COSTUMES BÍBLICOS: fevereiro 2020


Algumas das falsas esperanças de Salvação

Quais são algumas das falsas esperanças de salvação? (Pv 14.12).

EDUCAÇÃO.

Em duas ocasiões separadas, Paulo adverte Timóteo sobre a tolice de se depender da educação (1Tm 6.20; 2Tm 3.7). Muitos criminosos mais famosos do mundo eram homens que possuíam um alto grau de instrução. Um jovem que abandonou o ensino médio pode pular num trem e roubar algo de um dos vagões de carga, mas se ele conseguir um diploma universitário, ele poderá muito bem roubar a companhia ferroviária inteira!

MEMBRESIA EM UMA IGREJA.

O motivo bíblico para se congregar numa igreja local não é obter a salvação, mas sim colocá-la em prática.

BOAS OBRAS (Ef 2.8,9).

BATISMO (1Co 1.17).

Numa leitura de um dos livros dos cursos de Teologia, li que o autor da obra, relatava que ouviu dizer que os fazendeiros daquela região batizava seu gado, [estupidez!] porém isso sequer matava carrapatos! No fim das contas, não é a água do batismo, mas sim a cruz que salva! [Lembremo-nos do ladrão ao lado do Senhor na cruz - (Lc 23.43) for batizado e não tomar a cruz, em vão desceu ás águas!]

UM AMBIENTE APROPRIADO.

O Dr.W.A.Criswell costumava dizer que os sociólogos contentam-se em tratar da acne na pele da humanidade, quando a verdadeira doença está na corrente sanguínea! A sorte de ter experimentado um ambiente apropriado e confortável talvez leve um indivíduo ao sucesso, mas jamais o levará à salvação. Aliás, pelo contrário, os sistemas do mundo (dos dois lados dos trilhos) estão nas mãos do maligno (1Jo 5.19). Isso aplica-se tanto ao abatidos como aos exaltados.

AS LEIS (referente as dos rituais judaicos)/(Gl 2.16).

O Antigo Testamento contém 613 mandamentos, [além dos DEZ MANDAMENTOS - este deve sim, ser obedecido por todos!] e Tiago diz que, se desobedecermos a apenas um, somos culpados de desobedecer a todos eles (Tg 2.10). Em outras palavras, esses 613 mandamentos não devem ser vistos como um conjunto de pratos (em que, quando você quebra um, ainda lhe restam 612), mas sim como elos numa corrente. Portanto, quebrar apenas um elo significa destruir toda a corrente! [No entanto, como relatai mais acima, os Dez Mandamentos, são as Leis de Deus; leis morais e eternas. Devem sim, na íntegra, serem obedecidas; não para se obter a salvação, mas por amor e temor ao Deus Eterno (Dt 8.6). Desta, foi das quais o Senhor Jesus falou que não as aboliu, mas cumpriu e obedeceu e ordenou-nos que fossem, por nós, também obedecidas! (Jo 14.21,24; 15.14; 1Jo 2.4 , etc..)

CONFIRMAÇÃO.

A confirmação religiosa é tão diferente da transformação gerada pela redenção como um pedaço de carvão de um diamante reluzente. Um jovem não pode confirmar a fé que seus pais tentaram ensinar-lhe quando ele era criança. Embora Deus tenha muitos filhos e filhas, Ele não possui nenhum neto!

VIVER BASEADO NA REGRA DE OURO.

Existe uma razão bem simples pela qual uma pessoa não salva não pode experimentar a salvação simplesmente vivendo uma vida baseada na regra de ouro: ela não pode cumprir a regra de ouro (Is 65.5,6).

SINCERIDADE.

Embora seja verdade que Deus não pode salvar um homem insincero, sinceridade em si mesma não é suficiente, já que é possível estar sinceramente errado.[!]

FAZER PARTE DE UMA SOCIEDADE SECRETA.

Um anel, independente de quão imponente, não acrescenta nem uma letra à redenção do seu dono.

DIZIMAR.

Paulo elogia as igrejas na Macedônia não apenas pela ajuda financeira que ele recebeu delas, mas também porque primeiro elas submeteram a sua vontade ao Senhor, e só então as suas carteiras (veja 2Co 8.1-7).

ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS.

Durante a grande tribulação vindoura, a união das organizações seculares, políticas e econômicas deste mundo se voltarão contra o Pai e tentarão destronar o Seu Filho, apenas para serem completamente aniquiladas pelo resplendor da Sua vinda (veja Sl 2; Ap 18).

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS.

O falso movimento religioso unificado também será igualmente destruído durante a tribulação (veja Ap 17).

QUAL O MÉTODO TRIPLO DA SALVAÇÃO?

Algumas pessoas acreditam na existência de diferentes planos de salvação para diferentes estágios da história humana. Nada poderia estar mais longe da verdade. Desde [os dias de] Adão e Eva até o milênio, todas as pessoas sempre foram, estão sendo, e continuarão a ser salvas exatamente da mesma maneira, a saber, por meio de um método triplo.
A - A salvação acontece sempre por meio do sangue (Hb 9.22). Além disso, este sangue precisa ser inocente, derramado e aplicado.

  • Inocente (Hb 9.14).
  • Derramado (Mt 26.28).
  • Aplicado (Ap 1.5).
B - A salvação acontece sempre por intermédio de uma pessoa (Jn 2.9; At 4.12; 1Ts 5.9; Hb 5.9).
C - Salvação. A salvação acontece sempre por meio da graça (Ef 2.8-9; Tt 2.11).
  • O pecador se apropria dessa graça pela fé (Rm 5.1; Hb 11.6).
  • Essa graça é acompanhada da paz do Salvador (Rm 1.7; 1Co 1.3; veja também Gl 1.3).

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O TRIBUNAL DE CRISTO

Samaria

Ruínas do Monte Gerizim
Samaria *(em hebraico: שומרון‎ – também conhecida como Jibal Nablus, “Montanhas Nablus”) é um nome histórico e bíblico usado para a região central da antiga Terra de Israel, delimitada pela Galileia ao norte e Judeia ao sul. Seu território corresponde em grande parte aos lotes bíblicos da tribo de Efraim e da metade ocidental de Manassés. Após a morte de Salomão e a divisão de seu império no Reino de Judá ao sul e Reino de Israel ao norte, esse território constituiu a parte sul do Reino de Israel. (*Fonte de informação: Noami Mayer,Israel)
Ao norte da Judeia, e separada dela por uma linha imaginária que, de maneira geral, passava por cima de Antipátris e Siló, começava a província de Samaria, cujas montanhas se estendiam até Djennin, no ângulo meridional do vale de Esdrelom. Já descrevemos sua configuração exterior. O que agora mais nos interessa é o caráter particular de sua população e a grande inimizade que havia entre seus habitantes e os judeus.(Veja SIQUEM)
"Dois povos aborrecem minha alma - escreveu o filho de Siraque -, e o terceiro que aborreço não é um povo: são os que habitam no monte de Seir, os filisteus, e o povo insensato que mora em Siquém", ou seja, os samaritanos.
Esta aversão recua até o tempo mais distante, em que o rei da Síria, Sargão, depois de ter se apoderado da cidade e deportado grande parte dos habitantes para as províncias orientais do seu império, instalou em seu lugar, conforme o bárbaro costumes da época, outros prisioneiros, conforme lemos no livro de 2 Reis 17.24: o rei da Assíria trouxe gente de Babel, e de Cuta, e de Ava, e de Hamate, e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e tomaram a Samaria em herança e habitaram nas suas cidades.

