COSTUMES BÍBLICOS: Evangelho de Lucas caps. 13 ao 24


Evangelho de Lucas caps. 13 ao 24

Evangelho de Lucas caps. 13 ao 24
Lc 13.1-9: A morte dos galileus
Tropas romanas haviam trucidado alguns peregrinos galileus no Templo durante a Páscoa. As pessoas deduziram que as vítimas dos dois desastres eram extremamente perversas, mas isso não era verdade. Toda a nação estava em vias de ser julgada e teria um destino igualmente terrível, se as pessoas não aproveitassem a oportunidade de uma mudança de vida e atitudes.
Lc 13.10-17: A mulher que andava encurvada
Apenas Lucas registra a história de uma mulher que, em nossos dias, receberia dos médicos o diagnóstico de uma forma aguda de artrite. Jesus pôs as mãos sobre a mulher e ela conseguiu se endireitar. Disso resultou mais um conflito com os fariseus sobre curas realizadas em dia de sábado. Veja também Mc 3.1-6.
Um espírito (11), Satanás (16) Veja nota em 4.33. Satanás é o principal responsável pelo sofrimento que existe no mundo, juntamente com o pecado.
Lc 13.18-21: Retratos do reino de Deus
Veja notas em Mt 13, e "Jesus e o reino".
Lc 13.22-35: "Senhor, são poucos os que vão ser salvos?"
Jesus não respondeu a pergunta diretamente. Não se deve perguntar "quantos", mas fazer de tudo para entrar no reino de Deus. Muitos vão tentar, sem obterem êxito (22-29). E haverá surpresas (30). O tempo é limpado.
Vs. 31-35: Jesus não se importou com as ameaças de Herodes. Ele sabia o que estava por vir e lamentou o destino da cidade em que ele seria morto.
Lc 14.1-24: Certo dia, durante uma refeição
Vs. 1-6: Na casa de um fariseu, tendo diante de si a necessidade de um ser humano, Jesus curou um homem hidrópico, isto é, que tinha as pernas e os braços inchados. Só que aquele dia era um sábado (veja também 13.10-17; Mc 3.1-6). As perguntas de Jesus--"É ou não é lícito?" (3) e "Qual de vós...?" (5)--deixaram os seus críticos sem resposta.
Vs. 7-11: Os convidados eram cuidadosamente posicionados à mesa de acordo com posição e status (como num banquete formal hoje em dia), mas todos queriam o lugar de honra. Jesus recomenda um espírito genuinamente humilde, não a falsa modéstia.
Vs. 12-14: A verdadeira generosidade não espera algo em troca.
Vs. 15-24: A história da "grande ceia" foi motivada por um dos convidados (15). Para "comer pão no reino de Deus" (isto e, ser salvo) é necessário apenas aceitar o convite. Mas aquele que consideram outras coisas mais importantes serão excluídos, e não terão uma segunda chance.
Hidrópico (2) A hidropisia é um distúrbio que provoca a retenção de líquidos em partes do corpo, causando inchaço e dor.
V. 3 Nada na lei de Moisés proibia a realização de curas no sábado. Mas as regras rabínicas só permitiam isso em casos de vida ou morte.
V. 5 Onde algumas traduções (ARA, NTLH) dizem "filho", outras, seguindo outros manuscritos gregos, trazem "jumento". Em grego, essas duas palavras são bem semelhantes.
Lc 14.25-35: Seguir a Jesus tem o seu preço
Grandes multidões seguiam Jesus sem saber o que significava ser um verdadeiro seguidor dele. A lealdade a Jesus devia ser maior que todos os outros compromissos, mesmo os mais legítimos. (Ele não estava dizendo "odeie sua família", e sim "me ame mais" [v.26].)Ninguém podia segui-lo a não ser que estivesse preparado para tudo que isso significava. Eles precisavam fazer as contas. Estavam dispostos a seguir (28-30)? (O preço era simplesmente tudo que tinham, v. 33). Por outro lado, podiam correr o risco de dizer não (31-32)?
V. 34 Sal puro não perde o gosto, mas o "sal" impuro daquela época perdia o gosto. Neste caso, de nada adiantava colocá-lo na terra, e ele também não era degradável.
