COSTUMES BÍBLICOS: Os fatos referentes ao Dia do Senhor


Os fatos referentes ao Dia do Senhor

Um esclarecimento profético (2 Ts 2).
A. Os fatos referentes ao Dia do Senhor (1 Ts 2.1-12).
O Dia do Senhor e a Igreja (2 Ts 2.1-3).
A expressão Dia de Cristo deveria ser traduzida como Dia do Senhor. Uma vasta diferença separa esses dois dias bíblicos. O Dia do Senhor refere-se aos futuros sete anos de tribulação (veja principalmente Jl 1.15; 2.1,2; Ap 6.12-17). Já o Dia de Cristo aponta para o futuro milênio (veja 1 Co 1.8; 5.5; Fp 1.6,610; 2.16). Os cristãos de Tessalônica haviam sido, de algum modo, enganados por Satanás a acreditar que o temido Dia do Senhor já havia chegado. Paulo, então, admoesta-os a não permitirem que nada abale a fé deles. (Aprofunde seus conhecimentos! Estude o Hebraico Bíblico e entenda melhor os textos sas Escrituras Sagradas!)
Ele diz:
  1. Quer  por espírito. Ou seja, eles não deveriam acreditar em qualquer falso profeta que alegasse ter recebido [essa revelação] pelo espírito.
  2. Quer por palavra. Ou seja, eles não deveriam dar ouvidos a qualquer falso mestre que por ventura ensinasse isso.
  3. Quer por epístola. Ou seja, eles não deveriam aceitar qualquer carta supostamente vinda de Paulo que ensinasse isso, pois ela era falsa.

