PARTE II |
Não menos do que cinco entre sete Salmos penitenciais foram escritos por Davi. Ele escreveu os Salmos 6,32,38,51 e 143. Já os Salmos 32,38 e 51 são analisados aqui:
A. Salmo 32.
Esse salmo deve ser relacionado ao Salmo 51. Este último descreve as emoções de Davi ao confessar seu pecado de adultério e assassinato (2Sm 11), enquanto o primeiro descreve seus sentimentos antes de tal confissão ter sido feita, quando o terrível peso da culpa ainda pesava excessivamente sobre ele. Em Romanos 4.7,8, Paulo cita o primeiro de dois versos desse Salmo para ilustrar uma das grandes doutrinas das Escrituras, aquela da imputação. A imputação é o ato de alguém que impõe algo ao fardo de outra pessoa. Há três imputações principais na Bíblia:
- A da natureza do pecado de Adão sobre a humanidade (Rm 3.23; 5.12).
- A do pecado do homem sobre Cristo (Is 53.5,6; 2Co 5.14-21; Hb 2.9; 1Pe 2.24).
- A da justiça de Cristo sobre o pecador que crê (Rm 4.6-24; Fp 3.9; Tg 2.23).
B. Salmo 38.
Nós já observamos o contexto no qual Davi escreveu esse salmo.
- Ele começa essa grande confissão fazendo o que Deus espera de todo crente pecador - que reconheça livremente seu pecado. O Pai aceitará nossas lágrimas, mas não nossas desculpas. Davi se recusa a desculpar seus fracassos, apelando à sociedade, hereditariedade, à pobreza ou ao ambiente.
- No verso 4, ele afirma que pecou contra ti somente. Em sentido técnico, obviamente, isso não é verdade. Davi pecou contra si mesmo, contra Bete-Seba, contra Urias e contra toda a nação israelita, que se espelhava em seu amado rei. Mas seu pecado contra Deus foi tão sério e estupendo, que todas as outras partes envolvidas esvaneceram. A última parte desse verso foi citada por Paulo para provar a condenação universal da humanidade (Rm 3.4).
- No verso 7, Davi clama para ser purgado (ou purificado) com hissopo. Talvez, sua mente tenha voltado até a noite da primeira Páscoa de sua nação, quase cinco séculos antes. Sem dúvida, o salmista ouvira aquela narração muita vezes (Êx 12.21-23). Então, Deus purificou-o. Mais tarde, o Grande Filho de Davi performaria esse ministério a todos os cristãos em todos os lugares (Hb 1.3). Davi desejava ser ministrado, para que ele pudesse tornar-se mais branco do que a neve. Quase três séculos depois, Isaías usaria as palavras de Davi para comunicar a mensagem de Deus para a pecadora nação israelita (Is 1.18).
- No verso 11, Davi faz uma oração de que, todavia, nenhum cristão precisa ou deveria precisar hoje. No cenáculo, nosso Senhor prometeu: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). [Também precisamos está atentos pelo motivo de que o Espírito Santo não compartilha com nosso corpo em práticas do pecado. Ele pode sim, se entristecer e se afastar de nós! (Ef 4.30; 1Ts 5.19). Portanto devemos ter cuidado, porque as Escrituras menciona pecados para a morte!! (Hb 6.4-6)]
- Contudo, cada filho de Deus precisará, em algum momento, fazer a oração com as palavras de Davi no verso 12. Toda a igreja em Éfeso precisou orar com essas palavras, tal como Jesus as ensinara (Ap 2.4). Quando essa alegria e o primeiro amor retornarem, o arrependimento dos pecadores efetivamente ocorrerá, tal como mencionado no verso 13.
- Esse salmo confessional traz muitas verdades preciosas, mas, talvez, a maior de todas elas é encontrada nos versos 16 e 17. A razão para tanto era muito simples - não havia sacrifício para o pecado do adultério. Em vez disso, quem fosse culpado de adultério deveria ser levado para fora e apedrejado até a morte (Lv 20.10). Portanto, Davi ignorou as ofertas de expiação do Levítico e entregou-se completamente à misericórdia e à graça de Deus.
