COSTUMES BÍBLICOS: Estudando Jeremias caps. 37 ao 52 Página "D"


Estudando Jeremias caps. 37 ao 52 Página "D"

Estudando o Livro do Profeta JEREMIAS
Caps. 37 ao 52
Jr 37--38: Jeremias é preso
O rei era Zedequias, o ano era 588 a.C., e Jerusalém estava temporariamente livre do cerco dos babilônios (37.5). Jeremias aconselha a rendição a um inimigo do qual não poderiam escapar (37.8-10; 38.2), e isto lhe causa ainda maiores problemas. Ao sair para inspecionar sua propriedade em Anatote (32.6-15), ele foi preso, sob a acusação de ser desertor, espancado e trancafiado numa cela subterrânea. Um apelo ao rei, que estava ansioso por conhecer a palavra de Deus (37.3,17; 38.14) - embora não tivesse a fé e a coragem para colocá-la em prática - resultou em sua transferência para o pátio do palácio. No entanto, ele continuou fortemente vigiado, recebendo uma ração diária de pão enquanto durasse o estoque (37.21). A transferência seguinte foi para o poço cheio de lama que havia no pátio da guarda, onde Jeremias teria morrido, não fosse Ebede-Meleque interceder por ele junto ao rei (38.8-13).
Jr 39.1--40.6: Jerusalém é tomada
Veja também o cap. 52; 2Rs 25; 2Cr 36. A terrível visão de Jeremias (38.22-23) se tornou realidade (39.6-8). As advertências de Deus finalmente deram lugar ao juízo (39.1-10). Mas mesmo em meio a isso, Deus não perde de vista os indivíduos. A vida de Ebede-Meleque foi salva (39.15-18). E o rei babilônio teve consideração pela vida do profeta (39.11-12). Assim, Jeremias foi o único que pôde determinar o seu próprio futuro (40.1-5). Mesmo com a oferta de um lugar de honra na corte babilônica, ele preferiu ficar com os pobres que foram deixados para trás na terra de Judá.
Ribla (39.5) A base de Nabucodonosor era uma cidade ao sul de Hamate, na Síria.
Gedalias (39.14) Ele era filho daquele homem que anteriormente salvara a vida de Jeremias (26.24). A família deve ter apoiado a posição aparentemente pró-babilônica de Jeremias e, portanto, ganhou o favor de Nabucodonosor e seus oficiais.
Mispa (40.6) Cidade que ficava alguns quilômetros ao norte de Jerusalém; lugar da assembléia nacional na época de Samuel.
Jr 40.7--41.18: O governador é assassinado
Os caps. 40--44 dão destaque aos que ficaram para trás quando o restante foi levado ao exílio. Gedalias começou bem a sua atividade de governador. Com Jerusalém em ruínas, ele colocou a sede do governo em Mispa, 8 km a noroeste. Aqueles que escaparam do exército invasor, refugiando-se em países vizinhos, retornaram e tiveram uma boa colheita, após os dias de fome durante a ocupação. Mas três meses depois, Gedalias, ignorando advertências, foi assassinado por um matador contratado pelo rei de Amom. Temendo represálias da Babilônia, o povo preparou-se para fugir o Egito.
41.5 Eles vinham da região central do reino do Norte, Israel, cuja capital era Samaria. Siló e Siquém eram centros de adoração.
Asa/Baasa (41.9) Veja 1Rs 15.16-24.
As grandes águas que há em Gibeão (41.12) Local já havia ocorrido uma traição (veja 2Sm 2.12-17. Gibeão ficava 8 km a noroeste de Jerusalém. Aquela represa ou grande poço para coletar água tinha 11,3 m de largura e 10.6 m de profundidade.
Jr 42.1--43.7: A fuga para o Egito
Apesar da vontade declarada do povo de obedecer à palavra de Deus (42.5), quando veio a mensagem para que ficasse na terra de Israel, eles desobedeceram. O Egito parecia mais seguro. Eles levaram consigo Jeremias e Baruque. E, como Deus disse (42.15-16), no momento oportuno p longo braço de Nabucodonosor, rei da Babilônia, alcançou o Egito (568 a.C.). De acordo com o historiador Josefo, havia judeus entre os cativos que o rei levou consigo.
43.3 É óbvio que Baruque, o secretário de Jeremias (32.12; caps. 36; 45), já havia advertido o povo contra a ida ao Egito. 

As nações que castigaram o povo de Deus seriam também castigadas. Esta é a mensagem do profeta.