Lc 15: Uma ovelha perdida; uma moeda perdida; um filho perdido
Depois do tom mais sombrio do cap. 14, aparecem, em nítido contraste, essas três histórias sobre a alegria de Deus quando ele encontra os perdidos. Como aquele pastor, como aquela mulher, como o pai do "filho pródigo", Deus nunca deixa de amar. Ele faz o máximo para reavê-los, e todos os que são "encontrados" e restabelecidos são motivo de celebração (5,7,9,10,23,32).
Os fariseus e escribas que criticavam o fato de Jesus receber aquela gente de "má fama" (1-2) são como o filho mais velho na história. Ao contrário de Deus, eles não demonstram amor nem compaixão pelos que não atingem os padrões que eles estabeleceram.
V. 8 Cada uma das moedas de prata era o salário pago por um dia de trabalho, uma perda considerável para uma mulher pobre.
Lc 16: O caso do administrador astuto
Um pastor com o seu rebanho
nas colinas áridas da Judéia,
 em busca de novas pastagens.
 
Vs. 1-13: A história que Jesus contou aos seus discípulos elogia a astúcia do administrador, não sua desonestidade. Ele sabia como usar o dinheiro em proveito próprio. Os devedores passavam a ter uma dívida de gratidão em relação a ele, na medida em que aceitavam a oferta do generoso descanso que ele fazia.Assim, o futuro dele estava garantido
Vs. 16-17: Confira Mt 11.12-13. A ênfase aqui é outra.       
V. 18: Veja notas em Mt 19.1-12.
A história do rico e de Lázaro (o único personagem com nome nas histórias de Jesus; 19-31) tem um significado especial para Lucas. É possível que Jesus tenha usado um conto popular, adaptando-o aos seus propósitos. As cenas são marcantes: um homem rico que tem tudo, um homem pobre que não tem nada. Porém Lázaro foi para o céu, "para junto de Abraão" (tão próximo dele quanto João estava próximo de Jesus na última ceia). A justiça fora feita e não havia como alterá-la (o grande abismo). Em resposta ao pedido do homem rico, Abraão diz que, se as Escrituras não conseguissem persuadir seus irmãos a se arrependerem, tampouco adiantaria mandar alguém que ressuscitasse dentre os mortos.
Essas palavras certamente levariam os leitores de Lucas a lembrarem da ressurreição de Jesus.
V. 9 Amigos comprados com dinheiro não nos levam para o céu. Mas a maneira como agora usamos o nosso dinheiro pode afetar nosso destino eterno. É um teste para ver como lidaríamos com uma forma diferente de riqueza. Quem é o nosso senhor: Deus ou o dinheiro?
Se esforça (16) "Quem quiser, force a sua entrada nele" (Knox)
Lc 17.1-10: Perdão; fé; serviço
Fazer um fiel tropeçar é algo terrível (1-2). O pecador precisa ser repreendido, mas quem faz isso precisa estar disposto a perdoar e continuar perdoando (3-4). Os apóstolos achavam que precisavam de mais fé par isso, mas não era uma questão de "mais" (5-6). E eles não deviam esperar nenhuma recompensa especial por cumprirem o seu dever (7-10).
Lc 17.11-19: A cura de dez "leprosos" (veja A SEGREGAÇÃO SOCIAL E RELIGIOSA DOS LEPROSOS)
Os homens foram enviados aos sacerdotes para serem declarados aptos para viver outra vez em sociedade. O fato de terem ido mostra a fé que eles tinham na palavra de Jesus. Todos foram curados, mas apenas um, o samaritano desprezado, se deu ao trabalho de agradecer.
V. 12 "Lepra" podia se referir a várias doenças.
Samaritano (16) Veja notas em 9.51-56 e "A religião judaica na época do NT".
Lc 17.20-37: Ensino sobre a vinda de Jesus
Veja notas em Mt 24. Nenhum cálculo pode determinar a hora (20-21) ou o lugar (37) da vinda de Cristo para o juízo. Será algo que todos poderão ver - não será nenhum segredo (23-24). E o mundo será pego desprevenido como aconteceu no dilúvio (26-37).
V. 21 O reino já estava presente na pessoa e obra de Jesus. A tradução correta é "entre", não "dentro de".
Lc 18.1-14: Duas histórias sobre oração
Essas parábolas da vida real só aparecem em Lucas.
Vs. 1-8: Deus não é como o juiz iníquo. Se essa mulher pôde persistir com a sua queixa e, apesar das evidências em contrário, obteve uma sentença favorável, muito mais os "escolhidos" de Deus podem ter certeza de que serão ouvidos e atendidos. Eles devem orar e perseverar, mesmo que a resposta demore.
