COSTUMES BÍBLICOS: Ap. Parte C - As mensagens de Deus às 7 Igrejas


Ap. Parte C - As mensagens de Deus às 7 Igrejas

AS MENSAGENS DE JESUS ÀS 7 IGREJAS
As cartas foram escritas para suprir as necessidades de igrejas específicas em Éfeso e na região circunvizinha, mas também lidam "com tópicos relevantes ao povo de Deus em todos os tempos e em todos os lugares" (Morris). Elas seguem um padrão estabelecido. A saudação é seguida de uma descrição específica de Cristo. Com o seu "conheço...", ele elogia o que a igreja tem de bom. Em cinco das sete cartas, o elogio é seguido por uma crítica e uma advertência. Cada carta termina com um apelo ("Quem que tem ouvidos, ouça...") e uma promessa. Nas três primeiras cartas, o apelo vem primeiro; nas quatro últimas, aparece em primeiro lugar a promessa.
"Vi... um ser parecido com um homem...Os seus cabelos eram brancos como a lã ou como a neve, e os seus olhos eram brilhantes como o fogo... Não mão direita ele segurava sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada dos dois lados. O seu rosto brilhava como o sol do meio-dia." Visão que João teve de Jesus (Ap 1.12-16, NTLH)
Éfeso: Ap.2.1: era a principal cidade da província da Ásia. Ela era chamada de "Feira das vaidades da Ásia". Ela era o centro religioso e comercial de toda aquela área, influenciando tanto o leste como e oeste - a Europa e a Ásia.
Éfeso era uma cidade grande com uma população de 225 mil pessoas e um porto enorme. 
O Senhor começa fazendo uma afirmação que será repetida a todas as outras igrejas. A afirmação é Conheço as tuas obras. Veja At 19. A igreja de Éfeso estava solidamente estabelecida e tinha discernimento espiritual. Tinha sido perseverante, mas seu amor (seja o amor a Cristo, o amor mútuo, ou o amor pela humanidade) não era mais o mesmo. Eles precisavam se arrepender, pois uma igreja sem amor não é igreja.
(1) Ela era uma igreja evangelística.
(2) Ela era uma igreja paciente (ao contrário dos cristãos para quem Pedro escreveu; veja 2Pe 1.6).
(3) Ela era uma igreja separada (ao contrário da igreja em Corinto; veja 1Co 5).
(4) Ela era uma igreja ortodoxa.
(5) Ela era uma igreja perseguida, porém perseverante (ao contrário dos cristãos no livro de Hebreus; veja Hb 12.1-15).



(6) Ela era uma igreja democrática (Ap 2.6).
Eles deveriam fazer três coisas.
(1) Lembrar-se.
Eles precisavam entregar suas mentes a Cristo.
(2) Arrepender-se.
Eles precisavam entregar seus corações a Cristo.
"As igrejas não passam de candelabros. A luz é Cristo, e as igrejas devem manifestar esta luz." (Leon Morris )
(3) Repetir.
Eles precisavam entregar suas mãos a Cristo. Se isso não fosse feito, coisas terríveis aconteceriam (Ap 2.5). O filho de Deus jamais precisa orar as palavras do Salmo 51.11: Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Entretanto, toda igreja local que crê na Bíblia deveria repetir essas palavras com frequência. A Bíblia não oferece absolutamente nenhuma segurança eterna a qualquer igreja local. Um crente jamais pode cair da graça, mas sua igreja pode. A história registra o triste fato de que Cristo realmente removeu o castiçal da igreja de Éfeso. Ele desapareceu há séculos, apagado pelos muçulmanos.
»Nicolaítas (6) Mencionados apenas neste livro. Seu comportamento repugnante era fruto de uma falsa doutrina (15) que se infiltrara na igreja de Pérgamo.(Veja quem eram os Nicolaítas, AQUI)
»Árvore da vida (7) A proibição de Gn 3.22-24 é revogada para os que são fiéis a Cristo, que dá a vida eterna.
Esmirna: Ap 2.8-11: A pequena igreja de Esmirna (hoje o porto de Izmir, na Turquia) era materialmente pobre, mas rica em tudo que realmente importa. As palavras de Jesus para essa igreja eram apenas de incentivo, ou seja, não há nenhuma crítica. Ele pôs um limite preciso ao sofrimento deles lhes reservou o dom da vida. Eles não serão condenados no juízo.
