COSTUMES BÍBLICOS: Evangelho de Lucas caps. 5 ao 12


Evangelho de Lucas caps. 5 ao 12

Evangelho de Lucas caps. 5 ao 12
Lc 5.1-11: Pesca recorde para Pedro e seus sócios
Mateus (4.18-22) e Marcos (1.16-20) registraram apenas o chamado de Jesus aos pescadores para segui-lo. A história de Lucas mostra que esse chamado se baseou em algo mais do que um simples encontro casual. No primeiro dos três milagres registrados em 5.1-26, Jesus entra na área de especialidade de Pedro. A grande pesca, feita contra todas as normas e expectativas, fez com que Pedro caísse de joelhos (8). Deus estava agindo, e Pedro não era santo.
Genesaré (1, ARA) Outro nome para Galiléia (NTLH).
Lc 5.12-16: O toque de Jesus cura um "leproso"
Este milagre, bem como o seguinte, mostra a compaixão de Jesus. O caso daquele homem era grave, pois estava "coberto de lepra". Porém Jesus estava disposto a tocar o intocável. Veja Mt 8.1-4.
Lc 5.17-26: Um homem paralítico anda!
Veja notas em Mc 2.1-12. Jesus leu os pensamentos daqueles que o questionavam (21-22). E Lucas registra que o homem e todos os que viram o que aconteceu reconheceram que o milagre era obra de Deus (25-26).
Fariseus e mestres da Lei (17) Veja "A religião judaica na época do NT".
Lc 5.27-39: Levi faz uma festa para Jesus
Veja notas em Mt 9.9-17. Para outras festas em que Jesus foi convidado, veja Lc 7.36; 11.37; 19.7.
Lc 6.1-11: Confronto por causa da lei do sábado
Veja notas em Mc 2.23--3.6.
Lc 6.12-16: Jesus escolhe os Doze
Veja notas em Mc 3.7-19, e "Os doze discípulos de Jesus". Apenas Lucas relata que, antes de anunciar os escolhidos, Jesus havia passado a noite em oração. Dos autores dos quatro Evangelhos, Lucas é quem mais acentua que Jesus era um homem de oração. Veja, por exemplo, 9.18,28; 10.21; 11.1; 18.1. Jesus se afastava das multidões para ficar algum tempo sozinho.
Lc 6.17-49: Ensinamento para os discípulos
O "Sermão da Planície", em Lucas, se assemelha à coleção de ensinamentos de Jesus conhecia, em Mateus, como o "Sermão do Monte" (Mt 5--7). Só que o sermão em Lucas é mais breve. Jesus deve ter ensinado as mesmas verdades em várias ocasiões diferentes.
Depois de escolher os Doze, Jesus desceu o monte até um lugar plano. Ali ele se sentou para ensinar e reuniu à sua volta os apóstolos, seus seguidores e uma grande multidão de pessoas que vieram ouvi-lo falar e serem curadas. Depois de todos serem curados (19), ele falou diretamente a seus seguidores. Eles sabiam o que era ser literalmente pobre, faminto, triste e odiado "por causa do Filho do homem" (20-22). Suas dificuldades seriam transformadas em bênção - disse Jesus - "porque grande é a sua recompensa no céu".
Por outro lado (24-26), ai daqueles que já têm tudo agora. (Esses "ais" só aparecem em Lucas.)
Vs. 27-36: a lei do amor é esta: "o que vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles", inclusive aqueles que vos maltratam. Veja notas em Mt 5.17-48.
Vs. 37-49: Veja notas em Mt 7.
Lc 7.1-10: O servo de um oficial romano é curado
Veja notas em Mt 8.5-13 e "Soldados romanos no NT". Lucas traz maiores detalhes que enfatizam a humildade daquele homem. E Jesus ficou admirado com a fé que esse homem tinha.
Lc 7.11-17: Ele voltou a viver!
Apenas Lucas, com sua preocupação pelos excluídos, registrou a ressurreição do filho dessa viúva (sua única fonte de sustento). Ele inseriu a história neste ponto como que para preparar o terreno para a resposta que seria dada a João Batista (22). Jesus, sempre compassivo, é Senhor da vida e da morte.
Naim (11) Uma vila a sudoeste de Nazaré.
V. 13 Lucas é o único dos evangelistas que se refere a Jesus como "o Senhor", termo provavelmente pouco usado durante o ministério de Jesus.
Lc 7.18-35: Os mensageiros de João Batista
Veja notas em Mt 11.1-19.