Tafnes (43.7) Veja 2.16
Jr 43.8--44.30: Um apelo vindo do Egito
Levado ao Egito contra a sua vontade, Jeremias encenou sua última parábola de que temos registro (43.8-13). A mensagem era a mesma que a de 42.15-22. Apesar de tudo que acontecera como resultado da traição a Deus, o povo ainda se recusava a ouvir. Eles passariam a adorar a "Rainha dos Céus" (44.17-19; veja 7.18), e tudo voltaria ao normal!
Depois disto, não mais se ouve falar de Jeremias. Segundo a tradição, ele teria sido apedrejado e morto no Egito.
Pavimento (43.9, ARA) Arqueólogos descobriram uma grande área pavimentada com tijolos naquele local.
Heliópolis (43.13) Veja Is 19.18.
Hofra (44.30) Este Faraó (589-570 a.C.) ajudou Jerusalém na luta contra os babilônios, em 588, mas depois se afastou. Em 569, foi deposto numa revolta. Ele morreu tentando voltar ao trono, em 566.
Jr 45: Baruque
Este breve capítulo está relacionado com o cap. 36, que trata da composição do rol, em 605 a.C. Baruque também foi atingido, ainda que em parte, pelas aflições que sobrevieram a Jeremias. Ele recebeu a promessa de que escaparia do massacre futuro quando Deus iria demolir o que havia construído e arrancar o que havia plantado (uma promessa semelhante àquela feita a Ebede-Meleque, 39.15-18). Isto era suficiente. E a promessa se cumpriu em 43.5-6.
Jr 46--51 Profecia contra as nações
Para Jeremias, e Isaías antes dele, Deus tem controle sobre todo o mundo e tudo que se passa nele. Deus combate o mal, onde quer que este se encontre. Estes capítulos, por mais terríveis que sejam,, contêm alguns dos mais belos trechos poéticos do livro. Eles ampliam a parte final do cap. 25. Profecias contra as nações, semelhantes às de Jeremias, se encontram em Is 13--23 e Ez 25--32.
Jr 46.1-26: Egito
Os vs. 1-12 descreveram a vitória de Nabucodonosor, da Babilônia, sobre o Faraó Neco, em Carquemis, em 605. Os vs. 13-26 prevêem a invasão do Egito por Nabucodonosor (que aconteceu em 568). Veja também Is 19--20; Ez 29--32.
V. 9 Estes eram mercenários: do Sudão (Etiópia) e da Líbia (Pute). Lude/Lídia deve referir-se a um lugar no norte da África, e não à Lídia que fica no centro-oeste da Turquia.
Remédios (11) Veja 8.22.
V. 14 Havia colônias judaicas nestas cidades no sul do Egito.
Touro (15, ARA) Ápis, o touro sagrado dos egípcios. Deus derrubou os deuses do Egito.
Jr 46.27-28: "Não tenham medo"
Estes versículos confirmam ao povo de Deus que seriam resgatados e voltariam ao lar. Deus seria justo no castigo que daria pelos pecados deles.
Jr 47: Filisteus
Veja também Is 14.28-32. Os filisteus ocupavam o litoral sul de Canaã desde o século 12, e estavam em constante guerra contra os israelitas (veja "Cananeus e filisteus"). O Faraó Neco controlava a cidade de Gaza na época da sua marcha para o norte, em 609 a.C., mas a cidade mudou várias vezes de dono. A catástrofe que se abateria sobre os filisteus viria do Norte, ou seja, através dos babilônios. Tudo indica que Nabucodonosor destruiu as cidades dos filisteus quando subjugou o reino de Judá em 587. Outras profecias: Ez 25.15-17; Am 1.6-8; Sf 2.4-7; Zc 9.5-7.
Caza, Asquelom (1,5) Cidades dos filisteus.
Caftor (4 ARA) Creta, a ilha da qual vieram os filisteus.
Jr 48: Moabe
Veja Is 15--16. Os moabitas ocupavam o planalto a leste do mar Morto. Moabe, e os vizinhos Amom e Edom, aparentemente se aliaram com Judá na rebelião contra Nabucodonosor (27.1-3). Tudo indicava que ele atacou esses reinos também quando atacou Judá. Outras profecias: Ez 25.8-11; Am 2.1-3; Sf 2.8-11.
Nebo (1) A cidade, não o monte.
Quemos (7,13)O principal deus moabita. Betel foi o santuário estabelecido no reino do Norte, Israel, para competir com Jerusalém.
Arnom (20) Rio fronteiriço entre Moabe e Amom, ao norte.
Dibom (22) Esta cidade, a leste do mar Morto em um pouco ao norte do rio Arnom, havia sido tomada por Israel no início, mas depois mudou de novo várias vezes. Na época de Jeremias, fazia parte de Moabe.
Quir-Heres (31) A primeira capital de Moabe, 20 km a leste do mar Morto; atual Kerak, na Jordânia.