A INIMIZADE ENTRE JUDEUS E SAMARITANOS

Essa mistura, à qual se juntaram mais tarde os judeus apóstatas, constituiu gradualmente a nação samaritana, cuja religião - uma verdadeira colcha de retalhos - assumiu depois certa forma que se aproximava do judaísmo. Assim mesmo, seus adeptos se atreviam a apresentá-la como culto ao verdadeiro Deus. A instalação no cume do monte Gerizim de um templo rival de Jerusalém inflamou ainda mais o ódio dos judeus. Tão grande era essa aversão que eles consideravam a província de Samaria impura. Por esse motivo, o Talmude não menciona Samaria entre as regiões da Palestina e denominou seus moradores com o infamante epíteto de cuetos, ou seja, gente vinda da cidade pagã de Cuta.
Os samaritanos devolviam aos judeus ódio por ódio, injúria por injúria, chamando-os de idólatras e enganadores. Vingavam-se recorrendo a procedimentos irados, molestando os judeus quanto podiam quando estes passavam por seu território para ir da Judeia à Galileia e da Galileia à Judeia. Suas violências tornaram-se, em certa ocasião, atos de morte. Por este motivo, os galileus, quando formavam grupos para ir em peregrinação a Jerusalém a fim de celebrar ali suas festas, preferiam muitas vezes prolongar a viagem passando pela Peréia.

UMA CIDADE DE ABOMINAÇÃO E BLASFÊMIA

Ruías Sinagoga antiga em Siló
A narração evangélica reflete fielmente, em vários lugares, esta aversão mútua entre ambos os povos. João conta que os inimigos do Salvador injuriavam-no, chamando-o de samaritano (Jo 8.48). Também registra que os judeus não se relacionavam com os samaritanos (Jo 4.9) e que o próprio Salvador se viu obrigado a distanciar-se do território de Samaria, desviando-se do caminho para chegar a Jerusalém (Lc 9.52-56; Mt 10.5).
Mantendo-nos sempre no ponto de vista da história de Jesus, só mencionaremos aqui algumas localidades samaritanas. A mais importante de todas é a antiga Siquém, chamada naquela época Neápolis (nome que mudou para Nablus). Esta cidade estava admiravelmente localizada no estreito vale que formava a seus pés os montes Gerizim e Ebal, no próprio coração da província. Não longe dali, estava a aldeia de Sicar, hoje El-Askar, em cujas proximidades ocorreu, perto do poço de Jacó, um dos episódios mais comovedores do evangelho (Jo 4.5-30).
Ruínas - Palácio de Herodes,
o Grande, em Sebaste
Um pouco mais ao norte, sobre uma bela colina rodeada de uma coroa de montanhas, levantava-se a antiga capital do reino cismático das dez tribos, chamada antes de Samaria, e depois Sebaste. Recentemente, foram descobertas as suas esplêndidas ruínas. Quanto à cidade de Cesareia, edificada às margens do Mediterrâneo, na altura de Citópolis, não pertencia a Samaria, e sim à Judeia. Josefo, o Talmude e os escritores romanos afirmam isto expressamente.
Depois de Jerusalém, Samaria era a cidade mais importante da Palestina e habitualmente servia de residência ao procurador que administrava a Judeia em nome do imperador romano. Esta circunstância e um grande número de pagãos que formava grande parte de sua povoação tornavam-na duplamente odiosa aos judeus. Os rabinos falavam dela como a cidade da abominação e da blasfêmia. Herodes, o Grande, a quem Samaria havia pertencido, aumentou seu território e embelezou-a. Foi ele quem, em honra ao imperador Augusto, mudou o seu nome de Torre de Estratom para Cesareia [cidade de César].

LIA - A Matriarca Desprezada

A segunda metade do livro de Gênesis segue com a fascinante história do patriarca Jacó, o antepassado das doze tribos de Israel. Segundo as Escrituras, Jacó amava sua esposa Raquel mais do que a irmã dela, Lia. Como Lia era “desprezada”, o Senhor teve misericórdia dela e concedeu-lhe seis filhos.

Como foi a oração de Lia(*)

A oração é potente. A oração é poderosa. [!!] E uma oração do fundo do coração é especialmente poderosa. Houve uma mulher em particular que mudou seu destino não uma, mas duas vezes, levando a um milagre notável. Essa mulher era a matriarca dos israelitas, Leah.




Orando por um cônjuge

Como filha mais velha de Labão , Lia estava destinada a se casar com Esaú , o filho mais velho de Isaque . Sua irmã mais nova, Rachel , estava destinada a se casar com o irmão mais novo, Jacob . Mas Leah não aguentou isso. Ela não conseguia imaginar a vida de casada com um homem perverso, idólatra e imoral. Então ela orou como se sua vida dependesse disso. Na verdade, o versículo afirma: “Os olhos de Lia eram ternos”. O judaísmo explica que seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Ela chorou e orou a Deus para mudar sua realidade, e sua oração foi aceita. Ela não apenas não se casou com Esaú, mas também se casou com Jacó antes mesmo de sua irmã.

