Deus não destrói uma cidade se nela houvesse 40 justos: Gn 18.29.
Durante o governo de Débora, Israel teve paz por 40 anos: Jz 5.31.
Eli julgou a Israel durante 40 anos: 1Sm 4.18.
Ezequiel esteve amarrado por 40 dias: Ez 4.6.
Golias desafiou Israel duas vezes ao dia, durante 40 dias: 1Sm 17.16.
Houve 40 anos de paz em Israel, enquanto Gideão foi juiz: Jz 8.28.
Isaque tinha 40 anos quando se casou com Rebeca: Gn 25.20.
Joás reinou por 40 anos em Jerusalém: 2Rs 12.1.
Jonas profetizou que Nínive seria destruída depois de 40 dias de sua mensagem: Jn 3.4.
Moisés esteve no monte com Deus 40 dias e 40 noites: Êx 24.18.
Moisés tinha 40 anos quando visitou os israelitas pela primeira vez: At 7.23.
Jesus jejuou durante 40 dias: Mt 4.1,2.
Os 12 espias verificaram a terra de Canaã durante 40 dias: Nm 13.25.
Os filhos de Israel comeram maná durante 40 anos: Êx 16.35.
Salomão reinou sobre Israel durante 40 anos: 1Rs 11.42.

Hora Judaica: O Significado de “Quarenta”(*)

De vez em quando, ouvimos falar de um cristão bem-intencionado tentando um “jejum de Jesus” - uma renúncia de quarenta dias à comida que lembra o tempo que Jesus passa no deserto (cf. Mt 4: 2; Mc 1,13; Lc 4 : 2). Fazer esse jejum às vezes leva a problemas de saúde e até mesmo à morte (uma rápida pesquisa na Internet revela um número surpreendente de tais incidentes infelizes). O que essas tentativas estritas de replicação messiânica perdem, entretanto, é o fato de que “quarenta” tem um significado simbólico específico no pensamento judaico; o número significa um período de julgamento, de modo que a referência dos Evangelhos a quarenta dias é mais sobre a natureza do teste de Jesus do que sobre o tempo do calendário. Ao atribuir "quarenta dias" ao jejum de Yeshua,os escritores dos Evangelhos localizam seu Messias dentro de uma tradição judaica numérica que destaca sua experiência como objeto de julgamento adequado.
Os quarenta dias de Jesus no deserto lembram os quarenta anos de Israel no deserto do Sinai após o êxodo - uma época a que as Escrituras se referem explicitamente como um período de julgamento divino ou teste da fidelidade dos povos: “O Senhor vosso Deus vos guiou estes quarenta ( ארבעים ; 'arba'im ) anos no deserto, para que ele pudesse humilhá-lo, testando ( נסה ; nasah ) você para saber o que estava em seu coração, se você guardaria seus mandamentos ou não ”(Dt 8: 2). Em seu diálogo com o diabo, Jesus cita o versículo seguinte em Deuteronômio (Dt 8: 3; cf. Mt 4: 4; Lc 4: 4), que mostra que os quarenta dias de Jesus cumprem o mesmo fim que os quarenta dos israelitas anos: Yeshua é “ testado ” (πειράζω; peirádzo ) para ver se ele guardaria os mandamentos de Deus - e, claro, ele o faz.
Além dos quarenta anos que Israel passa no deserto, não é preciso muito estudo das escrituras para ver que o número quarenta simboliza o julgamento: Deus julga a terra com as chuvas do dilúvio por “ quarenta dias e quarenta noites ” ( ארבעים יום וארבעים לילה ; ' arba'im yom v'arba'im laylah ; cf. Gn 7: 4, 12, 17; 8: 6); Moisés, como Jesus, jejua no Sinai por "quarenta dias e quarenta noites" enquanto recebe os estatutos legais da Torá (Êxodo 34:28), que seria o padrão para "julgamento justo" ( משׁפט צדק ; mishpat tsedeq ; Deut 16:18); e Débora, a melhor juíza da história de Israel, traz paz à terra por “ quarenta anos ” ( ארבעים שׁנה ;'arba'im shanah ; Juízes 5:31; cf. 3:11; 8:28). À luz desse simbolismo numérico, o significado de “quarenta” é muito mais importante do que o próprio número. Portanto, em vez de testar os limites de nossos corpos com um jejum literal de quarenta dias, os leitores da Bíblia devem se concentrar no teste teológico para o qual o número quarenta aponta. Entender quarenta dias / anos como um tempo de julgamento destaca a razão das peregrinações de Jesus no deserto e o nível de sucesso de Jesus em seguir a Deus.
(*Este texto é parte de um artigo publicado originalmente em Israel Bible Center por Dr. Nicholas J. Schaser/Editado aqui por Costumes Bíblicos)

