COSTUMES BÍBLICOS: Ezequiel capítulo 20 ao 48


Ezequiel capítulo 20 ao 48


 Ezequiel 20 ao 48
Ez 20.1-44: Uma história da nação rebelde
Julho/agosto de 591. Ezequiel deixa de lado a alegoria e trata da realidade histórica. Desde a escravidão na Egito e a peregrinação no deserto até à sua própria época, a história de Israel tem sido uma cansativa repetição de idolatria e rebelião contra Deus. Durante todo este tempo, Deus se conteve, para não destruir a nação. Mas agora ele exterminaria os rebeldes (38). Os seus, ele restauraria (40-44).
Lhes dei... permiti (25-26) Estes versículos difíceis parecem ficar mais claros à luz de Rm 1.24. Deus "os entregou" às coisas más que desejavam.
Alto (29) Há um jogo de palavras neste versículo: a palavra traduzida por "alto" ou "lugares altos" (bamah, em hebraico) se parece, na pronúncia, com a frase "aonde vós ides".
Ez 20.45--21.32: Fogo e espada
O juízo de Deus passaria pela nação de norte a sul como um incêndio florestal (20.45-48). A espada de Deus estava desembainhada contra Israel. Ela estava nas mãos do rei da Babilônia (21.19), que destruiria as capitais de Amom e Judá (21.20). (Cindo anos após a queda de Jerusalém, Nabucodonosor atacou os amonitas.) Neguebe (20.46, algumas versões) Atualmente esta região é um deserto árido, mas a Palestina em geral era mais arborizada nos tempos do AT.
Rabá (21.20) Amã, atual capital da Jordânia.
Enquanto não vier aquele... (21.27) Veja Gn 49.10. Viria aquele a quem a realeza pertence de direito.
Ez 22: Acusações contra Jerusalém
O povo de Deus era culpado - culpado de assassinato, opressão, extorsão, suborno, e imoralidade sexual; havia feito pouco caso de sua religião (6-12). Se Deus os provasse com fogo, nenhum resíduo de metal genuíno seria encontrado (17-22). Todos os segmentos da sociedade tinha culpa: governantes, sacerdotes, profetas e o povo comum (23-31).
Ez 23: A parábola das duas irmãs
Oolá era Samaria, capital do reino do Norte, Israel. Oolibá era Jerusalém. Ambas as irmãs se comportavam como prostitutas vulgares. Suspiravam por seus amantes (os deuses pagãos) com um desejo insaciável; seu comportamento era completamente repugnante. Correram atrás, ora do Egito, ora da Assíria. Agora Judá, mais perversa que sua irmã, corria atrás da Babilônia. Jerusalém teria a mesma sorte de Samaria: vergonha e destruição nas mãos do seu último amante. Seu castigo foi bem merecido (45).
v. 10 Os assírios destruíram Samaria em 722/1 a.C.
v. 23 Pecode, Soa e Coa provavelmente eram tribos estabelecidas junto às fronteiras orientais do Império Babilônico. Os babilônios e caldeus não eram povos separados.
Ez 24: Jerusalém sitiada; morre a esposa de Ezequiel
A data é a mesma de 2Rs 25.1; Jr 52.4 - geralmente considerada como sendo 15 de janeiro de 588 a.C. Jerusalém era como uma panela enferrujada, colocada no fogo para queimar. O comportamento do povo poluiu a cidade. No mesmo dia em que a cidade foi sitiada, a esposa amada de Ezequiel faleceu repentinamente. Mas Deus lhe proibiu as formas tradicionais de luto. A perda pessoal de Ezequiel fazia parte de uma tristeza inexprimível. O povo ficaria muito triste com o destino de Jerusalém, mas, a exemplo do profeta, ninguém derramaria uma só lágrima. E quando chegassem notícias da queda da cidade, Ezequiel poderia finalmente falar outra vez (27; veja 3.2627); o juízo teria passado.
V. 17 Os costumes de luto da época: lamentação em voz alta; cabeça rapada coberta de pó e cinzas; pés descalços; rosto coberto; comida oferecida às carpideiras.
Ez 25--32
O Juízo de Deus sobre as nações
Embora os profetas se concentrassem principalmente em Israel e Judá, todos eles estavam cientes de que Deus era Senhor de toda a terra. Nenhuma nação estava fora do alcance de seu juízo, e aquilo que ele condena e castiga no seu próprio povo, condena e castiga nas outras nações também. Esta coleção de profecias é um divisor de águas entre o ministério de Ezequiel antes e depois da queda de Jerusalém em 587 a.C.
Ez 25: Amom, Moabe, Edom, Filístia
Para outras profecias, veja em Jr 47--49.
Estas quatro nações eram os vizinhos mais próximos de Israel e seus inimigos mais antigos. Todos sentiram o doce prazer da vingança ao verem a queda de Israel, e por isso Deus os castigaria. De fato, não muito depois disso, Amom, Moabe e Edom foram destruídos pelas tribos dos nabateus. Os filisteus desapareceram da história um século antes do nascimento de Jesus.
Ez 26.1--28.19: Tiro
Veja em Is 23. A data da profecia de Ezequiel provavelmente é final do décimo primeiro ano - fevereiro de 586 - supondo-se que Ezequiel tenha recebido a notícia da queda de Jerusalém naquele ano e não no ano seguinte (veja 33.21). Ficou claro que a previsão do cap. 26 era mais que verdadeira. Tiro não se alegrou por muito tempo com a ruína de Jerusalém. poucos meses depois o exército de Nabucodonosor estava às suas portas e lhe impôs um sítio que durou 13 anos.
