COSTUMES BÍBLICOS: outubro 2019


Acazias à Oseias

Acazias (1Rs 22.40 -- 2Rs 1.18; 2Cr 20.35-37)
Reinado: 2 anos (853 a.C. -- 852 a.C.).
Era o filho mais velho de Acabe e Jezabel.
Convenceu Josafá a participar de um empreendimento de construção de navios em Eziom-Gebr (2Cr 20.35-37).
Sofreu uma queda severa (e, por fim, fatal) do alto de seu palácio na Samaria (2Rs 1.2).
Em busca de cura para seus ferimentos, ele apelou ao deus pagão Baal-Zebube. Todavia, por causa disso, acabou recebendo a condenação de Elias, a quem esse regente tentou prender sem obter sucesso (2Rs 1.2,3).
Jorão (2Rs 3.1 --9.26; 2Cr 22.5-7)
Reinado: 12 anos (852 a.C. -- 841 a.C.).
Era filho mais novo de Acabe e irmão de Acazias.
Tal como seu pai e seu irmão, ele convenceu Josafá a paticipar de uma aliança, dessa vez, relativa a uma campanha militar contra os moabitas. Foi nessa ocasião em que o profeta Eliseu realizou um milagre (em favor de Josafá) sobre o campo de batalha, o qual trouxe aliados vitória contra Moabe (2Rs 3.1-27).
Eliseu posteriormente ajudou Jorão ao avisá-lo dos muitos planos de emboscada dos sírios (2Rs 6.8-10).
Então, Eliseu recusou-se a permitir que Jorão assassinasse alguns soldados sírios que estavam protegidos sobrenaturalmente por Deus (2Rs 6.21,22).
Jorão estava no trono quando Deus usou quatro leprosos para salvar a cidade de Samaria da fome (2Rs 7).
Ele também era o rei com quem Naamã, o leproso sírio, reuniu-se (2Rs 5.4-7).
Ao final, ele foi assassinado por Jéu no vale de Jezreel (2Rs 9.21-26).

Jéu (2Rs 9.1--10.36; 2Cr 22.7-9).

Reinado: 28 anos (841 a.C. ---814 a.C.).
Ele foi ungido por um jovem profeta sob o comando de Eliseu (2Rs 9.1-3) e ordenou a execução da dinastia de Acabe, que incluía Jorão e Jezabel.
Dirigiu sua carruagem para o vale de Jezreel, onde executou Jorão e Acazias, o sexto rei de Judá (não confundir com o irmão mais velho de Jorão, 2Rs 9.21-29).
Ele logo abriu caminho para a cidade de Jezreel, onde matou Jezabel (2Rs 9.30-37).
Depois disso, ele pediu e recebeu as cabeças de todos os 70 filhos de Acabe que viviam na cidade de Samaria (2Rs 10.1-7).
Ele continuou sua purgação de sangue, matando até mesmo os descendentes e os amigos de Acabe (2Rs 10.11-17).
Por fim, Jéu enganou todos os sacerdotes de Baal ao reuni-los em uma grande convenção em Jezreel. Em seguida , o novo rei ordenou a morte de cada um deles (2Rs 10.18-28).

Detalhes

Elias recebera ordens para ungir Jéu como rei (1Rs 19.16), mas, por alguma razão, não fez isso. Consequentemente, foi Eliseu quem cumpriu essa ordem ao empregar os serviços de um jovem pregador (2Rs 9.1-3).
Jéu tornou-se célebre por habilidade ao conduzir carruagens (2Rs 9.20) e ao derramar o sangue. Ele executou:

  • O rei do sul, Acazias, neto de Josafá (2Rs 9.27).
  • O rei do norte, Jorão, a quem Jéu sucedeu (2Rs 9.24).
  • Jezabel (2Rs 9.30-37).
  • Os 70 filhos de Acabe (2Rs 10.1,11).
  • Quarenta e dois príncipes reais de Judá (2Rs 10.14).
  • Os adoradores de Baal (2Rs 10.25).

EXECUTANDO A DINASTIA DE ACABE

Deus ordenou a Jéu que executasse a dinastia de Acabe, incluindo Jezabel (2Rs 9.1-10), mas não sancionou os outros assassinatos.
Ao ser ungido, Jéu cavalgou até Jezreel para executar o rei Jorão, o filho mais novo de Acabe. O rei do sul, Acazias, sobrinho do rei do norte, estava visitando seu tio.
Jéu foi avistado enquanto ainda caminhava pelo vale. Tanto Jorão como Acazias, temendo uma rebelião, saíram para encontrar-se com Jéu, esperando arranjar uma forma pacífica de atender as demandas. Mas o homem, recentemente ungido, desprezou os pedidos de Jorão e assassinou os dois reis, tio e sobrinho, com uma saraiva de flechas mortais. O corpo do assassinado rei do norte foi jogado no campo de Nabote, onde Acabe, pai do regente morto, despejara o próprio Nabote (2Rs 9.25-29).
Jéu entrou em Jezreel, avistou Jezabel, que o insultava de uma janela do alto de uma edificação, e ordenou que ela fosse lançada para baixo. Suas ordens foram obedecidas, ela morreu, e o corpo dela foi logo comido por cães selvagens da cidade. Desse modo, a sóbria profecia de Elias para Acabe foi cumprida à risca (compare 1Rs 21.23 com 2Rs 9.30-36).
Jéu então demandou literalmente as cabeças dos 70 filhos de Acabe, que estavam todos vivendo em Samaria. As muitas cabeças decepadas foram embaladas em cestos e entregues para Jéu em Jezreel (2Rs 10.1-8).
Jéu continuou sua purgação de sangue, matando todos os descendentes e amigos de Acabe, incluindo os 42 parentes de Acazias (2Rs 10.11-14). O novo rei do norte ordenou que todos os sacerdotes de Baal se reunisse em Jezreel para uma seção extraordinária, fingindo que ele também se tornaria um adorador desse deus pagão. Durante essa reunião, Jéu ordenou que todos os seguidores de Baal fossem mortos. Assim, queimou o altar deles, demoliu o templo daqueles seguidores e transformou-o em um banheiro público. Por causa de sua obediência a Deus relativa à destruição da dinastia de Acabe, Jéu recebeu a promessa de que sua própria dinastia continuaria até a quarta geração (2Rs 10.30).
Apesar de suas reformas, Jéu continuou a adorar os bezerros de ouro instituídos por Jeroboão (2Rs 10.29-31) e morreu sem deixar para trás esses mesmos pecados.

Jeoacaz (2Rs 13.1-9).

Reinado: 17 anos (814 a.C. -- 798 a.C.).
Ele era filho de Jéu
Durante todo o seu reinado, foi oprimido pelo rei sírio Hazael, que, ao final, conseguiu reduzir as tropas israelitas a 50 cavaleiros, dez carros de guerras e dez mil soldados de infantaria (2Rs 13.7).
Durante algum tempo, ele demonstrou algum remorso (tal como o próprio Acabe fizera antes, veja 1Rs 21.27-29). Todavia, aparentemente, não se tratava de arrependimento verdadeiro (2Rs 13.4-6).

Jeoás (2Rs 13.10 --14.16; 2Cr 25.17-24).

Reinado: 16 anos (798 a.C. --782 a.C.).
Ele era filho de Jeoacaz.
Visitou Eliseu em seu leito de morte (2Rs 13.14-20).
Derrotou Amazias (nono rei de Judá) no campo de batalha (2Cr 25.17-24).
Narrou a segunda das duas fábulas do Antigo Testamento para ridicularizar as pretensões arrogantes de Amazias (2Cr 25.18).
Ele levou Amazias de volta para Jerusalém como prisioneiro e depois abandonou a cidade, conduzindo reféns e riquezas pilhadas.

Jeroboão II (2Rs 14.23-29).

Reinado: 41 anos (793 a.C. -- 753 a.C.).
Era filho de Jeoás.
Governou durante muito tempo do que qualquer outro regente do norte.
Foi um dos mais importantes monarcas israelitas do norte.
Recuperou os territórios próximos ao mar Morto, perdidos anteriormente pelos israelitas. Essas terras haviam sido conquistadas pelos sírios (2Rs 3.5; 14.25-27). Deus permitiu que ele prosperasse e expandisse seu reino, apesar de seus hábitos ímpios e em razão da misericórdia divina lançada sobre a condição miserável do povo israelita naquele tempo (2Rs 14.25,26).
O profeta Jonas viveu e ministrou durante o reinado de Jeroboão II. Jonas predisse a restauração da terra israelita pela condução desse monarca (2Rs 14.25).

Zacarias (2Rs 14.29 -- 15.12).

Reinado: 6 meses (753 a.C. -- 752 a.C.).
Era filho de Jeroboão II.
Foi assassinado por um rebelde chamado Salum (2Rs 15.10).
Zacarias era tataraneto de Jéu e o quarto regente da mesma dinastia. Com sua morte, a linhagem cessou, cumprindo a profecia feita a Jéu (veja 2Rs 10.30; 14.29; 15.8-12).

Salum (2Rs 15.10-15).

Reinado: 1 mês (752 a.C.).
Foi assassinado por um guerreiro cruel chamado Menaém.

Menaém (2Rs 15.14-22).