ZACARIAS E O PRÍNCIPE


AS DUAS VISITAS DO PRÍNCIPE
(Todas as referências bíblicas são do livro do profeta Zacarias)

A PRIMEIRA VISITA DO PRÍNCIPE

Vem para alimentar o rebanho de Deus (11.7).
É rejeitado pelos líderes de Israel (11.8).
Consequentemente, Ele deixa Israel de lado (significado provável da quebra da vara chamada Suavidade, ou Graça (ARA); 11.10).
Faz Sua entrada triunfal em Jerusalém (9.9).
É vendido por 30 peças de prata (11.12).
Prediz a destruição de Jerusalém (significado provável da quebra da vara chamado Laços, ou União (ARA); 11.14).
Ele é crucificado (12.10).

A SEGUNDA VINDA DO PRÍNCIPE

O anticristo estará reinando cruelmente (11.16).
Jerusalém será cercada e conquistada (14.2).
Dois terços dos judeus morrerão (13.8).
Um terço dos judeus será salvo (13.9).
Cristo aparecerá sobre o monte das Oliveiras (14.4,8).
O apocalipse será disputado (12.3; 14.2,3).
Os inimigos de Deus serão destruídos (12.4,9; 14.12-15).
Israel reconhecerá Cristo (12.10-14).
Israel será purificada (13.1).
Israel se estabelecerá em sua terra (10.6-12; 8.8).
Os gentios adorarão o Senhor (14.16-19).
Jerusalém ficará cheia de meninos e meninas felizes (8.5).
Cristo construirá o templo (6.13).
Cristo governará como Sacerdote e Rei sobre todo mundo (6.13; 9.10).

REVELAÇÃO COMO LITERATURA JUDAICA(*)

A revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar a Seus servos, o que deve acontecer em breve; e Ele enviou e comunicou -o pelo seu anjo ao seu servo João, 2 , que testemunhou a palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo, mesmo que tudo o que ele viu. (Rev. 1: 1-2)
A obra é conhecida por nós como "Revelação de João" começa da mesma forma, como fazem alguns outros escritos apocalípticos judaicos:
Rev.1: 1-2 explica o que é ? (Revelação de Jesus Cristo), por que foi dada ? (para mostrar a Seus servos, o que deve acontecer em breve), como isso foi dado ? (Deus enviou e comunicou por seu anjo) e quem de fato foi o principal destinatário dessa revelação? (seu servo João, que prestou testemunho da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo, até tudo o que viu).
O livro do Apocalipse combina em si os estilos apocalíptico, epistolar e profético da literatura judaica. Para que você possa ver que esse tipo de abertura apocalíptica não é apenas típica, mas totalmente previsível para esse gênero literário judaico, vamos revisar brevemente como outros livros apocalípticos também são abertos. Por exemplo, lemos em Enoque 1: 1-2:
A palavra da bênção de Enoque, como ele abençoou os eleitos e os justos, que deveriam existir no tempo da angústia; rejeitando todos os ímpios e ímpios. Enoque, um homem justo, que estava com Deus, respondeu e falou enquanto seus olhos estavam abertos e enquanto ele via uma santa visão nos céus. Isso os anjos me mostraram. Deles ouvi todas as coisas e entendi o que vi; aquilo que não ocorrerá nesta geração, mas em uma geração que terá sucesso em um período distante, por conta dos eleitos.