Tiro era um alvo tentador. A cidade ficava nas imediações dos montes do Líbano e possuía o melhor porto natural do leste do Mediterrâneo. Na realidade era um porto duplo, pois a cidade foi construída numa ilha próxima ao continente (26.5). Por ser um centro de negócios e comércio, Tiro era um lugar que concentrava uma enorme riqueza, e sua vidraria e indústria de púrpura eram mundialmente famosas. De forma muito apropriada, Ezequiel descreve a cidade como um grande navio mercante (cap. 27), carregado de mercadorias da melhor qualidade e contando com habilidades humanas e recursos vindos de todos os lados. A notícia do seu naufrágio traria luto para o mundo todo. O trecho de Ezequiel 28.1-19 é um lamento pelo rei de Tiro, cujo orgulho acabou sendo a sua ruína.
Senir (27.5, ARA) O monte Hermom.
Gebal (27.9) Biblos, hoje Jubail, no Líbano.
Daniel/Danel (28.3) Veja 14.14.
28.12-19 Muitas das imagens que aqui aparecem são tiradas de Gn 2--3.
Glória. Hebraico תהילה (kâbôd). A glória de Deus é descrita pelo termo hebraico que significa "peso". A raiz do termo e seus derivados aparecem 376 vezes na Bíblia hebraica, sendo 25 delas em Ezequiel. Ele também é empregado como adjetivo 200 vezes (por exemplo, Rei da glória, com o significado de "rei  glorioso"). O termo em sua forma raiz refere-se 45 vezes a alguma manifestação visível de Deus como realidade objetiva, muitas vezes relacionada a aparições no tabernáculo (Êx 16.10) ou no Templo (Ez 9.3). O peso da glória indica a realidade da presença de Deus. Ela também é visível em Jesus Cristo, a respeito de quem Seu discípulo João disse: vimos a sua glória (Jo 1.14).
Ez 28.20-26: Sidom
Sidom é outro porto marítimo famoso no AT. Fica no Líbano, 32 Km ao norte de Tiro. Hoje, tanto Tiro (Sour) como Sidom são pequenos portos usados por pescadores. A acusação contra Sidom foi, mais uma vez, o fato de ter desprezado o povo de Deus (24). Sidom, como Tiro, caiu nas mãos de Nabucodonosor. Os vs. 25-26 são uma mensagem de esperança para Israel.
Ez 29--32: Egito
Uma coleção de sete profecias, todas (exceto a que começa em 30.1) cuidadosamente datadas.
  • 29.1-16: janeiro de 587. Por seu orgulho insuportável, que levou a colocar-se entre os deuses, o Faraó atraiu a ira de Deus sobre toda a sua terra. Mas ele aprenderia quem é Deus!
  • 29.17-21: Ano Novo de 571 (a profecia mais recente no livro). O longo e custoso sítio à cidade de Tiro terminou por volta de 574 a.C. Ezequiel declara que o Egito será a próxima vítima da Babilônia.
  • 30.1-19: sem data. Ezequiel descreve o castigo o castigo que Nabucodonosor infligiria ao Egito e seus aliados. Deus daria um fim à riqueza do Egito (10-12) e aos seus "deuses" (13-19).
  • 30.20-26: abril de 587. O exército do Faraó Hofra havia esboçado uma tentativa de socorrer Jerusalém, que estava sitiada, mas foi derrotado. Seu poder seria quebrado novamente.
  • 31.1-18: junho de 587. O Egito é comparado a um grande cedro (2-9). Por causa do seu orgulho a árvore seria derrubada (10-14). O Egito seria lançado no mundo dos mortos (15-18).
  • 32.1-16: março de 585 (depois que as notícias da queda de Jerusalém haviam chegado aos exilados). Um lamento pelo Faraó.
  • 32.17-32: março (?) de 585. O Egito se juntaria ao grupo das nações vencidas: Assíria, Elão, Meseque, Tubal, Edom, Sidom. Elas foram enviadas a uma grande sala funerária cheia de túmulos.
Faraó/rei do Egito (29.2) Trata-se de Hofra. Todos os Faraós eram adorados como deuses, assim como o crocodilo do Nilo (v.3).
Migdol até Sevene (29.10) Migdol era uma cidade no delta do Nilo. Sevene (Assuã) ficava no Sul. A locução significa "de norte a sul", ou seja, todo território.
Patros (29.14) O Alto Egito (a região mais afastada do delta do Nilo).
30.5 Aliados do Egito.
A Assíria era um cedro o Líbano (31.1, ARA) A tradução da NTLH, "Você é como um cedro no Líbano", faz mais sentido.
32.22-30 Assíria: a grande potência na época de Isaías, derrotada pela Babilônia. Elão: uma nação a leste da Babilônia. Meseque e Tubal: nações pouco conhecidas junto à fronteira norte da Assíria. "Príncipes de Norte" (30): supostamente cidades-estado ao norte da Palestina.
Ez 33--37 A queda de Jerusalém; promessas de Deus
Ez 33.10-20: O atalaia
Estes versículos repetem o ensinamento de duas passagens anteriores: 3.17-21; 18.5-29.
Ez 33.21-33: Notícias da tomada de Jerusalém
As notícias não surpreenderam Ezequiel. Quando o mensageiro chegou, Deus já lhe havia devolvido a fala, como prometido (24.27). No v. 21, alguns textos dizem "décimo primeiro ano", e não "décimo segundo". Neste caso, a notícia chegou dentro do prazo mais provável, a saber, seis meses. Os que permaneceram em Judá, ao invés de se arrependerem, estavam ocupados anexando propriedade dos outros. E na Babilônia os exilados que pareciam escutar as palavras de Ezequiel só estavam buscando entretenimento. Eles não criam nelas nem as colocaram em prática: uma situação deprimente depois de tudo que havia acontecido!
Ez 34: Líderes e povo são denunciados