A cidade:
(1) Ela ficava aproximadamente 64 Km ao norte de Éfeso.
(2) Ela era uma cidade esplêndida de rara beleza, situada em uma linda baía.
(3) Ela ficava situada na rota comercial que conectava a Índia e a Pérsia diretamente a Roma.
(4) Ela era aclamada por suas escolas de ciências e medicina, seus belos prédios e suas ruas largas e pavimentadas.
(5) O templo de Baco, o deus do vinho, ficava lá.
(6) Muitos judeus apóstatas viviam ali.
(7) Ela era o berço tradicionalmente conhecido de Homero.
Eles haviam se tornado pobres por causa de Cristo (entretanto, Deus via-os como ricos). Antes de converterem-se, muitos crentes sem dúvida pertenciam às diversas corporações de ofício que existiam na cidade naquela época. Porém, por causa da sua recém-encontrada fé, eles aparentemente haviam perdido o direito de fazer parte dessas corporações. É possível que muitos deles tenham ido à banca rota. (Veja também Mt 6.20; 2Co 6.10).
Eles haviam sido perseguidos por causa de Cristo (mas Deus prometeu-lhes uma recompensa).
Jesus adverte essa igreja de que eles teriam uma tribulação de dez dias (Ap 2.10). É possível que Ele estivesse referindo-se a um período literal de dez dias de derramamento de sangue. Ou talvez, ele estivesse aludindo a dez períodos de intensa perseguição por parte de dez imperadores romanos (veja O período da Igreja apostólica e mártir (30-313 d.C.) Estima-se que pelo menos cinco milhões de cristãos tenham sido martirizados durante esse período. Em proporção à atual população mundial, isso equivaleria a 170 milhões.
O Senhor Jesus aconselhou-os:
(1)Sejam destemidos.
(2) Sejam fiéis. / Dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10; veja também Tg 1.12)./ Ao que vencer não receberá o dano da segunda morte (Ap 2.11).
»Sinagoga de Satanás (9) Os judeus que atormentavam a igreja não eram o povo de Deus. Veja Jo 8.39-44.
»Segunda morte (11) Explicada em 20.14-15.
Pérgamo: Ap 2.12-17: Em Pérgamo, a igreja se mantivera firme, apesar da pressão externa. Entretanto, alguns de seus membros haviam abraçado falsas doutrinas. Como resultado, antigas práticas pagãs estavam se infiltrando. A opção era, ou se arrepender, ou ter Jesus lutando contra eles.
A cidade.
(1) Pérgamo era a capital política da Ásia e ficava aproximadamente 120 Km ao norte de Éfeso.
(2) A cidade possuía uma das melhores bibliotecas da antiguidade, a qual continha cerca de 200 mil volumes. Essa biblioteca havia sido dada a Cleópatra por Marco Antônio.
(3) Foi nessa cidade que o pergaminho foi usado pela primeira vez.
Eles haviam guardado a fé, embora vivessem na cidade que Satanás havia temporariamente escolhido como quartel general. Durante séculos, o diabo havia dirigido seu império a partir da Babilônia (veja Gn 11.1-9; Dn 5). Porém, quando aquela nação caiu, ele aparentemente transferiu (pelo menos por algum tempo) sua sede para Pérgamo. Entre outros objetos, a cidade adorava uma serpente viva. No futuro, Satanás, mudará sua capital de volta para a Babilônia (Ap 17; 18).
Muitos cristãos foram martirizados em Pérgamo por causa da sua fé. Um deles (Antipas) é mencionado aqui.
Seu nome não aparece em nenhum outro registro histórico, mas Deus sabia tudo sobre esse crente humilde e pouco conhecido que viveu e morreu por Cristo cerca de 20 séculos atrás (veja Jo 10.3; 2Tm 2.19).
Algumas pessoas estavam praticando a doutrina de Balaão - um falso profeta do AT que tentou colocar uma maldição sobre a nação de Israel (Nm 22.1--25.9). O Novo Testamento faz referência ao caminho, ao erro e à doutrina de Balaão.
(a) Seu caminho (2Pe 2.15; Jd 1.11) foi o da cobiça. Os serviços de Balaão podiam ser facilmente comprados.
(b) Seu erro foi supor que um Deus Santo poderia ser forçado a amaldiçoar a pecadora nação de Israel.
