COSTUMES BÍBLICOS: CANTARES - Canções de Amor


CANTARES - Canções de Amor

Cantares é uma canção de amor semelhante, em muitos aspectos, a outras canções de amor do mundo antigo. Embora o assunto do cântico pareça estar fora de sintonia com o material religioso encontrado no restante da Escritura, ele desempenha função importante na literatura sapiencial hebraica. O livro ensina às pessoas como fazer escolhas sábias na vida terrena.
A capacidade de tomar decisões corretas no âmbito do amor romântico diz respeito a cada indivíduo pertencente ao povo de Deus, seja ele casado ou solteiro.
Talvez, o maior benefício que o cristão possa obter com o estudo de Cantares seja a lembrança de que o amor é um dom de Deus e deve ser apreciado como tal. Aquilo que Deus criou e considerou bom (Gn 1.31) deve ser apreciado no contexto do matrimônio. Apresentação positiva do relacionamento amoroso em Cantares faz o equilíbrio necessário com as proibições à expressão sexual ilícita vistas no restante da Escritura. Essa canção declara a força do verdadeiro amor, essencial ao casamento biblicamente correto.
Muitas pessoas surpreendem-se ao encontrar textos eróticos tão explícitos na Bíblia. Os casais não se envergonham de desfrutar o amor um do outro. Contudo, embora sensuais, os textos não são de mau gosto. Cantares ensina que o amor, o romance, o sexo e o casamento foram criados por Deus para serem desfrutados dentro do casamento entre um homem e uma mulher. Nesse sentido, Cantares serve como modelo para relacionamentos conjugais de todo o povo de Deus.

AUTOR

O título do livro, Cânticos dos Cânticos de Salomão (Ct 1.1 NVI), parece identificar o rei Salomão como autor. Ele pode ser traduzido literalmente do hebraico como "o maior cântico de Salomão". No entanto, a expressão "de Salomão" põe em dúvida se o cântico foi escrito "por Salomão", "sobre Salomão" ou "para Salomão". A favor da autoria salomônica está o fato de que 1 Reis 4.32 dá ao rei o crédito por, no mínimo, 1005 cânticos - o fato de que Salomão foi um compositor é inquestionável. Portanto, a implicação clara no título é que este é o  maior cântico de Salomão. Além disso, a distinção entre "por" e "sobre" é desnecessária, pois é possível que a canção apresente um elemento de reflexão autobiográfica e, por conseguinte, tenha sido escrita por Salomão e, ao mesmo tempo, seja sobre Salomão.
Jardim fechado, usado como
descrição em Cantares 4.12.
Mais uma evidência a favor da autoria salomônica - ou, ao menos, de um contexto salomônico - pode ser encontrada nas referências internas a especiarias exóticas, metais preciosos e um sistema político monárquico, uma vez que tudo isso fazia parte do reinado de Salomão. Além disso, há paralelos externos com poesias de amor egípcias anteriores ao período da monarquia unida, sendo possível, portanto, uma data anterior para o cântico. Diante de tudo isso, as evidências a favor da autoria salomônica são fortes.
Mark Rooker observa que o nome de Salomão aparece sete vezes no livro (Ct 1.1,5; 3.7,9,11; 8.11,12). Ele também observa que a citação de 21 variedades de lantas e 15 espécies de animais está em consonância com o conhecimento de Salomão sobre tais assuntos (1Rs 4.33). Referências a nomes de lugares em todo o Israel (de Jerusalém a Carmelo e de Hermom a En-Gedi) indicam a geografia da monarquia unida. E, ao todo, para descrever as complexidades do amor humano, 49 termos exclusivos fazem referência a figuras da natureza do mundo pré-moderno.

