COSTUMES BÍBLICOS: Os assírios


Os assírios

Este grande touro alado 
decorava o palácio
 do rei Sargão, da Assíria, 

em Corsabad
Os assírios
Os assírios ocuparam a parte norte do atual Iraque, ao longo do rio Tigre, durante a maior parte do período do AT. As colinas e planícies desta terra fértil contrastam com o deserto a oeste e as montanhas escarpadas a norte e leste. Por isto, os assírios precisavam sempre defender o seu país de invasões.

História

Os assírios eram em grande parte um povo semita (grupo racial ao qual pertencem os árabes e os judeus) e sua língua era bem próxima da língua babilônica. Eles também usavam o mesmo sistema de escrita cuneiforme. As listas dos reis assírios revelam que os assírios estavam em seu território desde 2300 a.C. aproximadamente.
A partir de 1350 a.C. a Assíria se tornou um Estado líder no Oriente Próximo. Após um período de fraqueza (cerca de 1050 a 925 a.C.), quando tribos araméias da Síria a pressionaram, uma linhagem de reis poderosos estabeleceu o imponente Império Assírio.

Vida e arte

Com o Império veio a riqueza. Os relatos na Bíblia e em outras fontes e as cenas de batalha que decoram as paredes dos palácios assírios dão a impressão de um povo guerreiro cruel. Mas seu propósito era glorificar os deuses da Assíria que davam as vitórias a seus reis e para demonstrar o poder da Assíria. A vida dos assírios não era feita só de guerra.
Em Nínive, Assur e Calá, as cidades mais importantes, os reis construíram grandes palácios e templos. As paredes eram forradas de laje entalhada em baixo relevo. Elas apresentam o rei numa caçada, lidando com seus súditos e adorando os deuses, e descrevem, também, as suas vitórias.
A mobília do palácio era decorada com belos painéis de marfim entalhado ou gravado. O rei, com a rainha ao seu lado, reclinava-se num divã dourado e bebia em taças de ouro.

Bibliotecas

Milhares de tábuas de argila foram armazenadas nas bibliotecas do palácio. Muitas tratam de questões diplomáticas e administrativas, e registram detalhes dos diferentes reinados. Há documentos legais e cartas aos reis assim como dicionários e listas de palavras.
As bibliotecas colecionavam livros babilônicos, inclusive lendas da história antiga, tais como O Épico de Gilgamés, que fala do dilúvio, e mitos sobre os deuses e a criação do mundo e da sociedade humana.

Religião

Assur, o deus nacional da Assíria, era considerado o rei dos deuses. Acreditava-se que ele e os outros deuses (lua, sol, clima; deusa do amor e da guerra...) controlavam tudo.
Cada cidade tinha um templo principal no qual o deus patrono era adorado. No dia especial dedicado àquele deus e nas grandes festas, as pessoas enchiam as ruas para ver as estátuas do deus levadas em procissão.
O mundo dos espíritos era levado muito a sério. As pessoas usavam amuletos para afastar maus espíritos e demônios que, segundo se acreditava, poderiam causar problemas e doença. Consultavam videntes e astrólogos para conhecer o futuro, e acreditavam que marcas no fígado de ovelhas sacrificadas e os movimentos das estrelas eram mensagens divinas que anunciavam boa ou má sorte.
Era difícil saber que os deuses queriam: eles eram imprevisíveis.
Ofertas eram feitas para garantir que os mortos ficassem em seu mundo e não viessem assombrar os seus descendentes, mas não havia real esperança de vida após a morte.

A Assíria e Israel

Os assírios entraram em contato com Israel quando estenderam seus domínios para o sudoeste, no século 9 a.C. Salmaneser menciona Acabe de Israel entre os reis cuja tropas ele derrotou em 853 a.C., e Jéu pagando tributo em 841.
Por volta de 796, Joás de Samaria pagou tributo a Adade-Nirari V. Cinquenta anos depois, Tiglate-Pileser lll retomou a pressão assíria sobre Israel, exigindo pagamento de Menaém (2Rs 15.19-20).
Quando Damasco e Samaria ameaçaram Acaz de Judá, ele se sujeitou a Tiglate-Pileser em troca de ajuda. Em razão disso, os assírios tomaram Damasco em 732 a.C. e colocaram Oséias no trono de Israel, em lugar de Peca. Além disso, ocuparam muitas cidades no norte de Israel (2Rs 16).
Oséias rebelou-se (2Rs 17.4), e isto levou Salmaneser V, filho de Tiglate-Pileser, a atacar Samaria. Após três anos de investidas, conquistou a cidade (722/1 a.C.).
O rei assírio seguinte, Sargão ll (Is 20.1), registra a deportação de "27.290 habitantes com suas carruagens... e os deuses em quem confiavam".

A Assíria e Judá

Ezequias, filho de Acaz, rejeitou a política de submissão à Assíria que havia sido adotada por seu pai. Logo, forças assírias vieram para exigir submissão.
Embora Senaqueribe tenha devastado Judá (701 a.C.), ele não conseguiu tomar Jerusalém ou capturar Ezequias, fato sobre o qual os registros assírios e as narrativas bíblicas concordam. Ezequias ficou no seu trono, mas pagou tributo, assim como faria seu filho Manassés.
Quando o controle assírio enfraqueceu no Ocidente, após 635 a.C., é possível que Josias tenha estendido novamente as fronteiras de Judá.
A caça, principalmente de leões,
era uma das atividades
 favoritas dos reis assírios.
O rei Assurbanipal II da Assíria. 
 











Faixas de bronze que decoravam
 a porta de um templo mostram
 o rei assírio em campanha militar,
 com um carro de guerra atravessando
uma ponte feita com barcos. 
O Império Assírio no auge de seu poder.
 Nínive, a capital da Assíria,
 foi tomada por medos e babilônios em 612 a.C.









 







Veja abaixo, páginas que relatam sobre a tomada e queda da Assíria e como isto ocorreu!

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