(c) Sua doutrina (Ap 2.14). Ele concluiu acertadamente que, já que não conseguia amaldiçoá-los, podia corrompê-los por meio da imoralidade e da idolatria
Alguns indivíduos estavam praticando a doutrina dos nicolaítas (Ap 2.15). Essa filosofia já havia sido condenada por Cristo em sua carta à igreja de Éfeso (Ap 2.6). Contudo, o que se tratava de obras na primeira igreja, agora havia se consolidado como doutrina.
O desafio (Ap 2.17): Ao que vencer darei[...].
(1) O maná escondido como alimento.
Isso fala de uma comunhão especial com Cristo (veja Jo 6.32-35; Hb 9.4).
(2) Uma pedra branca com um novo nome escrito. (Charles Ryrie) explica o significado dessa imagem:
O significado da pedra branca com o novo nome escrito é derivado de um de dois costumes daquela época. O primeiro se referia a juízes que determinava um veredito colocando em uma urna uma pedra branca e outra preta. Se a pedra branca fosse tirada, o veredito era de absolvição; portanto, a pedra branca significaria a garantia de que não há condenação àqueles que estão em Cristo Jesus. O outro costume era relativo ao uso de amuletos da sorte em volta do pescoço. Se a referência for essa, então a pedra é uma maneira de Jesus lembrar ao Seu povo que eles tinham o Senhor, e por isso não precisavam de mais nada. 
»Trono de Satanás (13) Pérgamo era, naquela região, o principal centro do culto ao Imperador (veja "O culto ao imperador e o Apocalipse"). Além disso, um imenso altar dedicado a Zeus, que ficava sobre a acrópole, podia ser avistado da cidade. O povo também acorria ao templo de Esculápio, tanto assim que Pérgamo podia ser descrita como "a Lourdes do mundo antigo". O "trono de Satanás" pode ser uma referência a qualquer um desses, ou a todos eles.
»Balaão, Balaque (14) Veja Nm 31.16; Nm 25.
»Alimentos oferecidos aos ídolos (14) Veja nota em 1Co 8. A questão aqui é a mesma, ou seja, trata-se daquilo que é comido no templo do ídolo ("o evento em si, e não o cardápio").
»Maná (17) O alimento fornecido por Deus (Êx 16).
Tiatira: Ap 2.18-29: Na cidade de Tiatira (hoje Akhisar, na Turquia) moravam muitos trabalhadores especializados, e as associações de trabalhadores realizavam jantares que tinham conexão com os cultos pagãos ("alimentos sacrificados a ídolos": veja nota sob Pérgamo, acima).
A cidade.
(1) Tiatira ficava 56 Km ao sudoeste de Pérgamo.
(2) É possível que a cidade tenha sido fundada por Alexandre, o Grande, em torno de 300 a.C.
(3) Ela era uma cidade sindical e a sede de corporações de ofício como as dos curtidores, oleiros, tecelões, tintureiros e alfaiates.
(4) Lídia, a primeira filha espiritual de Paulo na Europa (At 16.14), era dessa cidade. Hoje, Tiatira tem uma população de mais de 96 mil pessoas.
(a) As boas obras (as últimas eram melhores do que as primeiras).
(b) Amor.
(c) Serviço (fidelidade).
(d) Fé.
(e) Paciência.
A maior objeção de Deus quanto a essa igreja estava no fato de que eles toleravam o ministério de uma falsa profetiza.
(1) Sua parelha no Antigo Testamento. Essa Jezabel era a esposa pagã e assassina do rei Acabe (1Rs 16.28--19.21; 21.1-29; 2Rs 9.22-37).
(2) O seu pecado na igreja:
(a) Ela estava desencaminhando as pessoas.
(b) Ela estava ensinando a imoralidade e a idolatria.
(c) Ela era completamente impenitente.
(3) A sua punição:
(a) Seus seguidores passariam pela grande tribulação e se tornariam as falsas igrejas de Apocalipse 17.
(b) Seus filhos (seguidores) sofreriam a segunda morte no julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15).
(c) Ela serviria de exemplo para outras igrejas com relação à ira de Deus (veja também At 5.11-13).
João chama os ensinamentos dos opositores de as profundezas de Satanás (veja 1Tm 4.1).
Essa era outra igreja bastante heterogênea. Sob vários aspectos, gozava de boa saúde. No entanto, uma mulher influente na comunidade estava defendendo uma acomodação ao paganismo, com suas práticas idólatras e imorais, e muitos já haviam sido levados para o mau caminho. Certos "cristãos" haviam se envolvido a fundo com o mal ("as coisas profundas de Satanás"), talvez para demonstrar sua suposta superioridade moral, ou, então, porque faziam uma falsa separação (comum no pensamento grego) entre a alma e o corpo. Aqueles que continuavam fiéis recebem a promessa do poder e da presença de Cristo (a estrela da manhã - veja 22.16).