Salmos imprecatórios (Sl 35,55,58,59,69,83,109,137,140).
A. A definição desses Salmos: imprecar é orar contra, invocar o mal sobre alguém ou algo.
B. Os problemas envolvidos nesses Salmos: como conciliar essas frases com a admoestação de Jesus para amar os inimigos, abençoá-los e orar por eles, fazendo-lhes o bem (Mt 5.44)?
C. A resposta sugerida para esses Salmos (retirada do livreto de Dr.Roy L.Alderich, Notes to Lectures on the Psalms):
B. Os problemas envolvidos nesses Salmos: como conciliar essas frases com a admoestação de Jesus para amar os inimigos, abençoá-los e orar por eles, fazendo-lhes o bem (Mt 5.44)?
C. A resposta sugerida para esses Salmos (retirada do livreto de Dr.Roy L.Alderich, Notes to Lectures on the Psalms):
- Os Salmos são inspirados, e o Espírito Santo tem direito de denunciar o pecado e os pecadores.
- Eles estão em harmonia com a Lei (Sl 28.4; Jr 50.15).
- Essa punição contra o mal e os malfeitores está em harmonia com os ensinamentos do evangelho e das cartas do Novo Testamento (Mt 18.6; 23.33; 26.24; Gl 1.8,9; 5.12; 2Ts 2.10-12; Tg 5.3; 2Pe 2.12,22; Jd 1.13,15; Ap 14.10,11).
- As Escrituras também pronunciam maldições contra os israelitas, porque eles caem em pecado e em idolatria (Lv 26; Dt 27--28; Is 5.24,25; 28.13; etc.).
- Privadamente, Davi praticara grande paciência, mas, em seus Salmos, ele fazia da causa de Deus a sua própria causa (Sl 5.10,11).
- Os homens do Oriente Médio, na Antiguidade, estavam acostumados a usar palavras mais fortes do que as do ocidental de hoje. Naquela época, as denúncias eram mais exageradas, tanto quanto os louvores eram mais veementes. [Eu fico com a Antiguidade!]
- Muitas das imprecações foram enunciadas por simpatia em relação aos feridos e oprimidos (Sl 10.8-10).
- Alguns desses Salmos são orações pelo sucesso no campo de batalha (Sl 144.5-7). Muitas das guerras israelitas eram certamente aprovadas por Deus.
- Algumas das petições referiam-se a predições das Escrituras (Sl 137.8,9). O salmista possuía diante dele uma profecia direta em que a queda da Babilônia era profetizada nos mesmos termos de Isaías 13.16 (também Jr 50.15; 51.6,36).
- Alguns tratam dos traidores de Cristo (Sl 40,55,60). O Salmo 69.22-25 descreve-nos a punição que acabou recaindo sobre Judas. Já o Salmo 109 faz parte do conjunto de "Salmos de Iscariotes".
- Os ímpios, no livro de Salmos, são considerados como apóstatas ou pecadores confirmados. A punição deles está de acordo com a soberania de Deus e também com o caráter profético de cada Salmo. Muitos deles predizem os dias finais da terra e o julgamento contra os ímpios.
- A graça é manifestada em avisos francos e repetidos aos pecadores (Sl 2.12).
- Sem cometer violência contra a língua hebraica, é possível mudar a forma imperativa para o futuro. Assim, em vez de sejam errantes, poderíamos ter, "eles errarão". A oração, então, torna-se uma profecia (veja Sl 109.8-10).
D. Um breve exame desses salmos:
- Salmo 25. Esse é o primeiro de nove Salmos imprecatórios (veja Sl 35.1-8). Mas também deve ser considerado que Davi, em primeiro lugar, orou fervorosamente por seus ferozes inimigos, apesar da crueldade destes em relação ao salmista (veja Sl 35.12-16). Esse também é o primeiro dos quatro "Salmos de Iscariotes", ou seja, passagens que descrevem profeticamente a traição de Judas no Novo Testamento. Os outros três são: 41.9; 55.12-14; 109.6-8. Orações imprecatórias também aparecem nos Salmos 55.9; 58.6-9; 59.11-15; 69.22-28; 83.9-17; 109.6-20.
