COSTUMES BÍBLICOS: Os gregos


Os gregos

O Parthenon, em Atenas, foi uma das
maravilhas do mundo antigo.
Os gregos
Desde a época dos últimos reis de Israel, o mundo do AT foi dominado por uma sucessão de grandes potências e impérios: os assírios, que conquistaram Israel, o reino do Norte; os babilônios, que destruíram Jerusalém e levaram o povo ao exílio; os persas, que permitiram o retorno dos judeus à sua pátria.
Mas no período que vai das últimas histórias do AT ao nascimento de Jesus, a potência dominante era a Grécia, e a influência grega foi mais ampla e duradoura que qualquer outra até então. Muitos dos livros deuterocanônicos, inclusive as histórias dos macabeus, que conseguiram a independência dos judeus por um breve momento, pertencem a este período: a era helenista (de hellas, antigo nome da Grécia).
A era "dourada" ou clássica da Grécia começou por volta de 480 a.C. A cidade-estado de Atenas era, na época, um modelo de democracia, com todos os cidadãos envolvidos em seus assuntos. Mas terríveis guerras locais dividiram o país e os gregos tiveram que lutar muito para manter os persas afastados.

Alexandre, o Grande

Alexandre deixou a sua marca,
não apenas nas moedas gregas,
mas em todo o mundo antigo,
chegando, no Oriente, até as
fronteiras do Índia.
Em 338, Filipe da Macedônia passou a ter o controle de toda a Grécia. Ao ser assassinado, ele foi sucedido por Alexandre, seu filho de 20 anos. Este derrotou os persas em 334. Depois, conquistou a Síria e o Egito (fundando a cidade de Alexandria), e, de vitória em vitória, chegou até à margem do rio Indo, onde, segundo se diz, chorou porque não havia mais mundos a serem conquistados.
Alexandre foi mais do que um lendário general. Seu tutor havia sido o famoso filósofo grego Aristóteles. E Alexandre tinha o desejo, não apenas de conquistar territórios, mas de difundir as ideias gregas e a cultura grega por onde passasse.
Ele tinha apenas 32 anos quando morreu (em 323 a.C.). Seus generais dividiram o Império entre si, dando continuidade ao processo de difusão da língua e da civilização grega que Alexandre havia começado. Ptolomeu ficou com o Egito. Seleuco e seus descendentes governaram o Oriente, tendo sua capital em Antioquia da Síria. A Palestina ficava no caminho das marchas e contramarchas dessas duas potências.

A difusão da cultura grega

Embora a civilização grega tivesse chegado ao seu apogeu antes do tempo de Alexandre, foi durante a era helenista, após a morte de Alexandre, que a influência grega mais se fez sentir nas terras bíblicas.
O grego se tornou a principal língua falada e também a língua de contato usada no comércio, na educação e na literatura. A arquitetura grega mudou o panorama de muitas cidades. Ginásios, teatros e estádios no estilo grego foram construídos por toda a parte.
Em Alexandria, no Egito, o AT foi traduzido ao grego (a "Septuaginta"), para atender a grande colônia de judeus de fala grega que morava na cidade.
Filipos foi uma cidade importante do
Império Romano. Em Filipos encontram-se
 as ruínas de uma das Sete Igrejas do Apocalipse.
O NT foi escrito em grego, e não no aramaico da Palestina (a língua diplomática usada, anteriormente, no Império persa), tampouco no latim do Império romano (embora alguns rascunhos de partes dos Evangelhos possam ter sido escritos em aramaico ou hebraico). (Veja mais sobre o ARAMAICO)
A partir de 167 a.C., os romanos começaram a conquistar antigas cidades e reinos gregos. Mas a língua e a influência grega permaneceram.
Escravos gregos foram levados às casas romanas, sendo alguns médicos, professores ou contadores. Os romanos adotaram muitas formas gregas de pensar. Aprenderam a falar grego. Os antigos deuses romanos foram equiparados ao sistema grego, e os deuses gregos receberam nomes romanos: Zeus se tornou Júpiter, Possêidon se tornou Netuno; Ares se tornou Marte; Ártemis se tornou Diana.

A influência grega na Palestina

Os costumes e as ideias dos gregos eram parte importante da vida e da cultura da Palestina na época do NT.
Do outro lado do lago, a sudeste da Galileia, havia uma federação de dez cidades livres ("Decápolis") que seguiam os padrões gregos. Jesus foi ensinar ali. Entre essas cidades estavam Citópolis (atual Bete-Seã), onde arqueólogos conseguiram desenterrar as ruínas da cidade clássica com seu teatro, ginásio e templos. Recentemente arqueólogos também passaram a fazer escavações em Séforis, importante cidade helenista a alguns quilômetros de Nazaré (veja "JESUS E AS CIDADES").
Veja também:

GOVERNO ROMANO, cultura grega,

A CIDADE DE ATENAS,

A CIDADE DE CORINTO,

A CIDADE DE ÉFESO.

Mapa - Império de Alexandre, O Grande. 336-323 a.C.

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Filipenses 1:9-11

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