Reinado: 10 anos (752 a.C. -- 742 a.C.).
Ele foi um dos mais brutais ditadores a sentar-se no trono do norte.
Recompensou toda e qualquer oposição de seus súditos com chacinas indiscriminadas, que incluíam rasgar o ventre de mulheres grávidas (2Rs 15.16).
Com um grande suborno, comprou o rei assírio Tiglate-Pileser, que invadira Israel naquele tempo (2Rs 15.19).

Pecaías (2Rs 15.22-26).

Reinado: 2 anos (742 a.C. -- 740 a.C.).
Era o filho de Menaém.
Foi assassinado pelo comandante de seu exército, Peca (2Rs 15.25).

Peca (2Rs 15.27-31; 2Cr 28.5-8).

Reinado: 20 anos (740 a.C. -- 732 a.C.). NOTA: apenas oito anos são analisados aqui (740 a.C. -- 732 a.C.). Considera-se que os 12 primeiros anos (752 a.C. -- 740 a.C.) tiveram sua regência partilhada por um acordo, primeiro com Menaém, depois com Pecaías.
Ele juntou-se à Síria em uma frustada tentativa de ataque contra o rei judeu Acaz. Síria e Israel desejavam punir Judá por não contribuir com o esforço para interromper o crescimento da ameaça assíria (2Cr 28.5-8).
Durante seu reinado, Tiglate-Pileser, o rei assírio, invadiu Israel e conquistou algumas de suas cidades, tanto ao norte, quanto ao leste (2Rs 15.29).
Peca foi assassinado por Oseias (2Rs 15.30).

Oseias (2Rs 15.30; 17.1-6).

Reinado: 9 anos (732 a.C. -- 722 a.C.).
Ele foi o último monarca do reino do norte.
Depois de tonar-se um vassalo do rei assírio Salmanaser, Oseias aliou-se ao Egito em uma rebelião contra a Assíria.
Por causa disso, ele foi aprisionado por Salmanaser, e o povo do reino do norte foi exilado na Assíria (2Rs 17.4-6). Assim, encerrou-se a história dos reis do norte e a de Oseias, o último deles.

Os Banquetes no Tempo de Jesus

Os Banquetes no Tempo de JESUS
Quanto à etiqueta oriental, podemos dizer que é semelhante à sua liturgia. Todos os sistemas de costumes e cerimônias são, em nosso modo de sentir, uma mistura de liberdade com o mais acanhado retraimento.
Por causa do clima quente, os homens não sentem muita necessidade de alimentar-se, principalmente nos meses em que o calor abafado do meio-dia transforma a sensação de fome em certa excitação geral. Somente ao cair da tarde é que o vento, vindo do oeste, começa a soprar, agindo como um grande benfeitor na Palestina. Então, as pessoas são despertadas novamente do marasmo causado pelo forte calor e procuram alimentar-se.
Quando a Bíblia se refere a banquetes de caráter mais oficial, deve-se pensar geralmente em jantares no horário em que o Sol se põe, matizando o céu com um colorido amarelado, enquanto o vento não cessa de sussurrar.
Como a luz entra somente pela porta, esta fica aberta. No Oriente, o lar não é um recinto isolado. A casa de um senhor abastado, que convida seus amigos para um banquete, torna-se uma sala teatral, com entrada franca. Os curiosos podem entrar e espiar; naturalmente, não faltam nunca espectadores, jovens e velhos, que têm para isso tempo e muito gosto. Ajuntam-se diante da porta e ficam ali, olhando todo o movimento.
"Deus está com os vagarosos; a pressa é de Satanás" é a regra de ouro em tais situações. Vagarosamente, os assistentes vão entrando e acomodando-se no salão de jantar, quer pobres, quer mendigos, não importa, todos entrando no recinto com a mais digna naturalidade.
Jesus sempre aconselhava a alguém convidar as pessoas da rua para seus banquetes e citava isso em suas parábolas, o que não era difícil de acontecer dentro dos limites dos costumes orientais. Tais circunstâncias são atestada também na literatura secular.
Café mar de haifa em 1933
Entre os nômades do deserto, os visitantes se reclinam junto às paredes das tendas. Um xeique abastado nunca deixa de mostrar sua riqueza de modo liberal. Depois de servir os convidados à mesa, em redor dos pratos, no interior da tenda, ordena que o mesmo seja feito às pessoas mais afastadas que se encontram próximas à tenda, do lado de fora, à entrada.
Toda refeição é acompanhada de muita conversa. Naturalmente, o tom de voz depende dos convidados, de modo como falam e desenvolvem suas narrativas, fundamentais nessas ocasiões. Não se pode negar que, deste modo, os diálogos durante as refeições cedem lugar a um ambiente mais elevado e espiritualizado.
Nos círculos dos fariseus, os participantes dos banquetes falavam da lei. O rabino Simão dizia: "Se três pessoas se assentam à mesa para comer e não conversam sobre a lei, é como estarem sentadas à mesa preparados aos mortos. Mas se três pessoas se assentam à mesa e conversam sobre a lei, é como estarem comendo diante da própria mesa de Deus".
Como a refeição é símbolo de união, amizade, de comunidade, uma pessoa só se assentava à mesa com outros homens que consideravam amigos. Partindo-se desta reflexão, compreende-se melhor o motivo que levou os fariseus a censurarem Jesus, principalmente porque ele comia com publicanos e pecadores. Para eles, seria mais tolerável que o Rabi os tivesse apenas saudado ou pregado do que ter participado de uma refeição em companhia deles.
Na Palestina, região situada entre as duas potências que marcavam o bom tom da antiguidade, a afeição exterior dos banquetes variou muitas vezes. No tempo de Jesus, era costume recostar-se durante as refeições. Não se pode averiguar, com certeza, se as pessoas se reclinavam em tapetes, em estrados inclinados ou em leitos propriamente ditos. Talvez fosse uma mistura de tudo isso, uma vez que na Palestina os costumes estrangeiros facilmente tendiam a mesclar-se com os hábitos regionais.

A PARÁBOLA DOS PRIMEIROS ASSENTOS

Lucas, então, oferece-nos uma nova amostra das conversações de Jesus. O Mestre observou, ao sentar-se à mesa, as pueris artimanhas com que alguns dos convidados procuravam ocupar os primeiros postos. Para incutir em todos os convidados a humildade, disse-lhes com afáveis palavras:
Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;
E, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar.
Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa.
Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Lucas 14:8-11)
Jesus situa essa cena em uma festa de bodas, onde se guardava mais rigorosamente a etiqueta, e os convidados se assentavam segundo sua posição social. O objetivo dele não era estabelecer uma regra mundana de bons modos. Seu pensamento vai mais longe que suas palavras e, sob uma linguagem figurada, insinua uma lição de humildade, como demonstra o solene adágio que conclui a parábola: Portanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Lc 14.11)
Logo Jesus se voltou para o anfitrião, que também recebeu sua lição:
E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado.
Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos,
E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.(Lucas 14:12-14)
Dessa vez, a breve história contém uma lição de caridade fraterna. Portanto, cairia em singular erro quem interpretasse ao pé da letra todas as suas circunstâncias. Não passou pela cabeça de Jesus alterar as relações sociais no que elas tinham de legítimo.

A PARÁBOLA DA GRANDE CEIA

Esses últimos ensinamentos do Salvador impressionaram alguns convidados, pelo que um deles, dando livre curso aos seus pensamentos, exclamou: Bem-aventurado o que comer pão no Reino de Deus! (Lc 14.15) Em outras palavras: "Bem-aventurados os eleitos!" Isso deu ocasião a Jesus para mais uma lição:
Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos.
LEIA TAMBÉM ⇑
CASAMENTO NA
 PALESTINA
E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado.
E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado.
E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado.
E outro disse: Casei, e portanto não posso ir.
E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos.
E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar.
E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.
Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.(Lucas 14:16-24)
As primeiras frases aludem a um costume até hoje usado entre os árabes da Palestina e que era também praticado pelos romanos: chegada a hora do banquete, o anfitrião enviava um mensageiro a dizer aos convidados que tudo estava preparado. Recusar-se a participar dele depois de ter aceitado o convite era fazer uma grosseira injúria ao pai de família.
Este ficou mais irritado ainda pelo fato de todos os convidados se desculparem com motivos fúteis, já que as ocupações podiam ter sido previstas ou adiadas. Mas aquele homem prudente e generoso, que representa Deus, com rápida resolução soube preencher os vazios em sua mesa. Primeiro, ele mandou chamar os que estavam nas ruas e nas praças públicas da cidade; depois, os que estavam fora dos muros da cidade e andavam pelo caminho.
É fácil entender essa parábola apenas recordando o proceder do Salvador no decurso de sua vida pública e os princípios a que se apegava. Os primeiros convidados figuram os judeus, aos quais Deus primeiro abriu as portas do reino messiânico. Depois da recusa deles, foram convidados membros de categoria inferior, os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos na ordem moral; quer dizer, os pecadores e publicanos, em oposição aos escribas, fariseus e demais classes que permaneceram incrédulas.
O terceiro convite é ainda mais bondoso, já que se endereça aos próprios gentios, aos quais se vai buscar fora do judaísmo, e que, depois de alguma resistência, vêm em número crescente à festa. A história inteira do plano divino da redenção se resume nesse fato, cuja majestosa conclusão é: Porque eu vos digo que nenhum daqueles varões que foram convidados provará a minha ceia (Lc 14.24) - que indica claramente a reprovação dos judeus como nação sacerdotal. Mas de quem é a culpa senão deles próprios que, apesar dos reiterados convites, recusaram-se a participar da festa?