Orando por uma filha

O que mais ela afetou com suas orações? Quando Leah descobriu que estava esperando um menino, ela fez um cálculo mental. Ela sabia que seu marido, Jacó, teria 12 filhos, progenitores das 12 tribos de Israel . Leah já tinha seis filhos. Se ela desse à luz um menino, seriam sete de Lia. Cada uma das servas tinha dois meninos, o que significaria que Raquel ficaria com apenas um. E então Leah orou a Deus e, milagrosamente, o feto se transformou de menino em menina! Ela chamou sua filha de Dinah , da palavra hebraica din , ou “julgamento”. Ela julgou a si mesma, declarando que queria que o feto masculino fosse uma mulher e, de fato, ela conseguiu exatamente isso.

O pensamento leva à introspecção

Você já se perguntou por que Leah merecia ter mais filhos do que Raquel? O versículo diz: “E o Eterno viu que Lia era odiada, então Ele abriu seu ventre; mas Raquel era estéril.” De uma perspectiva espiritual, Leah não era apenas Leah a pessoa, mas “Leah o conceito espiritual”. E entender por que a fonte espiritual de Leah tem mais filhos nos dá uma visão não apenas sobre o que orar, mas como orar.
De acordo com os ensinamentos do Chassidismo , a fonte espiritual de Leah era de um nível oculto de Divindade ( alma de'itkasya ), correspondendo ao pensamento, que está oculto. A fonte espiritual de Rachel, por outro lado, era de um nível mais revelado de Divindade ( alma de'itgalya ), correspondendo à fala, que é revelada.

"É preciso esforço para se concentrar na oração e dedicar
 tempo para pensar em Deus, mas é isso que leva a um 
verdadeiro relacionamento emocional com Deus."


Adivinha qual as pessoas preferem? A maioria de nós prefere sentar e conversar do que se esforçar para pensar conscientemente. É preciso mais esforço para contemplar, meditar e realmente se engajar no pensamento como uma disciplina.
E, no entanto, o pensamento consciente é necessário para poder orar com sentimento. Já que nossos sentimentos nascem apenas através do pensamento, se quisermos ser capazes de orar com amor e reverência a Deus, então temos que pensar Nele. Em vez de permitir que nossos pensamentos sejam trens na pista, a oração é um momento para contemplar a grandeza de Deus e toda a bondade que Ele nos concedeu. E é Leah em sua fonte espiritual, pensando em Deus, que leva a “filhos” espirituais: emoções de amor e paixão por Deus.
Em uma era de distrações e falta de foco, a oração é um momento para sintonizar e focar na verdade de nossa realidade. E não apenas podemos gerar emoções de amor e reverência a Deus, mas também podemos orar por milagres.
Como Léia.
Nota da Alma: É preciso esforço para se concentrar na oração e dedicar tempo para pensar em D'us, mas é isso que leva a um verdadeiro relacionamento emocional com Deus.
Os nomes dos quatro primeiros meninos, no original em hebraico, revelam muito sobre o plano de Deus para o povo de Israel…(*)

A recompensa de Lia

Um alegre primogênito

Nos versículos finais de Gênesis 29, lemos em rápida sucessão a história do nascimento dos quatro filhos de Lia. A cada um é dado um nome hebraico que carrega um significado emocional profundo que só é compreendido no original em hebraico. O nome do seu primeiro filho, Rúben (רְאוּבֵן), vem da palavra hebraica ra’ah (רָאָה), que significa “ver”. O nome Rúben é pura expressão de alegria – de ver um filho nascer! 

