COSTUMES BÍBLICOS: Evangelho de João caps. 8 ao 14


Evangelho de João caps. 8 ao 14

Evangelho de João caps. 8 ao 14
Jo 8.11, 12-59: "Eu sou a luz do mundo"
Jesus novamente se valeu de uma das cerimônias da festa para explicar a sua própria missão. Ao entardecer, quatro grandes candelabros eram acesos para simbolizar a coluna de fogo com que Deus guiou o seu povo pelo deserto à noite (Êx 13.21). Jesus disse que daria a luz que é própria vida a todos os que o seguissem (12).
Os fariseus responderam que reivindicações como essas não eram válidas, a menos que fossem comprovadas (13). Jsesus invocou o testemunho de Deus (18), mas eles não entenderam o que ele dizia quando falava sobre "Pai".
Na continuação, Jesus reafirma as suas reivindicações (12-30). Ao contrário de todos os outros, ele sabe de onde vem e para onde vai. E conhecia o futuro.
Muitos judeus creram em Jesus (30). Mas a promessa de que a verdade libertaria os seus discípulos incomodou aqueles que achavam nunca haviam sido escravos de ninguém. Jesus respondeu que a descendência física de Abraão não era suficiente (39-41). Todos são escravos do pecado e precisam que o Filho lhes dê a liberdade da família de Deus (34-36). Aqueles que têm vida espiritual escutam as palavras de Deus (47).
Para dizer tais coisas Jesus não podia ser judeu: devia ser um samaritano dominado por um demônio (48,52)! Será que ele pensa que é maior que Abraão? Sim. Para piorar, tomou para si o nome de Deus: "Eu sou" (58), o eterno.
Jo 9: Um cego passa a ver; os que não são cegos fecham os seus olhos
O sexto sinal apóia a reivindicação de Jesus de ser a luz do mundo. Também trata do problema do sofrimento humano.
• A Bíblia faz uma clara conexão entre sofrimento e o pecado que está enraizado no ser humano desde a queda original no jardim do Éden. Mas isso não significa que determinados indivíduos sofram por causa do seu próprio pecado ou pecado de seus pais (3).
• Deus pode fazer com que coisas boas resultem do sofrimento.
Neste caso, a cegueira do homem levou a um encontro com Jesus. Seus olhos foram abertos e ele passou a ver (7). Su mente foi aberta e ele passou a crer (35-37).
Em compensação, as pessoas que enxergavam deixaram o preconceito e o orgulho cegá-los para a verdade (40-41). Ao terem diante de si um milagre, só conseguiram ver um desrespeito à lei do sábado (16). Suas mentes estavam fechadas. Não deram atenção à lógica simples do homem que havia sido curado (30-34).
» V. 6 Jesus usou os métodos de medicina popular (acreditava-se que a saliva tinha propriedades terapêuticas). Mas o importante foi a fé que aquele homem tinha, demonstrada por sua pronta reação à palavra de Jesus (7).
» Enviado (7) Porque a água vinha de outra fonte, através de um conduto.
Jo 10. 1-21: "Eu sou o bom pastor"
Esta passagem é uma continuação do cap. 9. Passagem de ovelhas eram figuradas bem conhecidas na Palestina. Um pastor passava boa parte de sua vida com o seu rebanho. As ovelhas o conheciam e atendiam à sua voz. Eles as liderava (não tocava) para pastos novos e as protegia de animais selvagens, deitando-se, à noite, na entrada do aprisco. (É por isso AT, Deus é muitas vezes chamado de pastor de Israel. E os líderes escolhidos por ele eram também os "pastores" da nação.
"Eu sou o bom Pastor", disse Jesus. Ele falou de si mesmo como pastor e como "porta" das ovelhas, cuidando do seu povo e mantendo-o protegido. Depois de reunir as ovelhas no aprisco, que era cercado por um muro sobre o qual se colocavam espinhos, o pastor se atravessava na entrada do aprisco e dormia. 
Agora Jesus decidiu se apresentar como o bom pastor. Esta expressão resume uma série coisas: o relacionamento próximo e pessoal entre Jesus e seus seguidores; a confiança absoluta que têm nele; a liderança e orientação de Jesus; sua vida, que ele deu pelas suas ovelhas.
Novamente, o povo se dividiu diante das reivindicações de Jesus (19-21). Ele tinha autoridade para dar a sua vida e para reavê-la. Tudo se baseava no relacionamento especial que ele tinha com o Pai (15,17-18).
Outras ovelhas (16) A preocupação de Jesus ia além da nação judaica para o mundo que ansiava por ele. Judeus e não-judeus, escravos e livres, homens e mulheres: todos são um só rebanho (veja Gl 3.28).