Os Anjos podem cometer pecado?

OS ANJOS PODEM PECAR?
(Interpretação Judaica)
À primeira vista a resposta parece simples. Afinal, não recebemos a Torá exatamente porque os anjos não podem pecar? Como Moshê retorquiu em seu argumento vencedor aos anjos durante seu debate épico no céu sobre quem deveria receber a Torá. “Está escrito na Torá: ‘Não matarás.’ – ‘Não cometerás adultério,’ – ‘Não roubarás.’” Moshê disse: “Há inveja no meio de vocês? Vocês têm uma má inclinação?! Obviamente a Torá não é para vocês.”1
Em outras palavras, somente o homem foi dotado com a inclinação tanto para o bem quanto para o mal. E somente o homem recebeu o livre arbítrio para escolher um dos dois. Um anjo, por outro lado, não tem má inclinação e portanto não tem livre arbítrio. Isso poderia dar a entender que um anjo é uma espécie de robô, que não pode se rebelar nem pecar.
Até o exemplo frequentemente citado do Satã como um anjo expulso é um grosseiro mal-entendido. Satã é meramente o nome de um anjo cuja tarefa divinamente designada é seduzir as pessoas ao pecado. Este anjo é também o promotor que faz as acusações perante a corte celestial contra aqueles que sucumbem às suas seduções engenhosas. A palavra satã simplesmente significa promotor em hebraico. Se a corte Celestial decide que está na hora de alguém morrer, então o Satã é o enviado para tirar sua vida. De fato, o Talmud nos diz que “Satã, o anseio de fazer o mal, e o Anjo da Morte são um só.”2 Todos esses títulos são simplesmente múltiplas descrições de cargo para um anjo. Um anjo cumprindo seu dever divino dificilmente está em conflito com seu próprio Criador.3 (Veja: QUEM ERAM OS MISTERIOSOS OS FILHOS DE DEUS EM GÊNESIS[BERESHIT] 6?)
Tudo isso, no entanto, é aparentemente contradito pelo versículo em Job que declara: "Um mortal pode ser mais justo que D'us, ou pode um homem ser mais puro que seu Criador? Veja, Ele não confia em Seus servos e Ele lança censura sobre Seus anjos."4
E dizemos na liturgia de Yom Kipur:
"Os anjos estão desgostosos, eles estão invadidos pelo medo e tremendo enquanto proclamam: Vejam o Dia do Julgamento! Pois todas as hostes do céu são levadas a julgamento. Eles não serão inocentes aos Teus olhos."
Essas duas citações implicam claramente que apesar daquilo que dissemos, os anjos de alguma forma conseguem pecar até sem ter uma má inclinação, e são julgados em Yom Kipur. Além disso, encontramos vários exemplos no Midrash e Talmud de anjos sendo punidos. O castigo implica que alguém tinha escolha sobre a questão.
Por exemplo, o Midrash procura uma explicação para o versículo sobre o sonho de Yaacov: “E ele sonhou, e viu uma escada fincada no chão e o topo chegava ao céu; e vejam, anjos de D'us estavam subindo e descendo por ela.”5 Isso parece estar na ordem inversa. Os anjos não deveriam estar primeiro descendo para este mundo do seu lugar de origem, e somente depois subindo?
Rabi Chomah, filho de Rabi Chanina, interpretou essa sequência inversa da seguinte maneira: “Quando os anjos enviados para baixo para salvar Lot e destruir Sodoma, eles foram maus e atribuíram o ato a si mesmos, dizendo: “Pois nós estamos destruindo este lugar, porque o grito deles se tornou grande perante o Eterno, e o Eterno nos enviou para destruí-lo.”6 Em seguida, eles foram punidos e postos para vagar pelo mundo durante 138 anos. Somente agora, no tempo do sonho de Yaacov,7 eles puderam retornar. É por isso que o versículo primeiro diz que eles estavam subindo e somente depois descendo.8 9 Castigo implica pecado. Nesse caso, o Midrash acima citado implica que anjos podem e de fato pecaram.
Rabino Yeshaya Halevi Horowitz em seu clássico Shnei Luchot HaBrit (Shelah) fornece uma explicação. Ele concorda que anjos não têm má inclinação e portanto, não podem pecar no sentido convencional da palavra, contrariando deliberadamente a vontade de seu Criador. No entanto, os anjos são criações de D'us como qualquer outra criação, embora criaturas mais espirituais e intelectualmente inclinadas que vivem num plano mais elevado que o nosso. Por definição, não há criação que seja perfeita; a única perfeita é o Criador. Todo ser criado, até o intelecto mais alto, de alguma forma oculta a suprema realidade. Portanto, embora um anjo não possa pecar, pode cometer um erro ou pelo menos apresentar uma distorção da verdade.10
Um anjo não é meramente um robô; é algo como um robô com sua própria inteligência. Talvez a melhor analogia seja aquela dos androides na ficção científica que têm a própria inteligência e mesmo assim são incapazes de deliberadamente fazer algo contrário à função para a qual foram projetados – mas apesar disso cometem erros.
Foi assim que os anjos enviados para destruir Sodoma pecaram. Quando um anjo é enviado numa missão divina, é para cumprir aquele dever enquanto deixa totalmente de lado a própria identidade. Porém, quando os anjos foram destruir Sodoma, eles falaram como se eles mesmos estivessem para destruir a cidade. Embora isso não tivesse impacto sobre a missão em si, mesmo assim foi considerado como um pecado, pois distorceu a verdade sobre seu papel na missão. Foi um erro devido às suas imperfeições, e não uma falha em cumprir uma missão divina.
Além disso, Rabi Yonatan Eibshitz11 explica que há dois tipos de pecados. O primeiro é o tipo mais comum, um pecado que vem através da má inclinação nos seduzindo a errar. Mas há um outro tipo de pecado que não vem através da má inclinação; pelo contrário, este pecado é transgredido por “santidade”. (Veja também: ANJOS NA BÍBLIA - Na nossa tradução do Inglês)
Toda pessoa – e todo anjo – tem seu nível de entendimento e santidade. Uma pessoa deve se esforçar para atingir um caminho cada vez mais elevado. O problema surge quando um ser (humano ou anjo) tenta subir muito rapidamente e atinge um nível de revelação ou compreensão que transcende muito seu estado objetivo de ser. Isso, escreve Rabi Eibshitz, pode ser comparado a alguém que bebe vinho demais muito depressa, ou “mais do que pode tolerar”, o que lhe faz – na melhor das hipóteses – cair no sono, mas se tivesse tomado o vinho lentamente não apenas nada de negativo teria acontecido, como ainda teria sido benéfico para a saúde.12
Isso então lança uma nova luz sobe o significado do versículo de Job acima citado. Os anjos são repreendidos não tanto pelos pecados que podem ter cometido no sentido convencional. Em vez disso, é pelos pecados feitos por pureza e integridade, procurando se elevar a um nível mais elevado que seu estado objetivo de ser, como declara o versículo: “Pode um mortal ser mais justo que D'us’, ou pode um homem ser mais puro que seu Criador?”13
Portanto em resposta à sua pergunta, sim, os anjos podem pecar. No entanto, somente podem pecar errando em sua missão ou tentando atingir níveis de revelação onde não podem estar.

NOTAS

1.Talmud, Shabat 88b-89a. Para uma elaboração mais profunda sobre este debate épico, veja Os Arquivos do Sinai.
2.Talmud, Bava Batra 16a.
3.A respeito dos bnei elokim ou nephilim em Bereshit 6:2, enquanto alguns de fato interpretam como se referindo aos anjos, é somente depois que eles estavam sobre a terra e assumiram as características dos seres humanos – deixando efetivamente de serem anjos – que eles pecaram.
4.Job 4:17-18.
5.Bereshit 28:12.
6.Bereshit 19:13.
7.Alguns explicam que é porque eles foram os anjos que acompanharam Yaacov da casa de seu pai.
8.Midrash, Bereshit Rabah 68:12. Consulte ali para respostas alternativas, veja também Rashi sobre Bereshit 19:22.
9.Outro exemplo de anjos sendo punidos pode ser encontrado no Talmud (Chaguiga 15a) onde o arcanjo Metatron recebeu “sessenta golpes de um bastão em fogo” como castigo. No entanto, alguns comentaristas explicam que ele não foi realmente punido por quaisquer pecados que tenha cometido, em vez disso, nos céus eles “fizeram um show” de puni-lo, a fim de ensinar uma lição aos outros. Veja Maharsha ibid.
10.Shnei Luchot Habrit, Beit Yisroel; veja também Igrot Kodesh, vol, 14 pág. 147.
11.Yaarot Devash, vol. 1 palestra 2.
12.Veja Talmud, Yuma 76 a.
13.Job ibid.