»Jezabel (20) A perversa mulher do rei Acabe; veja 1Rs 21.25-26.
Sardes: Ap 3.1-6: Apesar de sua fama, a igreja de sardes estava morrendo. O que essa igreja tinha de superar era, não a oposição de fora, mas a apatia, a indiferença, e a satisfação consigo mesma. Mas havia alguns cuja fé estava imaculada.
A cidade.
(1) Sardes ficava 48 Km ao sul de Tiatira e era a capital da Lídia.
(2) Acreditava-se que a cidade era impenetrável, mas Ciro, o Grande, capturou-a ao subir por uma rota secreta na encosta.
(3) Ela foi o local onde as primeiras moedas foram cunhadas.
(4) Ela era conhecida por sua grande riqueza, a qual resultava principalmente da sua próspera indústria de carpetes.
Deus sempre possui um remanescente em toda igreja e em todas as eras da Igreja (veja 1Rs 19.10, 18; Rm 11.5).
A condenação: tens nome de que vives e estás morto (Ap 3.1).
Quatro portas em Apocalipse
A porta do serviço (Ap 3.8).(Veja também At 14.27; 1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3)
A porta do coração (Ap 3.20).
A porta do arrebatamento (Ap 4.1).
A porta da segunda vinda (Ap 19.11) 
J. Vernon McGee interpreta Apocalipse 3.1 da seguinte forma:
Esse é um retrato do protestantismo. As grandes verdades que foram recuperadas durante a Reforma foram abandonadas por uma Igreja condescendente. Embora as grandes denominações e igrejas ainda repitam mecanicamente os credos da Igreja, na mente, no coração e na vida elas os repudiaram. A imposição de programas, a elaboração de rituais e a multiplicação de organizações substituíram a Palavra de Deus e a verdadeira vida espiritual. Há muita atividade, mas nenhuma ação; muita movimentação, mas nenhum movimento; muita promoção, mas nenhum progresso; e muitos programas, mas nenhum poder. Embora a forma exterior permaneça, a criatura viva deixou a concha.
O desafio. Aqui [o desafio] é duplo.
(1) Seus nomes permaneceriam no Livro da Vida. Esse livro é mencionado com frequência, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Êx 32.32; Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Hb 12.23; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27; 22.19). Independente do que possa estar envolvido aqui, esses versículos não ensinam que uma pessoa salva algum dia pode se perder!
Pelo contrário, já que muitos deles provam que os cristãos não podem se perder [justamente] porque o nome de cada pessoa salva está escrito nesse livro (veja principalmente Dn 12.1; LC 10.20; Ap 13.8; 17.8; 21.27).
(2) Jesus confessaria os seus nomes diante do Pai (Lc 12.8,9).
»V.2 "Vigiem", e não tanto "Acordem!" Por duas vezes, no passado, a cidade de Sardes havia sido capturada porque os moradores relaxaram a vigilância.
»Branco (4-5) Cor que pode representar pureza, festividade ou vitória.
Filadélfia: Ap 3.7-13: Filadélfia é a atual cidade de Alacehir, na Turquia. Esta carta, como a carta a Esmirna, não contém palavras de censura. A julgar por essas cartas, não são as igrejas maiores, nem as mais impressionantes ou as mais prestigiosas, que gozam necessariamente de melhor saúde espiritual. Cristo abre a porta para o trabalho eficaz (v.8 e 1Co 16.9), não àqueles que são fortes, mas àqueles que são fiéis.
A cidade.
(1) Filadélfia foi construída como um centro de cultura grega em torno de 200 a.C.
(2) Ela fica aproximadamente 48 Km ao sudoeste de Sardes.
(3) Filadélfia era famosa por seu excelente vinho.
(4) A cidade tinha uma expressiva população judaica.
(5) Ela foi destruída por um terremoto em 17 d.C., mas foi logo reconstruída por Tibério César.
Eles haviam obedecido ao mandamento de Deus (Ap 3.10).
O desafio:
(1) Eis que diante de ti pus uma porta aberta (Ap 3.8).
(2) Eu subjugarei os teus inimigos (Ap 3.9; veja também Fp 2.10,11).