Jo 10.22-42 Em Jerusalém, na Festa da Dedicação
A festa de Chanukah - a festa das luzes - acontece em Dezembro e dura oito dias. Veja "As grandes festas religiosas" . Ela comemora uma grande vitória judaica no tempo dos macabeus e a nova dedicação do Templo, que havia sido profanado pelos pagãos.
As pessoas ainda estavam em suspense com relação à identidade de Jesus porque não criam nele (24-26). Mais uma vez ele baseia a sua autoridade em Deus, "o Pai" com quem ele é um (30). Estavam prontos para apedrejar esse homem que estava se fazendo de Deus (33). Mas tudo que ele fazia confirmava a verdade desta sua reivindicação: "O Pai está em mim, e eu estou no Pai" (38).
Jo 11 "Eu sou a ressurreição e a vida"
A ressurreição de Lázaro é o sétimo e último grande sinal no Evangelho de João. Jesus afirmou que podia dar ao povo vida espiritual nova e eterna, e a ressurreição de Lázaro era a confirmação disso. A prova definitiva viria mais adiante: a sua própria morte e ressurreição.
Jesus sabia que Lázaro morreria, mas a morte não teria a última palavra. Era para a "glória" de Deus (4) e para que os discípulos cressem (15). Assim, ele não se apressou. Os discípulos pensaram que Jesus estava dizendo que a doença de Lázaro não era terminal (12), e tentaram dissuadi-lo de fazer uma viagem perigosa (8).
Nem os discípulos nem aquelas duas irmãs conseguiam entender o procedimento de Jesus, mas o resultado para todos foi o fortalecimento da confiança nele (15,26-27,40,42). O próprio Jesus é a ressurreição e a vida. Marta já sabia que ele é o Messias e Filho de Deus. Maria sabia que ele poderia ter salvo Lázaro da morte. Nenhuma delas poderia imaginar o que estavam prestes a testemunhar. Por trás das lágrimas de Jesus (33) havia mais do que uma tristeza natural diante da situação de seus amigos: ele ficou "muito comovido e aflito" (33,38) diante da tirania da morte, "o último inimigo".
A ressurreição de Lázaro foi um feito decisivo, tanto para a fé e a vida (45) como para o ódio e a morte (53). Dentro de alguns dias seria a Páscoa, quando a "hora" de Jesus chegaria. Ela já era um homem procurado (57).
Tomé (16) Veja também 20.24-29.
V. 50 As palavras do sumo sacerdote assumiriam um significado que ele jamais imaginava.
Jo 12 Últimos dias de ensino em Jerusalém
Jo 12.1-8: O precioso perfume de Maria Veja Mc 14.1-11.
Jo 12.9-11: Conspiração para matar Lázaro
Muitos judeus acreditaram em Jesus por causa do milagre em Betânia (veja 11.45-48; 12.18-19). Diante disso, os principais sacerdotes planejaram matar Lázaro também.
Jesus ensinava sob os pórticos da área do Templo, em Jerusalém. (Foto)
Jo 12.12-19: Jesus entra triunfante em Jerusalém
Veja notas em Lc 19.28-48 e a introdução a Mt 21. Veja também Mc 11.1-11. O relato de João é o mais breve, e o único que faz a conexão entre a multidão que recebe Jesus e a notícia da ressurreição de Lázaro (17-18). Para os fariseus que se opunham a Jesus, parecia que o mundo todo estava indo atrás dele.
Ramos de palmeiras (13) O símbolo da vitória.
Jo 12.20-36: Morte e glória
Alguns gregos (gentios ou não-judeus) convertidos se aproximaram de Jesus, e de uma hora para outra ele ficou face a face com o seu destino. Ele sabia que era "chegada a hora". Seu discurso (23-36) é paradoxal: a vida que se multiplica na morte; a glória que vem por meio da cruz; a luz e as trevas (ecoando 1.4-11).
Com um apelo final, "crede na luz" (36), Jesus se retira. Ele passaria os últimos dias com os discípulos (Jo 13--17). Ele tinha muito a lhes dizer e o tempo era escasso.
Ama, odeia (25) O significado é "ama mais" e "ama menos". Os outros Evangelhos falam sobre "tentar salvar" e "perder".
V. 27 Essa oração é parecida com a que está registrada nos outros Evangelhos, feita por Jesus no Getsêmani.
O seu príncipe (31) O príncipe do mundo é Satanás (veja também 14.30; 16.11).