(Texto por: Yehuda Shurpin - Rabino Yehuda Shurpin responde perguntas no serviço do Chabad.org - Edição de imagens: Costumes Bíblicos)

Acabe

Acabe (1Rs 16.28 -- 22.40; 2Cr 18.1-34).
Reinado: 22 anos (874 a.C. -- 853 a.C.).
Ele casou-se com Jezabel (1Rs 16.31).
Foi-lhe permitido derrotar os sírios por duas vezes (1Rs 20).
Foi denunciado por Elias:
  • Por estimular a adoração a Baal (1Rs 18.18,19).
  • Por sua atuação no assassinato de Nabote (1Rs 21.20-22).
Ele enganou o piedoso rei Josafá (quarto rei de Judá) com um duplo comprometimento:
  • Uma aliança matrimonial que uniu Atalia, a filha ímpia de Acabe, com Jourão, filho de Josafá (2Rs 8.18; 2Cr 18.1).
  • Uma aliança militar que uniu Acabe e Josafá em uma guerra contra a Síria (1Rs 22).
A morte de Jezabel, ímpia esposa de Acabe, foi profetizada por Elias (1Rs 21.23).
A morte do próprio Acabe também foi profetizada por Elias, bem como pelo profeta Micaías (1Rs 21.22; 22.17).
Ele foi assassinado em batalha contra os sírios (1Rs 22.29-38).

Detalhes

Acabe construiu um templo para Baal em Samaria (1Rs 16.32).
Ele foi mais perverso do que Onri, seu pai (1Rs 16.33, veja também 1Rs 21.25,26).
No começo de seu reinado, uma profecia de 500 anos de idade foi cumprida. Tratava-se da profecia relativa à reconstrução de Jericó (1Rs 16.34; compare com Js 6.26; confira aqui: O ESTÁGIO DA CONQUISTA).

ELIAS

Elias confrontou Acabe e avisou-o de que seus pecados bem como os dos israelitas trariam uma seca de três anos e meio (1Rs 17.1; Tg 5.17).
Acabe viu os sacerdotes de Baal derrotados e destruídos por Elias no monte Carmelo (1Rs 18.1-40).
Deus lhe permitiu derrotar os sírios arrogantes em duas ocasiões, tudo para provar que o SENHOR é o Senhor sobre todas as coisas (1Rs 20.23,28).
Nessa época, o rei Ben-Hadade, da Síria, declarou guerra contra Acabe, que primeiro tentou aplacar o ganancioso monarca sírio com um suborno. Todavia, tão logo esse artifício falhou, Acabe decidiu lutar (1Rs 20.1-11). Um profeta sem nome (possivelmente Elias) garantiu a vitória sobre os sírios ao rei israelita, predição que logo foi cumprida (1Rs 20.13-19). Os sírios, ao serem derrotados, acreditaram que isso ocorrera devido ao fator geográfico, dando a entender que a batalha ocorrera em terreno montanhoso, com as tropas israelitas adquirindo tremenda vantagem. Os sírios concluíram que o Deus de Israel era um Deus dos montes. Consequentemente, fizeram planos para lutar novamente, dessa vez, batendo contra os israelitas em terreno plano. Eles não poderiam estar mais equivocados.
Os sírios atacaram e foram, mais uma vez, derrotados inteiramente, perdendo 127 mil homens de infantaria. O vitorioso Acabe desobedeceu às ordens de Deus e poupou a vida de Ben-Hadade (tal como Saul fizera com Agague, 1Sm 15.8,31-33). O profeta de Deus, então, anunciou que Acabe, por consequência de seus atos, teria sua vida trocada pela de Ben-Hadade (1Rs 20.32-43),  profecia que se cumpriu três anos depois (veja 1Rs 22.29-37).

O VINHEDO DE NABOTE

Acabe tentou, mas não conseguiu comprar o seleto vinhedo perto de seu palácio, o qual era possuído por um homem de Jezreel chamado Nabote. Antes, Samuel alertara contra o confisco de terras por parte dos reis israelitas (1Sm 8.14). Mesmo que o jezreelita desejasse vender seu vinhedo, a lei levítica o proibia (veja Lv 25.23; Nm 36.7; Ez 46.18). Acabe retornou para o palácio com o aspecto taciturno, e Jezabel foi informada acerca da recusa de Nabote. A rainha disse a seu tristonho rei que se alegrasse, pois ele logo possuiria aquele vinhedo. Então, ela escreveu uma carta com o nome de Acabe, usou o selo dele para fechá-la e a enviou aos líderes civis de Jezreel, onde Nabote vivia. Na carta, Jezabel ordenou que esses líderes convocassem os cidadãos jezreelitas em uma reunião de jejum e oração. Em seguida, deviam chamar Nabote à frente e ofertar dois testemunhos mentirosos sobre ele, acusando-o de amaldiçoar Deus e o rei. O possuidor do vinhedo desejado por Acabe deveria então ser levado para fora e assassinado. Essa ordem terrível foi cumprida à risca (1Rs 21.4-14). Os filhos de Nabote também foram apedrejados (veja 2Rs 9.26). A ímpia Jezabel, uma fanática adoradora de Baal, soube apelar à Lei Mosaica com sagacidade e obter assim dois testemunhos contra o acusado (Lv 24.16; Dt 17.6).
Esse tipo de julgamento simulado teria sua contraparte definitiva nove séculos depois, em abril, quando o Poderoso Criador seria julgado por suas criaturas miseráveis (veja Mt 26.59-68). Jezabel recebeu as notícias de Jezreel, e Acabe desceu alegremente até o vinhedo para reivindicá-lo (1Rs 21.15,16).

A PROFECIA DE ELIAS RELATIVA A PUNIÇÃO

Deus ordenou Elias a confrontar Acabe no vinhedo de Nabote e a pronunciar a maldição dos céus sobre o rei e sua descendência. Furioso e certamente aterrorizado, Acabe ouviu as severas palavras de Elias relativas à sua punição (1Rs 21.19,21-24). Posteriormente, todas as predições do profeta se cumpririam literalmente.

  • Cães lamberam o sangue de Acabe, tal como fizeram com o sangue de Nabote (1Rs 22.38).
  • Os descendentes dele foram destruídos. Acazias, seu filho mais velho,morreu devido aos ferimentos de uma queda do terraço de seu palácio (2Rs 1.2,17), e Jorão, seu filho mais novo, foi assassinado por Jéu (2Rs 9.24), tendo o corpo lançado sobre o mesmo campo onde Nabote fora enterrado (2Rs 9.25).
  • A perversa esposa de Acabe, Jezabel, foi comida pelos cães selvagens de Jezreel (2Rs 9.30-36).
Ao ouvir essas terríveis profecias, Acabe humilhou-se, obtendo de Deus a dispensa para não ver seus filhos sendo mortos. Todavia, esse arrependimento foi apenas temporário e superficial (1Rs 21.27-29).

LUTANDO CONTRA OS SÍRIOS

Nessa época, Acabe desejou fazer com Josafá (então rei de Judá) uma aliança contra o rei Ben-Hadade, que traíra um acerto feito três anos antes ao continuar posicionando tropas sírias em Ramote-Gileade (1Rs 22.1-4; confira 1Rs 20.34). Se Acabe tivesse feito como Deus ordenara-lhe, tal situação não teria surgido. Josafá não tinha absolutamente nada a ganhar em termos materiais, mas muito a perder em termos morais. Todavia, sua resposta ao chamado de Acabe foi trágica: Serei como tu és, e o meu povo, como o teu povo, e os meus cavalos, como os teus cavalos (1Rs 22.4).
Josafá evidentemente tinha segundas intenções relativas a essa aliança súbita, pois ele desejava que Acabe atendesse ao seguinte imperativo: Consulta, porém, primeiro hoje a palavra do SENHOR (1Rs 22.5; cf. 2Cr 18.4).
Acabe convocou 400 profetas. Para um homem, eles predisseram vitória (2Cr 18.5,6). Esses eram homens sobre os quais Jeremias falaria mais tarde (veja Jr 23.21). Josafá, ainda cheio de dúvidas, perguntou se haveria algum outro profeta por perto. Acabe respondeu nervosamente que sim: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao SENHOR; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal (1Rs 22.8). Talvez a maior realização de Micaías foi ser odiado por Acabe. O impiedoso rei odiava esse profeta tal como um homem tolo despreza o médico que o diagnóstica com câncer! Acabe relutantemente mandou chamar Acaías. O mensageiro preveniu o profeta a não contradizer o relato da maioria. Contudo, Micaías respondeu: Vive o SENHOR, que o que o SENHOR me disser isso falarei (1Rs 22.14).
Enquanto isso, um dentre os 400 profetas, Zedequias, fez e empregou trombetas de ferro para proclamar a vitória de Acabe sobre os sírios (esse procedimento deveria imitar o simbolismo de Dt 33.17). Por fim, Micaías chegou e levantou-se diante do rei israelita. O profeta imitou sarcasticamente os outros: Sobe e serás prósperos, porque o SENHOR a entregará na mão do rei (1Rs 22.15). Acabe, contudo, esganiçou-se: Até quantas vezes te conjurarei, que me não fales senão a verdade em nome do SENHOR? (1Rs 22.16).
Acabe provavelmente disse isso para impressionar Josafá. O escárnio de Micaías tornou-se, então, um juízo sóbrio: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o SENHOR: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa (1Rs 22.17).
Acabe explodiu novamente, dizendo a Josafá: Não te disse eu que ele nunca profetizará de mim bem, senão só mal? (1Rs 22.18).
Micaías continuou e afirmou que Deus permitiria que um espírito mentiroso enganasse os profetas de Acabe, para que este fosse enganado e levado ao campo de batalha para morrer. Zedequias, o profeta do ímpio rei, esbofeteou Micaías. Nosso Senhor (Jo 18.22) e o apóstolo Paulo (At 23.2) posteriormente enfrentariam um insulto mordaz como esse. Acabe ordenou que Micaías fosse aprisionado e colocado sob uma dieta de pão e água até que o próprio rei israelita retornasse da batalha em segurança até sua casa. Com o rei saindo para guerrear, Micaías afirmou que, se o monarca voltasse efetivamente seguro, isso significaria que Deus não teria falado por de si (1Rs 22.28).