INTERPRETAÇÃO

Historicamente, o método mais comum para a interpretação de Cantares era tratá-lo como alegoria. A tradição judaica interpretava o livro alegoricamente, descontextualizando totalmente os versículos. Assim, os dois seios eram entendidos como Moisés e Arão, e o livro era visto como metáfora da história do relacionamento entre Israel e Deus. E muitos pais da Igreja consideravam o livro tipologicamente, como figura do amor de Cristo pela Sua noiva, a Igreja. Todavia, embora a Escritura utilize o casamento humano como tipo na descrição do relacionamento entre Deus e Israel e entre Cristo e a Igreja, Cantares, por diversas razões, não deve ser interpretado alegoricamente.
Primeiro, sempre que o relacionamento entre Deus e Israel é apresentado de forma alegórica no Antigo Testamento, o texto indica claramente que há uma alegoria sendo usada como meio de expressão, e as expressões figuradas são quase sempre definidas em relação ao respectivo referente. Além do mais, quando isso ocorre no Antigo Testamento, o relacionamento entre Deus e Israel é retratado com sentido negativo, não com o sentido positivo de Cantares (Ez 16; 23).
Segundo, alegorizar Cantares deixa muitos detalhes sem explicação quanto ao referente ou ponto de comparação. A história da interpretação alegórica de Cantares pode ser descrita como "fantasia ilimitada", e a imposição de conceitos teológicos na linguagem do texto tem pouca base em qualquer método natural de interpretação.
Além disso, algumas pessoas chegaram a questionar se a linguagem do livro pode ser aplicada apropriadamente ao relacionamento tipológico entre Cristo e a Igreja, sobretudo porque essa linguagem não é citada no Novo Testamento. Apesar de Paulo ter tido a oportunidade de citar Cantares quando justificou o grande mistério do amor de Cristo pela Igreja, ele optou por não o fazer e citou Gênesis 2.24 em sua admoestação a maridos e esposas em Efésios 5.22,33. Uma vez que os apóstolos não citaram, sequer ao fazer um argumento conceitual retratando o casamento de Cristo com a Igreja, parece improvável que eles tenham considerado Cantares como um tipo de relação entre Cristo e a Igreja. Por outro lado, o fato de o Novo Testamento ilustrar o relacionamento entre Cristo e a Igreja com uma metáfora do casamento poderia indicar uma alusão à linguagem de Cantares.
A gazela dama é uma espécie
de antílope encontrada em Israel.
Por fim, é natural que a Bíblia apresente uma expressão de uma das emoções humanas mais intensas, o  amor conjugal. Embora o tema do amor entre um homem e uma mulher possa parecer muito secular para o cânon inspirado, é preciso lembrar que Deus macho e fêmea os criou e, portanto, pareceu-lhe apropriado inspirar uma canção que abordasse a força do amor entre os sexos opostos.

FIGURAS E DRAMAS

Mesmo partindo de uma abordagem baseada no entendimento literal de Cantares como canção de amor inspirada, ainda encontramos desafios interpretativos. As canções de amor atuais, com suas figuras vívidas e expressões idiomáticas, podem ser difíceis de ser compreendidas - quanto mais uma música composta há cerca de 3.000 anos! Três problemas principais dificultam a leitura atual de Cantares.
Primeiro, as figuras poéticas da cultura do antigo Oriente Próximo são estranhas para os leitores modernos. Os amantes falam sobre especiarias e perfumes e comparam o outro a elementos agrícolas, o que soa pouco lisonjeiro para o ouvido moderno, mas, apesar disso, comunica um nível de atração e uma gama de emoções que demonstram toda a força e o potencial do amor erótico. Os detalhes são, em geral, difíceis de serem decifrados, mas a mensagem principal fica clara na maneira como os amantes conversam entre si.
Segundo, o enredo e a alternância de locutores em Cantares torna o livro, por vezes, difícil de acompanhar. O texto original não revela se era o homem, a mulher ou o coro falando (ou cantando), e, como acontece com qualquer poesia lírica, o enredo pode ser difícil de ser seguido. Embora Cantares, certamente, não seja uma peça destinada a ser representada sobre um palco nem um romance com personagens e tramas com o objetivo de ser lido, o livro parece partir do namoro romântico, passar pelo casamento e chegar à intimidade. Ao cantar um para o outro, os amantes (como em um dueto romântico) contam a história de amor que está desabrochando; contudo, não se deve ler Cantares como um drama histórico que reúne o enredo em uma trama detalhada. Em vez disso, tal qual uma canção de amor, deve-se procurar entender como os amantes sentem-se um em relação ao outro e observar como se comunicam. É aqui que a sabedoria de Cantares encontra-se. Apenas em segundo plano uma história dramática desenrola-se.
E o terceiro problema diz respeito ao drama que aparece subjazer às palavras de Cantares. A abordagem padrão é ver Cantares retratando o amor entre Salomão e sua amada,mas existe uma visão menos popular do assunto, que detalha um enredo dramático, o qual envolve uma mulher, seu amante pastor e Salomão, este na posição de vilão que procura levar a mulher para seu harém. O enredo dos três personagens, chamado de hipótese do pastor, parece improvável, pois isso significaria que Salomão escreveu ou aceitou uma canção na qual é retratado como monarca vilão que tenta roubar uma noiva dos braços de seu verdadeiro amor.
Norman Geisler sugere um enredo aceitável para a canção. Ele considera-o como uma canção de amor antifônica entoada pelo noivo e pela noiva no dia do casamento. Em uma espécie de "história da Cinderela" judaica, a virgem é enviada para a vinha pelos irmãos após a morte dos pais. Ao trabalhar ali, ela conhece um pastor e apaixona-se, e ele promete retornar algum dia. Durante sua ausência, ela sonha com ele, mas acorda e lembra-se de que ele não está ali. Por fim, quando retorna, ele não é ninguém menos do que o rei Salomão, e sua carruagem real leva-a para o palácio onde se casarão. Mais tarde, eles voltam para a aldeia da moça, e seus irmãos a exaltam (ela é um "muro" de virtude). Embora essa abordagem expresse um possível enredo, ela não explica completamente a intimidade da linguagem utilizada nas canções

