COSTUMES BÍBLICOS: Ap. Parte F - A vitória final de Deus


Ap. Parte F - A vitória final de Deus


A VITÓRIA FINAL DE DEUS

A visão
Ap 17--20 A vitória final de Deus
Ap 17.1--19.5: A queda da prostituta "Babilônia" Tantas e tão veementes foram as denúncias dos profetas do AT contra a Babilônia literal (veja as referências abaixo) que "Babilônia" veio a ser sinônimo do orgulho e da vanglória humanos.
Para João e seus leitores, Babilônia, a prostituta amante do luxo (ao contrário da mulher do cap. 12 e da noiva do cap. 21), era Roma, a cidade dos sete montes (veja o v. 9), rica, esplêndida e decadente; Roma, onde os cristãos eram lançados aos leões e queimados vivos para divertimento do público; Roma, a fossa do império.
Mas cada época tem a sua "Babilônia", a personificação da ganância, da ostentação e dos prazeres egoístas que afastam as pessoas de Deus; a personificação das coisas que prometem tanto e acabam dando tão pouco. E Babilônia, a síntese de tudo o que engana, está condenada!
O cap. 18, que descreve a queda da Babilônia, faz eco ao espírito e à linguagem de todas as grandes profecias de "queda" que aparecem no AT (Is 12_14; Is 24; Jr 50_51; Ez 26_28). Trata-se de uma sentença final e abrangente de ruína sobre as potências de todos os tempos que se nutrem da maldade e tratam as pessoas como simples mercadorias que podem ser compradas e vendidas (18.13).
Os membros do povo de Deus são tentados a se adaptarem ao mundo. Todavia, são chamados a uma atitude que não faz concessão nenhuma (18.4). Eles serão vingados, a justiça será feita, e isso é  tão certo que se pode dizer que já aconteceu. Babilônia caiu!
Ap 19.1-5: Do céu vem um grande grito de vitória e um hino de louvor. Não se trata de espírito vingativo, nem de alegria com a desgraça alheia. O povo de Deus arrisca a sua vida pela verdade e justiça de Deus sai vitorioso e as obstinadas forças do mal são derrotadas.
»Besta (17.3) Veja 13.1. Babilônia é apoiada por um poder satânico. Neste trecho, a besta é, às vezes, um reino; outras vezes, um rei.
»Era e não é (17.8) Forças do mal assolam toda a história da humanidade. Às vezes, elas desaparecem por uma tempo, mas sempre acabam voltando.
»Sete reis (17.9) Estes podem ser os imperadores romanos. Neste caso, os cinco passados são os que vão de Augusto a Nero; o sexto é Galba ou Vespasiano; o sétimo, Tipo. Por outro lado, os sete podem ser impérios. Talvez seja melhor dar ao número sete seu significado simbólico, ou seja, "todo o Império Romano histórico".
»Dez reis (17.12) Às vezes, se vê aqui uma referência a imperadores romanos. No entanto, João descreve uma coalizão futura. Veja também 13.3, 14, sobre o mito de Nero.
Ap 19.6-10: A festa de casamento do Cordeiro No AT, Israel é retratado como a esposa do Senhor (geralmente uma esposa infiel). Assim, não nos surpreende a figura a noiva, neste texto. O mesmo vale para a figura das bodas. As pessoas esperavam que a vinda do Messias fosse celebrada com um grande banquete. João une as duas imagens ou figuras nesta bela descrição da festa de casamento do Cordeiro com os seus seguidores fiéis, a noiva, sendo que o lindo finíssimo de seu vestido são "os atos de justiça dos santos". Que alegria ser um convidado dessa festa de casamento!
»Ceia (9) Veja Mt 8.11; 22.2-9; 25.10; Lc 13.29; 14.15-17.
Ap 19.11-21: O cavaleiro montado no cavalo branco Neste momento, esperamos ver o Cordeiro, o Noivo. Em vez disso, vemos um Guerreiro. O nome pelo qual o conhecemos (e há coisas profundas relacionadas com seu caráter que não conseguimos perscrutar; v. 12) é "A Palavra de Deus" (13). Sua vitória é certa. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores: supremo. Aves de rapina são convocadas com antecedência para provarem uma ceia bem diferente do banquete do Cordeiro. A besta e o falso profeta (cap. 13; 16.13), que são dois capangas de Satanás, bem como os seus aliados são presos e destruídos. Esta é uma "guerra" sem armas, armaduras, nem batalhas, tamanho é o poder deste cavaleiro, Cristo.