Deus ouve Lia

O nome do segundo filho de Lia é Simeão (שִׁמְעוֹן), que vem da palavra hebraica shema (שָׁמַע) que significa “ouvir”. Lia expressa sua gratidão a Deus por ouvi-la chorar e abençoá-la com um segundo filho. O nome do terceiro filho Levi (לֵוִי) está relacionado com a palavra hebraica para “anexar”, yelave (יִלָּוֶה). Lia esperava que esse filho finalmente fizesse com que Jacó ficasse mais apegado a ela.
O nome do quarto filho é o mais expressivo: Judá (יְהוּדָה), que vem da palavra hebraica para “louvor”, odeh (אוֹדֶה). Lia finalmente consegue deixar de lado sua rivalidade com sua irmã e sua frustração com o marido. Ela simplesmente louva a Deus por conceder a ela um grande papel na criação das tribos do povo judeu. Até hoje, o povo de Israel chama a si mesmo de Yehudim ou “filhos de Judá”

(* Fonte de informação e texto por Yoel Adler, IsraelBiblicalStudies.com - * Isso faz parte de uma série contínua com foco nas orações das mulheres ao longo dos tempos e o que podemos aprender com as mulheres da Bíblia, sobre o impacto da oração. Esse artigo faz parte de uma película publicada originalmente em Chabad.org - Editado aqui por Costumes Bíblicos)

SUMÁRIO CRONOLÓGICO

Lia e seu esposo.
A esposa inesperada.
Ela era a filha mais velha de Labão e tinha olhos tenros[leia no início, acima☝, o que era o tenro dos olhos de Lia] (Gn 29.16,17).
Labão a substituiu secretamente por Raquel na noite do casamento de Jacó (Gn 29.23).
A esposa que não era amada.
Ela não era amada por Jacó (Gn 29.31).
Apesar disso, Deus a amava e a abençoou (Gn 29.31-35).
Lia e seus filhos [A Matriarca Desprezada].
Ela teve seis dos 12 filhos de Jacó e sua única filha.
Lia e a sua serva.
Labão ofereceu Zilpa à Lia para ajudá-la (Gn 29.24).
Lia deu Zilpa a Jacó com o propósito de gerar filhos (Gn 30.9).
Lia e sua irmã
A malícia.
Lia acusou Raquel de roubar-lhe o amor de Jacó (Gn 30.15).
As mandrágoras.
Seu filho Rúben presenteou sua mãe com algumas  mandrágoras que encontrou (Gn 30.14).
Mandrágoras era uma planta folhosa comida por camponesas, que achavam que isso as ajudaria a engravidar.
Depois de comê-las, Lia dormiu com Jacó, e Issacar nasceu (Gn 30.16-18).
Lia e seu sepulcro.
Lia, depois, foi enterrada por Jacó juntamente com Abraão e Sara na cova de Macpela (Gn 49.30,31).

DADOS

Pai: Labão (Gn 29.16).
Esposo: Jacó (Gn 29.23).
Filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom (Gn 35.23).
Filha: Diná (Gn 30.21).Irmã: Raquel (Gn 29.16).
Citada pela primeira vez na Bíblia: Gênesis 29.16.
Citada pela última vez: Rute 4.11.
Significado do nome: "Cansada".
Mencionada: 34 vezes.
Livros da Bíblia que citam Lia: dois livros (Gênesis, Rute).
Lugar onde nasceu: Harã (Gn 28.4,16).
Lugar onde faleceu: Hebrom (Gn 49.30,31).
Detalhe importante sobre a vida de Lia: ela deu à luz seis filhos e a filha de Jacó (Gn 30.21; 35.23). Tornou-se uma das matriarcas de Israel!