Aqueles que apascentavam o rebanho de Deus (os líderes do povo) abusaram do poder. Deus prometeu um "bom pastor", que cuidaria do seu povo.

Tanto os "pastores" (1-10) quanto as "ovelhas" (17-22) merecem condenação. Os pastores exploram de forma gananciosa, cruel e egoísta aqueles que lhes haviam sido confiados. Deus, porém, seria um verdadeiro pastor, reconduzindo o seu rebanho disperso às boas pastagens de sua terra natal (11-16); e veja Lc 15.4-7). Ele designaria um bom pastor - um novo Davi - para cuidar deles (23-24; e veja Jo 10.11), e o rebanho ficaria seguro.
Ez 34: Profecia contra Edom
Edom estava destinado à destruição, por ter se mostrado insensível diante da ruína dos israelitas. Não só se alegrou como também planejou tirar vantagem da situação, anexando terras de Judá (10, as duas nações são Israel e Judá). Veja 25.12-14 acima. outras profecias contra Edom: Is 34.5-15; Jr 49.7-22; Obadias.
Ez 36: O retorno à terra natal
Deus diz à terra desolada que em breve ela seria repovoada. Seu povo voltaria. A derrota de Israel levou pessoas a desprezar o Deus de Israel, pensando que ele não tinha poder algum. A volta do povo vindicaria sua honra. As nações saberiam, e o povo de Deus saberia também, que ele é Senhor. Aqueles que retornaram do exílio estavam verdadeira e permanentemente curados da idolatria (25). Mas a transformação total de um "novo coração" se realiza apenas "em Cristo" (2Co 5.17). Ezequiel estava pensando em algo mais complexo que um transplante de coração, pois o coração, no pensamento bíblico, representa toda a personalidade, a pessoa em sua essência.
Ez 37: A visão do vale dos ossos secos
Após dez anos no exílio, com Jerusalém destruída, o povo havia perdido a esperança. Nem mesmo as promessas de restauração anunciadas por Ezequiel conseguiam animar seus ouvintes. A nação estava morta. Mas Deus pode até mesmo tomar esqueletos e transformá-los num exército vivo. Ezequiel fez sua parte ao divulgar a palavra de Deus, mas é o Espírito de Deus que dá vida. Israel seria refeito e reavivado. Os dois reinos inimigos se tornariam uma só nação sob um rei - um novo Davi. E aqui (21-28) a promessa aos exilados desemboca na benção plena da futura era dourada. A volta do exílio era apenas uma prévia de tudo que Deus tem reservado para o seu povo.
Faze deles um só pedaço (17, ARA) NTLH diz: "segure as duas tabuinhas juntas na sua mão de modo que pareçam uma só".
Davi (24) O rei messiânico ideal, que reinará para sempre em justiça e paz.
Ez 38--39 Profecia contra Gogue
Magogue, Meseque, Tubal (2) e Gomer (6) eram todos filhos de Jafé (filho de Noé) e deram seus nomes a povos indo-europeus que viviam na região do mar Negro ou do Cáucaso, no extremo norte do mundo conhecido de então. Ezequiel prevê uma invasão dessas tribos bárbaras do norte, lideradas por uma figura não identificada que  se chama Gogue e que pode personificar as forças cósmicas do mal. Aliando-se a exércitos de longe e de perto (Pérsia, Sudão e Norte da África, 5), ele lutará contra o povo do Senhor. E Deus demonstrará seu poder diante de todos derrotando sozinho todas as forças do mal e destruindo-as de uma vez por todas. "Gogue" é responsável pelo plano, mas a mão do Senhor está sempre no controle.
O cap. 39 repete e amplia o 38. O exército de Gogue era tão grande que as armas recolhidas permitirão aos israelitas fazer fogo por sete anos. E a carnificina é tão grande que levará sete meses para limpar a terra. (Para os judeus, o número sete simboliza perfeição e totalidade.) O juízo divino é algo terrível, e Ezequiel o descreve com imagens horripilantes. O fato de estes capítulos precederem imediatamente a visão que Ezequiel teve de um novo Templo no qual Deus habita com o seu povo ajuda a entender por que João, no Apocalipse, escolheu Gogue e Magogue para representar todos os inimigos de Deus na última grande batalha instigada por Satanás no fim dos tempos (Ap 20.8).