»Um nome (12) Veja nota em 2.17.
»Sangue (13) Pode ser o sangue do Cristo crucificado, ou o sangue de seus inimigos. João pode estar se referindo a um deles, ou a ambos.
Ap 20: O milênio; a derrota de Satanás; o juízo final
A- O fato de milênio (Ap 20.4).
A palavra [milênio] é um termo latino que significa mil anos.
Veja mais detalhes sobre o milênio, aqui: O REINADO DE CRISTO NO MILÊNIO
Veja sobre o juízo, aqui: O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO
»Gogue e Magogue (8) Veja Ez 38.
»A cidade querida (9) A comunidade do povo de Deus, em contraste com a "grande cidade" de Babilônia.
Ap 21.1_22.5
O novo mundo de Deus A mote e tudo que é mau foram destruídos. Será que Deus vai renovar ou substituir o céu e a terra que aí estão?
O que João descreve é totalmente novo. A descrição é feita em termos, mas que outra descrição poderíamos estender?
A nova vida será um interminável dia de núpcias para o povo de Deus _ o tempo mais feliz e alegre que se possa imaginar. E não há nada que possa estragar isso: nenhuma tristeza; nenhuma dor; nenhuma despedida de entes querido; nenhuma escuridão. Pois Deus está sempre presente. Ele está próximo. Não há pecado nem tentação para abalar o perfeito relacionamento com Deus. Nenhuma culpa, e nem sinal de vergonha.
A noiva do cap. 19 aparece como cidade: a nova Jerusalém e seu povo. As melhores cidades do mundo não são nada comparadas com a glória e o esplendor desta cidade dourada, com suas dimensões perfeitas, seus alicerces adornados de pedras preciosas, suas muralhas resplandecentes de diamantes, suas portas de pérola. Essas portas estão sempre abertas. E a cidade não tem Templo, porque o próprio Deus está presente. Ali existe paz, liberdade segurança.
Do trono de Deus e pelo centro da cidade flui o rio da vida, cristalino. Nas margens do rio, a árvores da vida, que dá fruto todo o ano e cujas folhas servem para curar as nações. Tudo aponta para uma vida maravilhosa, sem fim. A noite já não existe. A luz perpétua do próprio Deus brilha sobre o seu povo que o adora.
»12.000 estádios (21.16) 2.400 km. Mas isso não deve ser interpretado literalmente. Trata-se de 12 x 1000 (veja as notas em 7.4 e 14.20). Na terra, os cristãos parecem  poucos e dispersos. Mas fazem parte de uma comunidade imensa - a cidade eterna de Deus.
»21.19-20 A lista de pedras preciosas lembra as pedras incrustadas no peitoral do sumo sacerdote, representando Israel.
»22.2 Como resultado da queda, a humanidade teve barrado o seu acesso à "árvore da vida" (Gn 3.22-24). Agora essa decisão é anulada. A humanidade, redimida, jamais voltará a abusar de sua liberdade.
Ap 22.6-21
Conclusão Tudo isso é verdade - o anjo assegura a João. "Ele vem em breve. Propague essas coisas". Então a visão do anjo termina, e o próprio Jesus passa a falar.
As afirmações finais são um tanto desarticuladas, mas cheias de vigor. João afirma a verdade do que acaba de escrever. No estilo mais severo daquela época, ele adverte os que são tentados a alterar a mensagem. Suas últimas palavras têm um senso de urgência. As coisas que descreveu aconteceriam em breve. A vinda da Cristo é iminente. Naquele momento, as atitudes das pessoas estarão fixas; não haverá mais possibilidade de mudança. No final, aqueles que não são salvos estarão perdidos; aqueles que não entram na vida eterna e na presença de Deus ficarão de fora para sempre.
Assim, "aquele que tem sede venha". Que "receba a água da vida" - de graça.

"E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.
E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite."
João, falando sobre a Nova Jerusalém

Apocalipse 21:23-25

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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11

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