ESTRUTURA

Apesar de algumas pessoas argumentarem que Cantares é uma antologia de canções menores, a progressão do relacionamento dos amantes gera um movimento perceptível que unifica o cântico do início ao fim. Além disso, uma coerência literária no nível da linguagem e do tema sugere um único autor, e não uma coletânea de canções. Todavia, é difícil esquematizar o livro segundo um enredo detalhado ou uma progressão linear de acontecimentos. Como cântico, as unidades individuais funcionam como fotografias em um álbum, oferecendo vislumbres líricos da progressão do relacionamento entre os amantes, desde o namoro e o casamento até a maturidade.
Cedro do Líbano
Embora se tente desenvolver um esboço estrutural detalhado segundo o ciclo de "cenas" individuais, uma abordagem mais simples seria acompanhar os movimentos maiores perceptíveis dentro do cântico,reconhecendo que os amantes alternam palavras de admiração e reflexão ao longo do texto. Esses ciclos de poemas de amor são interrompidos apenas por breves coros dos amigos e pela repetição de três refrões (não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira) no cântico (Ct 2.7; 3.5; 8.4). Assim, no geral, Cantares pode ser dividido em quatro partes.

  • Romance (Ct 1.1--3.5)
  • Intimidade conjugal (Ct 3.6--5.1)
  • Expressão do amor conjugal (Ct 5.2--8.4)
  • Epílogo (Ct 8.5-14)

ROMANCE (Ct 1.1--3.5)

Após uma legenda (Ct 1.1), o cântico logo começa com a voz feminina expressando seu intenso desejo por afeto romântico - Beije-me ele com os beijos da sua boca (Ct 1.2) -, desse modo, ditando o tom de linguagem lírica que se intensifica ao longo do livro. Contudo, embora o desejo por intimidade seja claramente expresso nessa seção de namoro (veja Ct 1.4,16; 2.3-6,10-13; 3.4), os amantes mostram contenção até a noite de núpcias, quando, então, satisfazem seus desejos físicos (Ct 4.16--5.1).
Apesar de o segmento do namoro apresentar alternâncias constantes entre a voz do homem e a da mulher, dois temas consistentes podem ser observados nas palavras de ambos. Primeiro, a voz feminina reflete inseguranças frequentes quanto à própria aparência (Ct 1.7) e ao medo de perdê-lo (Ct 3.1-4). Segundo, os dois não deixam de elogiar a aparência um do outro (Ct 1.10,11,15,16; 2.14), de declarar o compromisso exclusivo que têm entre si (Ct 1.9; 2.2-4,16) e de expressar o desejo de estarem juntos (Ct 2.8-13). As descrições que eles fazem da aparência um do outro são como impressões mentais em uma época anterior à fotografia. Eles memorizam todas as características a fim de intensificar a saudade enquanto estiverem separados. Com palavras de elogio, eles declaram seu amor, preparando-se para o casamento futuro. As inseguranças da mulher em relação à sua aparência e ao medo de perder o amante são totalmente resolvidas com os elogios e a presença dele.