V. 35 "Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram que ela é verdadeira" (NTLH). As pessoas buscavam a Deus em resposta à pregação de João e de Jesus.
Lc 7.36-50: Jantar na casa de um fariseu
Apesar das aparentes semelhanças, este é um incidente diferente daquele registrado nos outros Evangelhos. Simão não deu nenhum tratamento especial a Jesus. Mas uma prostituta, a quem Jesus deu a oportunidade de perdão, demonstrou sua gratidão num gesto de amor extravagante, não se importando com o que os outros poderiam pensar. Jesus leu os pensamentos de Simão (39) e os incluiu na história que contou logo em seguida. O amor daquela mulher não adquiriu o perdão (47), mas veio como consequência do mesmo.
V.37 Refeições como essa não era particulares: as pessoas podiam entrar e assistir. Mas foi preciso coragem para essa mulher entrar numa casa em que sabia que não era bem-vinda. As mulheres judias geralmente usavam pequenos frascos de perfume, com um colar. O frasco foi quebrado para liberar o conteúdo. Foi fácil para a mulher alcançar os pés de Jesus, pois os convidados se reclinavam em almofadas, com a cabeça perto da mesa, e os pés afastados dela.
Lc 8.1-21: Segredos do reino de Deus
Vs. 1-3: Apenas Lucas registra o papel das mulheres na missão de Jesus. Susana só é mencionada aqui. Maria Madalena assistiu à crucificação, e ela e Joana foram ao túmulo e viram o Senhor na manhã da ressurreição. O amor dessas mulheres, e o de muitas outras que seguiram Jesus desde a Galiléia, jamais se abalou.
Lucas retoma o material de Marcos a partir do v. 4 até 9.50, mas não inclui o que aparece em Mc 6.45--8.26.
Vs. 4-15: Veja notas em Mt 13.1-52. Veja também Mc 4.1-20.
V.2 O problema de Maria provavelmente era uma doença mental, e não imoralidade sexual, como muitas vezes se afirma. Ela não deve ser confundida com a mulher que aparece em Lc 7.36-50.
V.5 Na Palestina, o semear vinha antes do arar.
V.10 Veja nota em Mc 4.12.
V.19 Veja nota em Mt 12.49.
Lc 8.22-39: Travessia turbulenta; um homem possesso de demônios
Veja notas em Mc 4.35-41; 5.1-20.
V.32 Os judeus não podiam comer carne de porco. Mas a região a leste do lago era povoada por não judeus.
Lc 8.40-56: A filha de Jairo; a mulher com uma hemorragia
Veja notas em Mc 5.21-35, onda aparece um relato mais detalhado
V. 56: Lucas, com sempre, observou o efeito do milagre nas pessoas presentes.
Lc 9.1-17: A missão dos Doze; a perplexidade de Herodes; Jesus alimenta mais de cinco mil
Vs 1-6: veja notas em Mt 9.35--10.42. Desta vez (mas nem sempre; veja 22.36) eles deviam ir como estavam, com pouca bagagem.
Vs 7-9: Lucas parece ter uma fonte especial de informações sobre Herodes, talvez através de Jonas (8.3).
Vs. 10-17: Veja também Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; jo 6.1-14. A multiplicação foi um milagre e um "sinal" que indicava a verdadeira identidade de Jesus. Também pode ser vistos como a antecipação do banquete do Messias com o seu povo
Cafarnaum no tempo de Jesus
V. 1 Os apóstolos não ficavam juntos o tempo todo. Seria fácil para aqueles que moravam nos arredores de Cafarnaum visitarem suas famílias.
Os abençoou (16) Isto é, "deu graças a Deus por eles" NTLH).
Lc 9.18-27: "Quem o povo diz que sou?"; Jesus fala sobre o seu sofrimento
Veja a versão mais completa em Mt 16.13-28 e Mc 8.27--9.1. Lucas apresenta uma versão condensada.
Lc 9.28-36: A transfiguração de Jesus
Veja notas em Mc 9.2-13.
Lc 9.37-50: O menino que tinha convulsões; "Quem é o maior"?
Vs. 37-43: Veja notas em Mc 9.14-29.
Vs. 46-48: Veja notas em Mt 18 e Mc 9.30-50.
Lc 9.51--19.27 Da Galiléia a Jerusalém
Boa parte do que foi registrado nesses capítulos (a assim chamada "narrativa da viagem") é exclusivo de Lucas. A atenção de Jesus estava voltada para Jerusalém e para aquilo que ele teria que passar ali. É fácil de perceber a estrutura de uma viagem, mas o roteiro exato não é indicado. Lucas usa o "intervalo" entre o ministério de Jesus na Galiléia e a última semana em Jerusalém para reunir a maior parte do ensinamento de Jesus sobre o tema geral de discipulado.