Alguns estudiosos traduzem a expressão sem que antes venha a apostasia (2Ts 2.3) como "sem que primeiro venha o arrebatamento". Essa é uma possibilidade teológica, contudo, a palavra grega [usada aqui] é apostasia, da qual deriva a palavra "apostasia". Por isso a expressão provavelmente denota a apostasia religiosa do mundo, sobre a qual Paulo escreveria mais tarde.(Veja 1Tm 4.1-3; 2Tm 3.1-5; 4.3,4)
M.F.Unger escreve sobre essa apostasia:
Antes que o Dia do Senhor irrompa sobre um mundo que rejeitou a Cristo, é preciso que a apostasia ocorra primeiro. Isso não significa o simples afastamento da fé que, tantas vezes, tem caracterizado a era da Igreja (1Tm 4.1-5; 2Tm 3.1-8; Ap 3.14-22), mas, sim, uma rebelião global e uma absoluta profusão do erro e do demonismo que caracterizará o período imediatamente precedente ao advento de Cristo em glória (Lc 18.8; Ap 9.20,21). (Unger's Bible Handbook.p.711)
Então, qual é a relação entre a Igreja e o Dia do Senhor? É simplesmente a seguinte: a tribulação não pode começar até que a Igreja seja removida da terra!
O Dia do Senhor e o anticristo (2Ts 2.3-5,8,9).
O seu nome: o homem do pecado, o filho da perdição (2Ts 2.3). Seu primeiro nome refere-se ao seu caráter, enquanto o segundo diz respeito à sua origem. Alguns acreditam que Judas Iscariotes será o anticristo, apontando para o fato de que o título filho da perdição é encontrado apenas duas vezes no Novo Testamento. O próprio Jesus usou em referência a Judas (veja Jo 17.12), e agora Paulo chama o anticristo pelo mesmo nome. Contudo, é claro que essa evidência está longe de ser conclusiva.
Suas atividades (2Ts 2.4,9):
(1) Ele vai opor-se a Deus e exaltar a si mesmo acima do Senhor, e sobre tudo se engrandecerá (dn 11.36,37; Ap 13.15,16).
(2) Ele ocupará o Santo dos Santos judaico (Mt 24.15).
(3) Ele falará grandiosamente (Dn 7.8,20,25).
(4) Ele será energizado pelo próprio Satanás (Ap 13.4).
(5) Ele operará falsos sinais e milagres (Ap 13.13,14).
Seu julgamento (2Ts 2.8) (veja também Dn 8.25; 11.45; Ap 19.20).
O Dia do Senhor e o detentor (2Ts 2.6,7).
Paulo afirma que, embora a influência do anticristo pudesse ser sentida já naquela época, a plenitude de seu poder e plano estava sendo refreada por um detentor. (A palavra resiste deveria ser traduzida como "impede".)
Quem ou o que é o poderoso detentor? Existem diversas teorias :
  1. É o governo humano. Isso, contudo, é improvável, uma vez que Satanás já exerce forte influência sobre os reinos humanos. (Veja Mt 4.8).
  2. São anjos. Essa também é uma possibilidade remota. (Veja Jd 1.9).
  3. É o Espírito Santo. Essa é a conclusão mais lógica de todas. O Dr. Charles Ryrie sugere a seguinte explicação:
O argumento pré-tribulacionista é simplesmente o seguinte: o detentor é Deus, e Seu instrumento de detenção é a Igreja onde Ele habita (cf. Ef 4.6 - a habitação de Deus;Gl 2.20 - a habitação de Cristo; 1Co 6.19 - a habitação do Espírito). É importante lembrarmos o que Cristo disse com relação à Igreja habitada por Deus e revestida pelo Seu poder: as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 116.18). Por isso, podemos dizer que essa Igreja, na qual habitam a presença e o poder de Deus, é um adequado instrumento de detenção contra as forças das trevas.
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Assim, a Igreja não passará por qualquer tribulação, porque o detentor será removido antes que o homem do pecado seja revelado, cuja manifestação (com a assinatura de um tratado com os judeus, Dn 9.27) dará início ao período da tribulação. Como o detentor, por fim, é o próprio Deus, e já que Ele habita em todos os cristãos, ou Ele precisa ser removido dos corações dos crentes enquanto são deixados na terra para passarem pela tribulação, ou, ao for retirado, todos os cristãos irão com Ele. Como é impossível que Deus deixe de habitar em um cristão, a única alternativa é que os crentes também serão removidos antes da aparição do homem do pecado, a qual sinaliza o início da tribulação. (First and Second Thessalonians.p.112)
O Dia do Senhor e os indivíduos destinados à destruição (2Ts 2.10-12).
É Deus quem envia a operação do erro. A divina soberania do Senhor pode ser vista até mesmo nas atividades de homens ímpios e de anjos apóstatas. (Gn 50.20; Êx 4.21; Js 11.20; Jz 9.23; 1Sm 16.14; 1Rs 22.19-23)
Quanto ao engano entre os que rejeitam a Cristo, o Dr John Walvoord escreve:
É pouco provável que alguém que rejeitem a Cristo no tempo da graça volte-se para Ele durante o terrível período de tribulação. Contudo, o habitual princípio das Escrituras é que enquanto há vida, há esperança. É possível, embora improvável, que alguém que tenha ouvido o evangelho na era da graça em que vivemos achegue-se a Cristo depois do arrebatamento. As Escrituras definitivamente ensinam que Deus enviará grande ilusão sobre os incrédulos depois que a Igreja partir. Deus julgará os corações, e, se eles deliberadamente rejeitarem a verdade, o Senhor permitirá que acreditem em uma mentira. Eles honrarão o homem do pecado como deus e rei, em vez de reconhecerem o Senhor Jesus Cristo. O resultado disso será a condenação de todos os que não creram na verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade (2Ts 2.12). (The Thessalonian Epistles.p.129)
Fatos relativos aos amados do Senhor (2Ts 2.13-17).
Paulo já havia, anteriormente, descrito a destruição eterna daqueles que não conhecem a Deus (2Ts 1.9). Agora, ele passa a falar da salvação eterna dos cristãos.
  1. A fonte dessa salvação: Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação (2Ts 2.13 ARA).
  2. O método dessa salvação: Pela santificação do Espírito (2Ts 2.13 ARA). Alguém certa vez disse que , se não fosse pelo Pai e pelo o Filho, não haveria banquete da salvação, e se não fosse pelo Espírito, não haveriam convidados.
  3. O meio dessa salvação: Fé na verdade (2Ts 2.13). Isso, é claro, é o dever do pecador arrependido.
  4. O objetivo dessa salvação: Para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2.14).
  5. As responsabilidades dessa salvação: Então irmãos, estais firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa (2Ts 2.15).
Uma exortação prática (2Ts 3).
Nesse último capítulo da epístola aos tessalonicenses, Paulo exorta seus leitores mediante um pedido, um encorajamento, uma reprimenda e uma recapitulação.
  1. O pedido (2Ts 3.1,2).
  2. O encorajamento (2Ts 3.3-5).
  3. A reprimenda (2Ts 3.6,11-15).
    1. Os destinatários dessa reprimenda.
      1. Os insubordinados (desregrados, indisciplinados)(2Ts 3.6,11).
      2. Os intrometidos (fofoqueiros)(2Ts 3.11)
      3. Os ociosos (parasitas)(2Ts 3.10).
      4. Os desobedientes (aqueles que recusaram as instruções de Paulo)(2Ts 3.14).
    2. A natureza dessa reprimenda.
      1. Esses indivíduos deviam ser identificados e marcados (2Ts 3.14).
      2. Eles deveriam ser admoestados por causa dos seus fracassos (2Ts 3.15).
      3. Caso não se arrependessem, eles deveriam ser excluídos da comunhão cristã (2Ts 3.6,14).
      4. Contudo, eles deveriam ser tratados como irmãos, e não como inimigos (2Ts 3.15).
  4. A recapitulação (2Ts 3.7-10).

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Filipenses 1:9-11

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