- Salmo 137. Eis uma oração imprecatória dupla: a) Para que Deus julgasse Edom por sua traição durante a captura de Jerusalém pelos babilônios (Sl 137.7). b) Para que Deus julgasse a própria Babilônia (veja Sl 137.8,9). Essas palavras não descrevem uma espécie de exército de elite israelita correndo pelos arredores e atacando os corpos de pequenos bebês babilônios. Afinal, historicamente falando, foi a Babilônia que conquistou os israelitas, e não o contrário. Portanto, essa passagem pode ser considerada uma profecia relativa aos persas, que efetivamente derrotaram os babilônios (veja Is 13.16; Dn 5). Essa lei divina de retribuição está aqui implicada, tal como estava em Êxodo 32.34; Salmo 7.16; Provérbios 11.19,21; Gálatas 6.7.
- Salmo 140. Veja os versos 8-10 para oração imprecatória.
Salmos de ascensão gradual.
A. Quem os escreveu? Uma teoria comumente defendida afirma que eles foram compostos por três homens.
- Ezequias escreveu dez Salmos (Sl 120,121,123,125,126,128,129,130,132,134).
- Salomão escreveu um deles (Sl 127).
- Davi escreveu quatro deles (Sl 122,124,131,133).
B. Por que eles foram escritos? Muitos os atribuem aos eventos da história: por volta de 728 a.C., Deus curou um rei judeu chamado Ezequias de uma enfermidade fatal. Isaías 38 registra a oração de agradecimento do rei agraciado. Ela foi composta depois de sua recuperação. Alguns estudiosos (incluindo Thirtle, Lightfoot e Scroggie) acreditam que as dez "canções de ascensão" anônimas no grupo de 15 (Sl 120--134) também foram escritas por Ezequias. Com efeito, elas realmente possuem similaridades estilísticas; é possível, portanto, que Ezequias tenha escrito as dez canções anônimas de ascensão em memória aos dez passos (ou degraus) da sombra sobre o relógio de sol (2Rs 20.9-11) e, em seguida, tenha adicionado cinco Salmos, até então inéditos, escritos por (Davi e) Salomão (veja Pv 25.1) e que eram adequados ao contexto. Desse modo, foi possível reunir 15 canções em honra aos 15 anos que Deus adicionou à vida dele (veja 2Rs 20.6).
C. Como esses Salmos deveriam ser cantados? Listamos abaixo as muitas teorias:
- A antiga tradição judaica afirma que eles eram cantados quando o coro ascendia ao êxtase semicircular das estrelas, conduzindo a corte dos homens no templo.
- Os ascensos devem referir-se aos estágios da peregrinação a Jerusalém, cantados pelos viajantes ao longo do caminho que passavam pelos muitos dias festivos de cada ano.
- Ascenso significa "uma canção em coro mais alto", com os cantores posicionando-se em degraus de um lugar alto.
- A referência também pode ser musical, indicando que as notas crescem por graus sucessivos.
Salmos de aleluia (Sl 113--118).
Esses seis salmos eram cantados na noite de Páscoa (veja imagem abaixo Salmos de Halel). Foram declamados pelo Salvador e por Seus discípulos em Mateus 26.30. Ainda são recitados na Palestina 18 vezes ao ano em muitas ocasiões e 21 vezes anualmente pelos judeus que não estão na Terra Santa.
Esses seis salmos eram cantados na noite de Páscoa (veja imagem abaixo Salmos de Halel). Foram declamados pelo Salvador e por Seus discípulos em Mateus 26.30. Ainda são recitados na Palestina 18 vezes ao ano em muitas ocasiões e 21 vezes anualmente pelos judeus que não estão na Terra Santa.
Salmos históricos (Sl 78,105,106).
