COSTUMES BÍBLICOS: A Páscoa e a Última Ceia


A Páscoa e a Última Ceia

A Páscoa e a Última Ceia
De todas as festas judaicas, a Páscoa é a mais importante (veja "As grandes festas religiosas"). Oito dias sem fermento no pão, no bolo, em nada. Apenas matzá, isto é fatias achatadas e crocantes de pães asmos insossos, e tudo em memória da grande fuga do Egito, tão rápida que não houve tempo para deixar o pão caseiro crescer. Veja também "O êxodo do Egito"
Mas na Páscoa há certas compensações. Na primeira noite, a noite do Seder ("ordem" ou liturgia), a família estendida ou ampliada celebra a liberdade que Deus dá ao seu povo. É parecida com o Natal, com a diferença de que o Seder tem uma longa e antiga liturgia, acompanhada por vários rituais simbólicos importantes.
Deus instituiu um novo feriado para os hebreus: a Páscoa. A Páscoa, ou "passagem", deveria ser um festival anual para celebrar a noite em que o Senhor "passou" pelas casas dos israelitas, poupando os seus primogênitos.

Dentro de suas casas, cada família celebrava comendo uma refeição de cordeiro assado, ervas amargas e pão azímo. O cordeiro representava o que deveria ter sido morto, e seu sangue passado no batente da porta protegeria a família. As ervas amargas significavam a amargura da escravidão, e o pão azímo poderia ser feito rapidamente, porque a massa não precisa de tempo para crescer. Desta forma, o povo podia preparar-se para fugir a qualquer momento.
Comer o banquete da Páscoa vestido para viajar era um sinal de fé. Embora o povo ainda não fosse livre, ele estava pronto, pois Deus disse que iria guiá-lo para fora do Egito. A preparação do povo demonstrou sua crença na promessa de Deus.
Como você pode comemorar a obra de Deus em sua vida? Que dia especial você pode separar para celebrar a fidelidade do Senhor? Que símbolos refletiriam isso? Talvez, isso pudesse lembrar você e sua família de como Deus os trouxe para a sua presente situação na vida! 
Este foi, quase com certeza, o contexto em que Jesus instituiu a Santa Ceia.
Jesus se valeu dos rituais como um tipo de recurso áudio-visual, para que nos anos seguintes, quando celebrassem a Páscoa, seus discípulos entendessem o significado completo do que havia ocorrido naquela ocasião.
A liturgia (serviço de culto ou ritual, festa religiosa), que dura cerca de quatro horas e gira em torno de uma refeição formidável, está contida num livro chamado Hagadá ("a narrativa"), que relata a história de como os judeus foram libertados da escravidão no Egito e puderam partir rumo à terra prometida.
Hoje em dia, são colocados sobre a mesa os melhores talheres e louças, e são acesas as duas velas tradicionais. No lugar reservado ao pai, três pedaços quadrados de matzá ficam escondidos sob um pano de cetim. No centro fica o prato do Seder, contendo ervas amargas, e dois itens acrescentados após a época de Cristo: um ovo queimado, para simbolizar o grande Templo que foi destruído; e o osso do pernil de um cordeiro, a única lembrança do cordeiro cujo sangue foi usado para marcar as ombreiras das portas das casas dos filhos de Israel na última praga do Egito, para que o Anjo da Morte passasse por cima delas.
Toda grande festa é celebrada com vinho tinto, o símbolo da alegria, e na noite do Seder é obrigatório beber quatro cálices.
Após a bênção tradicional, o primeiro cálice é bebido e o caçula faz quatro perguntas, que basicamente se resumem a isto: "Por que esta noite é diferente de todas as outras noites?" No restante do ofício, como resposta àquelas perguntas, conta-se a história do êxodo. "Éramos escravos no Egito, e Deus ouviu nosso clamor, veio, e nos resgatou." Moisés nunca é mencionado.
Uma hora depois, aproximadamente, após a entoação dos Sl 113--114, conhecidos como o pequeno Hallel ("louvor"), e após um segundo cálice de vinho, quando eu já estava desmaiando de fome, chegava o momento temido.
Ervas amargas, geralmente pedaços generoso em harosset (mistura doce feita de nozes, maçã e vinho), são distribuídas e engolidas com alguns gemidos. Elas representados, que só se tornou tolerável pela doçura da esperança da terra prometida. Todos os presentes, diz a Hagadá, devem se sentir como se eles próprios tivessem sido escravos no Egito. Um convidado especial recebe essa iguaria em primeiro lugar. Jesus a ofereceu a Judas.
Os homens lavam suas mãos (esse provavelmente foi o momento em que Jesus lavou os pés dos discípulos), e finalmente chega a hora da refeição (cordeiro assado na época de Cristo, mas não hoje em dia). Dos três matzás aquele que fica no meio (ou afikomen) sempre foi um símbolo especial do cordeiro da Páscoa. Num momento inicial, o pai o quebra ao maio e , enquanto as crianças estão distraídas com a comida, o esconde. Logo depois da refeição, elas procuram até encontrá-lo e o vendem de volta ao pai, que o quebra e oferece um pedaço para cada convidado. Depois disso, não é mais permitido comer nada naquela noite.
Seria impossível não fazer a ligação com a instituição da Santa Ceia que Jesus fez no contexto da Páscoa. Especialmente com o fato de a refeição da Páscoa ser seguida pelo terceiro cálice, conhecido como "cálice da benção". "O cálice da benção que abençoamos é a comunhão do sangue de Cristo?", pergunta o apóstolo Paulo (1Co 10.16).
O ritual continua com muitos cânticos alegres, inclusive o grande Hallel (Sl 136), e termina com o quarto cálice, que é acompanhado por uma oração a Deus nestes termos: "envia a tua ira sobre as nações que te desprezam".
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Jesus também cantou e depois foi ao jardim do Getsêmani (Mt 26.30). "Afasta de mim este cálice", ele orou, antes de submeter-se ao suplício que se aproximava. Em outras palavras: "Eu sou o cordeiro da Páscoa partido por vocês, o sangue derramado por vocês. A ira de Deus será derramada sobre mim, para que vocês sejam verdadeiramente livres."
A Páscoa e a Festa dos Pães Asmos tornaram-se as celebrações mais importantes do ano para os israelitas. A Páscoa deles coincide com o que hoje celebramos como "Páscoa". Jesus tomou os alimentos da ceia da Páscoa e deu-lhes novo significado, que chamamos agora de "Ceia do Senhor".
A Páscoa era um lembrete anual para os israelitas de que Deus os havia libertado do Egito. Eles agradeceram ao Senhor por salvá-los da escravidão e da morte.
Da mesma forma, a Ceia do Senhor, e, particularmente, a Páscoa, é a celebração mais importante para os cristãos a cada ano. Ela lembra-nos de que Deus libertou-nos da escravidão e da morte. Jesus disse: "fazei isso em memória de mim" (Lc 22.19). Celebrar a Páscoa da maneira correta biblicamente, e a Ceia do Senhor ajuda-nos a lembrar.
A Ceia do Senhor é o nosso lembrete de Páscoa de que Deus libertou-nos do pecado e trouxe-nos para uma nova vida. Da próxima vez em que a celebrar, lembre-se de como Deus libertou você, da mesma maneira que libertou a Israel, e concentre-se em Sua promessa de uma vida com Ele. Também ponha em mente que ao participar do cálice da Ceia, você está internalizando a vida de Cristo e Sua Aliança de obediência aos Mandamentos do Deus de Israel. Foi isso que Cristo, com Sua morte, constituiu uma RESTAURAÇÃO" da Aliança que foi quebrada por causa do pecado. Fazendo uma "Nova Aliança" no Seu Testamento trazendo de volta os perdidos e pecadores arrependidos para Deus e Seus Mandamentos!