Lc 9.51-56: Os samaritanos não recebem Jesus
Quem ia diretamente da Galiléia a Jerusalém passava por território samaritano. Jerusalém era o centro da adoração para os judeus, mas não para os samaritanos. Eles tinham seu próprio templo no monte Gerizim, perto de Siquém. Como Jesus estava a caminho do templo rival, os samaritanos decidiram que não iriam ajudar Jesus. Veja sobre os samaritanos em "A religião judaica na época do NT" e notas em Lc 10.29-37.
V.54 Não é de admirar que Jesus chamou esses dois irmãos de "filhos do trovão"!
Lc 9.57-62: Um caminho sem volta
Veja notas em Mt 8.18-22.
V.60 "O dever do sepultamento tinha precedência sobre o estudo da Lei, o serviço no Templo, a imolação do cordeiro pascal... Mas as exigências do reino eram ainda mais urgentes" (Leon Morris).
Lc 10.1-24: Jesus envia 70
Compare isso com as instruções que Jesus deu aos Doze (Mt 10.5-15). Veja também Mt 11.20-27. O número 70 (ou 72) talvez simbolize as nações do mundo (com base na lista de Gn 10). Eles foram enviados de dois em dois. Incumbidos das boas novas de Deus, eles tinham direito de receber o seu sustento das pessoas às quais foram enviados. Mas eles não deviam esperar luxo (ficar "mudando de casa em casa", v.7, indicava a procura de mais conforto). O tempo também era precioso demais para ser gasto com intermináveis formalidades sociais (4). Havia trabalho a ser feito, uma mensagem a ser divulgada. E o próprio Deus julgaria aqueles que a rejeitassem. Os 70 ficaram muito felizes com seu novo poder. Mas motivo de maior alegria deveria ser a certeza da vida eterna (20).
Vs.13-17 Não há nenhum registro anterior de que as cidades galiléias de Corazim e Betsaida haviam rejeitado Jesus. Cafarnaum era a base de operações de Jesus. Tiro e Sidom eram cidades pagãs que haviam sido denunciadas pelos profetas do AT. "Mundo dos Mortos" (NTLH) é o Hades, e a expressão parece ser metafórica: "descerás até o lugar mais profundo".
Eu via Satanás caindo (18) A capacidade de expulsar espíritos malignos que lhes foi dada era um sinal de que o poder de Satanás estava chegando ao fim. A pregação da nova era do reino de Deus significava que finalmente o poder do mal estava sendo derrotado. Jesus se alegrou com esse cumprimento do seu ministério.
Vs. 21-24 Este trecho soa como se tivesse sido tirado do Evangelho de João.
O samaritano na história de Jesus Lc 10 levou o judeu ferido a uma hospedaria.
Lc 10.25-37: "Quem é o meu próximo?"
Apenas o Evangelho de Lucas traz a famosa história do "bom samaritano". Jesus deu uma resposta clássica à pergunta do intérprete da lei sobre a vida eterna. Envergonhado e tentando salvar as aparências, ele fez outra pergunta. Em vez de responder diretamente, Jesus contou uma parábola.
Havia uma longa história de ódio entre judeus e samaritanos (veja "A religião judaica na época do NT"), por mais que os samaritanos, como judeus, considerassem a lei sagrada. Os judeus consideravam os samaritanos a escória; não podiam tocar neles. Porém Jesus apresentou esse "inimigo" como alguém que cumpre a lei, enquanto os patrícios judeus daquele homem ferido - até mesmo os líderes religiosos - falharam. O verdadeiro "próximo" é aquele que demonstra amor quando isto se fizer necessário, pouco importando onde e quando, e independentemente da inimizade ou do antagonismo mais profundo que possa existir.
Lc 10.38-42: Marta e Maria
Apenas Lucas conta esta história. As duas irmãs e seu irmão Lázaro viviam em Betânia, perto de Jerusalém. Marta entrou em pânico, esmerando-se na preparação de vários pratos. Teria sido melhor se ela tivesse escolhido um cardápio simples, reservando tempo para ouvir Jesus, como Maria fez. Veja "Marta e Maria".