Também lemos em 3 Baruque 1: 1-8 (Apocalipse de Baruque):

Em verdade, eu Baruque chorava em minha mente e sofria por causa do povo, e que Nabucodonosor, o rei, foi autorizado por Deus a destruir Sua cidade ... e eis que, enquanto eu chorava e dizia essas coisas, vi um anjo do Senhor chegando e dizendo para mim: Entenda, ó homem, muito amado, e não se preocupe tanto com a salvação de Jerusalém, pois assim diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso. Pois Ele me enviou diante de ti, para te dar a conhecer e te mostrar tudo (as coisas) ... e o anjo dos poderes me disse: Vem, e eu te mostrarei os mistérios de Deus.
As passagens acima citadas demonstram claramente que o que lemos nos versículos iniciais do Apocalipse é, de fato, surpreendentemente semelhante a outros relatos apocalípticos judaicos criados em torno ou pelo menos rastreáveis ​​até aproximadamente o mesmo período de tempo.
Além disso, o judaísmo do livro do Apocalipse é tão óbvio que vários estudiosos que não vêem as tradições de Jesus como originalmente judeus, concluíram erroneamente que a forma atual do livro do Apocalipse está cheia de interpelações cristãs agrupadas (principalmente no Cap.1 e 22) que foram inseridos em algum momento. A teoria é que a versão pré-cristã original não tinha marcas teológicas distintamente cristãs. Essa cristianização presumida do Livro de Revelação judaico original pode ser argumentada da seguinte maneira: Se alguém remover "o material cristão", o próprio texto poderá ser lido com a mesma suavidade, se não for mais suave (em negrito são alegadas interpelações cristãs no original judaico) . Então, por exemplo, em Rev. 1: 1-3, lemos:
A revelação [de Jesus Cristo], que Deus deu [ele] para mostrar aos seus servos o que deve acontecer em breve; ele fez isso conhecido enviando seu anjo a seu servo João, que testemunhou a palavra de Deus e [o testemunho de Jesus Cristo] , até tudo o que viu. Bem-aventurado aquele que lê em voz alta as palavras da profecia, e bem-aventurados os que ouvem e mantêm o que está escrito nela; porque o tempo está próximo.
Embora intrigante, o exercício acima é visto por nós como fútil e totalmente subjetivo. Não existe uma maneira científica de decidir o que deve ser cortado. Muitas frases que não têm conexão com as doutrinas cristãs podem ser removidas com a mesma facilidade. Portanto, isso por si só não prova nada. Há outras coisas a considerar também.
Por favor, vamos ilustrar. Foi observado que a versão samaritana da Torá é muito mais suave que a Torá judaica. A Torá judaica é muito mais polida e às vezes inconsistente e complicada em sua apresentação de eventos. Mas, se alguma coisa, a leitura mais suave defende a atividade editorial posterior dos escribas samaritanos e não o contrário.
Então, acreditamos, o caso está aqui: apenas porque o texto torna a leitura mais suave quando o conteúdo explicitamente “cristão” é cortado , não significa nada além disso. Concluir mais do que isso é exagerar a evidência que, de outro modo, nada mais é do que uma possibilidade curiosa e intrigante que não tem absolutamente nenhuma evidência para respaldar.
Mas há outro problema mais central que acreditamos atormentar aqueles que argumentam que o Apocalipse Judaico original (Livro do Apocalipse) foi temperado e cristianizado por alguém no final do primeiro século ou até mais tarde. Em resumo, eles não conseguem ver que frases (designadas por eles em negrito) como Jesus Cristo e seu “testemunho” (entre outros) também são nomes judeus do primeiro século e conceitos judaicos nativos que somente séculos mais tarde se afastam de seu contexto israelita original. Essa diferenciação entre material "judeu" e "cristão" é um argumento anacrônico e artificial, que carece da compreensão do ambiente judeu do primeiro século.
(*Texto de interpretação pelo Hebraico Bíblico por  Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg/Israel Bible Weekly - Editado por Costumes Bíblicos)

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