(3) Eu te guardarei da hora da tentação (Ap 3.10).
(4) Eu te farei um pilar no templo do meu Deus (Ap 3.12).
»V.9 Veja nota em 2.9.
Laodiceia: Ap 3.14-22: Das sete igrejas, a que estava em pior situação era a de Laodiceia, tão orgulhosa de si que não conseguia enxergar sua verdadeira condição. Estava tão longe do ideal, que Jesus se encontrava do lado de fora, batendo para ser admitido na vida de pessoas que se chamavam de cristãos (20). Essa carta está cheia de alusões à realidade local. Laodiceia era uma cidade rica (17-18), graças à atividade bancária e à fabricação de roupas luxuosas com a lã negra e brilhosa da região. Os moradores se orgulhavam de sua escola de medicina, e a cidade era famosa por um colírio especial para o tratamento dos olhos (18). Em Laodiceia, o abastecimento da água era feito a partir de fontes termais que ficavam nas imediações. A água era canalizada até a cidade, onde chegava morna (16). A igreja era como a água da cidade: morna. Não havia nada ali que pudesse merecer elogios.
"Essas sete igrejas formam um arco que começa em Éfeso, curvando-se para cima e em direção ao leste, passando por Esmirna e Pérgamo, e descendo até Laodiceia. Seu nome significa 'julgamento do povo'." 
A cidade.
Laodiceia fica aproximadamente 145 Km ao leste de Éfeso e cerca de 72 Km ao sudoeste da Filadélfia.
Essa cidade foi fundada por Antíoco II, que lhe deu o nome de sua esposa. Laodiceia era um nome de mulher muito comum.
(1) Ela era um centro bancário e possuidora de uma riqueza imensa.
(2) Laodiceia possuía templos e teatros magníficos.
(3) Uma excelente e prestigiosa escola de medicina foi construída ali.
Aqui, Cristo descreve a si mesmo como:
(1) A testemunha fiel e verdadeira (uma referência ao que Ele é).
(2) O princípio da criação de Deus (uma referência ao que Ele faz).
John Phillips elucida o significado de Laodiceia:
Jesus introduz a si mesmo a Laodiceia como o princípio da criação de Deus, ou, como esclarece a nota de rodapé da Bíblia American Standard Version, a origem da criação de Deus. Foi Ele quem salpicou as estrelas no espaço, escavou as baías oceânicas e esculpiu a cadeia do Himalaia no horizonte do mundo. Nenhuma folha de relva cresce sem a Sua permissão; nenhuma partícula de poeira se move. Ele é a origem da criação de Deus, o Cristo dinâmico e soberano que tudo controla. (Exploring Revelation).
Cristo não consegue encontrar nada de bom para dizer!
Eles achavam que eram:
Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma (Ap 3.17; veja também Lc 12.16-20).
O que Deus disse que eles eram:
(a) Eles eram mornos em suas obras (Ap 3.15,16).
(b) Vomitar-te-ei da minha boca. A palavra vomitar vem do grego emeo. Charles Ryrie mostra-nos como essas palavras teriam sido significativas para a audiência de João:
Perto de Laodiceia, havia fontes minerais térmicas cujas águas só podiam ser bebidas enquanto estavam bem quentes. Quando elas ficavam mornas, tornavam-se nauseantes.
De acordo com essas palavras, Cristo aparentemente tinha mais respeito pelo fanatismo ardente ou pelo formalismo congelado do que por uma mornidão capenga e sem vida.
Eles tinham falta de tudo mais:
(1) Eles eram desgraçados.
(2) Eles eram miseráveis.
(3) Eles eram pobres.
(4) Eles eram cegos (veja 2Pe 1.9).
(5) Eles estavam nus.
Eles deveriam obter de Deus três coisas de que eles precisavam desesperadamente:
(1) Ouro (fé), para que pudessem enriquecer.
(2) Vestes brancas (obras abençoadas por Deus, santificação, alma lavada no sangue do cordeiro), para que pudessem vestir-se.
(3) Colírio (perdão), para que pudessem ver.
O desafio:
(1) Eu repreendo e castigo a todos quantos amo (Ap 3.19; veja Hb 12.5-8).
(2) Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo (Ap 3.20).
J. Vernon McGee escreve:
O Seu convite é para a refeição da noite, a última chamada para o jantar. O Senhor convida-os a voltar-se para Ele antes da noite da grande tribulação.
Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono (Ap 3.21). 

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