O mar Morto é tão salgado que impede qualquer forma de vida. Porém, na visão de Ezequiel, a água que fluía do Templo, descendo o vale do Jordão até o mar Morto, fez com que a água salgada virasse água doce e trouxesse vida para aquele lugar.

Ez 40--48 Uma nova Jerusalém: a visão do Templo
Estes capítulos foram escritos alguns anos após o restante do livro (exceto 29.17-21), em 573 a.C. Embora sua leitura seja, em grande parte, maçante, esses capítulos são, na verdade, o ponto alto do livro. Ezequiel começa com uma visão de Deus nas planícies da Babilônia e termina com uma visão de Deus retornando em glória a um novo Templo: Deus outra vez no meio do seu povo, para sempre.
Apesar da riqueza de detalhes, a descrição de Ezequiel não é uma simples planta para o segundo Templo. O que ele viu não era a antiga Jerusalém, mas "um grupo de prédios que parecia uma cidade" (40.2, NTLH). É verdade que o novo Templo reproduz em grande parte o modelo do Templo de Salomão e se destina ao oferecimento de sacrifícios (40.38-43). Mas quando Deus retorna em toda a sua glória é para viver para sempre num Templo e com um sacerdócio e povo purificados do mal (cap.43). Tudo é perfeito. Este é o ideal. Porém não é tão abrangente quanto a visão no Apocalipse. Trata-se de algo que ainda é visto em termos terrenos: ainda há um Templo e sacrifícios; o povo de Deus é sinônimo de Israel (44.6-9); as leis continuam a existir, bem como a morte e a necessidade de expiação (44.15-27).
Novamente temos aquela sutil mistura de acontecimentos próximos e futuros que caracteriza os profetas. As leis, as ofertas, as festas de Êxodo e Levítico são reinstituídas (caps. 45--46). Mas repentinamente, no cap. 47, aparece algo gloriosamente novo. Do Templo de Deus flui um grande rio que traz vida por onde passa. É ladeado de árvores cujo fruto servirá de alimento e cujas folhas servirão de remédio (veja Ap 22.1-2). Os novos limites das doze tribos que aparecem no final do livro (47.13-23) são estilizados, ou seja, não são totalmente viáveis em termos geográficos. E, no final, aparece o nome da cidade. Não é mais Jerusalém, mas "O SENHOR Está Ali" (compare Ap 21.22-27).
Um côvado e quatro dedos (40.5 ARA)
Cerca de 52 cm. Assim, a vara de medir tinha aproximadamente 3 m.
Filhos de Zadoque (40.46) Zadoque, que substituiu Abiatar (1Rs 2.26-27,35), foi o primeiro sacerdote a exercer suas funções no Templo.
43.3 Veja cap. 10 e cap. 1.
47.9-10 A água salgada do mar Morto é transformada em água doce. O "mar Grande" é o mar Mediterrâneo. 

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