Vs. 9-14: O fariseu "orava" apenas para congratular-se por ser melhor do que os outros e para falar sobre as boas obras. Deus ouvir a oração do publicano, aquele que não encontrava em si mesmo nenhum motivo de orgulho.
Lc 18.15-17: Jesus e as crianças
Veja também Mt 19.13-14; e notas em Mc 10.13-16. Para os discípulos, as crianças eram um incômodo. Mas Jesus as amava. O v. 17 ensina a mesma lição que a história do fariseu e do publicano. O reino de Deus está aberto para todos os que o recebem com Fé humilde.
Lc 18.18-28: A pergunta sobre a vida eterna
Veja notas em Mt 19.16-30. Veja também Mc 10.17-31 e "Jesus e o dinheiro".
Lc 18.31-34: Jesus outra vez prediz a sua morte
Veja também Mt 20.17-19; Mc 10.32-34. Esta é a sétima vez que Lucas apresenta Jesus prevendo o seu sofrimento: em termos gerais, em 5.35; 12.50; 13.32-33; 17.25; com maiores detalhes em 9.22,43-45 e aqui, onde ele falou que seria entregue aos gentios, e falou também sobre a sua ressurreição.
Lc 18.35--19.10: Recuperação da vista para um cego; um novo coração para Zaqueu
Jesus se aproximava de Jericó, em sua viagem a Jerusalém.
18.35-43: Veja notas em Mc 10.46-52.
19.1-10: Zaqueu era o chefe dos publicanos da região, ao contrário de Mateus, que era apenas um cobrador de impostos local. Mas ambos eram excluídos da sociedade por causa do trabalho que faziam. Zaqueu ficara rico ao cobrar uma sobretaxa em relação aos impostos que coletava para os romanos, explorando o seu próprio povo em proveito pessoal. Mas, a exemplo do cobrador de impostos Mateus e ao contrário do homem rico (18.18-25), Zaqueu não deixou que a riqueza se tornasse um obstáculo. O encontro com Jesus o transformou.
A tua fé te salvou (18.42,ARA) Não foi a fé daquele cego que operou a cura; a fé foi o canal pelo qual ele a recebeu.
Filho de Abraão (19.9) Não apenas um judeu, mas alguém cuja fé mostrava que ele era um verdadeiro descendente.
Lc 19.11-27: Um empréstimo a ser investido
Esta história é semelhante à parábola dos talentos em Mateus, embora aqui cada um recebeu a mesma quantia. O v. 11 dá o motivo por que Jesus contou essa história. Jesus, a exemplo daquele "nobre", estava prestes a deixar o seu povo por um tempo. Durante a sua ausência, os servos deveriam realizar com fidelidade a obra que lhes foi entregue. Era uma questão de usar ou perder, pois o nobre retornaria com autoridade para fazer o acerto de contas com os seus servos e executar os seus inimigos.
V. 12 Para receber o seu reino, Herodes, o Grande, teve de ir a Roma. Também Arquelau, o filho de Herodes, foi a Roma para receber seu título de rei da Judéia (no que foi seguido por uma delegação de judeus que se opunham a seu reinado). Os ouvintes de Jesus com certeza perceberam essas alusões veladas.
Mina/moeda de ouro (13) A mina grega equivalia ao salário de cerca de 3 meses de trabalho. Aqueles homens são eram escravos, mas servos que tinham autorização para negociar.
Lc 19.28--21.38 Jesus em Jerusalém
Lc 19.28-48: Em triunfo, rumo ao Templo
Veja também Mt 21.1-17; Mc 11.1-19. Jesus entrou na cidade montado num jumento (Zc 9.9), e não num cavalo pronto para a batalha. Ele veria em missão de paz. Infelizmente, Jerusalém não estava interessada nisso e perdeu o momento de Deus, seguindo um caminho que acabaria em destruição total nas mãos dos romanos, em 70 d.C. O lamento nos vs. 41-44 só ocorre em Lucas.
A purificação do Templo (45-46), segundo Marcos, foi no dia seguinte. Jesus retornou ao Templo nos dias seguintes, impressionado as pessoas com os seus ensinamentos, para frustração daqueles que queriam silenciá-lo para sempre.
Betfagé e Betânia (29) Povoados a leste do monte das Oliveiras, a 3 km de Jerusalém.