Esses três Salmos descrevem a história dos israelitas e podem ser assim resumidos:
A. Os pecados dos israelitas.
B. A graça de Deus.Esses três Salmos descrevem a história dos israelitas e podem ser assim resumidos:
A. Os pecados dos israelitas.
- Eles recusaram-se a caminhar na Lei de Deus (Sl 78.10).
- Eles esqueceram-se das obras do Altíssimo (Sl 78.11,42; 106.13).
- Eles falaram contra Deus (Sl 78.19).
- Eles não confiaram na salvação divina (Sl 78.22).
- Eles mentiram para Deus (Sl 78.36).
- Eles ofenderam o Todo-poderoso (Sl 78.40).
- Eles pensaram que Ele era limitado (Sl 78.41).
- Eles adoraram imagens esculpidas (Sl 78.58; 106.19).
- Eles invejaram seu líder, Moisés (Sl 106.16).
- Eles desprezaram a Terra Prometida (Sl 106.24).
- Eles murmuraram em suas tendas (Sl 106.25).
- Eles comeram os sacrifícios dos mortos (Sl 106.28).
- Eles misturaram-se aos pagãos (Sl 106.35).
- Eles sacrificaram seus filhos e filhas aos demônios (Sl 106.37).
- Eles derramaram sangue inocente (Sl 106.38-40).
- Deus lembrou-se do concerto quando os israelitas clamaram-lhe (Sl 105.8-11).
- Ele dividiu o mar (Sl 78.13).
- Ele conduziu-os com uma nuvem durante o dia (Sl 78.14).
- Ele conduziu-os com fogo durante a noite (Sl 78.14).
- Ele deu-lhes a água que saiu da rocha (Sl 78.15).
- Ele fez chover maná para eles (Sl 78.24).
- Ele estava cheio de compaixão e perdoou a iniquidade deles (Sl 78.38).
- Ele deu-lhes sinais no Egito (Sl 78.43; 105.27-36).
- Ele conduziu-os até a entrada da Terra Prometida (Sl 78.54).
- Ele expulsou os gentios diante deles (Sl 78.55).
- Ele escolheu Davi para liderá-los (Sl 78.70,71).
- Ele não deixou que alguém os ferisse (Sl 105.14).
- Ele alimentou-os (Sl 78.72).
- Em nome do povo, Ele reprovou reis (Sl 105.14).
- Ele elevou-os por intermédio de José (Sl 105.17).
- Ele deu-lhes as riquezas do Egito (Sl 105.37).
- Ele manteve-os fortes (SL 105.37).
- Ele perdoou-os continuamente (Sl 106.43).
- Ele ouviu continuamente o clamor deles (Sl 106.44).
Salmos acrósticos (Sl 9,10,25,34,37,111,112,119,145).
Esses nove Salmos também são chamados de Salmos alfabéticos.
Afinal, cada linha desses salmos começa com a letra seguinte do alfabeto hebraico de 22 letras.
O Salmo 119 é certamente o mais famoso dos acrósticos. Ele tem 22 estrofes correspondentes a cada uma das letras do alfabeto hebraico, na ordem. Cada estrofe tem oito versos, somando um total de 176. Os versos, em cada estrofe, começam todos com a mesma letra hebraica. Nem todos dentre esses Salmos completam-se segundo esse arranjo, ou seja, alguns têm uma ou mais letras faltando:
A. Nos Salmos 9, 10 e 25 faltam muitas letras.
B. Nos Salmos 34 e 45 faltam uma letra.
C. Nos Salmos 37,111,112 e 119 nenhuma letra está faltando.
É razoável supor que o dispositivo acróstico era empregado para ajudar a memória.
Salmos messiânicos.
A. Salmo 2: prediz a destruição dos pagãos em meio à tribulação, prediz também o Reino milenar de Cristo. Esse salmo tem quatro partes:
F. Salmo 24: prediz a entrada triunfal de Cristo nos céus.
Esse salmo, embora originalmente escrito para celebrar a entrada de Davi na cidade de Jerusalém recentemente capturada e sua subsequente inauguração como rei, também pode descrever a entrada vitoriosa do Salvador na glória, depois de Ele ter realizado Sua obra de redenção e ter ascendido do monte das Oliveiras. O Salmo era cantado por dois coros:
1. Versos 1-6 eram cantados ao pé do monte sobre o qual se erguia Jerusalém.
2. Versos 7-10 eram cantados diante dos portões da cidade.
Esses nove Salmos também são chamados de Salmos alfabéticos.