SUA MORTE

Acabe e Josafá procederam às pressas para Ramote-Gileade. Às vésperas da batalha, o rei israelita sugeriu que o monarca de Judá vestisse suas roupas reais, enquanto o próprio Acabe usaria as roupas de um soldado de infantaria. O regente do sul concordou. Aparentemente, Josafá era, muitas vezes, totalmente estúpido (1Rs 22.29,30).
Josafá foi imediatamente alvejado no campo de batalha. Os sírios equivocadamente o tomaram por Acabe. O tolo e amedrontado rei judeu clamou a Deus por libertação e saiu ileso da luta contra os sírios, que então perceberam que ele não era o rei israelita (1Rs 22.31-33; 2Cr 18.30-32). Um dos soldados sírios, contudo, atirou uma flecha ao acaso contra as tropas israelitas e acabou atingindo o disfarçado Acabe na abertura entre as fivelas e as couraças.
O ferimento foi mortal. Ofegante, Acabe mal conseguia dar as ordens para que fosse colocado sobre sua carruagem e levado apressadamente para sua casa. Tão logo o sol se pôs no ocidente, ele morreu (1Rs 22.34-37; 2Cr 18.33,34).
Acabe foi enterrado em Samaria. Sua carruagem ensanguentada foi levada até um lavatório próximo, para que fosse limpa. Lá, o sangue do ímpio rei regente foi lambido pelos cães, tal como Elias predissera (1Rs 22.37,38). Acabe foi sucedido por seu filho mais velho, Acazias, que prolongou os costumes impiedosos de seu pai (1Rs 22.52,53).

Reinado de Nadabe ao de Onri

A - NADABE (1Rs 15.25-28).
Reinado: 2 anos (910 a.C. -- 909 a.C.).
Ele era filho de Jeroboão.
Foi assassinado por um rebelde chamado Baasa.
Nadabe foi assim o primeiro de sete reis do norte a ser assassinado enquanto ainda estava em seu ofício real.
B - BAASA (1Rs 15.27-16.7; 2Cr 16.1-6).
Reinado: 22 anos (909 a.C. -- 886 a.C.).
Ao matar Nadabe e seus parentes, inconscientemente, Baasa cumpriu a profecia revelada à esposa de Jeroboão por Aías, o profeta (compare 1Rs 14.14 com 1Rs 15.29).
Baasa declarou guerra contra Asa (terceiro rei de Judá) e começou a construir uma fortaleza murada em Ramá para controlar a rota para Judá, esperando, desse modo, cortar todos os negócios com Jerusalém (2Cr 16.1).
Ele foi rejeitado por Deus como consequência de seu pecado. Jéu, o profeta, predisse que os descendentes de Baasa sofreriam a mesma punição imposta pelo Altíssimo sobre Jeroboão (1Rs 16.1-4).
C - ELÁ (1Rs 16.6-14).
Reinado: 2 anos (886 a.C. -- 885 a.C.).
Ele era filho de Baasa.
Enquanto estava bêbado, Elá foi assassinado por Zinri, o comandante das suas tropas de carros reais.
D - Zinri (1Rs 16.9-20).
Reinado: 7 anos (885 a.C.).
Ele cumpriu a profecia de Jéu ao assassinar a descendência de Baasa (compare 1Rs 16.3,7 com 1Rs 16.12).
Zinri foi enganado por um ardil de Onri, o novo general israelita, no palácio real, o que resultou em um impetuoso suicídio.
E - ONRI (1Rs 16.15-28).
Reinado: 12 anos (885 a.C. -- 874 a.C.).
Ele mudou a capital do norte de Tirza para Samaria (1Rs 16.24).
Arranjou o casamento político de seu filho Acabe com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios.
Até aquele momento, Ori foi o rei mais iníquo dentre os israelitas (1Rs 16.25).

Curiosidade:

Sete reis do norte que foram assassinados

  • Nadabe
  • Elá
  • Jorão
  • Zacarias
  • Salum
  • Pecaías
  • Peca
Continua com Acabe (Próxima página!)

Detalhe sobre Acabe

Acabe construiu um templo para Baal em Samaria (1Rs 16.32).
Ele foi mais perverso do que Onri, seu pai (1Rs 16.33, veja também 1Rs 21.25,26).
No começo de seu reinado, uma profecia de 500 anos de idade foi cumprida. Tratava-se da profecia relativa à reconstrução de Jericó (1Rs 16.34; compare com Js 6.26; veja O ESTÁGIO DA CONQUISTA).

A LÍNGUA ORIGINAL DO NOVO TESTAMENTO

A LÍNGUA ORIGINAL DO NOVO TESTAMENTO
O texto original dos documentos que conhecemos como o Novo Testamento foi escrito por judeus seguidores de Cristo (no antigo sentido da palavra) em um idioma que pode ser melhor descrito, não simplesmente como grego koiné (ou comum), mas como "koine judaico-grego".
Primeiro de tudo, o que é grego koiné? O grego koiné (que é diferente do grego clássico) era a forma multi-regional comum do grego falado e escrito durante a antiguidade helenística e romana. No entanto, não creio que a língua que vemos no Novo Testamento possa ser descrita SOMENTE como grego koiné. Existem elementos do grego koiné usados ​​no Novo Testamento que enfatizam sua conexão significativa com o hebraico e a cultura judaica do primeiro século. Eu prefiro chamá-lo de "judeu-grego" (ou koine-judeu-grego) .

O que é judeu-grego? O judeu grego é simplesmente uma forma especializada de grego usada pelos judeus para se comunicar . Essa forma de grego retinha muitas palavras, frases, estruturas gramaticais e padrões de pensamento característicos da língua hebraica. Temos exemplos semelhantes em outras línguas: as conhecidas línguas judaico-alemã (ídiche), judaico-espanhola (ladino) e as menos conhecidas judaico-farsi, judaico-árabe, judaico-italiana e judaico-georgiana.
Então, o judeu-grego é realmente grego? Sim, mas é o grego que herdou os padrões do pensamento e expressão semitas . Dessa maneira, difere das formas gregas usadas por outros grupos de pessoas.
Discordo que o Novo Testamento foi primeiro escrito em hebraico e depois traduzido para o grego.
Em vez disso, acho que foi escrito em grego por pessoas que pensavam "judaicamente". Mais importante, os autores do Novo Testamento pensavam em vários idiomas . As pessoas que falam uma variedade de idiomas também conseguem pensar em uma variedade de idiomas. Quando falam, no entanto, importam regularmente para esse idioma algo que vem de outro. Nunca é uma questão de "se", mas apenas de "quanto".
Leia também:
"Como o Novo Testamento
chegou até nós"


Devemos lembrar que a versão grega da Bíblia Hebraica (comumente chamada de Septuaginta) foi traduzida para o grego pelos principais estudiosos judeus da época. Diz a lenda que cada um dos 70 sábios judeus individuais fez traduções separadas da Bíblia Hebraica e, quando foram concluídas, todas se encaixavam perfeitamente. Como eu disse, "é uma lenda". O número 70 provavelmente simboliza as 70 nações do mundo no judaísmo antigo.. Esta tradução não era apenas para judeus de língua grega, mas também para não-judeus, para que eles também pudessem ter acesso à Bíblia Hebraica. Você pode imaginar quantas palavras, frases e padrões de pensamento hebraicos estão presentes em todas as páginas da Septuaginta, mesmo que estejam escritas em grego. Portanto, além dos autores do Novo Testamento que pensam judaica e hebraicamente , também temos a maioria de suas citações do Antigo Testamento provenientes de outro documento em língua grega, de autoria judaica - a Septuaginta . É surpreendente que o Novo Testamento esteja cheio de formas hebraicas expressas em grego ?!
Como uma observação lateral, o uso da Septuaginta pelos escritores do Novo Testamento é realmente um conceito muito empolgante. O texto judaico da Bíblia Hebraica usado hoje é o Texto Massorético (MT, abreviado). Quando os Manuscritos do Mar Morto foram finalmente examinados, descobriu-se que não havia um, mas três famílias diferentes de tradições bíblicas na época de Jesus . Um deles se aproximava muito do texto massorético, um se aproximava da Septuaginta e um parece ter conexões com a Torá samaritana. Entre outras coisas, isso indica que a Septuaginta citada pelo Novo Testamento tem grande valor , uma vez que foi baseada em um texto hebraico que é pelo menos tão antigo quanto o texto base original do (mais tarde) Texto Massorético (MT).

