COSTUMES BÍBLICOS: HERODES - OS ASSASSINATOS DO HOMEM MAIS SANGUINÁRIO DA HISTÓRIA


HERODES - OS ASSASSINATOS DO HOMEM MAIS SANGUINÁRIO DA HISTÓRIA

Herodes era um louco que assassinou sua família
e muitos rabinos, mas também
foi o maior construtor da história judaica.
OS ASSASSINATOS DE UM DOS HOMENS MAIS SANGUINÁRIOS DA HISTÓRIA
Sem exagero, pode-se afirmar que Herodes foi um dos homens mais sanguinários da história, como conclui o seguinte e rápido resumo:
No ano 37 a.C., assim que ele conquistou Jerusalém com a ajuda das legiões romanas, mandou matar 45 partidários de seu rival, o asmoneu Antígono, e muitos membros do Sinédrio.
Em 35 a.C., ordenou que afogassem em uma piscina de Jericó o seu cunhado Aristóbulo, a quem pouco antes designara como sacerdote (ainda que o cunhado só tivesse 16 anos). Aristóbulo era irmão da mulher predileta de Herodes, Mariamne.
Em 34 a.C., mandou matar  José, seu tio e esposo de sua irmã Salomé.
Em 29 a.C., cometeu seu delito mais trágico, quando, como consequência de simples calúnia urdida na corte, mandou matar sua mulher Mariamne, por quem estava loucamente apaixonado. Assim que a sentença foi executada, Herodes esteve a ponto de enlouquecer de dor e ordenou aos criados do palácio que chamassem a morta em alta voz, como se ela vivesse ainda. Pouco meses depois, mandou matar sua sogra Alexandra, mãe de Mariamne.



Por volta do ano 25 a.C., ordenou a morte de seu cunhado Costobar, novo esposo de sua irmã Salomé, é também a morte de alguns partidários asmoneus.
Mariamne dera a Herodes vários filhos, a quem ele queria muito bem, porque as crianças faziam-no lembrar da mãe deles. Dois deles, Alexandre e Aristóbulo, foram enviados por Herodes a Roma para serem educados ali, e encontraram benévola acolhida na corte de Augusto. Mas, quando voltaram a Jerusalém, Herodes mandou matá-los, mesmo tendo Augusto feito o possível para evitar essa atrocidade. Foi por causa disso que Augusto pronunciou uma frase que passou para a história, quando disse que valia muito mais ser porco de Herodes do que filho dele. Na verdade, Herodes, como judaizado, não podia comer carne de porco, e não os matava, enquanto, em contrapartida, matava seus próprios filhos.
Depois de ter mandado matar Alexandre e Aristóbulo, Herodes ordenou também o assassinato de trezentos oficiais acusados de serem partidários dos dois jovens, entregando-os à ira do povo.
No ano 4 a.C., cinco dias antes de sua morte, Herodes mandou matar o seu primogênito, Antípater, a quem havia designado como herdeiro do trono. Essa morte o satisfez tanto que, mesmo encontrado-se em desesperadas condições de saúde, por causa dessa execução pareceu que melhorou e se recuperou prontamente.
Já estando a ponto de morrer, quis concluir sua vida com um ato que seria um digno resumo dos anteriores. Ele sabia que sua morte havia de produzir um vivo júbilo entre seus vassalos e desejava, porém, ser conduzido à tumba entre copiosas lágrimas. Com tal objetivo, convocou em Jericó, onde estava enfermo, muitos judeus ilustres de todos os grupos religiosos do reino, e quando eles estavam ali reunidos, Herodes ordenou que fossem presos e colocados no hipódromo, recomendando com insistência a seus familiares que todos aqueles homens fossem degolados depois de sua morte dentro do próprio hipódromo. Desta forma, as lágrimas que ele ansiava para seu funeral seriam abundantemente vertidas pelas famílias dos assassinados.
Certo é que alguns eruditos modernos têm refutado este fato, mas a sua exatidão é confirmada pela correspondência do heroísmo daquele homem, inigualável em matéria de crueldade durante toda a sua vida, com o daquele ato reservado para ser cumprido depois de sua morte.
Por outro lado, muito pouco antes de morrer, Herodes havia mandado degolar, na vizinha Belém, algumas dezenas de crianças de dois anos para baixo, entre as quais acreditava estar uma que trazia a acostumada ameaça ao seu trono. Este fato, muito em consonância também com o seu caráter, só foi relatado por Mateus (2.16), enquanto Flávio Josefo, biógrafo de Herodes, não disse nada a respeito dele, não obstante tal silêncio é perfeitamente explicável.
Se o biógrafo encontrou nos textos consultados algumas notícias da matança de Belém (o que não nos consta), será que ele haveria de ocupar-se relatando uma imolação obscuras vítimas, filhos de pobres pastores, quando via a vida de seu biografado abundante em imolações muito mais significativas e com vítimas muito mais ilustres? Na realidade, Mateus e Flávio Josefo, do ponto de vista psicológico, concordam admiravelmente; e, do ponto de vista dos fatos, completam-se reciprocamente.

AS MULHERES E OS FILHOS DE HERODES

Se Herodes tinha se mostrado orgulhoso de seguir as marcas de Salomão, reedificando o Templo de Jerusalém, também seguiu seu exemplo de poligamia. Consta que Herodes, o Grande, teve dez mulheres, que viveram simultaneamente com ele. Delas, teve oito filhos e seis filhas. Entre sua irmã Salomé, a quem era sumamente apegado, e os dois filhos que teve de Mariamne surgiram terríveis dissenções, que só terminaram com a morte dos dois jovens Alexandre e Aristóbulo, conforme já relatamos anteriormente.

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