Lc 11.1-13: "Ensina-nos a orar"
Mateus (6.9-13) dá a forma mais longa do Pai-Nosso. Ao dar-lhes o Pai-Nosso, Jesus ensinou a seus discípulos duas coisas: uma oração que podia ser feita ("quando vocês orarem, digam...", 2); e um "modelo" de oração (Mt 6.9. "orem assim"), ou seja, uma oração que podia servir de base para outras orações.
Os seguidores de Jesus se dirigem a Deus, não na condição de súditos do "Mestre do Universo", mas na condição de filhos do melhor de todos os pais: com simplicidade, compartilhando suas preocupações e dizendo-lhe com toda a confiança quais são as suas próprias necessidades. Eles não devem ficar desmotivados se o tempo passar e não obtiverem resposta. A persistência, no fim, leva a melhor até mesmo sobre o amigo mais relutante - e Deus não reluta em responder. Veja Mt 7.7-11.
Santificado seja o teu nome (2, ARA)
Esta é uma forma de expressar reverência por tudo que Deus é. O "nome" significa todo o caráter.
Pão cotidiano (3) "Cotidiano" provavelmente significa "para amanhã" e "pão", "nossas necessidades básicas".
V. 4 "Perdoa-nos os nossos pecados, pois (não 'porque' ou 'na mesma medida em que') também nós perdoamos". Já que nós seres humanos perdoamos aos outros, podemos ter certeza da misericórdia de Deus.
V. 7 Numa família pobre, todos dormiam numa parte elevada da casa que não tinha divisórias, ou seja, era uma peça só. A hospitalidade era considerada um dever sagrado, pouco importando a que hora chegava a visita.
Vs. 11-12 Peixes e serpentes são parecidos, e o mesmo vale para ovos e escorpiões encolhidos ou enrolados.
Lc 11.14-36: Jesus acusa os seus adversários
Vs. 14-32: Veja Mt 12.15-37.
Vs. 24-26: Veja Mt 12.43-45.
Vs. 29-32: Veja Mt 12.38-42.
Vs. 34-36: Veja Mt 6.22-23.
Apenas Lucas, como sempre, registrou a voz da mulher que estava no meio da multidão. Jesus não rejeitou o que ela disse, mas levantou uma questão mais importante (27-28).
Demônio (14) Veja nota em 4.33.
Belzebu (18) Veja nota em Mt 10.25.
V. 24 Pensava-se que lugares isolados eram frequentados por espíritos maus.
V. 26 "Não é possível viver muito tempo num vácuo moral. O reino de Deus... significa tamanha vitória sobre o mal que este é substituído pelo bem e por Deus" (Leon Morris).
Lc 11.37-54: Jesus repreende os fariseus
Vs. 37-41: Veja notas em Mt 15.1-20.
Vs. 42-53: Veja notas em Mt 23. Nos vs. 53-54, o nível de hostilidade aumenta.
V. 38 A lavagem das mãos era um ritual religioso, não uma questão de higiene. Esperava-se que o mestre seguisse as regras estabelecidas.
Lc 12.1: Advertências e encorajamento
Uma advertência aos discípulos sobre o perigo de dizer uma coisa e fazer outra (12.1) levou a um ensinamento geral sobre o juízo vindouro, e como essa realidade deveria afetar a vida aqui e agora. É essencial estar preparado, ter as prioridades corretas. Grande parte desta seção tem paralelo no Evangelho de Mateus.
Lc 12.1-12: Veja Mt 10.26-31. A intenção de Jesus não era amedrontar, mas encorajar (6-7). Mas há um "temor" de Deus que se justifica e que dá às pessoas firmeza para enfrentar os outros medos (4-5,8-9).
Lc 12.13-21: Apenas Lucas registra a história do homem que era rico, mas insensato, e que só tinha interesse em acumular dinheiro e se dedicar ao que este pode comprar, em vez de ser "rico para com Deus".
Lc 12.22-34: Veja notas em Mt 6.19-34.
Lc 12.35-48: Veja notas em Mt 24.45-51.
Milhares (12.1) Não um número exato, mas uma forma de dizer que se tratava de uma grande multidão.
12.10 Essa "blasfêmia" era toda uma forma de pensar, forma esta que podia levar as pessoas a dizer que as coisas boas que Jesus fazia eram obra do diabo (11.15).
12.35 Esse cingir-se equivalia a ficar pronto para agir. Para que a pessoa tivesse liberdade de movimento no trabalho, a longa túnica era puxada para cima através de um cinto.
12.49-50 As boas novas do evangelho se espalhariam pela terra como um fogo. Mas primeiro Jesus deveria ir às profundezas do sofrimento.

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