COSTUMES BÍBLICOS: Joel


Joel

Dia do Senhor
Yoel  יואל - Deus é El
O livro de Joel recebe seu título do personagem principal. Nada se sabe hoje a respeito do profeta Joel, exceto que era filho de Petuel. As referências ao templo encontradas ao longo do livro (Jl 1.8-10,13,14,; 2.17) geraram especulações de que ele talvez tenha sido sacerdote também.
Nome do filho mais velho de Samuel, o Profeta. Yoel ben Petuel foi um dos doze profetas menores cujas profecias estão registradas no Tanach em livros com seus nomes. O Livro de Joel é o segundo de doze. Muitas outras pessoas que levam esse nome são mencionadas na Bíblia, uma delas era um levita proeminente , chefe da família de Gershon, que com 130 companheiros levitas participou da procissão solene que acompanhava a Arca Sagrada em Jerusalém. Outro homem chamado Joel era um dos principais guerreiros de Davi. Joel ben Pedahya era governador de metade da tribo de Menashe, no lado oeste do Jordão. Várias tribos ( Shimeon, Gade, Issacar) tinha príncipes ou chefes que levavam o nome de Joel.
Não sabemos quase nada sobre este profeta, exceto o nome de seu pai (1.1). Além disso, a profecia contém alguns indícios da data em que foi escrita. Podemos estimar algumas datas - que variam entre o século 8 e 4 a.C., ou até mais tarde - mas o livro em si é atemporal.

Joel obviamente estava familiarizado com certos temas que também aparecem em Isaías, Amós e Ezequiel. Merece destaque o "Dia do Senhor", o dia em que Deus finalmente julgará o mundo e seu próprio povo. O que inspirou a mensagem do profeta foi uma terrível calamidade, uma praga de gafanhotos devoradores. As nuvens de gafanhotos taparam o sol e acabaram com o alimento, e o profeta viu nelas as trevas e o sofrimento que caracterizarão aquele Dia. Ele chamou o povo ao arrependimento, pois Deus ainda amava o seu povo e queria resgatá-lo e restaurá-lo.
Jl 1: Gafanhotos devastam a terra - Uma praga de gafanhotos como a que Joel descreve de forma tão nítida não é fenômeno incomum na região de Jerusalém, havendo registro de fenômeno semelhante nos últimos 100 anos. As nuvens de milhões e milhões de gafanhotos são trazidas para a Palestina pelo vento que sopra da região da Arábia.
Um gafanhoto passa rapidamente de larva para estado de adulto alado (4), e em cada fase seu apetite é insaciável. É pior que um exército invasor: quando chega e passa, não fica nada de verde para trás (6-12). Na situação descrita por Joel, não havia restado nada que pudesse ser oferecido a Deus em sacrifício (,13), ou tão pouco que o povo usava o que tinha para não morrer de fome. Para Joel, a praga de gafanhotos era um sinal, uma prefiguração do terrível Dia do Senhor, o iminente dia do juízo de Deus (15). Joel pediu que decretasse um dia nacional de oração (14).
Jl 2.1-11: Deus julgará o seu povo -
O que ficou da lagarta,
o gafanhoto o comeu,
 e o que ficou do gafanhoto,
 a locusta o comeu, e o que
 ficou da locusta,
 o pulgão o comeu.
Joel 1:4
O exército de gafanhotos se torna um retrato do exército invasor de Deus no dia do juízo: uma nuvem escura de insetos cobrindo o céu (2); um "deserto assolado" que fica para trás (3); sua marcha progressiva, inexorável e totalmente irresistível (4-9). O juízo de Deus seria assim. Quem poderia suportá-lo (11)?
Jl 2.12-17: Um chamado ao arrependimento - A boa notícia é que ninguém precisa passar pelo juízo de Deus. Ele ainda chama o povo a voltar para Deus e clamar por misericórdia (13-17).
Jl 2.18-32: A promessa do Espírito - Cheio de amor e compaixão, Deus promete devolver em abundância aquilo que os gafanhotos levaram. Ele livraria a terra dos gafanhotos que enviou contra ela (25).
Em sua misericórdia,
Deus restaura a fertilidade à terra. "Vou lhes dar cereais,
vinho e azeite" (Jl 2.19).
 A prensa de olivas voltaria a funcionar.

Além disso, Deus prometeu um grande derramamento do seu Espírito, não somente sobre sacerdotes e profetas, mas sobre as pessoas simples, independentemente de sexo, idade ou nível social (28-32). Em At 2.16-21, Pedro, dirigindo-se a uma multidão de judeus de "todas as nações do mundo" que estava em Jerusalém, anunciou que esta profecia de Joel estava sendo cumprida.
» Do Norte (20) As nuvens de gafanhotos geralmente chegam à Palestina a partir do sul ou do leste. Mas a ameaça militar vinha do norte. Assim, o invasor do norte deve indicar um inimigo hostil, e não a origem dos gafanhotos.
Jl 3.1-21: Deus julga as nações - As nações serão castigadas por tudo que fizeram ao povo de deus (3.2-8). Multidões serão reunidas para serem julgadas por Deus. Ali ele decidirá o destino delas (14).
Então Deus fará sua morada numa cidade e entre um povo santificado; e toda a terra terá participação nesta abundante bênção (16-18).
» Tiro, Sidom, Filístia (4) Veja Ez 25--28. Artaxerxes III vendeu os sidônios como escravos em 345 a.C., e, em 332 a.C., Alexandre Magno vendeu o povo de Tiro e os moradores da cidade filistéia de Gaza como escravos.
» Sabeus (8) Famosos comerciantes árabes.
» V. 10 Joel inverte as famosas palavras de Isaías (Is 2.4).
» V. 12 Algumas versões (ARA, NTLH) dizem "Josafá", que significa "o Senhor julga". Isto explica as traduções alternativas, "vale do Julgamento", "vale da Decisão".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar! Fica na paz!
E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11

Postagem em destaque

A estranha bênção de Jacó para seu filho Dã

Há um texto intrigante e enigmático sobre Dan na Torá. Na bênção final de Jacó sobre seus filhos em Gênesis 49, Dã é comparado a uma “serpen...