COSTUMES BÍBLICOS: dezembro 2015


A VONTADE DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO

Vontade de Deus: Que todos venham a arrepender-se.(2Pe 3.9; At 3.19; Mc 6.12; Lc 13.5; Ap 2.5; 13.19; At 17.30; etc.)
Livre-arbítrio: Direito de se fazer escolhas sem interferência de terceiros. (Dt 30.19; Pv 16.16; Is 7.15; Sl 25.12; Gn 27.46).
Deus não interfere em nossas decisões. No entanto, nos adverte quanto aos resultados das mesmas. (Mt 7.13-14; Lc 13.24;). 
Deus deu aos humanos a oportunidade de fazer escolhas que realmente afetam o seu destino, então sim, os seres humanos têm um livre-arbítrio. O estado de pecado no mundo está diretamente associado às escolhas que Adão e Eva fizeram. Deus criou o homem à Sua própria imagem, e isso inclui a capacidade de escolher.



No entanto, o livre-arbítrio não significa que a humanidade possa fazer qualquer coisa que lhe agrade. Nossas escolhas são limitadas ao que esteja em sintonia com a nossa natureza. Por exemplo, um homem pode escolher atravessar ou não uma ponte, o que ele não pode escolher é voar sobre a ponte -- a sua natureza o impede de voar. De forma semelhante, um homem não pode escolher tornar-se justo - sua natureza (pecaminosa) o impede de cancelar a sua culpa (Romanos 3:23). Assim, o livre-arbítrio é limitado pela natureza. Podemos então, escolher obedecer a Deus ou não. (veja Dt 28.)
Esta limitação não reduz a nossa responsabilidade. A Bíblia deixa bem claro que não só temos a capacidade de escolher, mas também temos a responsabilidade de escolher sabiamente. No Antigo Testamento, Deus escolheu uma nação (Israel), mas os indivíduos daquela nação ainda tinham a obrigação de escolher obedecer a Deus. Da mesma forma, os indivíduos de fora de Israel também podiam fazer a escolha de acreditar e seguir a Deus (por exemplo, Rute e Raabe).Também no Antigo Testamento, Deus advertiu a Caim (Gn 4.7). O pecado estava diante dele, cabia a ele se resistiria ou não. O Senhor, mostra-nos o caminho e nos orienta, mas não nos força a obedecer-Lhe.
No Novo Testamento, os pecadores são repetidamente ordenados a "arrepende-se" e "crer" (Mateus 3:2; 4:17, Atos 3:19, 1 João 3:23). Toda chamada ao arrependimento é uma chamada para escolher. O comando a acreditar supõe que o ouvinte possa escolher obedecer ao comando.
Jesus identificou o problema de alguns incrédulos quando lhes disse: "Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida" (João 5:40). Claramente, eles poderiam ter vindo se quisessem, o problema foi que escolheram não vir. "...pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7), e aqueles que estão fora da salvação são "indesculpáveis" (Romanos 1:20-21).
Não podemos esquecer de Maria e Marta de Betânia, quando o Senhor Jesus foi visitar a família, por convite da mesma, Maria escolheu ficar junto do Mestre aprendendo a Palavra, enquanto que Marta, estava distraída com muitos serviços..(Lc 10.41). Ela fez um pedido a Jesus para que mandasse Maria ajudá-la. Jesus a corrigiu, mas não obrigou-a a ficar aos seus pés como Maria ficou por sua deliberada escolha.(Lc 10.42). A parábola do filho pródigo, nos dá uma alusão do poder de nossas escolhas. Seu pai não o mandou embora, nem o chamou de volta. Ele escolheu deixar a família, a convivência com seu pai. Também, ele escolheu voltar. Em nenhuma das situações, houve resistência por parte do pai, que mesmo triste, deixou-o livre para ir.
Entretanto, como pode o homem, limitado por uma natureza pecaminosa, escolher o que é bom? É somente através da graça e do poder de Deus que o livre-arbítrio torna-se verdadeiramente "livre" no que diz respeito à escolha da salvação (João 15:16). É o Espírito Santo que atua na e através da vontade de uma pessoa a fim de regenerá-la (João 1:12-13) e dar-lhe uma nova natureza criada "segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Efésios 4:24). A salvação é obra de Deus. Ao mesmo tempo, nossas motivações, ações e desejos são voluntários e somos devidamente responsabilizados por eles.