Entenda porque O NOVO TESTAMENTO, NÃO É UM LIVRO!

A maioria dos leitores da Bíblia sabe que o Novo Testamento é uma coleção de evangelhos, cartas e ensinamentos que datam da época dos primeiros judeus seguidores de Jesus. O termo inglês vem do latim, Novum Testamentum , que geralmente é atribuído ao escritor cristão primitivo Tertuliano (século II dC). No entanto, os leitores modernos podem achar irônico descobrir que quando a própria Bíblia menciona “Novo Testamento/Aliança” (καινὴ διαθήκη; kaine diatheke ) isso não significa esta coleção de escritos apostólicos. ( leia o artigo anterior, “Nova Aliança ou Novo Testamento?” )
Nos Evangelhos, Jesus usou o termo “Nova Aliança” quando falou de seu auto-sacrifício (Lc 22,20). Shaul (Paulo) repetiu as palavras do Messias sobre uma Nova Aliança para seu próprio grupo de crentes em Corinto (1 Coríntios 11:25). O escritor de Hebreus usou o termo (em Hebreus 8:8; 9:11-15) com referência à promessa feita por Jeremias de uma “nova aliança” para Israel e Judá (Jeremias 31:31-34). O objetivo de Hebreus era mostrar que Yeshua é o Messias que introduziu um novo e melhor sacerdócio. Paulo também usou o termo “nova aliança” (2 Coríntios 3:6, 14) – referindo-se a si mesmo e a seus colaboradores como “ministros da nova aliança”. Sem dúvida, Paulo também se apoiou na promessa da nova aliança de Jeremias em busca de inspiração. Deus declara através de Jeremias,

31 “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá, 32 não como a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei por a mão para tirá-los da terra do Egito, minha aliança que eles quebraram, embora eu fosse seu marido, diz o Senhor. 33 Porque esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no meio deles, e a escreverei no seu coração. E eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34 E não mais ensinará cada um ao seu próximo e cada um ao seu irmão, dizendo: 'Conhece o SENHOR', porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior, declara o SENHOR. Pois perdoarei a sua iniquidade e não me lembrarei mais do seu pecado”. (Jr 31:31-34 NVI)

Esta Nova Aliança/Testamento (בְּרִית חֲדָשָׁה; berit hadashah ) não é um livro, mas sim uma aliança — ou contrato teológico — que fala de andar com Deus em um relacionamento mais novo e mais profundo do que nunca.
De fato, a “Nova Aliança/Testamento” nem sequer é um paradigma teológico exclusivamente cristão. Escritos judaicos encontrados no Mar Morto e no Cairo Geniza desenvolvem uma ideia teológica idêntica baseada nas palavras de Jeremias — muito antes de Jesus e dos apóstolos. Os judeus de Qumran chamavam a si mesmos de “a comunidade da nova aliança” e falavam em “entrar na nova aliança” (Zadokite Fragments ou CD vi 19; viii 21; xix 34; 1QpHab ii 3-4). De fato, o “Novo Testamento” é um título. Na tradição cristã posterior, o Novo Testamento tornou-se uma descrição da coleção de escritos apostólicos, mas, biblicamente falando, a Nova Aliança não é um livro.
(Fonte do texto: Categoria: Evangelhos Judeus - Israel Bible Center - IBC - Edição de imagem: Costumes Bíblicos)

Jeroboão

Jeroboão (1Rs 11.26--14.20; 2Cr 9.29--13.22).
Reinado: 22 anos (931 a.C. -- 910 a.C.).
Ele serviu como membro do gabinete de Salomão, mas ficara temporariamente foragido no Egito para escapar da fúria do antigo rei (1Rs 11.28,40).
Ele liderou a revolta das dez tribos em Siquém (1Rs 12).
Praticava uma religião falsa, o que levou a nação israelita ao pecado (1Rs 12.26-30).
Seu braço foi paralisado, seu altar falso foi destruído, seu filho foi ferido por Deus, e tudo isso como punição pelos pecados que Jeroboão cometeu (1Rs 13.4,5; 14.1).
Ele foi derrotado em batalha por Abias, o segundo monarca do reinado do sul (2Cr 13.2-19).
Foi ferido por uma praga de Deus e morreu (2Cr 13.20).

Detalhes

Para considerar apropriadamente o reinado de Jeroboão, é necessário conhecer algo das circunstâncias que o levaram ao poder. Tudo começou com o filho arrogante de Salomão, Roboão.

SUA REVOLTA

Roboão foi a Siquém ser coroado o rei sobre toda a nação israelita (1Rs 12.1; 2Cr 10.1).
Ele recebeu um ultimato da delegação conduzida por Jeroboão (que, depois da morte de Salomão, retornara de seu exílio no Egito). Essa delegação afirmou simplesmente que o povo demandava uma vida melhor em seu reinado do que aquela que tivera sob o reinado de Salomão (1Rs 12.3,4).
Roboão pediu por um recesso de três dias para meditar sobre aquela demanda. Durante esse período, ele reuniu-se com seus amigos jovens e arrogantes e, ao preferir o conselho destes em relação ao dos mais velhos e mais sábios, recusou-se a aliviar os fardos impostos sobre o povo (1Rs 12.14).
Ao ouvirem essas notícias, dez das doze tribos atenderam aos clamores de Jeroboão para apanhar suas tendas, dando início à triste história da separação dos israelitas (1Rs 12.16).
O coletor de impostos de Roboão foi apedrejado até a morte, o que fez o assustado rei correr até Jerusalém para defender sua vida (1Rs 12.18-24; ao longo de seu reinado, Roboão desobedeceu repetidamente a ordem para não lutar contra o reino do norte; veja 1Rs 15.6).

SUA FALSA RELIGIÃO

Jeroboão, o novo líder da confederação das dez tribos, viu-se imediatamente diante de uma séria ameaça. Tr~es vezes por ano, tal como ordenado por Deus, a nação inteira deveria ir até Jerusalém para adorar ao Altíssimo (veja Êx 23.17; Lv 23). Jeroboão sabia que os sacerdotes certamente usariam essas oportunidades para trazerem todos os israelitas de volta para o domínio de Roboão. Diante disso, Jeroboão tentou resolver todo esse impasse, adotando um plano com quatro partes:

  1. Ele mudou os símbolos religiosos dos israelitas. Em vez de dois querubins dourados sobre a arca (Êx 25.17-20), Jeroboão colocou dois bezerros dourados. Nesse ponto, ele pôde evocar a ação do primeiro sumo sacerdote, Arão, como exemplo histórico (de fato, ele roubou o texto de Arão ao introduzir esses bezerros para o povo israelita. Compare Êx 32.4 com 1Rs 12.28).
  2. Ele mudou o centro da adoração religiosa de Jerusalém para Betel e Dã (1Rs 12.29). Isso foi feito em desobediência direta ao claro comando de Deus para ele (veja 1Rs 11.36).
  3. Ele mudou o sacerdócio, degradando os sacerdotes levitas e nomeando sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi (1Rs 12.31). Por causa disso, a grande maioria dos sacerdotes e levitas fugiu em direção ao sul, em direção a Judá, deixando para trás uma situação de quase total apostasia (2Cr 11.13-17). Isso explica este fato trágico: nenhum dos 19 reis israelitas - a começar com Jeroboão e terminar com Oseias - entregou seu coração e seu reinado para Deus!
  4. Ele mudou o calendário religioso, do sétimo mês (set/out) para o oitavo mês (out/nov). De acordo com Levítico 23, os israelitas deveriam observar seis celebrações principais, que começavam no primeiro mês (mar/abr) e encerravam-se no sétimo (set/out). Essas seis festas, três das quais caíam no sétimo mês, prenunciavam a cruz (o pão sem fermento), a ressurreição (primícias), o Pentecostes (festa de 50 dias), o arrebatamento (Festa das Trombetas), a tribulação (Dia da Expiação) e o milênio (Festa dos Tabernáculos). (veja AS GRANDES FESTAS RELIGIOSAS) É evidente, contudo, que Jeroboão teve pequena utilidade para essas celebrações. Ele inventou algumas delas para o oitavo mês e inventava-as de acordo com seu próprio coração (veja 1Rs 12.33).
Jeroboão visitou o altar de Betel para queimar incenso. Ele então se tornou o segundo de três reis israelitas que ousaram tomar sobre eles o ofício de sacerdote também. Todos os três foram severamente punidos. Os outros dois foram: a) Saul (1Sm 13.9-14) . b) Uzias (2Cr 26.16-21).