V. 38 Lucas fez uma paráfrase, para benefício de seus leitores não judeus.
V. 45 Veja Mt 21.12-17. Lucas, assim como Mateus, resumiu o relato do que aconteceu. Confira Mc 11.11,15-19.
Lc 20.1-18: "Com que autoridade...?"; a parábola dos lavradores maus
Veja notas em Mt 21.23-46. Veja também Mc 11.27--12.12.
Lc 20.19--21.4: Os adversários de Jesus e suas armadilhas (veja O ÓDIO FANÁTICO DOS FARISEUS...)
Veja notas em Mc 12.13-44. Veja também Mt 22.15-46.
Lc 21.5-38: Sinais de destruição e o fim dos tempos
Veja Mt 24 e Mc 13.
Vs. 8-11: Os sinais do fim.
Vs. 12-19: A perseguição dos seguidores de Jesus.
Vs. 20-24: A queda de Jerusalém: a primeira etapa do fim.
Vs. 25-28: Sinais cósmicos e a vinda de Jesus: a segunda etapa do fim.
Vs. 29-33: A certeza desses acontecimentos. "Tudo isto" (32) deve se referir aos sinais de advertência, incluindo a queda de Jerusalém. Tudo indica que a vinda de Cristo está próxima: porém Deus ainda espera, dando tempo para as boas novas serem divulgadas em todo mundo. Na Palestina, a figueira é a primeira árvore a renovar as folhas.
Vs. 34-36: A necessidade de estar preparado.
V. 37 É possível que este texto diga que Jesus se hospedou ali, não que acampou.
Lc 22--24 As últimas horas de Jesus: a cruz e a ressurreição
Lc 22.1-38: Judas trai Jesus; a última ceia
Veja notas em Mt 26.14-29. Veja também Mc 14.12-25; Jo 13--14.
V. 10 Geralmente, carregar água era trabalho das mulheres. Logo, seria fácil de localizar esse homem.
Lc 22.39-53: No monte das Oliveiras; a prisão
Veja notas sobre em Mt 26.30-56. Veja também Mc 14.26-52. O verdadeiro julgamento de Jesus aconteceu entre as oliveiras daquele monte, quando ele consentiu em sacrificar a sua vida. A prisão veio logo em seguida.
Vs. 43-44 Estes versículos não aparecem em algumas traduções, porque supostamente foram acrescentados ao texto grego por um dos primeiros escribas ou copistas. O estudo dos manuscritos gregos indica que se trata, efetivamente, de um acréscimo. A palavra agonia/aflição, que descreve o horror de Cristo diante da perspectiva de morrer abandonado por Deus (Mc 15.34), só aparece aqui em todo o NT.
Lc 22.54-65: Pedro nega Cristo; os soldados zombam dele
Pedro foi corajoso o suficiente para não perder Jesus de vista, quando ele estava sendo levado embora. Mas sem nada a fazer além de esperar, a coragem sumiu e o medo tomou conta. Três vezes Pedro disse o que ele havia jurado que jamais diria (22.33; Mc 14.29-31). Até o líder dos discípulos de Jesus o negou. Mas bastou um olhar de Jesus para partir o coração daquele pescador.
Lc 22.66--23.12: Os julgamentos
Veja também Mc 14.53--15.15.
Pela lei judaica, blasfêmia era uma ofensa que merecia pena de morte. O julgamento pelo Conselho Superior do Sinédrio deixou claro que Jesus foi condenado por reivindicar ser o Filho de Deus. Mas a acusação foi reformulada ao ser apresentada ao governador romano. Pilatos não estava interessado em ofensas contra a lei religiosa dos judeus, de sorte que Jesus foi acusado de perverter a nação (revolta), opor-se ao pagamento de impostos (uma acusação totalmente falsa: 20.20-25), e reivindicar que era o "Rei dos Judeus" -- a acusação em que Pilatos acabaria baseando a sua sentença de condenação (veja v. 38).
Herodes estava em Jerusalém para a festa da Páscoa, e Pilatos mandou Jesus para Herodes. Se com isto Pilatos estava tentando transferir a responsabilidade, o plano não funcionou. É estranho ver que esse envio de Jesus a Herodes e a devolução dele a Pilatos tenha reaproximado dois velhos inimigos.
23.3 Jesus não se compromete com essa resposta. O que Jesus queria dizer com esse título, e o que Pilatos entendia por ele, eram duas coisas bem diferentes. Veja o relato mais extenso em Jo 18.33-38.