INTIMIDADE CONJUGAL (Ct 3.6--5.1)

A transição do namoro para o casamento é indicada pela imagem de um grande cortejo nupcial acompanhado por toda a extravagância da realeza (Ct 3.6-11). Nesse relato, Salomão é identificado pelo nome (Ct 3.7,9,11), e a indicação de que se trata de um cortejo nupcial é clara (Ct 3.11).
Depois da procissão, Cantares não descreve os aspectos cerimoniais do casamento, mas, em vez disso, celebra a consumação do desejo íntimo (Ct 4.16--5.1). Salomão enaltece a beleza de sua amada na noite de núpcias (Ct 4.1-7) e exprime a profundidade de seu amor por ela (Ct 4.8-11). Ele elogia sua pureza ( Ct 4.12) e a rica satisfação que seu amor oferece (Ct 4.13-15).
A consumação do casamento é expressa por meio de uma metáfora sutil, para celebrar a beleza sensual com bom gosto e elegância. Não há hesitação no convite do amado (Ct 4.16) uma vez que o casamento foi realizado, e a satisfação da intimidade sexual é irrestrita e celebrada como um dom do Criador (Ct 5.1).

EXPRESSÃO DO AMOR CONJUGAL (Ct 5.2--8.4)

O terceiro segmento de Cantares começa com outra sequência de sonho (como em Ct 3.1-4), na qual a amada é separada do amante (Ct 5.2-8). Porém, ela lamenta a separação (Ct 5.8) e declara seu amor por ele enaltecendo mais uma vez sua aparência (Ct 5.10-16). Com o incentivo dos amigos (Ct 5.9; 6.1), os amantes são reconciliados, e a intensificação do compromisso é reafirmada na íntegra: Eu sou do meus amado, e o meu amado é meu (Ct 6.3; veja também Ct 6.2). Depois dessa separação velada dos amantes, a voz masculina elogia novamente a aparência da amada e declara seu desejo por ela (Ct 6.4-9; 7.1-9) na mais bela e intensa linguagem de amor já escrita por mãos humanas. Por meio de uma canção, ela responde com mais um convite à intimidade (Ct 7.9b--8.3) e confirma a posse mútua um do outro (Ct 7.10).

EPÍLOGO (Ct 8.5-14)

A confirmação do amor do casal é expressa poeticamente como um selo sobre o coração e o braço, uma indicação de propriedade mútua de pensamentos e ações (Ct 5.6a). Em seguida, como clímax, Cantares irrompe proclamando o poder e a riqueza do amor romântico na melhor expressão encontrada na Escritura:

  • [...] pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor.Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado. Cânticos 8:6b,7 
Muito embora o poema expresse o poder e o valor do amor como clímax final de Cantares (Ct 8.6b-7), o texto continua com uma recordação da pureza da amada antes de seu relacionamento com Salomão (Ct 8.8-12) e com uma reiteração do desejo dos amantes de serem propriedade um do outro nos anos futuros do casamento (Ct 8.13,14).

IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA

Como poesia lírica, Cantares exalta as virtudes do amor e evoca as profundas emoções presentes na atração que Deus criou entre sexos opostos. Como literatura sapiencial, Cantares ensina ao povo de Deus como expressar amor à pessoa a quem, por meio do casamento, entrega-se o coração e o corpo. No entanto, além dos aspectos práticos da instrução sobre comunicação e intimidade, Cantares serve, na Escritura, para demonstrar o poder supremo do amor e a vitória deste sobre a maldição (Gn 3.16-19). Embora o conflito entre os sexos seja resultado da queda, o relacionamento conjugal ainda pode, pela graça de Deus, ser tão satisfatório quanto era na criação (Gn 2.18-25). Para isso, a oração dos santos solteiros em todo o mundo deve ser: "Senhor, prepara-me para, em Seu próprio tempo, ter um relacionamento como o descrito em Cantares". Quanto aos filhos de Deus que já estão atados aos laços do Casamento, sua oração deve ser: "Senhor, coloca em mim e em meu cônjuge o amor exemplificado em Cantares e ajuda-me a traduzi-lo em palavras e ações". Apesar de as interpretações alegóricas de Cantares não serem baseadas em uma exegese cuidadosa do texto, a figura tipológica geral do amor conjugal, certamente, ilustra o amor de Deus pelo Seu povo. Portanto, escritores do Antigo e Novo Testamento empregam temas conjugais para descrever o relacionamento de Deus com Israel (Is 62.4,5; Jr 3.1-11; Os 2.19,20) e de Cristo com a Igreja (Ef 5.21-33; Ap 19.7-9; 20.9-11).