SUA PUNIÇÃO

Por causa de sua idolatria, Jeroboão recebeu uma profecia contrária e foi punido por um homem de Deus.
a) A profecia. Anos depois, um rei de Judá, chamado Josias, destruiria totalmente a falsa religião de Jeroboão, queimando até mesmo os ossos de seus sacerdotes falecidos sobre o mesmo altar em que o rei e sacerdote antes fazia o sacrifício. Aproximadamente 300 anos depois, essa incrível profecia foi cumprida com exatidão (compare 1Rs 13.2 com 2Rs 23.15,16).
b) A punição. O altar de Jeroboão foi destruído, e seu braço foi paralisado, ambos os fatos sobrenaturais realizados por Deus (1Rs 13.3-6). Então, o profeta orou, e a mão do rei foi restaurada.
Em seu caminho para casa, o homem de Deus, tolamente, deu atenção às palavras de um velho profeta mentiroso de Betel e, como consequência, perdeu sua vida por desobedecer a Deus.
a) Deus dissera-lhe que voltasse para casa imediatamente (1Rs 13.8-10).
b) O velho profeta de Betel afirmara-lhe que Deus mudara de ideia e desejara que ele ficasse e comesse em Betel (1Rs 13.11-18).
c) Quando finalmente se direcionou para casa, ele foi atacado e morto por um leão (1Rs 13.23,24)
Logo após esse triste evento, o filho de Jeroboão, Abias, ficou muito doente (1Rs 14.1). Aías, o profeta, relatou tristemente a mensagem de Deus para a esposa de Jeroboão (que tentara disfarçar-se). Como consequência de sua grande impiedade, este sofreria uma terrível punição (1Rs 14.10-14). Tudo isso logo se cumpriu por certo, e a criança morreu (1Rs 14.17). Alguns anos depois, Nadabe, filho e sucessor de Jeroboão, foi assassinado junto com todos os seus parentes por um rebelde chamado Baasa, que usurpou o seu trono (1Rs 15.29). Nessa época, Deus enviou o primeiro deprimente aviso acerca do futuro cativeiro assírio, que ocorreria 200 anos mais tarde (1Rs 14.15).
SUA MORTE
Deus feriu Jeroboão com uma praga que o matou após um reinado ímpio de 22 anos. Registra-se, não menos do que 21 vezes, que ele "fez os israelitas pecarem".
Ele foi sucedido por seu filho Nadabe (1Rs 14.20). Nadabe foi assassinado por um rebelde chamado Baasa depois de um reinado de apenas dois anos. Ao matar Nadabe e seus parentes, o rebelde inconscientemente cumpriu a profecia revelada à esposa de Jeroboão por Aías, o profeta (compare 1Rs 14.14 com 1Rs 15.29).

INTRODUÇÃO AO ESTÁGIO DOS REINOS

O Estágio do Reino em União:
Este estágio registra a história dos primeiros três reis israelitas. Cada um deles reinou por 40 anos. São os reis Saul, Davi e Salomão.
A maior parte das belas canções e de palavras de sabedoria compostas pelos israelitas foi criada durante esse período. Dentre elas, incluem-se as encontradas em Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos.
Esse tempo começa com a escolha de um regente (Saul; 1Sm 9) e termina com a rejeição de outro monarca (Roboão, 1Rs 12).
E inclui uma visita à feiticeira de En-Dor (1Sm 28), bem como uma visita da rainha de Sabá (1Rs 10).
A morte de dois bebês cria um difícil dilema. A primeira expõe o salário do pecado (2Sm 12), enquanto a segunda demonstra a sabedoria de Salomão (1Rs 3).
Durante esse tempo, uma cidade é salva (1Sm 11), alguns animais são poupados (1Sm 15), e um gigante é vencido (1Sm 17).
Descreve-se um profeta sem medo (Natã, 2Sm 12) e um fiel sacerdote (Zadoque, 2Sm 15).
A Arca do Concerto de Deus é levada até Jerusalém em duas ocasiões, uma vez durante uma celebração (2Sm 6) e outra durante uma revolução (2Sm 15).
Uma irmã é estrupada (2Sm 13), e um filho é enforcado (2Sm 18).
Um filho (Jônatas) protege o jovem Davi de seu próprio pai (Saul; 1Sm 20).
Uma cidade pagã torna-se a Cidade Sagrada (2Sm 5).
Salomão é instruído (1Rs 2) a construir o Templo, e o Templo é efetivamente construído (1Rs 6).

O Estágio do Reino no Caos

Este estágio cobre um período de quase 350 anos, entre 930 a.C. e 586 a.C. Os eventos principais ocorrem em Jerusalém e em Samaria.
O período começa com a trágica guerra civil que divide a nação israelita em dois reinos inimigos e termina com os dois reinados sendo conquistados por duas nações pagãs inimigas (1Rs 12; 2Rs 17; 25).
Este estágio caótico apresenta:

  • Um rei (Josias) descobrindo a Palavra de Deus dentro do templo, e outro rei (Jeoaquim) tentando destruí-la com fogo (2Rs 22; Jr 36).
  • Doze livros do Antigo Testamento sendo escritos por 11 autores humanos: Obadias, Joel, Jonas, Amós, Oseias, Miqueias, Isaías, Naum, Sofonias, Habacuque e Jeremias (que também escreve Lamentações).
  • Os três indivíduos do Antigo Testamento que foram ressuscitados dos mortos (1Rs 17; 2Rs 4; 13).
  • O único homem do Antigo Testamento a ser curado de lepra (Naamã; 2Rs 5).
  • A salvação de Samaria (a capital do reino do norte) por quatro leprosos, e a salvação de Jerusalém (a capital do reino do sul) pelo anjo da morte (2Rs 7; 19).
  • O começo do povo samaritano (2Rs 17).
  • A segunda e a terceira vezes nas quais Deus dividiu as águas do rio Jordão (2Rs 2, a primeira foi em Js 3).
  • A narração de um coro de cantores derrotando o inimigo no campo de batalha (2Cr 20.20-22).
  • A visão da água sendo queimada pelo fogo (1Rs 18, sobretudo 1Rs 18.38).
  • A visão de uma cabeça de machado flutuando na água (2Rs 6).
  • O segundo homem do Antigo Testamento a ir para o céu sem morrer (2Rs 2, sobretudo 2Rs 2.11; a descrição do primeiro homem é dada em Gn 5.21-24).
  • A única ocasião no Antigo Testamento na qual é permitido aos homens contemplarem o exército montado de anjos de Deus (2Rs 6, sobretudo 2Rs 6.15-17).
  • Sete orações sobre uma montanha, sete espirros sobre uma cama, sete mergulhos dentro de um rio. Elias faz a oração no monte Carmelo. Uma criança ressuscitada espirra em Suném. Naamã mergulha no rio Jordão.

O reino é dividido.

Após a morte de Salomão, uma trágica guerra civil dividiu os israelitas em dois reinos inimigos.
  1. O REINO  DO SUL
  2. O REINO DO NORTE
O Reino do sul era chamado de Judá.
  • A capital foi Jerusalém.
  • A princípio, consistia de duas tribos: Judá e Benjamim.
  • Começou em 931 a.C.
  • Durou 345 anos: 931 a.C. - 586 a.C.
  • Vinte reis no total.
  • Oito reis eram tementes a Deus.Os babilônios conquistaram o reino em 586 a.C.
  • O povo retornou do cativeiro em três momentos.
O Reino do norte era chamado de Israel e Efraim.
  • A capital foi Samaria.
  • Era composto por dez tribos.
  • Começou em 931 a.C.
  • Durou 210 anos: 931 a.C. - 722 a.C.
  • Dezenove reis no total.
  • Nenhum deles foi temente a Deus.
  • Os assírios conquistaram o reino em 722 a.C.
  • Não houve retorno do cativeiro.
Nota: em suma, o estágio do reino no caos pode ser dividido em dois períodos de tempo:
A. O reino dividido (tanto o do norte como o do sul, 931 a.C. -- 722 a.C.).
B. O reino único (apenas o reino do sul, 722 a.C. --586 a.C.).

Os regentes do estágio do reino no caos.

O estágio do reino no caos tem seu melhor resumo na vida de 20 pessoas desse período. Dentre elas, seis foram regentes do norte, 12 foram regentes do sul, e dois foram profetas: Jeroboão, Onri, Acabe, Jéu, Jeroboão II, Oseias, Roboão, Asa, Josafá, Atalia, Joás, Uzias, Acaz, Ezequias, Manassés, Josias, Jeoaquim, Zedequias, Elias (profeta) e Eliseu (profeta).

Datando o reinado dos monarcas

Alguns reinados sobrepõem-se aos outros, ou seja, há casos em que o pai e o filho governam ao mesmo tempo (em regime de "corregência). Isso explica a diferença entre o número total de anos de todos os reis do norte tal como explicitados na Bíblia, o que totalizaria 252 anos, e o tempo efetivo do reino do norte, em torno de 208 anos (começando com Jeroboão em 931 a.C. e terminando com Oseias em 722 a.C.

Uma breve informação sobre cada regente, tanto do estágio do reino em união, como do estágio do reino no caos, vocês podem estar lendo na lista "REIS DE ISRAEL"  coluna esquerda do site.
Boa pesquisa!

Salomão

Salomão, o fabuloso rei israelita (1Rs 1--11; 2Cr 1--9)

O triunfo de Salomão sobre seus inimigos (1Rs 1.1--2.46).