Lc 23.13-31: Condenado à morte
Embora absorvido tanto por Herodes como por Pilatos, Jesus foi condenado à morte. Isto porque Pilatos não queria correr o risco de ver outro relatório desfavorável a seu respeito chegar aos ouvidos do Imperador (Jo 19.12). Assim, um homem condenado por assassinato foi solto, e um inocente foi açoitado e crucificado.
Lc 23.32-49: Na cruz
Veja Mc 15.16-41. Apenas Lucas conta que um dos criminosos, que também zombavam de Jesus, se arrependeu e foi perdoado.
Uma cruz podia ter o formado tradicional ou o formado de T, X, Y ou I. Tinha uma saliência na qual o condenado podia apoiar boa parte do peso do corpo. Os prisioneiros eram fixados à cruz, pelos pés e pelas mãos, com cordas ou pregos, às vezes com as pernas dobradas e viradas para contorcer o corpo. Morrer dessa forma era uma tortura prolongada: uma lição para todos os que passavam por aquele lugar. Mas os autores dos Evangelhos decidiram enfatizar o significado da morte de Jesus, deixando de lado qualquer descrição do horror daquela cena.
Era quase a hora sexta/Mais ou menos ao meio-dia (44) Esta era uma hora fácil de determinar (a partir da posição do sol). Como não existiam relógios, as horas são sempre aproximadas. João relata que Jesus foi condenado por Pilatos na fora sexta, mas é provável que isto significava simplesmente "no final da manhã". Lucas informa que Jesus estava na cruz por volta do meio-dia. A "terceira hora" que é mencionada em Marcos parece sugerir que Jesus foi crucificado mais cedo, mas também menos precisa de dizer "ao longo da manhã". As diferenças não são tão importantes assim.
V. 45 O véu separava o santuário da área principal do Templo. Apenas uma vez por ano o sumo sacerdote entrava no santuário para interceder pelo povo (Hb 9.7). Agora não há mais necessidade de um intermediário -- todos têm acesso a Deus (Hb 10.19-22).
Lc 23.50-56: Um sepultamento às pressas
Veja notas em Mc 15.42-47.
Lc 24: Jesus ressuscitou dos mortos!
Na tranquilidade daquela manhã de domingo, ao raiar do sol, chegaram notícias extraordinárias. O túmulo estava vazio. Jesus, morto recentemente e sepultado, estava vivo de novo!
É difícil de harmonizar os detalhes que aparecem nos quatro relatos do que aconteceu naquela manhã memorável. Em acontecimentos desse porte, é difícil de combinar os depoimentos de várias testemunhas independentes. Mas todas as testemunhas têm certeza a respeito do que ocorreu. (Veja "A ressurreição de Jesus").
Apenas Lucas registrou a história dos dois discípulos (não mencionados em nenhum outro texto) que estava indo para Emaús (13-35). A riqueza dos detalhes sugere que seja um relato em primeira mão. O que se passou quando Jesus começou a caminhar com eles -- resume o que aconteceu com todos os seguidores de Jesus.
Quando Jesus morreu, eles não só perderam um querido amigo e mestre,, mas também o foco de todas as suas esperanças. Estavam sozinhos e como muito medo. Jesus havia falado várias vezes não só de sua morte, mas também de sua ressurreição (veja 18.31-34), mas eles não esperavam uma continuação da história. Pedro, o líder natural, sentia-se arrasado pelo fato de ter negado a Cristo.
Mas em 12 horas tudo mudou. O túmulo estava vazio e o próprio Jesus havia sido visto em pelo menos cinco ocasiões diferentes, não só pelos apóstolos, mas por outros seguidores também. Eles o reconheceram como o verdadeiro Jesus, não um fantasma. Viram as marcas da crucificação (39-40). Ele comeu com eles (43). Apareceu a Pedro (34; 1Co 15.5), e o apóstolo se tornou um novo homem. Desânimo, luto e medo foram substituídos por alegria indescritível (41).
Tudo que estava escrito sobre Jesus nas Escrituras se cumpriu (44). Agora aqueles que testemunharam essas coisas deviam ir e contar ao mundo que, por causa do sofrimento de Jesus, existe perdão de pecados para todos (47). O retorno de Jesus ao céu encerra a história de Lucas sobre a vida de Jesus na terra.
Vs. 50-52 Lucas faz um resumo dos acontecimentos. Como ele deixa claro na continuação da história, em Atos, a ascensão aconteceu 40 dias depois.

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Filipenses 1:9-11

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