
A justiça de Deus exige um inferno. Além de afirmações diretas, as Escrituras oferecem motivos para a existência do inferno, futuramente. Uma delas é que a justiça exige a existência do inferno, e Deus é justo (Rm 2). Ele é tão puro imaculado que não pode olhar para o pecado (Hc 1.13). Deus não faz acepção de pessoas, porque, para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2.11). Como declarou Abraão: Não faria justiça o Juiz de toda a terra? (Gn 18.25). O Salmo 73 é um representante das passagens que ensinam que nem toda justiça é cumprida nesta vida. O perverso sempre parece prosperar (Sl 73.3). Portanto, a existência de um lugar de punição para os ímpios, após esta vida, é necessário para manter a justiça de Deus. Certamente, não haveria justiça verdadeira se não existisse um lugar de punição para as almas dementes de Stalin e Hitler, que iniciaram o impiedoso massacre de milhões de pessoas. A justiça de Deus exige um inferno. E ele[inferno], será preparado para um mundo vindouro. Não para o atual. Entenda. Jonathan Edwards defende [e eu também, sem sombra de dúvidas!] que mesmo um único pecado merece o inferno, pois o Deus Eterno e Santo não pode tolerar pecado algum. Cada pessoa comete muitos pecados em pensamentos, palavras e ações. Isso tudo é formado pelo fato de que rejeitamos a imensa misericórdia de Deus. Acrescente, a isso, a vontade humana de encontrar erros na justiça e na misericórdia de Deus, e teremos evidências suficientes para a necessidade de inferno. Se tivéssemos uma consciência espiritual verdadeira, não ficaríamos impressionados com a severidade do inferno, mas com a nossa própria depravação (Edwards, 1109).
O amor de Deus exige um inferno. A Bíblia afirma que Deus é amor (1Jo 4.16). Mas o amor não pode agir coercivamente, apenas persuasivamente. Um Deus de amor não pode forçar as pessoas a amá-Lo. Paulo fala de coisas que são feitas deliberadamente em vez de compulsivamente (2Co 9.7). O amor forçado não é amor, é violação. Um ser de amor sempre dá espaço para o outro. Ele não se força contra a sua vontade. Assim como observou C.S.Lewis: "O irresistível e o indisputável são duas armas com as quais a própria natureza desse esquema proíbe-O de usar. Simplesmente para sobrepujar o livre-arbítrio do homem [...] seria inútil para Ele. Ele não pode violentar. Ele só pode atrai" (Lewis, Screwtape Letters,38). Sendo assim, os que não escolhem amar a Deus devem poder não amá-Lo. Os que não desejam estar com Ele podem ser separados dEle. O inferno permite a separação de Deus.
A dignidade humana exige um inferno. Como Deus não pode forçar pessoas a irem para o céu contra a sua vontade, a livre escolha do homem exige o inferno. [...] Conforme disse Lewis: "Há apenas dois tipos de pessoas no final: os que dizem para Deus: 'seja feita a Tua vontade'; e aquelas para quem, no final, Deus diz: 'seja feita a tua vontade'" (Screwtape Letters,69).
A soberania de Deus exige um inferno. Sem um inferno, não há vitória final contra o mal. O joio e o trigo não podem crescer juntos para sempre. Deve haver uma separação final ou o bem não triunfará sobre o mal. Como na sociedade, a punição para o mal é necessária para que o bem prevaleça. Da mesma forma, na eternidade, Deus precisa prevalecer contra o mal. Se Ele não o fizer, então Deus não tem controle total. A soberania de Deus exige um inferno ou Ele não poderia ser o vencedor final contra o mal que a Bíblia declara (cf. 1Co 15.24-28; Ap 20--22). (GEISLER, Norman. Baker Encyclopedia of Christian Apologetics.p.311)
TEMAS QUE SÃO ABORDADOS NESTE ESTUDO:
- CARACTERÍSTICAS DO INFERNO: Quem estará no inferno?
- POR QUE AS PESSOAS VÃO PARA O INFERNO?
- HAVERÁ GRAUS DE PUNIÇÃO NO INFERNO?
- EXISTE MAIS DE UM INFERNO?
- NÃO É INJUSTO QUE DEUS SUBMETA UM PECADOR À PUNIÇÃO ETERNA POR PECADOS COMETIDOS EM UMA VIDA FINITA?
- POR QUE DEUS NÃO DÁ UMA SEGUNDA CHANCE AOS DESCRENTES APÓS A MORTE OU SIMPLESMENTE OS ELIMINA?
- OS QUE ESTIVEREM NO INFERNO POSSUIRÃO CORPOS PERMANENTES COMO OS QUE ESTARÃO NO CÉU?
- COMO O INFERNO É REFERIDO E CONSIDERADO NA BÍBLIA? São eles: Sheol, Hades, Tártaro e Geena.
Um insight da *interpretação do Hebraico Bíblico sobre o Inferno:
"As Escrituras esclarecem que um lugar ardente de julgamento é reservado para o mundo vindouro, e não no mundo atual. “Estamos aguardando novos céus e uma nova terra na qual os justos habitarão” (2 Pedro 3:13), e o “inferno” é uma parte pendente dessa futura criação. Em outras palavras, o inferno ainda não existe. [*Dr.Nicholas J. Schaser]
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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11