Afinal, cada linha desses salmos começa com a letra seguinte do alfabeto hebraico de 22 letras.
O Salmo 119 é certamente o mais famoso dos acrósticos. Ele tem 22 estrofes correspondentes a cada uma das letras do alfabeto hebraico, na ordem. Cada estrofe tem oito versos, somando um total de 176. Os versos, em cada estrofe, começam todos com a mesma letra hebraica. Nem todos dentre esses Salmos completam-se segundo esse arranjo, ou seja, alguns têm uma ou mais letras faltando:
A. Nos Salmos 9, 10 e 25 faltam muitas letras.
B. Nos Salmos 34 e 45 faltam uma letra.
C. Nos Salmos 37,111,112 e 119 nenhuma letra está faltando.
É razoável supor que o dispositivo acróstico era empregado para ajudar a memória.
Salmos messiânicos.
A. Salmo 2: prediz a destruição dos pagãos em meio à tribulação, prediz também o Reino milenar de Cristo. Esse salmo tem quatro partes:
- A rebelião do homem (Sl 2.1-3).
- A reação de Deus (Sl 2.4-6).
- O governo do Filho (Sl 2.7-9).
- A recomendação do salmista (Sl 2.10-12).
Passagens messiânicas: Salmo 2.2 é citado em Atos dos Apóstolos 4.26; Salmo 2.7 é citado em Atos dos Apóstolos 13.33.
B. Salmo 8: prediz o Reino milenar de Cristo. (Veja sobre o REINO DE CRISTO NO MILÊNIO) Pode-se comparar o Salmo 8.6 com Isaías 53.1. Enquanto o Salmo afirma que bastou o dedo de Deus para criar o homem, Isaías diz que nos redimir custará as mãos do Altíssimo! Em outras palavras, a redenção é muito mais custosa do que a criação.
C. Salmo 16: prediz a morte e a ressurreição de Cristo.
Passagem messiânica: Salmo 16.10 citado em Ato dos Apóstolos 2.27.
D. Salmo 22: prediz os sofrimentos intensos de Cristo. Esse salmo tem duas partes:
- Os gemidos do crucificado (Sl 22.1-21).
- As canções do glorificado (Sl 22.22-31).
Foi sugerido que Pedro teria esse salmo em mente ao escrever 1 Pedro 1.10,11. Se isso é verdade, então, os versículos 1-21 falam do sofrimento, enquanto os versículos 22-31 descrevem a glória.
Passagens messiânicas:
- Salmo 22.1 citado em Mateus 27.46 por Cristo na cruz.
- Salmo 22.8 em Mateus 27.43 pelos ímpios líderes israelitas diante da cruz.
- Salmo 22.16 cumprido em Mateus 27.35 pelos soldados romanos diante da cruz.
- Salmo 22.18 cumprido em Marcos 15.24 pelos soldados romanos diante da cruz.
- Salmo 22.22 citado em Hebreus 2.12.
E. Salmo 23: prediz o gentil ministério pastoral de Cristo.
Passagem messiânica: Salmo 23.1 (embora essa citação não apareça literalmente no Novo Testamento, o próprio Jesus refere-se a ela em João 10.1-18).
Ele é conhecido como a pérola do livro de Salmos. Contém três partes:
- A ovelha e o Pastor (Sl 23.1-13; fala sobre provisão).
- O Guia e o viajante (Sl 23.3,4; fala sobre direção).
- O Anfitrião e o convidado (Sl 23.5,6; fala sobre comunhão).
