A cidade de Corinto
A cidade antiga de Corinto ficava numa das mais importantes encruzilhadas da região do Mediterrâneo. Ficava num lugar estratégico no istmo de Corinto, que liga o continente grego ao Peloponeso.
Essa faixa estreita de terra separa o leste do Mediterrâneo do mar Adriático (e, por conseguinte, da Itália e da parte oeste do Mediterrâneo). Uma rota direta através dela evita uma viagem potencialmente perigosa ao redor do sul do Peloponeso e do cabo Malea. Uma estrada pavimentada foi construída por volta de 600 a.C. para ajudar a transportar cargas de um lado para o outro. (Bem mais tarde, quando o imperador romano Nero visitou a Grécia, em 67 d.C., ele deu início a um grande projeto de abrir um canal através do istmo, mas esse projeto não foi concluído naquela época.)
A cidade grega de Corinto foi destruída pelos romanos em 146 a.C. Ela ficou em ruínas durante o século seguinte, e a cidade vizinha de Sikyon assumiu a responsabilidade pelos Jogos Ístmicos. estes eram um dos quatro grandes jogos pan-helênicos em que os gregos podiam competir, sendo que os outros centros ficavam em Olímpia, Delfos e Nemea.
Em 44 a.C., a cidade foi reinaugurada por Júlio César como colônia romana. Foi-lhe dado um estilo romano através do uso da arquitetura romana, ao invés de grega, para a construção de seus prédios e espaços públicos.
A maior parte das inscrições públicas do primeiro século de vida da colônia está em latim ao invés de grego, refletindo a identidade cultural da cidade. Esses textos indicam a forma como, a exemplo do que ocorria em outras cidades romanas, indivíduos abastados expressavam sua generosidade, doando prédios e outras construções para o benefício da colônia.
Um exemplo bem conhecido foi a doação de uma praça ao lado do teatro, em meados do primeiro século d.C., feita por Erasto, um edil (magistrado romano) da cidade. Um homem com o mesmo nome, descrito como "tesoureiro da cidade", aparece na epístola de Paulo aos Romanos (16.23), escrita em Corinto.
Corinto continuou sendo uma cidade importante durante todo o período romano, com seus dois complexos portuários de Cencréia, no golfo Sarônico oriental, e Lequeo, no golfo de Corinto. Ela era o centro administrativo da província da Acaia, que abrangia o Peloponeso e a maior parte do Sul do continente grego.
Como resultado disso, a moda entre a elite social de outras cidades da província era exercer a magistratura em Corinto. Por exemplo, encontramos membros da família espartana de Euríclides assumindo papel de liderança e se tornando benfeitores da cidade de Corinto.
Sendo o centro de uma província romana, com facilidade de comunicação com o leste do Mediterrâneo e com a própria Itália, era natural que Corinto se tornasse foco do ministério de Paulo.
Esta escultura do Imperador romano Augusto, vestindo uma toga, vem de Corinto. Ela nos lembra quão romana era essa cidade cosmopolita. |
Em sua primeira visita, ele ficou 18 meses na cidade. Esta visita pode ser datada com razoável precisão, porque foi nesse período que Paulo foi levado perante Gálio, governador da Acaia. Há um registro sobre o governo de Gálio numa inscrição de Delfos que pode ser datada de 51 ou 52 d.C.
Paulo escreveu, no mínimo, duas cartas à igreja de Corinto, e sua Carta aos Romanos aparentemente foi escrita em Corinto, pois inclui saudações de membros da igreja coríntia. (Veja também: Problemas de natureza sexual na igreja de Corinto.)
Escavações realizadas por membros da Escola Americana de Estudos Clássicos revelaram indícios de uma variedade de práticas religiosas na cidade. Maiores detalhes a respeito dessas religiões nos vêm de inscrições e dos relatos de autores que escreveram no período romano.
O geógrafos Estrabão, que escreveu durante o reinado do Imperador Augusto, comentou que, na sua época, o templo de Afrodite, no Acrocorinto (um monte com mais de 500 m de altura, que se destaca na paisagem da cidade), não passava de uma modesta construção. As grandes construções do período helenista desapareceram quando os romanos saquearam a cidade.
Afrodite era uma divindade muito importante para Júlio César e seu filho adotivo, o Imperador Augusto, que alegavam serem descendentes da deusa Vênus, o nome romano de Afrodite.
Uma inscrição (foto ao lado) no calçamento de Corinto, feita originalmente com letras de bronze, dá conta de que a obra foi paga pelo magistrado da cidade que se chamava Erasto (ele estava honrando suas promessas na campanha eleitoral!). Paulo cita um tesoureiro da cidade com esse nome.
ameeeei me ajudou muito!obrigada,que o senhor Jesus lhe abençoe muito
ResponderExcluirAmém. Graciosa paz!
ExcluirMuito bom ter materiais com este nível disponível.
ResponderExcluirMuito obrigado
Obrigado. Que bom que gostou! Graciosa paz! Volte sempre.
ExcluirQue grande tristeza as cartas de Paulo Expressou essa cidade.
ResponderExcluirmuito bom pretendo continuar os estudos sobre a escrituras sagrada
ResponderExcluirQue bom que gostou!Graciosa paz!
ExcluirMuito proveitoso pois tira todas as dúvidas e esclarece muitos outros assuntos que eu não entendia! muito obrigado
ResponderExcluirQue bom que tenha gostado! Graciosa paz! Siga-nos para não perder as atualizações!
ExcluirTexto muito bom. Graças a Deus por mais essa fonte de conhecimento. Deus te dê muitas e muitas bênçãos por isso. Amém!
ResponderExcluirAGRADEÇO PELAS INFORMAÇÕES
ResponderExcluirGrata por sua visita! Que bom que gostou. Nos siga para não perder novos artigos! Graciosa paz :)
ExcluirBom ter esses comentários bíblicos com clareza e trazer mais luz aos nossos conhecimentos obrigado.
ResponderExcluirDe nada :) Graciosa paz!
ResponderExcluirExcelente conteúdo 👏👏👏
ResponderExcluirObrigado por sua leitura. Graciosa paz :)
Excluir