O PROFETA QUE BATIZAVA

A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA

A presença de João Batista às margens do rio Jordão, durante seu ministério profético, não teve, pois, com semelhantes perspectivas, nada de desconcertante. Ao contrário, até podemos julgar sem aparecimento como uma atitude providencial. O silêncio de Deus, por fim, cessara. O povo eleito agora ouvira uma daquelas grandes vozes familiares e terríveis. Quem sabe não seria ele o próprio Messias?
Assim, quando se difundiu por Jerusalém o rumor de sua estranha pregação, os príncipes dos sacerdotes, conforme eram chamados, enviaram uma comissão oficial de investigação. A comissão era composta de sacerdotes e levitas, gente competente. A primeira pergunta que fizeram a João, ele a respondeu com sua habitual franqueza. Pergunta: "És o Messias?" A resposta dele foi: "Não, não sou" (ver Jo 1.20).
Desde o tempo do profeta Amós, todo israelita instruído sabia o seguinte: Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas (Am 3.7). E, levando-se em conta que Malaquias profetizou que o Messias seria precedido por um precursor, seria João pelo menos esse "arauto" das glórias divinas, esse novo Elias prometido?
E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. (Jo 1:21-23)
Sem dúvida, havia em João a força e o espírito de Elias (Lc 1.17), mas ele não era antigo profeta de volta à terra outra vez. E João Batista continuou:
Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. (Lc 3:16)
Será que o povo judeu estava capacitado a compreender o ensinamento que João pregava? Será que o povo estava consciente da necessidade do arrependimento e da urgência de se obter ou de produzir frutos dignos de arrependimento? Como reagia ao saber que João Batista impunha aos seus discípulos muito jejum e oração? (Lc 5.33)
A tradição profética estava sendo respeitada, porque Isaías, Jeremias, Amós, Oséias, entre vários outros, tinham falado com voz semelhante. Para manter um povo no caminho reto, tais exortações nunca eram demasiadas, por mais que repetidas fossem. Inclusive, essas alusões, multiplicadas por João, quanto a uma ameaça indefinível, porém urgente, essa referência a uma catástrofe prestes a abater-se sobre Israel, não soavam estranho à comunidade judaica, pois desde o exílio, o judeu havia aprendido a sofrer, e para isso se preparava todos os dias. Toda a literatura apocalíptica baseia-se naquelas visões de pânico. João Batista mantinha-se nessa mesma linha, que unia as preocupações da moral pessoal com as do destino nacional.
João também ensinava o amor, a justiça, a doçura. Quando lhe perguntavam o que fazer, ele respondia: Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira (Lc 3.11).
Aos coletores de impostos e outras pessoas desta espécie, ele ordenava: Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado 9v.13). Aos soldados, ele aconselhava: A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo (v.14).
Tais conselhos faziam parte da tradição judaica, pois os códigos mosaicos impunham o dever de deixar a espiga aos pobres no campo durante a sega (veja o exemplo em RUTE), doar a própria túnica ao devedor miserável para que este não passasse frio, e até mesmo ajudar o burro do inimigo se este caísse em um buraco. Certo rabi chegou a declarar que a falta contra o amor era muito mais grave do que a própria idolatria.
Contudo, em outros aspectos, quão decepcionante era o novo profeta! Em nenhum momento, anunciara que aquele Messias, de quem ele dizia ser o precursor, havia de recuperar para Israel a sua glória e o seu poder. Pior ainda: João não reservava, em absoluto, seu ensinamento aos judeus de pura linhagem, às pessoas honradas que haviam meditado sobre a lei. Encontravam-se ao redor do profeta publicanos declarados, soldados e até pagãos. E João ousava dizer ao povo eleito: Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão (Lc 3.8). Estas palavras, com as quais ele antecipava o universalismo da mensagem de Jesus, eram recebidas como insulto por todas as pessoas religiosas em Israel.