Esse salmo, embora originalmente escrito para celebrar a entrada de Davi na cidade de Jerusalém recentemente capturada e sua subsequente inauguração como rei, também pode descrever a entrada vitoriosa do Salvador na glória, depois de Ele ter realizado Sua obra de redenção e ter ascendido do monte das Oliveiras. O Salmo era cantado por dois coros:
1. Versos 1-6 eram cantados ao pé do monte sobre o qual se erguia Jerusalém.
- Coro A cantava os versos 1-3.
- Coro B respondia cantando os versos 4-6.
2. Versos 7-10 eram cantados diante dos portões da cidade.
- Coro A cantava o verso 7.
- Coro B cantava a primeira parte do verso 8.
- Coro A cantava a segunda parte do verso 8.
- Coro B cantava a primeira parte do verso 10.
- Coro A cantava a segunda parte do verso 10.
Passagem messiânica: Salmo 24.7-10 (embora esses versos não sejam diretamente citados no Novo Testamento, eles são mencionados genericamente em Atos dos Apóstolos 2.32,33).
G. Salmo 31: prediz os pensamentos e as palavras do Salvador na cruz.
Passagem messiânica: Salmo 31.5 foi diretamente citado por Jesus pouco antes de morrer no Calvário, tal como transcrito em Lucas 23.46. O apóstolo Paulo posteriormente se referia ao Salmo 31.19 em 1 Coríntios 2.9.
H. Salmo 40: prediz a obediência de Cristo enquanto Ele estava na terra.
Passagem messiânica: Salmo 40.6,7 citado em Hebreus 10.5-7.
I. Salmo 41: prediz a traição do Salvador por Judas.
Esse é o primeiro dos três Salmos que falam da futura traição. Os outros são os Salmos 55 e 109.
Passagem messiânica: Salmo 41.9, uma referência a Judas em João 13.18.
J. Salmo 45: prediz a beleza e o casamento de Cristo. (Veja O CASAMENTO DO CORDEIRO)
Esse Salmo provavelmente tinha suas raízes históricas no casamento de Salomão com a filha do rei do Egito (1Rs 3.1), mas certamente é emprestado à interpretação do casamento de Cristo em Apocalipse 10.7-9. Esse Salmo tem duas partes:
1. Parte um: características do noivo (Sl 45.1-8).
1. Parte um: características do noivo (Sl 45.1-8).
- Ele era o mais belo de todos.
- Suas palavras eram cheias de graça.
- Ele possuía as maiores bênçãos possíveis de Deus.
- Ele era um defensor da verdade, da humildade e da justiça.
- Ele derrotava todos os seus inimigos.
- Seu trono duraria eternamente.
- A justiça era seu cetro real.
- Ele amava o bem e odiava a injustiça.
- Suas vestes eram perfumadas com mirra, aloés e cássia.
2. Parte dois: os privilégios da noiva (Sl 45.8-17).
- Ela viveria em um palácio de marfim cheio de canções amáveis.
- Ela seria presenteada com as mais finas roupas e as mais preciosas joias.
- Ela seria amada eternamente por seu noivo.
Passagem messiânica: Salmo 45.6,7 citado em Hebreus 1.8,9.
K. Salmo 68: prediz a gloriosa vitória de Cristo e Sua entrada triunfal nos céus.
Passagem messiânica: Salmo 68.18 citado em Efésios 4.8.
L. Salmo 69: prediz o zelo e os sofrimentos de Cristo.
Passagem messiânica: Salmo 69.9 citado em João 2.17; Salmo 69.21 cumprido em Mateus 27.34,48.
M. Salmo 72: prediz o Reino milenar de Cristo. (Veja O REINO DE CRISTO NO MILÊNIO)
Não é absolutamente certo se esse Salmo é uma oração de Salomão para Deus ou uma oração de Davi sobre Salomão. De todo modo, ela descreve vividamente o glorioso Reino milenar do grandioso Filho de Davi, o Senhor Jesus Cristo. Tal Reino é caracterizado por numerosas bênçãos:
- Os pobres terão justiça (Sl 72.2).
- As montanhas e as colinas florescerão (Sl 72.3).
- Todos os opressores serão esmagados (Sl 72.4).
- A regência de Cristo será tão mansa e gentil como a chuva da primavera sobre os campos (Sl 72.6).