Existem decisões que estão no campo da vontade absoluta de Deus. Por exemplo, foi Ele quem determinou o país e a família em que nasceríamos, a cor de nossos olhos e cabelos, da nossa pele, os dons e habilidades que recebemos. Por outro lado, Ele permite que usemos nossa percepção, inteligência e conhecimento da Sua Palavra para escolhermos com quem iremos casar, que carreira vamos seguir, que tipo de trabalho vamos desenvolver etc.
Deus não criou robôs. O ser humano é imagem e semelhança do Criador. Tem vontade própria, sentimentos, inteligência. Por isso, o Senhor permite que nós decidamos certas coisas que dizem respeito à nossa história. Ele acredita em nosso potencial.
Aliás, em nosso dia a dia, deparamo-nos com escolhas que nem precisamos perguntar a Deus se é de Sua vontade, tais como que roupa vestir, que carro comprar, em que bairro morar, que faculdade fazer. Somos nós que decidimos, e pronto. Podemos decidir sobre as pequenas questões da nossa vida diária, sem prejuízo algum. Outras decisões, porém, são difíceis e exigem que passemos tempo na presença de Deus orando e lendo Sua Palavra, para discernirmos o que fazer, como fez Daniel.
O problema é que existem pessoas que tendem para um dos extremos: ou perguntam tudo a Deus, ou não perguntam nada.
As que perguntam tudo costumam não decidir absolutamente nada sem saber a vontade específica de Deus e pedir que Ele oriente todos os passos que elas precisam dar. Se Ele fica em silêncio ou elas não entendem Sua vontade, passam anos e anos esperando uma confirmação visível e audível de Deus antes de se decidirem por algo. Tudo poderia ser resolvido se lembrassem que Deus nos deu sentimentos, desejos, consciência, razão e Sua Palavra para nos ajudar a tomar decisões com sabedoria e segurança.
As pessoas que não consultam Deus para nada são as que se estribam em seu próprio entendimento, sentimento e vontade. Elas costumam ser precipitadas e tolas, não dando ouvidos a ninguém ou dando a pessoas erradas, em vez de usarem a Palavra de Deus como parâmetro e bússola, que as levará ao porto desejado mais rápido, com segurança e bom êxito. 
Vou exibir abaixo algumas referências bíblicas, implacáveis, sobre a *decisão de analisar continuamente os resultados das suas escolhas e de seus esforços.
Por exemplo: 
A notoriedade é uma escolha. Todos possuem uma aspiração latente de alcançar significância, reconhecimento e honra. Isto foi colocado por Deus dentro do homem como uma semente, objetivando mudanças, o descobrimento da sabedoria e a construção de relacionamentos úteis.
Expectativa é uma incessante e inesgotável corrente que impulsiona o homem para o seu futuro. Com este simples e reduzido comentário, sobre alguns princípios requeridos pela proeminência (a escolha de se sobressair), você possa aprender a desbloquear o potencial que está escondido dentro de você e rapidamente alterar o seu próprio ambiente.
*Um dos princípios que escolhi para expor as referências bíblicas que citei acima.
A decisão de analisar os resultados de nossas escolhas e de nossos esforços.
A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará.
Provérbios 13:11
Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra.
Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse.
Isaías 1:19,20
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Gálatas 5:16
Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
Ageu 1:6,7
Considerar analisar continuamente, os resultados de nossas escolhas, é um ato de sabedoria. 
Ora, o que é sabedoria?
Sabedoria é a capacidade de discernir a diferença entre ambientes, momentos e pessoas
Sabedoria é a melhor arma para você vencer as batalhas
Sabedoria é a solução bíblica para nossos problemas
Sabedoria é saber aplicar a Palavra de Deus para sanar problemas
Sabedoria é a capacidade de antecipar-se aos problemas [trecho tirado do livro: 1.001 Chaves de Sabedoria, Dr. Mike Murdock]
Como obter sabedoria: (Tg 1.5-6)
[Há uma condição,"se". A escolha é nossa! Deus não vai forçar ninguém. A Palavra está sendo anunciada desde o princípio!]
Eu particularmente, escolhi deliberadamente, crê no Senhor e obedecê-Lo!
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Romanos 10:9

O PERÍODO DA IGREJA CONDESCENDENTE (314-590 d.C.)