1 - Sobre Adonias.
  • Enquanto Davi ainda estava em seu leito de morte, seu filho vivo mais velho, Adonias, tentou roubar o trono de seu meio-irmão, Salomão. Adonias foi auxiliado por Joabe e Abiatar (1Rs 1.7).
  • Salomão, contudo, recebeu o apoio de Natã, o profeta, de Bate-Seba, sua mãe, de Zadoque, o sumo sacerdote e de Benaia, um dos antigos valentes de Davi (1Rs 1.8-11).
  • Bate-Seba visitou seu marido na cama e organizou tudo, para que Salomão fosse ungido por Zadoque (1Rs 1.39).
  • Adonias foi posto sob liberdade condicional, mas  foi posteriormente executado, quando agiu ousadamente para conquistar o trono e tentou casar-se com Abisague, a última concubina de Davi (1Rs 1.3; 2.17,25).
2 - Sobre Abiatar (1Rs 2.26,27). Por sua fidelidade a Davi, Abiatar teve sua vida poupada, mas foi banido do sacerdócio.
3 - Sobre Joabe (1Rs 2.28-34). O sanguinário general foi finalmente executado, não apenas por sua participação da rebelião de Adonias, mas também por muitos crimes cometidos no passado, inclusive os assassinatos de Abner e Amasa.
4 - Sobre Simei (1Rs 2.36-46). Simei, como Adonias, também esteve em liberdade condicional durante algum tempo, as ele quebrou essa confiança e foi punido com a pena de morte. Com a execução de Simei, o pedido de Davi feito no leito de morte foi cumprido por Salomão, pois o antigo rei clamara por justiça contra Joabe e Simei (1Rs 2.5,8).

Seu talento recebido de Deus (1Rs 3.4-28).

  • Salomão foi visitado pelo Senhor em sonho, quando estava em Gibeão, para cumprir um sacrifício. Deus ofereceu-lhe o que quer que Salomão desejasse, e o novo rei pediu sabedoria ao Altíssimo (1Rs 3.6-9).
  • Ao retornar para Jerusalém, Salomão foi imediatamente confrontado com uma situação que testou sua sabedoria recentemente adquirida. Duas mães que eram prostitutas solicitaram uma audiência com o rei para resolver um problema relativo a dois bebês: um estava morto, e o outro ainda vivo.Cada uma das mães dizia que o bebê vivo era seu. Diante desse dilema, Salomão sugeriu dividir a criança viva com uma espada e dar metade do corpo para cada mulher. Uma das mulheres ficou horrorizada com a sugestão e, assim, revelou-se claramente como mãe verdadeira (1Rs 3.16-28).

O reinado completo e tranquilo sobre o povo israelita (1Rs 4.1-34).

A essa altura, o reinado de Salomão era um lindo prenúncio da regência milenar e perfeita de Cristo.
  • Salomão teve 12 membros em seu gabinete para ajudá-lo em seu governo (1Rs 4.7). Jesus conferirá essa honra a seus doze discípulos (Mt 19.28).
  • Salomão governou sobre todos os reinos na área da terra santa (1Rs 4.21), enquanto Cristo governará sobre todos os reinos da terra (veja Ap 11.15).
  • Os súditos de Salomão serviram-lhe tal como os seguidores de Cristo serviriam ao Messias (1Rs 4.21; Ap 22.3).
  • Salomão trouxe paz à região (1Rs 4.24), enquanto Cristo será o portador da paz universal (Is 2.2-4).
  • Judá e Israel habitaram em segurança, cada um debaixo da sua videira (1Rs 4.25). E assim será também durante o reinado de Cristo (Jr 23.6; Mq 4.4; Zc 3.10).

Seu tempo de adoração (1Rs 5--8; 2Cr 2--7).

1 - A preparação.
  • Começou em maio, durante o quarto ano do reinado de Salomão, e terminou em novembro, durante o décimo primeiro ano, totalizando assim sete anos (1Rs 6.38).
  • O templo tinha exatamente o dobro do tamanho do tabernáculo de Moisés, com quase 28m de comprimento, quase dez metros de largura e quase 14m de altura (compare com Êx 26.16,18).
  • O templo foi construído pelo projeto de trabalho escravo parcial instituído por Salomão, em uma força de trabalho constituída por 100 mil israelitas, 80 mil cortadores de pedras e 3.600 feitores.
  • Os pisos e paredes foram feitos de pedra coberta com cedros e sobrepostas com ouro (1Rs 6.16,21,22).
  • E edificou-se sem o som de martelo, machado ou qualquer outra ferramenta de ferro (1Rs 6.7).
  • O templo tinha dez castiçais e dez mesas de pão da proposição (1Rs 7.49; 2Cr 4.8) em oposição à única mesa e ao único castiçal do tabernáculo de Moisés.
  • Salomão pagou ao rei Hirão de Tiro quase um milhão e alqueires de trigo e mais de três mil litros de azeite de oliva puro pela madeira inigualável encontrada na floresta do Líbano. Com esse material, construiu-se as câmaras do templo (1Rs 5.8-11).
  • Dois querubins de ouro ficavam dentro do Santo dos Santos (1Rs 8.7).

2 - A dedicação.
Salomão revisou brevemente as circunstâncias históricas que levaram até aquele dia de alegria (1Rs 8.12-21; 2Cr 6.1-11).
3 - A suplicação (1Rs 8.22-53; 2Cr 6.12-42).
Salomão orou para que a influência desse templo magnífico se estendesse triplamente:
  • Sobre os indivíduos (1Rs 8.31,32). (1) Para que os pecadores fossem punidos. (2) Para que os justos fossem inocentados.
  • Sobre a nação. (1) Para que os pecados dos israelitas fossem perdoados (1Rs 8.33,34). (2) Para que a terra pudesse ser curada (1Rs 8.35-37). (3) Para que os israelitas fossem preservados do cativeiro (1Rs 8.44-50).
  • Sobre os pagãos (1Rs 8.41-43).
4 - A bendição (1Rs 8.54-61).
5 - A manifestação (2Cr 7.1-3).
6 - A apresentação (1Rs 7.62-66; 2Cr 7.4-10). Essa oferta constituiu de 120 mil ovelhas e 22 mil bois. É a maior oferta da Bíblia e talvez de todos os tempos.

Seu tesouro de riquezas.

  • Salomão tinha 700 esposas e 300 concubinas (1Rs 11.3).
  • Ele tinha quantidades incríveis de ouro. a) De Hirão, ele adquiriu 120 talentos de ouro. b) Por meio de sua frota naval, ele conquistou 420 talentos de ouro (1Rs 9.27,28). c) Da rainha de Sabá, 120 talentos de ouro (1Rs 10.10). d) De impostos e rendimentos anuais, mais de 23 toneladas de ouro (1Rs 10.14).
  • Ele possuía 40 mil cavalos (1Rs 4.26).
  • E tinha também 1.400 carruagens, cada uma delas custando sete quilos de prata (1Rs 10.26; 2Cr 1.17).
  • Salomão comandava 12 mil cavaleiros (1Rs 10.26).
  • E possuía uma extensa frota de navios (1Rs 9.26-28; 10.22; 2Cr 8.17,18).
  • Salomão construiu um enorme trono de marfim e o cobriu com ouro puro. Ele tinha seis degraus e encostos até o assento em ambas as bandas. O trono era rodeado por 12 leões, dois em cada degrau (1Rs 10.18-20).
  • Ele edificou uma indústria de metalurgia em Eziom-Geber (1Rs 9.17).

Seu testemunho pela terra (1Rs 4.29-34; 10.1-13).

A regente da Arábia veio para ver por si mesma as riquezas de Salomão e também para testar a sabedoria do rei israelita, a qual era mundialmente conhecida. Ela entrou cética em Jerusalém, mas saiu de lá testemunhando as riquezas e a sabedoria de Salomão (1Rs 10.7).
Aproximadamente nove séculos depois, o Salvador faria referência a essa visita histórica (veja Mt 12.42).

As transgressões de Salomão contra Deus.

1 - Os avisos contra transgressão recebidos por Salomão:
  • De Davi: (1) primeiro aviso (1Cr 22.13). (2) último aviso (1Rs 2.3).
  • De Deus: (1) primeiro aviso (1Rs 3.14). (2) segundo aviso (1Rs 9.6,7). (3) último aviso (1Rs 11.11).
2 - A natureza das transgressões de Salomão.
Aproximadamente quatro séculos e meio antes de Salomão, Deus esboçara as qualificações necessárias a todos os futuros reis israelitas (Dt 17.14-17).
  • Ele deveria ser escolhido pelo Senhor.
  • Não poderia ser estrangeiro.
  • Não poderia construir um grande estábulo de cavalos ou enviar homens para comprar mais cavalos no Egito.
  • Não poderia casar-se com muitas mulheres.
  • Não poderia acumular muita riqueza.
Entretanto, Salomão desobedeceu inteiramente três dessas condições, pelas quais ele era responsável:
  • Ele tinha muito ouro e prata (1Rs 10.14-27).
  • Ele possuía milhares de cavalos (1Rs 4.26).
  • Ele reuniu centenas de esposas e concubinas (1Rs 11.3).
3 - As consequências da transgressão de Salomão.
  • Ele seria atormentado por criadores de problemas e por pequenas revoltas internas pela primeira vez em seu reinado (1Rs 11.14-25).
  • Depois de sua morte, Deus tiraria o reinado das mãos do filho de Salomão e daria  uma grande porção para outro (1Rs 11.9-13, 26-40).

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