V. 37 Sinal de tristeza e luto.
Jr 49.1-6: Amom 
Veja em Moabe acima; também Ez 25.1-7. Os amontais eram velhos inimigos de Israel. Davi livrou-se de Urias durante um cerco da capital, Rabá-Amom, atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas foram condenados por terem anexado território israelita, mas futuramente Deus mudaria a sorte deles.
Milcom/Moloque (1) O deus dos amonitas. Para o território de Gade, veja Js 13.24-28. Esse território foi ocupado, em diferentes ocasiões, pelos moabitas (na época de Jeremias) e pelos assírios.
Jr 49.7-22: Edom
Outras profecias: Is 21.11-12; Obadias (que parece ter emprestado algumas passagens de Jeremias). O juízo sobre Edom seria definitivo (veja Is 34).
V. 18 Veja Gn 19.
Floresta jordânica (19, ARA) Veja comentário sobre 12.5.
Jr 59.23-27: Damasco
Veja também Is 17.1-3; Am 1.3-5; Zc 9.1. Os assírios tomaram a cidade em 732 a.C., na época de de Isaías. Ela sofreu mais nos séculos seguintes.
Hamate, Arpade (23) Hamã, na Síria; e uma cidade um pouco ao norte de Alepo.
Ben-Hadade (27) Nome ou título de vários reis sírios.
Jr 49.28-33: Quedar
Quedar, um povo que descendia de Ismael, filho de Abraão, era uma tribo nômade do deserto da Arábia. Nabucodonosor destruiu essas tribos em 599.
Hazor (30) Provavelmente assentamentos de nômades; não se trata da cidade ao norte da Galiléia.
Jr 49.34-39: Elão
Jeremias recebeu esta mensagem em 597. Um ano depois, o Elão foi atacado por Nabucodonosor. O país ficava a leste da Babilônia, do outro lado do rio Tigre. A capital, Susã, é mencionada em Ne 1.1; Et 1.2; Dn 8.2. Era a capital de inverno do Império Persa.
Jr 50--51: Babilônia
Veja Is 13--14; 46-47. As ruínas da Babilônia, capital do império na época de Jeremias, o grande orgulho e alegria de Nabucodonosor, ficam no deserto a 90 km ao sul da atual Bagdá. A impressionante profecia de Jeremias foi enviada com a declaração que foi á Babilônia no quarto ano do reinado de Zedequias, seis anos antes da queda de Jerusalém. Ela foi lida em público e depois afundada no rio Eufrates, como a própria Babilônia afundaria diante de seu conquistador (51.59-64). Os medos (51.11) invadiriam a Babilônia a partir do norte. O povo de Deus foi avisado com antecedência para ficarem fora de perigo quando isso acontecesse.
Ciro, á trente de um exército de medos e persas, conquistou a Babilônia em 539. Em 482 a.C. a cidade foi destuída por Xerxes I.
Deus havia se valido da Babilônia (a exemplo da Assíria, em data anterior) para castigar o seu povo, mas o orgulho e o pecado dessa cidade clamavam por juízo. Deus declara que os saqueadores seriam saqueados (50.10) e que a marreta seria quebrada em pedaços (50.23). O mal não pode ser ingnorado; o juízo certamente virá.
Bel, Merodaque/Marduque (50.2) Deuses babilônicos.
50.21 Há um jogo de palavras com os nomes Merataim e Pecode (veja NTLH), duas tribos babilônicas.
A vingança do seu templo (50.28; 51.11) É possível que este detalhe tenha sido acrescentado após a destruição de 587 a.C.
51.27 Araraate fica no leste da Turquia; Mini, no nordeste do Irã; Asquenaz, na mesma região. Todos foram subjugados pelos medos.
Seu mar (51.36) A prosperiade e a segurança da Babilônia dependiam do seu elaboardor sistema de canais e lagos.
Seraías (51.59) Irmão de Baruque, o secretário de Jeremias (32.12)
Até que as palavras de Jeremias (64) O cap. 52 é um acréscimo.
Jr 52:
"Pós-escrito" histórico
Este capítulo completa o relato de Jr 39 sobre a queda de Jerusalém, a destruição do Templo e a deportação do povo. É quase idêntico à história em 2Rs 25 (veja comentario ali).
Vs. 28-30 Os cativos foram depositados em 597, 587 e 581 a.C. 2Rs 36 diz que 10.000 foram levados; 2Cr 36 diz que todos os sobreviventes foram levados.
V. 31 Quando o filho de Nabucodonosor (562-560) se tornou rei da Babilônia, as coisas melhoraram para Joaquim, sinal de novas esperanças para a nação.

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