COSTUMES BÍBLICOS: Histórias da Criação


Histórias da Criação


HISTÓRIAS DA CRIAÇÃO 
Como o mundo começou? Esta é uma pergunta que a maioria das pessoas faz. E muitos povos em diferentes partes do mundo têm suas próprias histórias de criação, contadas e recontadas ao longo dos anos, na tentativa de dar uma resposta. Significa isto que as histórias do Gênesis são apenas mais uma versão, adaptada às crenças dos hebreus?

Fonte comum a todas 
Em Gn 1-2 temos um relato mais amplo da criação dos céus e da terra, seguido de uma descrição mais detalhada da criação do ser humano. Estes relatos têm vários pontos em comum com outras histórias da criação do cosmos e do homem:
•uma divindade pré-existente;
•a criação como resultado de uma ordem divina;
•o ser humano como o ponto alto da criação, formado do pó da terra como se molda um     vaso, mas também de certa forma um reflexo da divindade.
Quase todas as religiões politeístas têm árvores genealógicas de seus deuses, sendo que estes podem fazer parte de suas histórias de criação. Um casal original ou até mesmo um só deus que se criou a si mesmo e se auto-propagou chefia a família divina, cujos membros representam ou controlam elementos ou forças naturais.
Na visão de alguns povos, o universo físico ou um elemento fundamental como a água ou a terra sempre existiu, e os deuses tiveram sua origem a partir disso. Para outros, o universo é obra de um deus ou deuses. Estes são conceitos simples, baseados em observação e lógica elementar. Por exemplo, o conceito do ser humano como "pó" pode ser facilmente deduzido do ciclo de morte e corrupção.
Entretanto, idéias  comuns não derivam necessariamente de uma fonte comum. É enganoso reduzir histórias diferentes trazidas das várias partes do mundo aos fatores que têm em comum para afirmar que todas têm uma fonte comum. É improvável que todas essas diferentes histórias, ou uma grande parte delas, tenham uma fonte única.
Muito antes de histórias como aquelas
nos primeiros capítulos de Gênesis serem
registradas por escrito elas eram contadas
e recontadas ao redor de fogueiras nos 
acampamentos de povos nômades e no
seio das famílias.

Gênesis e outros relatos do antigo Oriente Próximo 
É mais interessante, e mais correto, colocar o relato do Gênesis ao lado de outros relatos do antigo Oriente Próximo, que é o mundo do AT. Ao fazermos isso, notamos que são poucas as antigas histórias de criação que têm mais do que um ou dois conceitos básicos em comum, como a separação entre céus e terra e a criação do homem a partir do barro.
Porém as histórias dos babilônios têm algumas notáveis semelhanças com o relato hebraico. Desde que o primeiro dos relatos babilônicos foi traduzido para línguas modernas, ao longo do último século, afirmava-se, com frequência, que os relatos babilônicos eram a fonte mais remota da crença dos hebreus. Todavia, recentemente, com a descoberta de mais texto e a reavaliação dos mais antigos, ficou claro que muitas das supostas semelhanças são, de fato, aparentes ou ilusórias. Por exemplo, não existe qualquer relação entre os sete dias da criação no Gênesis e o fato de a história babilônica da criação aparecer em sete tabuinhas de argila. A segmentação da história dos babilônios não tem nada a ver com o seu conteúdo ou com fases ou estágios no poema em si.
Essas semelhanças quanto aos fatos mencionados servem apenas para enfatizar a vasta diferença de perspectiva moral e espiritual entre o Gênesis bíblico e as narrativas análogas que mais se aproximam dele. Não se pode afirmar, como alguns o fazem, que o Gênesis foi derivado dessas histórias. As diferenças de ponto de vista e de conteúdo são, na verdade, tão acentuadas que ajudam a destacar o caráter de "revelação" do Gênesis, que o distingue tão claramente de narrativas folclóricas.

Nesta tabuinha de argila(abaixo) está inscrita uma parte do relato babilônico da criação. Foi copiado por volta do século 7 a.C., mas se baseia em outras histórias que remontam ao terceiro milênio a.C.

      

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Filipenses 1:9-11

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