O PROFETA QUE BATIZAVA

Rio Jordão, em um trecho onde suas margens são
extremamente férteis.
Além dessas coisas, João batizava. Era justamente esta a marca de seu ministério. Quem, dali por diante, quisesse comprometer-se a seguir o caminho que João apontava deveria entrar na água e ser batizado por ele. Que ritual estranho! Talvez o próprio fato e aquilo ser uma coisa desconhecida e rara tenha atraído as multidões, primeiro para as margens do Jordão, depois, quando sobreveio o calor, mais para cima, para a região de Citópolis, onde havia as famosas "Fontes da Paz".
Todavia, aquele ritual não era estranho à tradições antigas, em especial às israelitas. Era um rito tão antigo que os rabinos discutiam se uma espécie de batismo que assinalava a iniciação dos prosélitos de origem pagã nas comunidades judaicas datava de antes ou de depois do exílio. Os judeus conheciam muitas abluções desse gênero rigorosamente respeitadas, conforme os livros de Levítico e de Números. Em certos dias, sobretudo para os funcionários do Templo, o banho ritual, o mikweh, multiplicava-se ao compasso das bênçãos. Inclusive, para o Dia da Expiação, o sumo sacerdote, em nome do povo, devia tomar dez banhos de modo solene.
As seitas essênias tomavam o banho cotidiano às margens do Jordão. E, ainda hoje, adeptos dos cultos antigos, que praticam diariamente o velho ritual judaico de tomar banho no rio, podem ser vistos ali. Mas, até o aparecimento de João Batista, aquilo era apenas um ritual, nada mais. Aliás, um ritual bastante parecido com o existente na religião egípcia de Ísis, o qual levou o poeta satírico romano Juvenal a zombar dessa deusa que, segundo ele, em pleno inverno ia banhar-se três vezes nas águas geladas de um rio, por "certamente ter pecados terríveis para lavar".
Certamente com a imagem da água que lava o corpo leva a pensar naturalmente na purificação da alma, é compreensível que, em muitos casos, o banho tivesse esse valor simbólico. No Antigo Testamento, lemos: Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal (Is 1.16). E, pela boca de Ezequiel, o Senhor havia profetizado: Então,espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todos as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei (Ez 36.25).

O SIGNIFICADO DO BATISMO DE JOÃO

O batismo de João não era diferente. Somente o fato de ele mesmo assistir e batizar fazia que seu batismo não fosse igual aos banhos costumeiros nas águas dos rios. Não sabemos porém, como João realizava esse batismo. Podemos acreditar que o novo convertido cumprisse o ritual por imersão. Somente a partir do século 14 de nossa era foi que, ao representar o batismo, a arte mostrou João derramando água com uma vasilha, ou uma concha, sobre a cabeça de Jesus. Mas Ele foi batizado por imersão (Mt 3.16).
Qual era o papel exato desempenhado pelo próprio João Batista durante o batismo? Será que ele fazia uma pregação ou dizia algumas palavras de poder? Ou, ainda, fazia alguma invocação ao nome de Deus? Ignoramos. Mas certamente a intenção de João Batista não era idêntica à do judeu que fazia suas abluções.
Aquele batismo era um "banho de arrependimento", ou seja, era o sinal, a marca visível de uma declarada vontade de mudar de vida. E nada mais. Mas isso já era algo enorme.
A ablução ritual mosaica não era mais do que uma purificação legal antes de se realizar um ato religioso. Entre os fariseus, o ritual valia por si mesmo, sem que houvesse a intenção espiritual. Mas o ensinamento de João Batista estava ligado a uma transformação moral completa. Entrar na água era declarar que a pessoa se arrependera de seus pecados.
Como tudo indica, aquele batismo só era realizado uma única vez, com iniciação a uma vida inteiramente nova. O batismo de João era, pois, inteiramente pessoal. E as investigações realizadas para descobrir suas origens não têm levado a nenhum resultado conclusivo. Às vezes, sustenta-se a hipótese de que João Batista tivesse sido membro da seita dos essênios e que foi deles que João extraiu a ´deia do batismo. Porém, além de não haver nenhuma prova da ligação de João Batista com a comunidade essênia, nada indica que  o batismo tivesse na mesma seita outra significação do que o simbolismo legal.
Logo, se João Batista, batizando às margens do Jordão, revestiu aquele ritual simbólico de sua ampla significação, isto equivale a dizer que ele inventou esse novo conceito. Mas a verdade é que o anunciador de Jesus simplesmente representou seu papel de apontar o caminho; porém, não traçou por inteiro.
O batismo que João ministrava era imperfeito. Quando, mais tarde, o apóstolo Paulo encontrou, em Éfeso, algumas pessoas de boa vontade que haviam somente sido iniciadas na batismo de João (At 19.2-3), ele ministrou a essas pessoas o batismo de Cristo [com o Espírito Santo] como algo mais eficaz.
O próprio João sabia que o seu batismo era imperfeito, pois foi ele mesmo quem afirmou: Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. (Lc 3:16)
A importância do ministério de João Batista, que foi glorioso e modesto mensageiro do Altíssimo, foi resumida pelo evangelista João em quatro versículos decisivos:
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. (Jo 1:6-9)


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