CONTEXTO DA HISTÓRIA

A. ATO um - a cinderela sulamita.
1) Salomão tinha um vinhedo na região  montanhosa de Efraim, nos arredores da pequena cidade de Sulam, a aproximadamente 80Km ao norte de Jerusalém (Ct 8.11).
2) A vinha era arrendada por uma família de meeiros constituída pela mãe, seus dois filhos e suas duas filhas. A mais velha das garotas era a sulamita, e a mais nova, a irmã pequena descrita em Cantares 8.8 (veja também Ct 6.13).
3) A sulamita era a cinderela da família, pois tinha grande beleza natural, ainda que isso não tivesse sido notado pelo mundo.
4) Seus irmãos lhe faziam trabalhar duro cuidando do vinhedo, de modo que ela tivesse poucas oportunidades para cuidar da própria aparência (Ct 1.6).

  • Ela podava as vinhas.
  • Fazia armadilha para as pequenas raposas (Ct 2.15).
  • Ela também cuidava dos rebanhos (Ct 1.8).
5) Por estar exposta ao sol tão frequentemente, ela acabou ficando morena (Ct 1.6).
B. ATO dois - o estranho pastor.
1) Um dia, um belo homem estrangeiro e misterioso apareceu na vinha e logo ganhou o coração da sulamita. Esse homem era desconhecido para ela; na verdade, era o próprio Salomão disfarçado de um pastor modesto.
2) Ela perguntou-lhe sobre seus rebanhos (Ct 1.7).
3) Ele respondeu evasivamente, mas foi bem decidido em relação ao seu amor por ela (Ct 1.8-10).
4) Ele foi embora, mas prometeu que voltaria um dia.
5) Durante sua ausência, ela sonhou com ele em duas ocasiões.
  • Primeiro sonho - que eles já estavam casados e que certa noite ela acordava e não o encontrava na cama. Ela vestiu-se rapidamente e saiu procurando-o (Ct 3.2-4).
    Muda de Mirra Perfumada
  • Segundo sonho - que o seu amado retornara e rogara-lhe que abrisse a porta e o deixasse entrar. Mas ela recusava-se, pois não estava disposta a vestir-se e a sujar seus pés no caminho até a porta. Todavia, logo o coração dela afligiu-a por esse comportamento inadequado, e, consequentemente, ela pulou em direção à entrada da casa. Contudo, infelizmente, ele já tinha ido embora (Ct 5.4-6)! Dr.J.Vernon McGee informa-nos de que um adorável costume daqueles dias levava o noivo a colocar mirra perfumada dentro da maçaneta da porta da noiva. A noiva começava, então, a procurar agitadamente o amado que havia ignorado descuidadamente. Durante a busca, os guardas da cidade maltrataram-na, e o vigia na muralha rasgou o seu véu. Ela pediu ajuda às mulheres de Jerusalém, para que elas buscassem seu amado e informassem-no acerca do amor que ela sentia por ele (Ct 5.6-8). De modo súbito e alegre, ela descobriu onde ele estava (Ct 6.2,3).
6) Esses foram, portanto, os dois sonhos relativos ao misterioso amado pastor da sulamita. Mas por que ele deixou-a? Onde ele foi? Ele retornaria?
C. ATO três - o poderoso monarca.
1) Um dia, a pequena cidade de Sulam recebeu notícias eletrizantes. O próprio rei Salomão aproximava-se da cidade. Mas a moça solitária e apaixonada não estava interessada naquilo e não recebeu mais notícias até ouvir que o poderoso monarca desejava vê-la.
2) Ela ficou confusa até o momento em que foi levada à presença do rei, quando pôde finalmente reconhecê-lo como seu amado pastor. Então, ele gentilmente lhe explicou que, embora já tivesse reunido seis esposas, 80 concubinas e inúmeras virgens, ela era a esposa escolhida e seu verdadeiro amor (Ct 6.8). Logo, convidou-a para ir com ele e prometeu que cuidaria de sua irmã pequena (Ct 8.8,9).
3) Em seguida, a noiva foi colocada sobre a carruagem do rei, feita de cedros do Líbano, com colunas de prata, estrado de ouro e assento de púrpra (Ct 3.9,10).
4) Juntos, eles dirigiram-se para o palácio real em Jerusalém, acompanhados de 60 poderosos espadachins e guarda-costas experientes (Ct 3.7,8).

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Filipenses 1:9-11

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