- Todos os bons homens prosperarão abundantemente (Sl 72.7).
- O Reino de Cristo se estenderá aos confins da terra (Sl 72.8).
- Todas as nações lhe darão frutos e o servirão (Sl 72.10,11).
- Todos os povos abençoarão e louvarão a Cristo (Sl 72.15).
- O nome de Jesus será honrado e durará eternamente (Sl 72.17).
Passagem messiânica: Salmo 72.8 é mencionado por João em Apocalipse 11.15.
N. Salmo 89: prediz a fidelidade imutável de Deus em relação à dinastia de Davi, imutabilidade mantida por intermédio de Cristo, apesar da contínua desobediência de seus descendentes. Esse Salmo foi escrito por Etã, o ezraíta, um sábio notável que viveu durante o reinado de Salomão (1Rs 4.31). Embora não possamos ter certeza, esse Salmo pode exprimir os pensamentos de Salomão durante seus últimos anos quando, como consequência de seus pecados, o rei enfrentou tempos difíceis (veja 1Rs 11).
Passagem messiânica: Salmo 89.27 mencionado por Paulo em Filipenses 2.9-11.
O. Salmo 102: prediz a eternidade de Cristo.
Esse Salmo pode ser atribuído aos últimos anos do exílio babilônico. Seu propósito seria encorajar os judeus a retornarem e a reconstruírem Jerusalém. Ele também se refere à segunda vinda do grande Rei da Cidade Santa (Sl 102.16). (Veja A SEGUNDA VINDA DE CRISTO)
Passagem messiânica: Salmo 102.25-27 citado em Hebreus 1.10-12.
P. Salmo 109: prediz a traição de Judas e sua terrível punição.
Passagem messiânica: Salmo 109.8 citado por Pedro em Atos dos Apóstolos 1.20.
Q. Salmo 110: prediz o eterno sacerdócio de Cristo.
Cristo é associado a cinco títulos nesse Salmo.
- Ele é Deus (Sl 110.1).
- Ele é Rei (Sl 110.2).
- Ele é Sacerdote (Sl 110.4).
- Ele é Juiz (Sl 110.6).
- Ele é um poderoso guerreiro (Sl 110.6).
O povo de Cristo tem dois papéis nesse Salmo.
- Sacerdotal: O teu povo se apresentará voluntariamente (de forma literal: "Eles irão fazer ofertas livremente"; Sl 110.3, compare com Ap 1.6).
- Guerreiro: No dia do teu poder (literalmente: "Teu exército"; Sl 110.3, compare com Ef 6.11).
Passagens messiânicas: Salmo 110.1: esse verso tem mais citações no Novo Testamento do que qualquer outra passagem bíblica do Antigo Testamento. Em pelo menos quatro ocasiões, ele é repetido:
- Mateus 22.41-46 (para designar a divindade de Cristo).
- Em Atos dos Apóstolos 2.34,35 (para designar a identidade de Cristo).
- Em Hebreus 1.13 (como pergunta, para designar a superioridade de Cristo).
- Em Hebreus 10.12,13 (para designar a completude da obra de Cristo).
Salmo 110.4: esse verso é encontrado não menos do que em três passagens do Novo Testamento, todas elas descrevendo o sumo sacerdócio de Jesus:
- Em Hebreus 5.6 (para qualificar esse sumo sacerdócio conforme a ordem de Melquisedeque).
- Em Hebreus 6.20 (para conceder imutabilidade a esse sumo sacerdócio).
- Em Hebreus 7.21 (para expor a necessidade desse sumo sacerdócio).
R. Salmo 118: prediz que Cristo será a pedra vital na edificação de Deus, rejeitada pelos homens, mas eleita pelo Senhor.
Esse Salmo, frequentemente usado durante a Festa dos Tabernáculos, pode ter sido cantado pelo Salvador enquanto Ele ia para o Getsêmani.
Passagem messiânica: Salmo 118.26 citado por Mateus 21.9 ao descrever a entrada triunfal aclamada pela multidão.
VEJA:
PARTE I |