Jo 12.37-50: Os que não creram
Ao final do ministério público de Jesus e apesar de todos os seus milagres, a maioria do seu próprio povo, o povo judeu, continuava sem crer. Muitas das autoridades religiosas criam, mas o medo dos fariseus de linha dura era o que impedia que fizessem confissão pública. Assim, cumpriu-se o que Isaías havia profetizado.
Jesus disse: "Eu não vim para julgar o mundo e sim para salvá-lo" (47). No entanto, rejeitar Jesus é o mesmo que rejeitar a Deus, desprezar a vida e a luz, e ficar sujeito ao juízo (44-50).
Deus cegou os olhos deles (40, NTLH) "Temos que lembrar que se trata de uma forma hebraica de falar, em que muitas vezes se fala sobre aquilo que Deus prevê que vai acontecer como se isso fosse inevitável" (Tasker). No texto grego de Is 6.10, é o próprio povo que fecha os ouvidos.
Viu a glória dele (41) Como o Pai e o Filho são um, Isaías, na sua visão de deus no Templo (6.1), viu Cristo.
Jo 13.1 As últimas palavras de Jesus aos Doze
Jo 13.1-20: O exemplo do Mestre
Jesus estava ceando com os Doze pela última vez (veja notas em Mt 26.14-29). Eles discutiam qual deles era o maior (Lc 22.24). A resposta de Jesus foi tirar a sua capa e lavar os pés empoeirados dos discípulos. De forma voluntária, o Mestre se fez o escravo deles (Lc 22.27). Este é o modelo a ser imitado por seus seguidores.
Eu Sou (19) Veja também 8.24,28. Este é o nome de Deus: Êx 3.14.
Jo 13.21-30: Judas, o traidor
Lc 22.3-6 nos informa que Judas já havia se oferecido para ajudar os sacerdotes a prender Jesus sem que o povo ficasse sabendo. Agora o momento havia chegado. Os outros discípulos não tinham idéia do que estava acontecendo. Mas Jesus sabia. "E era (literalmente) noite". Mas, neste Evangelho, luz e trevas têm um significado mais profundo (1.4-9). Essas foram as horas mais sombrias de Jesus, embora nada pudesse extinguir a luz e entrou as trevas das quais não conseguiria mais sair (3.19-20; Mt 27.3-5).
Aquele a quem ele amava (23) Em geral, pensa-se que é uma referência a João (veja introdução). Parece uma maneira natural de João se referir a si mesmo, mas é tão natural quanto se outra pessoa estivesse se referindo a ele.
Depois de intensa atividade em Jerusalém, Jesus se dirigia à aldeia de Betânia, (Foto) que ficava ali perto, para desfrutar da hospitalidade de seus amigos. 
Jo 13.31-38: "Amem uns aos outros"
Jesus entendia que a sua morte (e o que dela viria a resultar) era uma revelação da glória de Deus. Ele havia falado em termos semelhantes a respeito da morte e ressurreição de Lázaro (11.4). Ele deu o exemplo supremo de amor. O "novo mandamento" que deu aos seus seguidores é que amem uns aos outros com amor igual ao dele.
Pedro, intrigado por Jesus dizer que eles não podiam ir aonde ele estava indo, prometeu algo que não podia cumprir. Jesus sabia que, em vez de morrer pelo Mestre, Pedro o negaria três vezes (38; 18.15-18).
Eu disse aos judeus (38) Veja 7.34; 8.21.
Jo 14: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida"
Os discípulos ficaram preocupados e perturbados com a conversa sobre traição e a perspectiva da partida de Jesus. Assim, Jesus lhes falou palavras de ânimo, que deixaram Tomé ainda mais confuso (5). Jesus é o caminho que leva a Deus. Ele é a verdade, e aquele que dá a vida eterna de Deus a todos que a receberem (6). Filipe queria ver a Deus, sem perceber que já o tinha visto, em Jesus. (8-9).
Logo Jesus retornaria ao Pai (12,28), e isso era motivo de alegria (28). Ele estava preparando o caminho que permite às pessoas o acesso a Deus (6). Ia preparar um lar eterno para os seus discípulos, e no momento certo voltaria para levá-los consigo (2-3). Seu retorno a Deus traria novo poder, nova certeza na oração (12,14). Acima de tudo, seus seguidores teriam um Auxiliador: o Espírito Santo viria para estar com eles sempre e em todos os lugares (não estando limitado por um corpo, como havia sido no caso de Jesus). Este os ensinaria e faria com que se lembrassem de tudo que Jesus havia dito (16-17,26). E a paz inabalável do próprio Jesus estaria com eles (27).
De sua parte, os discípulos deveriam permanecer no amor e continuar crendo nele (1). E a maneira de demonstrar seu amor era fazer tudo que ele havia dito. (15,21,23).

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Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11

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