SACRIFÍCIO, a Morte de JESUS
É de valor eterno: Ap 22.14.
Foi planejado nos céus desde a eternidade: Gn 3.15; Jo 17; 2Ts 2.13; 1Pe 1.18-20.
Foi um holocausto divino e perfeito: Gn 22.12-14; Is 53.4-7, 10-12.
Foi uma oferta espontânea do Pai: Jo 3.16; 2Co 5.21.
Fez de Jesus Mediador de uma nova aliança: Mt 26.28.
SACRIFÍCIO DE CRISTO SACRIFÍCIO DE CRISTO, alguns resultados SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO
Agradável: Hb 13.20,21. Anula a culpa do pecador que o aceita: Rm 10.4; 4.5. Instrumento de mediação de uma nova aliança: Mt 26.28.
Inocente: Hb 9.14. Cura as enfermidades: Is 53.4,5. Oferecido por Deus: Jo 3.16; 2Co 5.21.
Perfeito: Hb 7.25. Paz e descanso: Rm 5.1. Planejado nos Céus: Gn 3.15; Jo 17; 2Ts 2.13.
Substitutivo: Hb 7.24-27. Perdoa e santifica: Rm 5.8,9; 1Jo 1.7. Prefigurado em Isaque e na Páscoa: Gn 22; Êx 12.
Voluntário: Hb 10.6-10. Reconcilia o homem com Deus: Rm 5.10. Possui valor eterno: Ap 22.14.
Redime a criatura perdida: Ef 1.7.
Salvação perfeita: At 16.31.
Suprimento permanente: Fp 4.19.
Vida espiritual abundante: Jo 10.10.

PÁSCOA JUDAICA EM CORINTO?

O apóstolo Paulo falou aos coríntios de uma maneira muito judaica: “Por Cristo, também a nossa Páscoa foi sacrificada. Portanto, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da maldade, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”. (1Co 5:7-8). Os coríntios realmente celebraram a Páscoa? Será que eles entenderam o que Paulo estava tentando dizer ao chamar Jesus de oferta pascal? A assembléia dos seguidores de Cristo em Corinto tinha muitos ex-pagãos, mas muitos eram tementes a Deus do Deus de Israel. Parece que eles sabiam sobre a Páscoa e seu significado. Caso contrário, as palavras do apóstolo não teriam sentido para eles.
Os crentes coríntios provavelmente estavam familiarizados com a história do Êxodo e entendiam como o sacrifício do Messias fornecia uma redenção semelhante à do Êxodo. As palavras do professor não tinham a intenção de incentivá-los a ir celebrar a Páscoa como outros judeus faziam de forma necessariamente literal (pelo menos esse não era o ponto!). Em vez disso, Paulo usou a Páscoa como um símbolo, como uma ilustração de como a pureza era uma preocupação séria e crucial que os coríntios negligenciavam.
Em um contexto mais amplo, Paulo disse a seus discípulos para expulsar aqueles que pecam continuamente do meio deles. Assim como os judeus removiam o fermento antes da Páscoa e misturavam um novo lote de massa sem fermentação para a festa, os coríntios deveriam procurar ser uma massa nova e sem fermento ou sem pecado. Eles devem limpar seu fermento e expulsar o pecado de suas reuniões. Na visão judaica de Paulo, participar de Cristo é como comer a oferta da Páscoa em Jerusalém. Isso pode ser feito apenas em pureza ou não ser feito de forma alguma.


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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11

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