Constantino

 Quando tomou o poder no leste, ele foi imediatamente ameaçado de destruição pelo imperador ocidental Magêncio. As tropas de Constantino apareceram na batalha com uma marca incomum em seus escudos, algo que se assemelhava a um X. Constantino afirmou ter visto em um sonho a imagem da cruz e ter ouvido uma voz que dizia: "Com este sinal, vencerás!". Com esse emblema gravado em seus capacetes e escudos, Constantino levou seus homens à vitória, derrotando o seu inimigo na famosa Batalha da Ponte Mílvia, nos arredores de Roma.
Em 313, ele assinou o Edito de Milão, o qual concedia liberdade aos cristãos. Então, ingressar para a igreja virou um modismo. Constantino prometeu peças de ouro e vestes brancas a todos os convertidos. Logo, os bárbaros começaram a aderir à igreja aos milhares, trazendo com eles suas práticas pagãs. A igreja então se tornou tão mundana, e o mundo tão religioso, que não se podia ver nenhuma diferença entre eles. Loraine Boettner lista as seguintes doutrinas antibíblicas que foram introduzidas durante esse período:
  • Orações pelos mortos (300 d.C.).
  • Fazer o sinal da cruz (300 d.C.).
  • A veneração de cristãos mortos e anjos (375 d.C.).
  • A instituição da missa (394 d.C.).
  • A exaltação de Maria (431 d.C.).
  • A extrema unção (526 d.C.).
  • A doutrina do purgatório (593 d.C.).

Alguns campeões desse período incluem:

João Crisóstomo (347-407 d.C.), o maior pregador da época.
Jerônimo (340-420 d.C.), o estudioso que traduziu a Bíblia para o latim.
Agostinho (354-430 d.C.), um dos maiores teólogos de todos os tempos.

O PERÍODO DA IGREJA APOSTÓLICA E MÁRTIR (30-313 d.C.)

O período da Igreja apostólica e mártir (30-313 d.C.)

As 10 perseguições romanas durante essa era:

Nero (64-68) - Matou Pedro e Paulo.
Domiciano (81-96) - Pensava que os cristãos eram ateus. Matou milhares de crentes. Baniu João, exilando-o na ilha de Patmos.
Trajano (98-117) - Foi o primeiro a criar leis contra o cristianismo. Mandou queimar Inácio na fogueira.
Antonio Pio (137-161) - Matou Policarpo, um discípulo de João.
Marco Aurélio (161-180) - Via o cristianismo como uma superstição absurda. Mandou decapitar o grande escritor e defensor da fé Justino Mártir.
Septímio Severo (196-211) - Matou o pai de Orígenes.
Maximino Trácio (235-238) - Um bárbaro brutal. Condenou todos os líderes cristãos à morte.
Décio (249-251) - Tentou exterminar o cristianismo.
Valeriano (253-260) - Matou Cipriano, o bispo de Cartago.
Diocleciano (284-305) - Última e mais severa perseguição. Durante dez anos, os cristãos foram caçados em cavernas e florestas. Eles eram queimados, jogados às feras e mortos pelas torturas mais cruéis que se possa imaginar. Entretanto, a esposa e a filha do próprio Diocleciano aceitaram Jesus.

Alguns campeões desse período incluem:

Justino Mártir (100-165), um defensor do cristianismo durante seu período inicial. Ele morreu por Cristo em Roma.
Irineu (130-200), um discípulo de Policarpo (discípulo de João).
Tertuliano (160-220), bispo de Cartago e defensor do cristianismo.
Eusébio (264-340), fundador da história da Igreja

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